12 DE DEZEMBRO DE 2024 | 5ª FEIRA | DIA INTERNACIONAL DA CRIANÇA, NA RÁDIO E TELEVISÃO


Criada em 1991 pela UNICEF, a data tem como objetivo chamar a atenção dos programadores para a qualidade dos programas infantis na televisão e na rádio, assim como incentivar a participação e a transmissão de programas sobre e para as crianças. Em 2011, pelo vigésimo aniversário da data, a UNICEF deixou de coordenar este dia, sem conferir mais um tema anual para a data ou atribuir um prémio às emissoras com melhores programas para crianças sobre esse mesmo tema. Porém, a UNICEF encorajou a continuação da efeméride, já enraizada em dezenas de países do mundo e adotada por milhares de emissoras que chegam mesmo a passar maratonas de programas para crianças. Neste dia é assim habitual dar voz e tempo de antena às crianças que têm uma oportunidade única para se expressarem e para falarem sobre os seus sonhos para o futuro, conferindo-se mais esperança no mundo.

Bem vindo

Bem vindo

PENSAMENTO E AUTOR

PENSAMENTO E AUTOR

 




domingo, 29 de novembro de 2009

O que você faria no lugar dela?

Presença de espirito é assim!
Quando surge a oportunidade você tem que ser rápido.
Não dá tempo de pensar.
A leitura da situação tem que ser feita ali, na hora.
E o planejamento, com ação imediata, deve acontecer enquanto a cena se desenrola. Foi isso que a advogada da historinha fez.
Na maioria das vezes as pessoas normais perdem estas oportunidades e depois ficam se lamentando.
Divirta-se com a piada e pense a respeito...
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Um chefão da Máfia descobriu que seu contador havia desviado dez milhões de dólares do caixa.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZgsGPg8Fk3U_Zg_HbF4qBP3B1xTGw_Yn8jXEORCBy6UaYVXj-QXPxpmzA4OEVrpIH1tdjM6GoYZurTBUQMeHzr8ozxZHXbILME3Y5DMu3DBi8eVCA2sFw3IyPnVROLqCnoK-LWflKWK4u/s400/The+Sopranos.jpgO contador era surdo-mudo. Por isto fora admitido, pois nada poderia ouvir e em caso de um eventual processo, não poderia depor como testemunha. 
Quando o chefão foi dar um arrocho nele sobre os US$10 milhões, levou junto sua advogada, que sabia a linguagem de sinais dos surdos-mudos. 
O chefão perguntou ao contador: 
- Onde estão os U$10 milhões que você levou? 
A advogada, usando a linguagem dos sinais, transmitiu a pergunta ao contador que logo respondeu (em sinais):
- Eu não sei do que vocês estão falando.  
Woman Sitting in a Library Carrying the Statue BookA advogada traduziu para o chefão:

- Ele disse não saber do que se trata. 
O mafioso sacou uma pistola 45 e encostou-a na testa do contador, gritando: 
- Pergunte a ele de novo. 
A advogada, sinalizando, disse ao infeliz: 
- Ele vai te matar se você não contar onde está o dinheiro. 
O contador sinalizou em resposta: 
- OK, vocês venceram, o dinheiro está numa valise marrom de couro, que está enterrada no quintal da casa de meu primo Enzo, no nº 400, da Rua 26, quadra 8, no bairro Santa Marta! 
O mafioso perguntou para advogada: 
- O que ele disse?A advogada respondeu
- Ele disse que não tem medo de via do e que você não é macho o bastante para puxar o gatilho.



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Mensagem positiva para se iniciar o dia...

Coloco o selo do The Secret com as tarjas vermelhas para indicar que não faço propaganda deste (sei lá como chamar...) movimento? Sem entrar na discussão, não sou um seguidor dos conceitos e finalidades do "Segredo".
Acredito na PNL, mas não aceito o que os "produtores" de "O Segredo" pregam que é uma espécie de magia. Não dá para embarcar nessa nave...
Entretanto o vídeo que está abaixo é parte da campanha que eles desencadearam em todo o mundo na esteira do livro que - de forma exageradamente comercial - prometeu milagres a varejo utilizando-se tão somente de um dos muitos dos princípios da PNL e de outros movimentos esotéricos que é a Lei da Atração.
Por que coloco o vídeo com toda esta introdução? Simples, porque tem uma mensagem bonita e imagens mais lindas ainda. Achei que seria preconceituoso deixar de compartilha-la com os leitores só porque tem o selo do "The Secret".
Vejam o vídeo, esqueçam que faz parte do "movimento" e apenas aproveitem a mensagem. Tem muito de Neurolinguistica ali. Vale a pena.



