13 DE SETEMBRO DE 2025 ||| SÁBADO ||| DIA DA CACHAÇA |||

Bem vindo

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O Dia Nacional da Cachaça ou simplesmente Dia da Cachaça é celebrado em 13 de setembro. Esta é uma bebida com uma carga simbólica muito grande para a cultura e identidade brasileira. Trata-se de uma das bebidas destiladas de maior consumo a nível mundial. A criação do Dia Nacional da Cachaça foi uma iniciativa do Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac), instituída em junho de 2009. Ainda existe um projeto de lei do deputado Valdir Colatto e que foi aprovado pela Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados, em outubro de 2010, com o objetivo de oficializar a data. Pinga História da Data: O dia 13 de setembro foi escolhido em homenagem a data em que a cachaça passou a ser oficialmente liberada para a fabricação e venda no Brasil, em 13 de setembro de 1661. Esta legalização, no entanto, só foi possível após uma revolta popular contra as imposições da Coroa portuguesa, conhecida como "Revolta da Cachaça", ocorrida no Rio de Janeiro. Até então, a Coroa portuguesa impedia a produção da cachaça no país, pois o seu objetivo era substituir esta bebida pela bagaceira, uma aguardente típica de Portugal.


François, Duque de La Rochefoucauld (Paris, 15 de setembro de 1613 – Paris, 17 de março de 1680) foi um moralista francês, François 6.º, príncipe de Marcillac e, mais tarde, duque de La Rochefoucauld, nasceu em Paris a 15 de setembro de 1613 e morreu na mesma cidade na noite de 16 para 17 de março de 1680. São de Rochefoucauld as famosas frases: "O orgulho é igual em todos os homens (ricos ou pobres), só diferem os meios e as maneiras de mostrá-los"; e "A hipocrisia é uma homenagem que o vício presta à virtude". (https://pt.wikipedia.org/wiki/Fran%C3%A7ois_de_La_Rochefoucauld)

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sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Você é insuportável? Se não for aprenda a administrar quem é...


Conhece alguma pessoa insuportável? Claro que sim! Quem de nós não as tem em nossas... “coleções”, não é mesmo?

Certamente você (e nem eu) se coloca nesse grupo, é claro. Entretanto comece a prestar atenção em si mesmo, aos seus comportamentos, às suas atitudes e à forma como está se relacionando com quem o cerca. Conheço e conheci muita gente que tem procedimentos indigestos e não percebe.

Eu mesmo já flagrei (no meu período pré-histórico) comentários de colegas classificando-me como insuportável. E devo ter sido mesmo! Eu tive consciência - após minha primeira exoneração como diretor de uma empresa pública - que "incorporava" um personagem arrogante e vaidoso no início da minha carreira como gerente  e diretor. E estas duas "classificações", são a mãe e o pai das personalidades desconexas, disparatadas, incoerentes e incongruentes (Ufa!). Portanto não se considere vacinado... Já fui assim... não sou mais.

Atenção! Essas condutas (sempre detestáveis) não ocorrem, obviamente, nas 24 horas do dia. São, sim, prevalecentes nos costumes, ações e atitudes destes indivíduos. Principalmente se exercem funções de comando e de gerência. Algumas vezes de liderança, sim! Prefiro, entretanto, considerar que quem é líder mesmo, de verdade, jamais será insuportável. E se o for, não será líder.

Seu chefe é chato? Que bom! | BibliothinkingLidar com estas pessoas e seus temperamentos é um dos maiores desafios para quem faz parte do universo das corporações. E porque não dizer, das nossas relações em geral.

Não existe (pelo menos nunca conheci) nenhuma agremiação, associação, organização, grêmio, partido, sociedade, família ou algo que reúna pessoas em torno de objetivos e metas comuns que não contenha uma ou mais pessoas insuportáveis, detestáveis mesmo. É uma força da natureza, uma verdade inconveniente e um dado infalível nestes tipos de conjuntos. Logo, é fundamental que você – em sendo um indivíduo suportável - aprenda a defender-se deles... os intoleráveis.

O artigo abaixo, da revista Isto É, pode ser considerado um dos melhores que estão disponíveis na rede para se iniciar um aprendizado sobre como lidar com estas individualidades. Vou logo dizendo que não é nada fácil ou simples. Primeiro porque você só precisará cruzar seu caminho com esses espécimes se depender deles – do tipo chefe ou patrão e até mesmo parente muito próximo - para sua sobrevivência e segundo porque se isto for uma necessidade vital, saiba que se não souber se defender nessa ciência poderá colocar sua carreira e sua vida privada para rolar ladeira abaixo.

Há muito material escrito e em vídeo sobre o tema. Um dos problemas é que tudo é, mais ou menos, levado no gracejo e as pessoas  em processo de carreira ascendente não se aprofundam em estudar o assunto como algo sério e digno de suas melhores atenções.

Para os mais jovens e iniciantes nas artes e nas magias do mundo corporativo é essencial que aprendam a identificar (quanto antes melhor) e saber manobrar com os  personagens intoleráveis e insuportáveis. 

