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quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Naufrágio do Bateau Mouche envergonhou o Brasil no Reveillon de 1988. Crime continua impune até hoje.



A superlotação e falhas na estrutura da embarcação foram as causas do naufrágio do Bateau Mouche, minutos antes do Réveillon, na entrada da Baía de Guanabara. 
O barco levava 153 passageiros para ver a queima de fogos no mar de Copacabana. Destes, 55 morreram. 
Segundo os sobreviventes, o Bateau Mouche deixou o Restaurante Sol e Mar por volta das 21h, mas foi interceptado 15 minutos depois por uma patrulha da Capitania dos Portos, que fez a embarcação retornar ao ponto de partida. Os passageiros não souberam explicar o motivo da interrupção da viagem. O barco ficou parado por alguns minutos no cais e zarpou novamente. 
Pouco antes da meia-noite o Bateau Mouche começou a adernar, derrubando pratos, copos e mesas e afundou. Os pescadores Jorge de Souza, João Batista de Souza Abreu, Marcos Vinícius Lourenço da Silva, Francisco Carlos Alves de Moraes e Jorge Luiz Soares de Souza tornaram-se heróis ao salvar cerca de 30 pessoas. Eles tinham partido com as suas famílias de Niterói, na traineira Evelyn Maurício, com destino a Copacabana. No caminho, cruzaram com o Bateau Mouche iluminado e muito cheio. 
Os pescadores chegaram a ver o naufrágio. Eles jogaram bóias, cabos e cordas no mar ao mesmo tempo que puxavam os náufragos pelos braços.  Os tripulantes do iate Casablanca também socorreram os sobreviventes, mas a altura do antigo caça-minas da Marinha transformado em barco de luxo dificultou o resgate dos que caíram no mar. Mesmo assim conseguiram salvar 21 pessoas, que se afogavam. 
O comandante do Casablanca, Valentim Lima Ribeiro, disse que pediu ajuda a outros barcos, mas ninguém parou, só a traineira. Valentim contou que quando o Casablanca passou pelo local do acidente viu o barco completamente virado e pessoas agarradas ao casco e a pedaços de madeira.
Impunidade e morosidade da Justiça A Justiça condenou a quatro anos de prisão em regime semi-aberto os sócios majoritários da empresa do Bateau Mouche, Faustino Puertas Vidal e Álvaro Costa. Ambos se aproveitaram de que tinham o dia livre e precisavam ir ao presídio somente para dormir, e fugiram para a Espanha. Como o país não tem acordo de extradição com o Brasil, os réus não cumpriram as penas.
Restou então para as famílias das vítimas o pedido de indenização, que se arrasta desde 1994 na Justiça. Até agora só uma família conseguiu receber o dinheiro por causa dos recursos impetrados pela defesa dos acusados. Os envolvidos na tragédia tiveram os bens bloqueados.
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6 comentários:

  1. Infelizmente, è dificil acreditar que a justiça sera feita!

    Aproveito para desejar um feliz ano novo pra ti e para todos os leitores da Oficina !!!

    Fica a mensagem do grande poeta:

    "Jamais haverá ano novo se continuar a copiar os erros dos anos velhos."
    (Luis de Camões)

    Feliz 2009

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  2. Que bonito Cris!
    Um Feliz 2009 para você também, sua família e para sua vida. Conhecer você - com outros amigos blogueiros - e estabelecer esse contato pela via da blogosfera foi uma das boas coisas que me aconteceu este ano que se finda.
    Certamente continuaremos tendo muitos mais posts em 2009.
    Grande abraço

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  3. SAUDADES INFINDAS DA GRAANDE ATRIZ YARA AMARAL....LAMENTAMOS QUE ESSE TRISTE ACIDENTE TENHA TIRADO SUA VIDA NO AUGE DE SUA CARREIRA! ESSE É O NOSSO BATEAU BRASIL!!!
    LUCIANO LYRA - BRASILIA-DF

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    1. Caro Luciano, primeiro quero te agradecer pela visita ao blog e pelo comentário. Essas duas atitudes é que deixam os blogueiros felizes, visitas e comentários.
      Fui novamente ao Google para relembrar a Yara Amaral e associo-me ao teu lamento pela perda da grande atriz que ela era. Também perdi um casal de colegas de trabalho nesse triste acidente. O que mais nos deixa indignados que não houve uma reparação ampla e irrestrita às vítimas mortas ou sobreviventes. Um caso resolvido aqui, outro ali e a justiça, como sempre em nosso país fica devendo à sociedade. Volte sempre e um abraço do blogueiro.

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  4. ... o tal Luciano Lyra gostava mesmo da baita YARA AMARAL!
    Foi uma artista e tanto. Pena ter tido tal fim; e confesso que AFOGAMENTO me causa uma sensação péssima (mesmo ao mergulhar sinto algo nada bom) - uma vez quase me fui numa praia catarinense.
    Lembro desse naufrágio, residia no RJ e ao dar no noticiário: estava acordando pela manhá numa casa de praia que eu e família tínhamos na REGIÃO DOS LAGOS/e mencionaram o nome da atriz_parece que a mãe dela também estava junto e até tenho curiosidade de saber se sobreviveu.
    Um fato típico de impunidades no Brasil. Passou num programa de nome DOCUMENTO ESPECIAL (onde os culpados nunca foram punidos).
    Inclusive lembro de ver uma foto dos filhos na Revista Manchete apontando para o lugar do naufrágio (até me arrepio).
    Assumo que essa época de REVEILLON não me agrada nem um pouco... as pessoas param, fazem promessas para o futuro: devem estar LUTAR PARA UM MUNDO MELHOR! Sem falar em desastres que ocorrem (no ano retrasado 38 pessoas morreram em acidentes no RS, onde resido): Carnaval é outra festividade que não me atrai; longo - e até hoje ficam rendendo isso.
    Sobre o casal de conhecidos seus que morreram no acidente... triste mesmo.
    E verei outras partes do blog: parecem mais agradáveis. Chega de ver tanta desgraça (talvez tais coisas ruins mencionadas ajudem a expressar o que sentimos).
    Seria isso. E que possamos viver num mundo mais justo (onde haja menos IMPUNIDADE).

    Rodrigo (texto@outlook.com.br)

    * Parece que a YARA AMARAL dizia a frase "uma onde irá me levar". E que coincidência!

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    Respostas
    1. Caro Rodrigo,
      Grato pela visita e comentário. Muito apropriado e bem colocado, por sinal.
      Convido você e até insisto para que continue frequentando o blog.
      Realmente tem muito material de boa qualidade.
      Volte sempre.

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Convido você, caro leitor, a se manifestar sobre os assuntos postados na Oficina de Gerência. Sua participação me incentiva e provoca. Obrigado.