sábado, 28 de novembro de 2009

Coca versus Pepsi... A Guerra das Colas se mantem.

http://www.marketeando.com.br/wp-content/uploads/2009/10/cocaxpepsi.jpg
[clique na imagem e visite o site marketeando.com.br com uma ótima materia sobre a "guerra das colas"]

Não me perguntem porque estou colocando este post aqui. Procurei um motivo que pudesse estar dentro da faixa de interesse da Oficina de gerencia. Sinceramente não achei. Deve existir, mas não encontrei. Mesmo assim resolvi colocar porque achei que o vídeo é muito bom e quis compartilha-lho com os leitores do blog. Não é uma boa razão?
Vamos tentar uma provocação. 
Se a sua empresa for concorrente de outra como o são a Coca e a Pepsi você estará tão comprometido com ela quanto demonstram as campanhas publicitárias? Será que os empregados se envolvem nas "guerras de marketing"?


 

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Doutores da Alegria. Para eles nossa admiração e doação.

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Há muito tempo que estou planejando fazer uma homenagem aos "Doutores da Alegria". Sou um admirador - fã de verdade, mesmo! - dessa turma. 
Não consigo imaginar uma razão melhor para a dedicação de cumprir o ensinamento cristão de "Amar o próximo" do que inventar formas e maneiras de alegrar crianças hospitalizadas por conta de doenças graves e terminais.
São muitas as organizações que se consagram ao devotamento da ajuda humanitária. Lembro aqui os "Médicos Sem Fronteira", "Cruz Vermelha" e "UNICEF", mas os "Doutores da Alegria" além de serem do Brasil são diferentes no seu foco. Crianças.
Por isto aproveitei a inspiração de hoje e resolvi fazer o registro no blog. Coloquei um monte de coisas que peguei no site e no blog deles. Tem muito material por lá para quem queira ajudar. Eu sempre que posso contribuo com eles. Sinto-me bem fazendo isso. 
Se este post conseguir sensibilizar um leitor que seja a fazer uma doação ou promover a divulgação dos "Doutores da Alegria" em seu site ou blog  já me dou por satisfeito. Espero que possa ser você.



Informações históricas (texto copiado do próprio site dos "Doutores")

Em 1986, Michael Christensen, um palhaço americano, diretor do Big Apple Circus de Nova Iorque, apresentava-se numa comemoração num hospital daquela cidade, quando pediu para visitar as crianças internadas que não puderam participar do evento. Improvisando, substituiu as imagens da internação por outras alegres e engraçadas. Essa foi a semente da Clown Care Unit™, grupo de artistas especialmente treinados para levar alegria a crianças internadas em hospitais de Nova Iorque.
Em 1988 Wellington Nogueira passou a integrar a trupe americana. Voltando ao Brasil, em 1991, resolveu tentar aqui um projeto parecido, enquanto ex-colegas faziam o mesmo na França (Le Rire Medecin) e Alemanha (Die Klown Doktoren). Os preparativos deram um trabalho danado, mas valeu: em setembro daquele ano, numa luminosa iniciativa do Hospital e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, em São Paulo (hoje Hospital da Criança), teve início nosso programa.

Informações técnicas
Nossa missão é ser uma organização proeminentemente dedicada a levar alegria a crianças hospitalizadas, seus pais e profissionais de saúde, através da arte do palhaço, nutrindo esta forma de expressão como meio de enriquecimento da experiência humana.
Somos uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos que realiza cerca de 75 mil visitas por ano a crianças internadas em hospitais de São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Belo Horizonte.

Indicações
Traumas ligados à hospitalização infantil: perda de controle sobre o corpo e a vida; atitudes negativas em relação às doenças e à recuperação.

Contra-indicações
Não há.

Posologia
A besteirologia deve ser aplicada diariamente até que o paciente não saiba mais como ficar triste. É remédio para a vida toda.


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[clique e veja o vídeo dos "Doutores da Alegria".  O trabalho dessa turma é admirável]


Ao colaborar com os Doutores da Alegria, você ou sua empresa tem a oportunidade de se tornar co-responsável pelo sorriso de milhares de crianças. A gente sabe que um sorriso não tem preço, mas, com a sua contribuição podemos ampliar a quantidade de visitas a crianças hospitalizadas e expandir nosso trabalho para novos hospitais públicos e cidades.