Um último conselho. Se não precisar conviver com pessoas insuportáveis, chatas, aborrecidas e entediantes, não o faça! Fuja delas e não cruze nos seus caminhos. É uma roubada!


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Como lidar com pessoas insuportáveis
Dicas de psicólogos para conviver com gente capaz de fazer qualquer um perder a cabeça

Verônica Mambrini e ilustrações Fernando Brum

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MIMADOS

Como identificar: são narcisistas, teatrais, dependentes e superficiais. Conseguem o que querem explorando sentimentos como pena e culpa
O que podem causar: sugam o tempo da vítima, provocam desgaste emocional e até prejuízos financeiros O que fazer: imponha limites e não se perturbe com as lamentações

Algumas pessoas parecem ter o dom de enlouquecer os outros. Em menor ou maior grau, são capazes de tornar a convivência difícil, até insuportável. Pode ser o chefe autoritário que controla cada passo do funcionário, o amigo que não perde uma chance de reclamar da vida ou o parente que aparece para uma visita e consegue destruir móveis e bibelôs. O fato é que tipos como esses são mais comuns do que se supõe. Mas a forma como as pessoas reagem a eles não. Há quem consiga se defender. Há quem recorra à terapia para superar os traumas do convívio. Com a bagagem dos casos colecionados em consultório, especialistas ensinam a lidar com esses “indivíduos-problema”. 

O psicólogo americano Paul Hauck é um exemplo. Há quatro décadas ele estuda os comportamentos neuróticos. Em maio, lança o livro Como lidar com pessoas que te deixam louco. Nele, o terapeuta com mais de 15 obras publicadas decifrou cinco “personalidades” capazes de fazer alguém perder a razão – os controladores, os fracassados, os mimados, os bullies e os desleixados/maníacos por limpeza (leia quadros). “Quando você não constrange quem age de forma irritante e perturbadora, está tolerando esse comportamento”, disse Hauck à ISTOÉ. “Nós só somos tratados do jeito que permitimos.” Segundo o psicólogo, muitas vezes, quem o procura no consultório é a pessoa errada – ou seja, a vítima. “Vários que estão aqui vêm porque os que realmente deveriam estar não aceitam tratamento”, confirma a terapeuta de casais Ana Maria Fonseca Zampieri, de São Paulo.


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Os grupos mais perigosos são os bullies e os controladores. “Eles podem recorrer à força física e não se importam com as consequências”, analisa Hauck. “Evite-os a todo custo, a não ser que você seja forte o suficiente para se defender.” A dor aumenta e as consequências psicológicas agravam se o agressor é alguém muito próximo. Foi o que aconteceu com a carioca Luiza Leme. Seu ex -marido a vigiava constantemente. Lia e-mails, mexia em objetos pessoais, violava sua privacidade. “Eu queria dar uma de boa samaritana”, reconhece. “Hoje, sei que limite é saudável”, diz Luiza, que só melhorou quando decidiu terminar o relacionamento

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O bully, valentão que intimida os colegas de escola, tem seu paralelo entre adultos. A designer paulistana Cris Rocha, 30 anos, passou maus bocados nas mãos de um. Ela assumiu algumas contas de um amigo em dificuldades financeiras, como a internet banda larga do rapaz, pois os dois tinham criado um site em conjunto. “Mas ele se tornou grosseiro e começou a fazer cobranças e acusações”, lembra Cris. Depois de dois anos de agressões verbais, a designer criou coragem para se afastar. “A forma de argumentar dele fazia eu me sentir muito mal”, lembra. “Só com ajuda de amigas percebi que o errado era ele.” É importante identificar se as acusações têm fundamento. “Não deixe que os bullies o convençam de que você está sempre errado ou que é um idiota”, aconselha Hauck.


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Fracassados, mimados e maníacos por limpeza (ou bagunça, no extremo oposto) causam menos danos, mas nem por isso devem ser ignorados. “Pequenos traumas podem se tornar crônicos”, afirma a terapeuta Ana Maria. A professora de inglês Andréa Oliveira, 25 anos, cometeu outro erro comum: deu brechas demais a um mimado. “Eu me proponho a ajudar os amigos, mas eles abusam”, reconhece. Depois de reconciliar um casal de conhecidos, eles passaram a convocá- la a cada desentendimento, até que ela se recusou a intermediar. “Por causa disso, minha amiga ficou um mês sem falar comigo”, diz. Essa é a estratégia dos mimados: esperneiam, batem o pé, fazem bico. A recomendação da psicanalista Léa Michaan, da Universidade de São Paulo (USP), é deixar claro que ninguém tem obrigação de fazer favores. “Dizer o que pensa, mesmo que seja num tom de brincadeira, é fundamental”, afirma. 