Promovendo as visitas você contribui com esta causa: a alegria na adversidade. Os palhaços, em duplas, visitam crianças, leito a leito, duas vezes por semana, durante aproximadamente seis horas por dia, 48 semanas por ano. Dirigido à criança, o trabalho também contagia pais, profissionais de saúde e funcionários dos hospitais.

Convidamos você a participar de um projeto social reconhecido no terceiro setor, que em 2008 ultrapassou a marca de meio milhão de visitas. Contribua e dissemine a alegria.

Clique nos links abaixo e faça sua doação





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 [clique na imagem e conheça os patrocinadores dos "Doutores da Alegria.]

Faço a divulgação porque é mais do que meritório que empresa apoiem ONGs como esta e por isto merecem ser  voluntariamente divulgados pelos blogs independentes.

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[clique e conheça o blog dos "Doutores da Alegria"]

Aprenda como destruir sua carreira com cinco atitudes.

As melhores coisas que a gente acha na internet normalmente são fruto do acaso não é mesmo? 
Estava eu navegando sem rumo certo na rede e eis que me deparo, pela via do Google Imagens (meu preferido para buscas), com a reportagem abaixo no site da revista "Computerworld". 
Já conhecia a revista, tradicional e consagrada na sua corporação, mas a materia é sensacional para quem está trafegando na avenida do mundo corporativo. A partir do título "5 Maneiras Fáceis de Matar Sua Carreira" já atrai a curiosidade do leitor interessado. Sim, porque todos nós temos uma carreira ou em curso ou em construção.
Além do mais reduz a cinco itens a possibilidade de alguém destruir a própria vida profissional o que, convenhamos, é uma simplificação brilhante. É claro que existem diversas outras circunstância que levam alguém a "matar a própria carreira", todavia são mais dificeis de acontecer nos cotidianos das empresas.
56504335, Shape&Content /Stock Illustration Source
O melhor do artigo é que os cinco itens listados correspondem perfeitamente à realidade do universo corporativo. Qualquer uma das cinco alternativas apontadas vai detonar a carreira do infeliz que as tenha produzido. E o mais incrivel disso tudo é que qualquer uma delas tem sempre oportunidade de acontecer, pois são frutos de comportamentos e maus-hábitos que muitos profissionais não se preocuparam em corrigir ao longo de suas trajetórias. 
São elas: Enviar e-mail impróprio; Humilhar colaboradores; Contradizer o chefe em público; Cometer erros sociais grosseiros em um evento da companhia; Eliminar possibilidades de retorno ao sair.
Posso dizer que já presenciei todas elas acontecerem. Algumas por profissionais que estavam a mim subordinados. E é verdade. Não há desculpas para nenhuma delas. Quem as praticou ou vier a pratica-las, pelo menos comigo, perdeu e perderá a chance de fazer parte da minha equipe.

dv1162005, David Ellis /Digital Vision
Ah! Faltou dizer que nem no meu período de início de carreira profissional e mesmo nas atividades extracurriculares consegui cometer nenhum destes deslizes. E não tive dificuldade em fazer isto porque são maus hábitos que não contrai ou não desenvolvi por conta da educação recebida e por cultivar a sensatez que, de resto, está gratuitamente disponível para quem queira dela fazer uso.
Leiam com atenção, pois são ótimos conselhos. E não pense que está isento de cair em uma dessas armadilhas. A vaidade exacerbada, a arrogância da autoconfiança e a cabeça quente são os maiores detonadores dessas atitudes. Já vi profissionais inteligentes e preparados contradizerem seus diretores, em reuniões importantes, por conta de presunção, pretensão e jactância. Apesar de alguns terem até pedido desculpas, em pouco tempo nenhum deles "sobreviveu" na corporação. 

 
[clique sobre o logotipo e visite o site]

5 maneiras fáceis de matar sua carreira

1 - Enviar e-mail impróprio 
  • 1 - Enviar e-mail impróprio: A maioria das pessoas é suficientemente lúcida para evitar piadas de mau-gosto na comunicação corporativa. O maior problema dos funcionários é o das respostas impulsivas a e-mails. Leia bem antes de responder para evitar má-interpretação e evite as respostas coléricas.
2 - Humilhar colaboradores
  • 2 - Humilhar colaboradores:Nunca despreze funcionários ou critique-o na sua ausência, mesmo se for em conversa com terceiros  ou com clientes. Essa informação pode chegar aos ouvidos da pessoa humilhada e sua situação pode ficar delicada. Mesmo que você considere algum membro de sua equipe um idiota, não diga isso a colegas ou a clientes.



    3 - Contradizer o chefe em público


  • 3 - Contradizer o chefe em público:Você pode até achar que está fazendo um favor para seu chefe ao corrigi-lo em público, durante alguma apresentação. Mas na verdade, o mais provável é que ele fique aborrecido e imagine que você o colocou em uma situação em que fez papel de bobo. Aproveite algum intervalo e fale sobre o equívoco de forma delicada para que ele mesmo corrija posteriormente.
4 - Cometer erros sociais grosseiros em um evento da companhia
  •  4 - Cometer erros sociais grosseiros em um evento da companhia: As festas da empresa são momentos agradáveis de socialização, mas você não precisa comer demais e beber ao ponto de se embriagar. Tome cuidado com os convidados que você leva e não reclame da empresa ou do seu chefe. Só fale de trabalho se for algo positivo.
5 - Eliminar possibilidades de retorno ao sair 
  •  5 - Eliminar possibilidades de retorno ao sair: Muitas pessoas têm a fantasia de sair da empresa criticando o chefe e falando tudo o que tem vontade. No entanto, você nunca sabe quando precisará novamente da empresa em momentos de turbulência do mercado. Procure sair bem relacionado, sempre deixando as portas abertas.  
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Revista Veja Especial: Vocações

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Está abaixo e numa sequencia lógica, a série de reportagens que a Revista Veja produziu recentemente, em um caderno especial, sobre as vocações que os jovens estudantes brasileiros estão buscando para seus futuros.
Assim que coloquei o olho na matéria fiquei indócil para trazê-la ao blog. Tem tudo a ver com o que desejo para divulgação na Oficina de Gerencia.
Partindo do princípio que a leitura dessas reportagens não é muito o forte da maioria dos jovens na faixa etária daqueles que estão na batalha pelo "lugar ao sol" resolvi publicar (seria melhor dizer transcrever todas as matérias.
Neste post faço apenas uma apresentação dos sete que estão abaixo. A reportagem é excelente e deve ser lida (integralmente) pelos jovens, pelos seus irmãos, pais, tios e quem quer que possa auxilia-los neste momento dificil e decisivo e, paradoxo da vida, quando eles estão pouco preparados para tomar decisões tão importantes para seus futuros.
Recomendo fazer o teste vocacional (sensacional) e prestar atenção nos ótimos quadros e infográficos que estão nas janelas das matérias, apoiando os textos.



Índice

  • Aptidão e vocação: Como nascem as habilidades
  • Teste: Descubra sua vocação
  • Vestibular: Os cursos mais procurados
  • Medicina: A população envelhece e demanda mais serviços de saúde
  • Engenharia: Na onda do crescimento econômico
  • Direito: Apesar da competição acirrada, ainda vale a pena ter esse canudo
  • Empreendedorismo: Uma vida sem chefes
  • Remuneração: As profissões mais bem pagas

Esta foi a equipe de profissionais da Revista Veja que produziu o especial "Vocações". Maravilha de trabalho.

Coordenação: Mario Sabino
Edição: Diogo Schelp, Felipe Patury, Karina Pastore, Thaís Oyama
Reportagem: André Santoro, Camila Carvas, Eduardo Burckhardt, Gabriele Jimenez, Maurício Oliveira, Natalia Manczyk, Neide Oliveira, Raquel Salgado, Sandra Brasil
Edição de arte: Tadeu Nogueira. Design: Luiz Fernando Machado
Editora de infografia: Andreia Caires. Infografistas: Ewerton Gondari, Wander Moreira
Fotografia: Editora visual Gilda Castral e equipe
Checagem: Rosana Agrella Silveira (chefe), Andressa Tobita, Daniela Macedo dos Santos, Simone Aparecida Costa
Produção editorial: Clara Baldrati, Felice Morabito, Jô de Melo, Marcos Prestes (supervisão) e equipe

Como nasce uma vocação (Revista Veja)



Como nasce uma vocação

Rafael Moraes/CPDOC JB

Teatrinho com os amigos
A atriz Alessandra Negrini descobriu sua vocação
para os palcos nos jogos de infância: "Enquanto
as crianças brincam, vão descobrindo seus gostos
e vocações"