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uem convive com pessoas problemáticas também corre o risco de se deixar contagiar,
especialmente pelos fracassados, que sabotam a própria felicidade. A estudante paulista Fernanda Espinosa, 25 anos, terminou um noivado depois de sofrer muito ao lado de um. “Com a convivência, percebi que ele era uma pessoa negativa”, conta. O ex-noivo passava os fins de semana dormindo ou vendo tevê, e arrastava a moça com ele. “Vivia cheia de olheiras, de tanto dormir. Estava muito mal”, afirma a estudante. Uma categoria à parte é a dos muito bagunceiros ou pessoas com mania de limpeza, que não são comportamentos ruins por si só, mas podem tornar a convivência irritante. O publicitário paulista Leandro Monteiro, 37 anos, teve de tolerar durante anos os hábitos da mãe. “Hoje em dia acho o máximo poder fazer gestos corriqueiros como atender o telefone ou abrir a geladeira sem ter de lavar as mãos antes!”, explica Leandro, que, casado há quatro anos, pode fazer a bagunça que tiver vontade.



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Em muitos casos, é possível tentar a convivência com essa turma de personalidade difícil. “Pois sem conflito não há mudança”, afirma a consultora de carreira Maria da Luz Calegari. Há várias táticas para aprender a lidar com eles e, principalmente, para se fazer respeitar. Se ainda assim elas falharem, é melhor evitálos. Quando não for possível riscá-los da lista de contatos, como no caso de um chefe tirano, por exemplo, o segredo é abstrair. “É preciso não dar tanta importância aos ataques”, diz Léa Michaan. Afinal, ninguém está totalmente imune a deslizes. Nem a pessoas insuportáveis.


 

Este post já foi publicado anteriormente na Oficina de Gerência.Estou repetindo-o agora por considerar  que se manteve atual no tema e é um dos "top de linha" da Oficina de Gerência e merece ser regularmente conhecido pelos novos visitantes do blog. 

(Publicidade voluntária do blog em contrapartida à utilização original de matéria da revista neste post.)

terça-feira, 19 de novembro de 2019

Ratocorps... Você conhece muitos deles



Esse famoso texto (abaixo) do consagrado jornalista, consultor e escritor Fábio Steinberg, um clássico na modalidade, foi publicado em 1997 (Uau!). Depois de tanto tempo ainda manteve a atualidade pelo simples fato de que os ratos corporativos existem desde o início dos tempos e continuarão a existir  per omnia saecula saeculorum
Depois que Steinberg escreveu o artigo - ele é o criador da expressão "ratocorp", que foi eternizada no Google - tal o sucesso do artigo - surgiram vários outros utilizando o mesmo conceito e até a mesma terminologia (clique aqui ).
Eu conheci o artigo em 1997 quando exercia função de diretor em uma empresa pública. Desde sempre tive o hábito de colecionar publicações de temas corporativos e distribuí-las entre meus gerentes e colegas de trabalho mais próximos. Aproveitava-os para criar discussões e transmitir mensagens além de receber feedback das equipes. Mantenho esse (bom) hábito por onde passo.
Como disse acima, o artigo é muuuiiito antigo, mas continua tão atual quanto o são eternos os "ratocorps". Em 2012, após "descobri-lo" no meio da minha papelada antiga, resolvi postá-lo a primeira vez na Oficina de Gerência. 
Agora, ao retornar às atividades do blog, após uma temporada ausente, remexi novamente no Bau de Antiguidades da Oficina de Gerência e resolvi republicá-lo após um ligeiro "banho de loja". É um dos mais visitados no blog e muito verdadeiro. Vai continuar ajudando - principalmente - os jovens que se iniciam nos caminhos da selva corporativa e ainda não conhecem as manhas dos ratocorps. 
A verdade é que essas "figuras" são reais nos ambientes de trabalho. Os ratos corporativos fazem parte da paisagem e é forçoso conviver com eles. O serviço público, mas não exclusivamente, é o ambiente propício aonde eles proliferam e se multiplicam. Nas empresas privadas os “ratocorps” não têm muito espaço porque lá a meritocracia prevalece.
Não aconselho que ninguém que seja sério na corporação se aproxime de um ratocorp. Eles têm um forte componente de comportamento sociopata e buscam sempre se aproveitar das pessoas próximos visando o atingimento de seus objetivos ocultos. Aliás, os seus objetivos e metas são sempre ocultos.
Tive algumas experiências vivenciadas. Para ilustrar conto uma delas: tempos atrás, dirigindo a área técnica de um organismo federal tive que, obrigatoriamente, conviver com pelo menos três "ratocorps"; daqueles autênticos. O mais destacado deles, por sinal, fortemente protegido politicamente tinha o carimbo de intocável, ou seja, não podia, melhor, não devia ser demitido ou removido. Fazer o que? Essas coisas existem nas organizações da Administração Pública. Solução: consegui trazê-lo para meu entorno  e neutralizar sua influência sobre o resto do grupo. Mas deu um trabalho enorme! Eu terminei minha missão na organização, mas ele continuou por lá...
É isso aí. Conheçam o artigo que é muito bem escrito. Aviso logo que é longo, mas vale a pena; inclusive copiá-lo para ler regularmente. Como faço habitualmente coloco abaixo dois breves trechos retirados do texto que têm o intuito de motivar a sua leitura.
  • [...] "O ratocorp tem objetivos de longo prazo. Entende que, pela própria dinâmica da operação de uma empresa, ninguém sozinho consegue saber tudo ao mesmo tempo. Por isso, precisa se municiar ao máximo de informações privilegiadas para, quando chegar a hora, exercitar plenamente o poder, mas sempre de forma indireta."[...]
  • [...] "  Chega aos mais importantes cargos de assessoria, sempre em funções bem remuneradas de suporte, mas nunca executivas. Isso porque ele não é bobo de aceitar alguma posição que o exponha à luz do dia. Sempre terá uma resposta adequada, baseada em sua modéstia ou filosofia de vida, para declinar convites inconvenientes e perigosos desse tipo. Afinal, ele detesta desafios e riscos." [...]

Quando postei o artigo em 2012 (pelo seu sucesso) já havia sido publicado pela revista Exame. Já foi retirado dos arquivos da revista na internet, mas preferi deixá-lo com o logotipo original.

Você conhece os ratocorps?

Eles estão em todas as organizações. São simpáticos, sabem agradar às pessoas... Ih, tem um deles roendo uma parte de seu salário bem agora

Autor: Fábio Steinberg* - Revista Exame

Ratos corporativos, ou ratocorps - como a eles poderiam se referir especialistas no assunto -, existem em todas as organizações. São parte inerente do próprio ambiente empresarial, pois nele nascem, crescem e dele se nutrem. Ali historicamente encontram calor, proteção e excelentes condições de desenvolvimento. 

 Bem, mas do que mesmo estamos falando? Não adianta procurar uma explicação na melhor (ou pior) literatura de negócios, pois essa espécie não consta oficialmente de nenhum compêndio. O pior é que, neste exato momento, provavelmente existe um desses seres ao seu lado, sem que você sequer se dê conta. 

Um ratocorp típico é aquele sujeito de inteligência mediana, mas sem chegar a medíocre, que passa na seleção da empresa muito mais pela sua capacidade de repetir chavões e comportamento ambíguo do que pelos seus méritos intelectuais ou criatividade. Ah, sim, geralmente domina o idioma inglês e sabe se portar com discrição - ou seja, fica calado sempre que possível para não dizer bobagem. 

Tímido e assustadiço até ganhar intimidade, suas características físicas peculiares (e principais vantagens competitivas) são os olhos enormes, treinados para tudo observar, e orelhas imensas, com um design perfeito para captar todos os sons e sussurros. A primeira coisa que um ratocorp faz, quando ingressa na empresa, é aprender tudo sobre seus manuais e procedimentos, hábitos e idiossincrasias. Ele sabe que essas serão as futuras armas e ferramentas de trabalho. Intuitivamente, segue com rigor a burocracia e o formalismo, pois assim não corre riscos e garante nunca ser acusado de não cumprir com o seu dever corporativo. 

Enquanto os demais colegas dão sangue e suor à operação, procurando dominar técnicas e colocar em dia o trabalho para o qual foram contratados, o ratocorp gasta energias em coisas bem menos produtivas, mas muito mais efetivas para a sua carreira. Observador atento, dedica-se a descobrir, por exemplo, quem exerce o verdadeiro poder, quais são as agendas ocultas ou os momentos críticos para aparecer à frente dos diretores. Tem a capacidade de ignorar, mas com muita classe, o chefe imediato, pois seu olhar está sempre focado em dois ou, preferencialmente, três níveis hierárquicos acima do seu

PARECE WORKAHOLIC 

Não pense que a voracidade do ratocorp o torna antipático ou mesmo odiado pela maioria dos colegas. Pelo contrário. Ele é geralmente muito charmoso e sabe agradar às pessoas - pois depende disso. Por isso, os seus pares nutrem por ele enorme carinho e admiração, como se fosse um mascote especial. O seu desempenho abaixo da crítica será sempre relevado e jamais visto como má-fé. Afinal, as atitudes que ele vier a adotar estarão sempre ancoradas na funcionalidade, dentro da mais perfeita transparência administrativa. 

Ele parece clonar o comportamento em seu outro colega famoso, o rato Mickey, que, apesar de roedor, é também relações-públicas da Walt Disney e amado pela humanidade há várias gerações. Com o tempo, o ratocorp ganha intimidade com a empresa que o abriga, desde o porteiro até o presidente. Age muito bem nos bastidores, seu verdadeiro hábitat. 
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Depois do expediente, quando se sente mais à vontade, caminha com enorme desenvoltura, embora silenciosamente, por qualquer corredor ou sala da empresa. Fareja quando ainda há gente trabalhando depois da hora, se um escritório está vazio e há quanto tempo.

Sabe aparecer à frente da direção nas horas mais importantes e críticas, transmitindo sempre a imagem de um workaholic. Quando a empresa fecha suas portas e a maioria absoluta dos empregados já está em casa, pode finalmente acessar computadores e escaninhos secretos. 

Muitas vezes, nas suas andanças noturnas ou mesmo feriados, abre gavetas que contêm guloseimas estocadas por alguma gorda e gulosa secretária. Nesses casos, o seu instinto fala mais alto. Não tem remorso e come tudo o que encontra. (Agora você já sabe por que tanta comida some das gavetas da sua empresa fora do expediente.) Mas não julgue precipitadamente que ele é um cleptomaníaco ou um ladrãozinho comum. Roubar alimentos não é o seu core business, mas de certa forma um inocente hobby de quem exerce uma atividade tão solitária. Afinal, ele também precisa se divertir um pouco... 