Gênios como o compositor Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) ou o físico Albert Einstein (1879-1955), que parecem ter sido modelados no útero materno para seguir o seu caminho profissional, não somam nem 5% da população. Para a esmagadora maioria das pessoas, a escolha da área em que se formar e trabalhar é um processo marcado por dúvidas e, consequentemente, angústia. Dá para evitá-las? Sejamos claros: não. Mas é possível atenuá-las e sair do impasse mais rapidamente, ao ter em mente que, para escolher sua carreira, você deve levar em conta não só suas habilidades, mas o interesse despertado pelas atividades a elas relacionadas e o sentimento de realização que a sua prática pode proporcionar. Um contraexemplo: por motivos neurológicos, quem tem inclinação para a música costuma apresentar facilidade com números. Daí a afirmar que músicos, portanto, gostam de resolver problemas de cálculo vai uma longa distância. Ou seja, vocação é expressão de uma aptidão, sim, mas desde que concretizada com prazer e criatividade. Como ela nasce? "Da combinação entre a genética, pois os genes determinam a propensão para atividades específicas, e o ambiente em que se cresceu", diz o médico Abram Topczewski, neuropediatra do Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
É na infância, principalmente, que as bases biológicas das habilidades são estimuladas e esculpidas, afirma o neuropediatra Mauro Muszkat, pesquisador da Universidade Federal de São Paulo. A família e a condição socioeconômica têm um peso enorme nesse processo. Quanto mais espaço a criança e o jovem tiverem para experimentar e expressar seus gostos, tanto melhor. A atriz Alessandra Negrini, de 39 anos, teve essa liberdade. Em sua família não há nenhum ator, mas, quando pequena, ela gostava de brincar de teatrinho com os amigos. Na juventude, Alessandra cursou jornalismo, logo abandonado, e fez dois anos de ciências sociais na Universidade de São Paulo. Lá, ao estudar as teorias do sociólogo alemão Max Weber (1864-1920), decidiu, como ela mesma diz, ouvir seu coração: "Quando li o texto de Weber sobre o desencantamento do mundo, imediatamente pensei: ‘O que eu quero é encantar!’". Ressurgiu, assim, a menina teatral. Alessandra largou a USP e passou a se dedicar integralmente à arte dramática. O período na universidade, contudo, não passou em branco. "Ainda uso muito do que aprendi na hora de compor os personagens que interpreto", afirma a atriz.
Sem ambiente favorável, não há como as aptidões genéticas florescerem – e, para ficar no lugar-comum, também nesse caso as exceções só confirmam a regra. Conforme a área, existem períodos na infância mais propícios para dar início ao desenvolvimento de determinadas habilidades (veja o quadro). Mas se há mais de uma aptidão, e com graus de interesse semelhantes, como reconhecer aquela a ser levada em conta no momento de cravar uma profissão? "Aí pode entrar em cena o orientador, que tenta aclarar o panorama para o jovem. Os resultados, em geral, são bons", diz Yvette Lehman, coordenadora do Laboratório de Orientação Profissional da Universidade de São Paulo (veja reportagem na pág. 158). Por último, mas não menos importante, a análise do potencial retorno financeiro da carreira a ser seguida. Trata-se de um item que deve figurar entre as preocupações do candidato a profissional de sucesso. Os especialistas advertem, contudo, que esse não deve ser o aspecto mais relevante. "Inclusive porque as profissões promissoras de hoje talvez não se concretizem como tais amanhã", lembra o pedagogo Silvio Duarte Bock, diretor do Nace Orientação Vocacional. Nas páginas seguintes, VEJA publica um teste vocacional a ser feito pelo jovem leitor que ainda não sabe que rumo tomar. Ele não deve, é claro, ser visto como único parâmetro. 
 