O ratocorp tem objetivos de longo prazo. Entende que, pela própria dinâmica da operação de uma empresa, ninguém sozinho consegue saber tudo ao mesmo tempo. Por isso, precisa se municiar ao máximo de informações privilegiadas para, quando chegar a hora, exercitar plenamente o poder, mas sempre de forma indireta. 

IMUNE A DEMISSÕES

Cedo ou tarde, a oportunidade de ascensão profissional acaba chegando. O diretor da área decide promovê-lo a gerente, após observar pessoalmente a sua indiscutível lealdade e dedicação à organização - principalmente quando comparadas às dos outros colegas. O desempenho do ratocorp, segundo a percepção do diretor, se traduz em uma inesgotável atividade ("ele está sempre trabalhando"), o profundo conhecimento da empresa ("ele sabe na ponta da língua todos os procedimentos") e o impressionante domínio dos negócios ("ele parece adivinhar as nossas estratégias e planos confidenciais"). A partir desse fato, surge o grande divisor de águas da carreira do ratocorp.

Finalmente, ele é formalmente reconhecido como um de seus representantes oficiais. Mas não espere dele um comportamento profissional digno de seu novo cargo. Seja qual for a missão que receber em sua carreira, sempre vai preferir o papel de conselheiro. Para ele, a melhor camuflagem são atividades de staff, a sua verdadeira vocação, atividades essas de quase impossível avaliação. 

Se algo que ele recomendou der certo, ótimo. Se der errado? Bem, a culpa não foi dele, primeiro porque não era o responsável direto pela execução; depois, porque sua ideia foi muito mal executada. 

O ratocorp é imune a demissões, pois é consenso da empresa que a sua presença é imprescindível. Quando se aposenta, dezenas de anos mais tarde, o faz debaixo de intensos choros e soluços de toda a organização. 

Chega aos mais importantes cargos de assessoria, sempre em funções bem remuneradas de suporte, mas nunca executivas. Isso porque ele não é bobo de aceitar alguma posição que o exponha à luz do dia. Sempre terá uma resposta adequada, baseada em sua modéstia ou filosofia de vida, para declinar convites inconvenientes e perigosos desse tipo. Afinal, ele detesta desafios e riscos. 

Em sua convivência com o Olimpo empresarial, aprende que o exercício do poder é profundamente solitário. Os executivos nunca têm com quem falar de maneira franca, isto é, de igual para igual. 

A subserviência e a bajulação florescem nesse ambiente - e os poderosos são os primeiros a saber disso. Não é raro dirigentes tomarem importantes decisões baseadas apenas na opinião de secretárias, copeiras ou motoristas - que são os seus mais leais e próximos servidores do dia-a-dia. Por isso, os ratocorps representam a saída honrosa e aceita culturalmente pelo sistema para minimizar a angústia do isolamento da corte empresarial. Enfim, um mal necessário. Se não existissem, precisariam ser inventados. 

PACTO DE SILÊNCIO 

Num processo simbiótico, os parasitas privam da intimidade dos organismos que os abrigam. 

Há um momento em que explorado e explorador se confundem e passam a depender um do outro. É a famosa síndrome de Tom e Jerry. Você conhece o desenho animado. O legítimo morador da casa passa o tempo inteiro atrás de um ratinho simpático que explora sem qualquer direito a geladeira e a paciência do gato. Mas se o rato Jerry não existisse, não haveria história, e Tom não seria tão famoso assim... 

Resultado de imagem para ratocorpsPense agora no nosso ratocorp. Coincidência? Dificilmente. E, já que o assunto é mesmo rato, pergunte a qualquer sanitarista de plantão por que todas as cidades do mundo estão infestadas de roedores e ninguém resolve o problema de vez. A resposta, provavelmente, é que há um momento em que colocar veneno demais pode matar, por acidente, outros animais, plantas e até seres humanos. Por isso, os habitantes acabam se acostumando a fazer de conta que não vêem os ratos, desde que estes se limitem a atuar em áreas externas e não invadam as suas residências. 

Nas empresas, há um acordo não- verbal muito parecido. Todos os funcionários sabem quem são e onde estão os sanguessugas do sistema. Mas jamais os denunciam. Primeiro, porque não estão ali para delatar. Segundo, porque a empresa não é mesmo deles. Mas esse pacto sinistro de silêncio tem o seu custo. Os empregados talvez não se deem conta, mas todo fim de mês uma parcela invisível de seus salários é abatida para sustentar colegas ratocorps.
  
As imagens que estão no texto acima não existem no artigo original. Foram colocadas pelo blog Oficina de Gerência exatamente para ilustrá-lo e dar um pouco de leveza na leitura do texto.


Resultado de imagem para fabio steinberg*Fabio Steinberg foi pioneiro, no Brasil, na crítica à vida corporativa. O texto acima, publicado originalmente na revista Exame, é um pequeno clássico da rotina que todos enfrentamos nas empresas em que trabalhamos. Nele, Fabio criou um personagem simplesmente inesquecível: o Ratocorp. Clap, clap, clap. De pé.
Formado em Administração e Jornalismo, é consultor em comunicação empresarial. Em seus 35 anos de carreira profissional, destacam-se 18 anos na IBM Brasil, dez dos quais dedicados à área de relações com a imprensa.
É autor dos livro O Maestro ( Editora C4 / It Books) e Ficções Reais (editora Campus) e colaborou ainda em A Organização Por Trás do Espelho – Reflexos e Reflexões, de Fela Moscovici (José Olympio Editora). 
Escreve com freqüência artigos publicados na imprensa. Foi responsável por uma coluna durante um ano na revista Exame, onde faz eventualmente resenhas de livros de negócios. Além de consultor, Fábio dedica parte do tempo a conferências sobre comunicação e gerenciamento de crises.

domingo, 3 de abril de 2011

Dormir demais não é mais habito de preguiçoso ou vagabundo (revista Galileu).

O
 artigo abaixo, publicado na revista Galileu (clique no logotipo abaixo) está fazendo o maior sucesso na internet e reproduzido em dezenas de blogs e sites. Por que será?
Acho que após a leitura cada um terá sua própria resposta. A minha é até bem simples. Defendo que a curiosidade pelo artigo fica por conta do sentimento de culpa que cada uma das pessoas "dorminhocas" carregam consigo todas as vezes que levantam para trabalhar com muito sono ou chegam atrasadas no trabalho porque "perderam a hora". Eu estou entre elas, "yes sir"...
Nós, os antigos "dorminhocos contumazes" não podemos mais receber esse epiteto. De agora em diante sofremos do "Distúrbio do Sono Atrasado". É o que diz o artigo! A rigor tenho o que se pode chamar de resistencia ao despertar antes das 9 horas. Levanto na marra, como se diz no meu Nordeste. Coloco dois despertadores na mesinha de cabeceira e um bem barulhenteo (de segurança) loge da cama que é para me obrigar a levantar se os dois anteriores não forem suficientes. Não digo que consiga dormir até o meio dia, mas que dá uma vontade danada... Ah! Isso dá!
Voltemos, todavia ao "disturbio do sono atrasado". Eu já imaginava alguma coisa assim acontecendo comigo. Pelo menos me tira - e aos meus "irmãos de pouco sono" -  aquele complexo de culpa por ser diferente da maioria. Pelo menos, doravante, quando chegarmos atrasados em noss compromissos (principalmente pela manhã) podemos sair do constrangimento e dizer orgulhosamente - Eu tenho o disturbio do sono atrasado". Que tal?
Tempos atrás, preocupado comigo mesmo já cheguei até a fazer uma pesquisa no oráculo do Google sobre "deficit do sono". Achei que era o meu problema e confesso que estou mais para essa definição do que para o sono atrasado. Será que são da mesma familia? Ops! Vou parar por aqui porque sinto que estou começando a escrever abobrinhas. Assuntos de medicina não estão entre as minhas especialidades...
O fato é que esse conceito de sono atrasado de um jeito ou de outro é um dos elementos mais perturbadores para a consolidação das carreiras profissionais no mundo das corporações. Trabalhar com sono é um pesadelo (sem trocadilho) e atrapalha muito a concentração em reuniões importantes, leituras e palestras que todos nós, habitantes desse universo, temos que enfrentar.
Espero que a leitura do artigo que lhes apresento possa ajudar aos membros da "irmandade" a compreender o problema e leva-los do sentimento de culpa a um tratamento ou melhoria - tipo "self made man" - das condições para levantar da cama mais cedo e mais bem disposto. Boa leitura.

Clique no logotipo e visite o homesite da revista
Quem dorme até tarde não é vagabundo, diz ciência
Segundo neurologistas, o que essas pessoas têm é distúrbio do sono atrasado


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Pessoas com o gene da "vespertilidade" têm predisposição para acordar tarde.