VEJA TAMBÉM
 

As profissões mais bem pagas


Remuneração

As profissões mais bem pagas

Desejo de ficar rico pode não ser um critério determinante em testes vocacionais, mas é prudente saber quais são as perspectivas financeiras de uma profissão antes de investir nela tempo e dinheiro. Um dos estudos mais completos sobre salários é o da Fundação Getulio Vargas. Com base nele, foi elaborado o ranking desta reportagem. O critério utilizado para revelar os campeões da remuneração foi o salário médio de cada profissão em todo o país. Algumas variáveis tendem a puxar os valores para cima. Entre elas, viver nos estados do Sudeste e em metrópoles. Para ganhar bem, no entanto, não basta escolher uma das carreiras que encabeçam a lista. "Médicos, advogados e engenheiros podem ter bons salários na média, mas mesmo eles não vão muito longe sem vocação, competência e um bom nível de conhecimento profissional", diz Marcelo Ferrari, consultor sênior da área de capital humano da Mercer, em São Paulo. Ou seja, de nada adianta optar por direito, sonhando em ser um dia um juiz com ótimo salário inicial, se não se tem gosto pelo estudo das leis, pelo debate de ideias e pela leitura. Outra regra que vale para todas as profissões: rendimentos mensais de seis dígitos são privilégio de muito poucos. Guiar-se por eles na escolha da profissão possivelmente levará a incômodas decepções no futuro. Por mais competente que alguém seja e por mais que se empenhe na carreira, há sempre no percurso uma infinidade de condições que ajudam a chegar ao topo - ou atrapalham. Aliar-se com as pessoas certas, ter bons chefes, deparar com as oportunidades no momento ideal, atuar em um setor de atividade que subitamente cresce em relevância econômica - enfim, há circunstâncias que, em geral, não podem ser previstas e quase sempre têm impacto na evolução profissional. "Por isso, o melhor é não ficar enjaulado em uma carreira: aprenda outras atividades e tenha sempre um plano B", diz César Souza, presidente da consultoria Empreenda, de São Paulo.
Há três caminhos que, em geral, levam a bons salários. O primeiro é procurar vagas nas empresas líderes de cada setor, pois costumam ser as que mais crescem e, portanto, as que oferecem as melhores oportunidades e pagam melhor. Um analista financeiro júnior que começa ganhando mais que a média de mercado em uma empresa pequena, por exemplo, pode demorar até sete anos para ser promovido. Em uma companhia líder, em quatro anos, em média, ele já passa a ocupar o cargo de analista sênior, com um salário maior. O segundo caminho, válido para profissionais liberais, é conquistar bons clientes e assumir a propriedade do próprio nariz. Os médicos, arquitetos e advogados mais bem-sucedidos (leia-se, com os melhores rendimentos) quase sempre atendem em consultório ou escritório próprio. O terceiro caminho é optar por carreiras do serviço público com bons salários iniciais, como fiscal da Receita Federal ou juiz.
Para ganhar bem, não se pode parar de estudar nunca. A pesquisa da FGV acrescenta novas comprovações à já consolidada tese de que o investimento em educação aumenta salários e reduz a possibilidade de desemprego. A taxa de ocupação entre os brasileiros em idade ativa que nunca passaram de um ano de estudo é de 60%. Entre os que estudaram dezoito anos ou mais, 91% têm trabalho. Quanto aos salários, cada ano de estudo adicional representa um aumento médio de 15% no valor recebido no fim do mês. O ideal, portanto, é não ficar só no diploma universitário. Cursos de especialização e pós-graduação fazem diferença no contracheque de carreiras em que o conhecimento técnico é essencial, como medicina e análise de sistemas. "Uma experiência sólida no exterior, seja acadêmica, seja profissional, também influencia positivamente no nível salarial e no rumo que a carreira toma", diz Renato Bagnolesi, headhunter da Robert Wong Consultoria Executiva. Trata-se de um investimento com um alto retorno na vida pessoal. Afinal, um bom salário costuma ser diretamente proporcional à satisfação no trabalho.


Vale um "brilho no olhar"


Luciane Cristina Muraro tem 30 anos e recebe um salário mensal de 21 000 reais. Ela é juíza federal substituta do Tribunal Regional do Trabalho, em Minas Gerais, há mais de um ano. "O salário agrada, claro, mas não foi o único motivo para eu ter escolhido essa carreira", diz a jovem juíza. "O papel de pacificadora sempre me atraiu, o que é perfeito para uma função que exige a habilidade de apaziguar disputas." Nascida em Tangará da Serra, em Mato Grosso, Luciane mudou-se para o Rio de Janeiro para cursar direito. Após a formatura, em 2001, começou a se preparar para o concurso público para juiz, em que só 10% dos inscritos passam da primeira fase. Luciane participou de cursos e palestras e trabalhou em escritórios especializados nas áreas penal, cível e trabalhista, para descobrir sua vocação. Ela gosta da vida quase nômade dos magistrados iniciantes. Antes de se estabelecer em Belo Horizonte, passou pelo Tribunal Regional do Trabalho em Mato Grosso. "Atualmente, permaneço a maior parte do tempo na capital mineira, onde a sala de audiência é frequentada por representantes de grandes indústrias." Luciane pretende continuar estudando para galgar todos os postos da carreira. Isso inclui fazer pós-graduação e passar uma temporada no exterior. "O importante é manter
sempre o mesmo brilho no olhar que eu tinha no dia da minha posse."
 