Alvo de críticas de familiares e amigos, quem gosta de ficar na cama até a hora do almoço pode ter um motivo científico para a "vagabundagem": o distúrbio do sono atrasado. O assunto foi um dos temas abordados no 6º Congresso Brasileiro do Cérebro, Comportamento e Emoções, que aconteceu recentemente em Gramado.
O organismo humano tem um ciclo diário, de modo que os níveis hormonais e a temperatura do corpo se alteram ao longo do dia e da noite. Depois do almoço, por exemplo, o corpo trabalha para fazer a digestão e, conseqüentemente, a temperatura sobe, o que pode causar sonolência.
Quando dormimos, a temperatura do corpo diminui e começamos a produzir hormônios de crescimento. Se dormirmos durante a noite, no escuro, produzimos também um hormônio específico chamado melatonina, responsável por comandar o ciclo do sono e fazer com que sua qualidade seja melhor, que seja mais profundo.
Pessoas vespertinas, que têm o hábito de ir para a cama durante a madrugada e dormir até o meio dia, por exemplo, só irão começar a produzir seus hormônios por volta das 5 da manhã. Isso fará com que tenham dificuldade de ir para a cama mais cedo no outro dia e, consequentemente, de acordar mais cedo. É um hábito que só tende a piorar, porque a pessoa vai procurar fazer suas atividades durante o final da tarde e a noite, quando tem mais energia.
O pesquisador Luciano Ribeiro Jr. da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), especialista em sono, explica que esse distúrbio pode ser genético: "Pessoas com o gene da ‘vespertilidade’ têm predisposição para serem vespertinas. É claro que fator social e educação também podem favorecer”. Mas não se sabe ainda até que ponto o comportamento social pode influenciar o problema.
A questão, na verdade, é que o vespertino não se encaixa na rotina que consideramos normal e acaba prejudicado em muitos aspectos. O problema surge na infância. A criança prefere estudar durante a tarde e não consegue praticar muitas atividades de manhã. Na adolescência, a doença é acentuada, uma vez que os jovens tendem a sair à noite e dormir até tarde com mais frequência.
http://psisaber.files.wordpress.com/2009/11/sono-11.jpg?w=261&h=300A característica vira um problema quando persiste na fase adulta. “O vespertino é aquele que já saiu da adolescência. Pessoas acima de 20 anos de idade que não conseguem se acostumar ao ritmo de vida que a maioria está acostumada”, diz Luciano. Segundo ele, cerca de 5% da população sofre do transtorno da fase atrasada do sono em diferentes graus e apenas uma pequena parcela acaba se adaptando à rotina contemporânea.
O pesquisador conta também que, além do preconceito sofrido pelos pais, professores e, mais tarde, pelos colegas de trabalho, o vespertino sofre de problemas psiquiátricos com maior frequência: depressão, bipolaridade, hiperatividade, déficit de atenção são os mais comuns. Além disso, a privação do sono profundo, quando sonhamos, faz com que a pessoa tenha maior susceptibilidade a vários problemas de saúde: no sistema nervoso, endócrino, renal, cardiovascular, imunológico, digestivo, além do comportamento sexual.
O tratamento não envolve apenas remédios indutores do sono, como se fosse uma insônia comum. É necessária uma terapia comportamental complexa, numa tentativa de mudar o hábito, procurando antecipar o horário do sono. Envolve estímulo de luz, atividades físicas durante a manhã e principalmente um trabalho de reeducação.
E as pessoas que têm o hábito de acordar às 4 ou 5 horas da manhã? “O lado oposto do vespertino é o que a gente chama de avanço de fase. Só que esse não tem o problema maior no sentido social. Ele está mais adaptado aos ritmos sociais e profissionais. Os meus pacientes deste tipo têm orgulho, já ouvi mais de uma vez eles dizendo ‘Deus ajuda quem cedo madruga’”, diz o neurologista.

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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Um velho dilema: tarefas ou horários?



[Artigo republicado]
A imagem abaixo é o fac-simile de uma página da Harvard Business Review, edição de fevereiro de 2008. Resolvi publicá-lo pelo tema e conteúdo super atual. 
O título - do artigo- que fala em "geração Y",  refere-se aos nascidos de 1980 em diante. Ou seja, a turma jovem que está - atualmente - se iniciando no mercado de trabalho.
Ninguém pense que é fácil gerenciar tarefas sem se preocupar com horários. Cobrar horas trabalhadas do seu time é a forma mais confortável de gestão. Longe de poder ser classificada como uma atitude de liderança o sistema "cadeira-bunda-hora" (que me desculpem os puristas...) esconde na verdade uma certa incapacidade de transformar o poder e a autoridade do cargo de chefe em reconhecimento de liderança. Obviamente não vamos levar a expressão ao pé da letra. Existem casos e casos. No geral aquele chefe que exige horários de trabalho rígidos e sem flexibilidade (exceção feita às corporações que têm de trabalhar privilegiando as tarefas sem muita preocupação com as "humanidades", por exemplo, os militares) é um lider inseguro que se refugia na autoridade do cargo. É mais fácil punir e demitir do que transformar, ensinar e orientar para os resultados positivos. É fato!
Esse artigo trata desse tema. Vale a leitura.
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Tarefa sim, horário não:
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PS: A "janela Tendência Sustentável" ao final do texto não tem nada a ver com ele. Está na página copiada e não foi possível retirá-lo.
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sábado, 28 de novembro de 2009

Aprenda como destruir sua carreira com cinco atitudes.

As melhores coisas que a gente acha na internet normalmente são fruto do acaso não é mesmo? 
Estava eu navegando sem rumo certo na rede e eis que me deparo, pela via do Google Imagens (meu preferido para buscas), com a reportagem abaixo no site da revista "Computerworld". 
Já conhecia a revista, tradicional e consagrada na sua corporação, mas a materia é sensacional para quem está trafegando na avenida do mundo corporativo. A partir do título "5 Maneiras Fáceis de Matar Sua Carreira" já atrai a curiosidade do leitor interessado. Sim, porque todos nós temos uma carreira ou em curso ou em construção.
Além do mais reduz a cinco itens a possibilidade de alguém destruir a própria vida profissional o que, convenhamos, é uma simplificação brilhante. É claro que existem diversas outras circunstância que levam alguém a "matar a própria carreira", todavia são mais dificeis de acontecer nos cotidianos das empresas.
56504335, Shape&Content /Stock Illustration Source
O melhor do artigo é que os cinco itens listados correspondem perfeitamente à realidade do universo corporativo. Qualquer uma das cinco alternativas apontadas vai detonar a carreira do infeliz que as tenha produzido. E o mais incrivel disso tudo é que qualquer uma delas tem sempre oportunidade de acontecer, pois são frutos de comportamentos e maus-hábitos que muitos profissionais não se preocuparam em corrigir ao longo de suas trajetórias. 
São elas: Enviar e-mail impróprio; Humilhar colaboradores; Contradizer o chefe em público; Cometer erros sociais grosseiros em um evento da companhia; Eliminar possibilidades de retorno ao sair.
Posso dizer que já presenciei todas elas acontecerem. Algumas por profissionais que estavam a mim subordinados. E é verdade. Não há desculpas para nenhuma delas. Quem as praticou ou vier a pratica-las, pelo menos comigo, perdeu e perderá a chance de fazer parte da minha equipe.