VEJA TAMBÉM

Vestibular: As profissões mais procuradas

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As profissões mais procuradas nos vestibulares

Nos tempos do Império, no século XIX, os diplomas de medicina, direito e engenharia – os primeiros cursos universitários criados no Brasil – eram símbolo de distinção social. Passados quase dois séculos, muitos jovens brasileiros continuam sonhando em se tornar médicos, engenheiros e bacharéis em direito, como demonstra o ranking dos cursos mais disputados pelos vestibulandos. Os salários acima da média e a relativa facilidade para entrar no mercado de trabalho são parte da explicação para a alta procura pela trinca de cursos clássicos. São vantagens objetivas que reforçam a tradição dessas carreiras. Em 2002, porém, houve uma mudança no topo do ranking: engenharia tirou de direito a se-gunda posição. Na lista dos doze mais disputados, o curso de educação física nem sequer figurava em 1992. No último levantamento, em 2007, passou a ocupar a nona posição. É natural, visto que milhões de brasileiros vêm aderindo à prática regular de esportes e ginástica. Já a carreira de ciências biológicas saltou, em dez anos, do 12º para o quinto lugar, um reflexo do interesse crescente por temas relacionados ao ambiente e à engenharia genética.

Medicina é a carreira mais procurada (Revista Veja - Vocações)

 
Medicina e outras carreiras da saúde

A turma de branco está com tudo

Os brasileiros passaram a viver mais e a necessitar
por mais tempo de médicos, enfermeiros,
fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas
e outros profissionais do setor de saúde


O número de médicos em atividade no Brasil é duas vezes o que a Organização Mundial de Saúde recomenda. Pelos critérios internacionais, o país também tem o triplo de farmácias de que precisa. Uma análise superficial desses dados poderia levar à conclusão de que o setor de saúde está próximo da saturação. Ocorre justamente o contrário. A demanda por profissionais das carreiras nessa área continua crescendo. A medicina aparece como o curso que recebe o maior número de candidatos nos vestibulares das universidades públicas. A demanda por vagas em escolas de enfermagem, farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia e nutrição está em expansão. Na raiz desse fenômeno se encontra o aumento da expectativa média de vida dos brasileiros, que, em duas décadas, passou de 67 para 72,6 anos. Com a velhice mais longa, a população precisa de hospitais, clínicas, laboratórios e seus profissionais por mais tempo. A saúde já emprega 10% da população e movimenta 160 bilhões de reais por ano no país, ou 8% de toda a riqueza nacional. A proporção é semelhante à de países como a Inglaterra e tende a crescer.
Duas grandes mudanças deram fôlego ao setor. Lançados no país em 1964, os planos e seguros de saúde multiplicaram-se a partir dos anos 80. Hoje, têm 41 milhões de clientes, ou mais de um quarto da população. Por ano, seus administradores movimentam 51 bilhões de reais, dos quais 41 bilhões são repassados a médicos, clínicas, hospitais e laboratórios. Os médicos recebem, em média, 26 reais por consulta feita a um cliente de plano de saúde, de acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar. Embora o valor unitário das consultas seja baixo, os planos e seguros abriram um novo mercado para os profissionais. Em 1988, o setor público deu a contribuição que faltava, ao criar o Sistema Único de Saúde (SUS). Desde então, o governo tornou-se o maior empregador da saúde. Hoje, 70% dos médicos atuam em hospitais públicos. Juntos, os setores público e privado lhes garantem salários mensais médios de 7 000 reais, que colocam a medicina em terceiro lugar no ranking de profissões mais bem pagas do país. "Ela é vista como nobre e está entre as mais bem remuneradas", diz o presidente da Federação Nacional de Saúde Suplementar, Geraldo Rocha Mello.
A combinação de mercado em expansão com bons salários motivou uma corrida pela profissão. Em trinta anos, o número de faculdades que oferecem cursos de medicina passou de 77 para 178. Apenas a Índia tem mais instituições desse tipo: 299. A explosão dos cursos de graduação não foi acompanhada por um movimento similar nas vagas para residência, as especializações que os médicos fazem depois de se formar. Só há vagas para 40% dos que concluem a graduação. As mais concorridas estão vinculadas ao progresso tecnológico, como a medicina diagnóstica. As que lidam com estética, como dermatologia, endocrinologia e cirurgia plástica, também figuram entre as mais procuradas. Em baixa, estão áreas clássicas, como clínica geral e pediatria, nas quais a remuneração é menor. Até pouco tempo atrás considerada promissora, a cirurgia cardíaca sofreu um baque, porque os tratamentos preventivos e menos invasivos reduziram o número de pessoas que precisam revascularizar o coração.
Casos como esses, porém, estão longe de ser um indicativo de que as oportunidades de trabalho estejam encolhendo. Em medicina, não importa a área, há emprego mesmo nos grandes centros, que estão abarrotados de profissionais. E o horizonte é vastíssimo para quem opta por morar no interior e em cidades de grandes regiões metropolitanas. Se no estado do Rio de Janeiro a proporção de médicos de Niterói é três vezes a da Suíça, a 40 quilômetros dali, a população de Belford Roxo é tão carente desses profissionais quanto a de países africanos. Para os 128 000 farmacêuticos, e para os que pretendem ingressar na profissão, o campo de trabalho é amplo. Além das 54 000 drogarias existentes no Brasil – cada uma precisa ter um especialista responsável –, há empresas privadas, como laboratórios, que oferecem 50 000 vagas. Faltam enfermeiros, e as perspectivas também são positivas para nutricionistas, fisioterapeutas e fonoaudiólogos. A exceção à regra são os dentistas. Seu mercado, saturado, só teve um pequeno crescimento nos últimos anos porque o Ministério da Saúde passou a recrutar recém-formados para tocar seu programa de saúde bucal, o Brasil Sorridente.
Ainda sobram empregos, mas os melhores postos estão reservados à minoria que continua estudando e fazendo cursos de atualização depois de se formar. Uma pesquisa da Universidade Esta-dual Paulista revela que 72% dos médicos abdicam dos estudos depois que se formam. O motivo que a maioria deles alega para desistir do aprimoramento e mesmo de ler as publicações de sua área são as jornadas de trabalho, que se estendem por mais de cinquenta horas semanais. Essa rotina extenuante combinada com a proximidade do sofrimento e o acesso fácil a drogas constitui um enorme risco para médicos, enfermeiros e farmacêuticos. Estudos revelam que, no mundo inteiro, eles integram as categorias com a maior incidência de alcoolismo e abuso de drogas. O psiquiatra Luiz Antonio Martins, da Universidade Federal de São Paulo, estima que 12% dos médicos brasileiros sofram de transtornos psicológicos ou psiquiátricos. "A pressão faz com que muitos deles esqueçam como é gratificante aliviar o sofrimento alheio e quanto a sociedade lhes é grata por isso", diz Martins. Quem não esquece e persevera não se arrepende do caminho escolhido e salva a própria vida.

Lailson Santos

"Meu inimigo é o câncer"

O oncologista Paulo Hoff enfrenta sessenta horas de trabalho semanais com fala mansa e sorriso aberto. Hoff é uma espécie de menino-prodígio da medicina. Aos 40 anos, divide-se entre dirigir o Instituto do Câncer de São Paulo e o centro de oncologia do Hospital Sírio-Libanês e lecionar na Universidade de São Paulo. Começou a carreira cedo. Aos 16 anos, entrou na Universidade de Brasília. Estudou um ano em Miami, onde, depois, fez residência. Chegou a subchefe de oncologia gastrointestinal do MD Anderson, centro texano que é referência mundial em câncer. Há três anos, voltou ao Brasil. Entre seus pacientes estão o vice-presidente José Alencar e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Casado há dezessete anos, Hoff só tem uma queixa de sua rotina: deixa-lhe pouco tempo para suas três filhas.

Ela precisava lidar com pessoas

Lailson Santos

A mineira Raquel Hatem, de 29 anos, estudou biologia antes de descobrir que havia escolhido o curso errado. A necessidade de lidar com gente a fez mudar para enfermagem. Hoje, chefia 85 pessoas que atendem 150 pacientes por dia no serviço de diálise do Hospital Felício Rocho, de Belo Horizonte. Também demorou para escolher sua área de atuação. No começo da carreira, dividiu-se entre um hospital e uma clínica nefrológica. Optou pelos pacientes com problemas renais quando percebeu que poderia acompanhar a evolução por mais tempo.

Selmy Yassuda


Mergulho em um mercado inexplorado

O farmacêutico Romulo Carvalho é um exemplo de sucesso meteórico. Aos 30 anos, coordena há cinco duas farmácias da Rede D’Or, um dos mais conceituados grupos hospitalares do Rio. Ele supervisiona 150 funcionários. Pós-graduado em farmácia hospitalar e clínica, Carvalho decidiu atuar na área de saúde na sua adolescência, quando fez um curso técnico de patologia. Bateu o martelo depois que descobriu que há uma demanda contínua por profissionais desse campo.