dv1162005, David Ellis /Digital Vision
Ah! Faltou dizer que nem no meu período de início de carreira profissional e mesmo nas atividades extracurriculares consegui cometer nenhum destes deslizes. E não tive dificuldade em fazer isto porque são maus hábitos que não contrai ou não desenvolvi por conta da educação recebida e por cultivar a sensatez que, de resto, está gratuitamente disponível para quem queira dela fazer uso.
Leiam com atenção, pois são ótimos conselhos. E não pense que está isento de cair em uma dessas armadilhas. A vaidade exacerbada, a arrogância da autoconfiança e a cabeça quente são os maiores detonadores dessas atitudes. Já vi profissionais inteligentes e preparados contradizerem seus diretores, em reuniões importantes, por conta de presunção, pretensão e jactância. Apesar de alguns terem até pedido desculpas, em pouco tempo nenhum deles "sobreviveu" na corporação. 

 
[clique sobre o logotipo e visite o site]

5 maneiras fáceis de matar sua carreira

1 - Enviar e-mail impróprio 
  • 1 - Enviar e-mail impróprio: A maioria das pessoas é suficientemente lúcida para evitar piadas de mau-gosto na comunicação corporativa. O maior problema dos funcionários é o das respostas impulsivas a e-mails. Leia bem antes de responder para evitar má-interpretação e evite as respostas coléricas.
2 - Humilhar colaboradores
  • 2 - Humilhar colaboradores:Nunca despreze funcionários ou critique-o na sua ausência, mesmo se for em conversa com terceiros  ou com clientes. Essa informação pode chegar aos ouvidos da pessoa humilhada e sua situação pode ficar delicada. Mesmo que você considere algum membro de sua equipe um idiota, não diga isso a colegas ou a clientes.



    3 - Contradizer o chefe em público


  • 3 - Contradizer o chefe em público:Você pode até achar que está fazendo um favor para seu chefe ao corrigi-lo em público, durante alguma apresentação. Mas na verdade, o mais provável é que ele fique aborrecido e imagine que você o colocou em uma situação em que fez papel de bobo. Aproveite algum intervalo e fale sobre o equívoco de forma delicada para que ele mesmo corrija posteriormente.
4 - Cometer erros sociais grosseiros em um evento da companhia
  •  4 - Cometer erros sociais grosseiros em um evento da companhia: As festas da empresa são momentos agradáveis de socialização, mas você não precisa comer demais e beber ao ponto de se embriagar. Tome cuidado com os convidados que você leva e não reclame da empresa ou do seu chefe. Só fale de trabalho se for algo positivo.
5 - Eliminar possibilidades de retorno ao sair 
  •  5 - Eliminar possibilidades de retorno ao sair: Muitas pessoas têm a fantasia de sair da empresa criticando o chefe e falando tudo o que tem vontade. No entanto, você nunca sabe quando precisará novamente da empresa em momentos de turbulência do mercado. Procure sair bem relacionado, sempre deixando as portas abertas.  
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjEnXKvt3LydM5_EPxWzG2lsGxlwCQ9T-qUIu_w18cLv4aIsi8cFqusC4xdGhvuZIMQJCwaXyIbgd1nwRFk6FlVN8Cwa2vCS5e-jUIoAOOwHoTy1uo5EPyoM1MiHKu6T-VHTqTvxYDUrIA/s320/imagens_25_set007.jpg

sábado, 17 de janeiro de 2009

Bigode está voltando à moda, mas não é novidade...

Confesso que não sou um leitor da revista Isto É. Já assino a Veja e a Época e das três acho a Isto É mais, como direi, voltada para o genérico, menos especializada (minha opinião). Mas é uma grande revista.
Aproveitei que a sua edição é aberta aos não assinantes e dei uma "folheada". Encontrei várias reportagens interessantes e escolhi esta, abaixo, para colocar no blog. Sabe como é, sábado, fim de semana e final de tarde... Falar sobre a volta do bigode à moda dos jovens cai bem no espaço da Oficina de Gerência. Serei, certamente, desculpado pelos meus "fiscais" de qualidade.
Aos jovens (principalmente eles) freqüentadores do blog fica a sugestão para lerem a reportagem se estiverem a fim de entrar no "clube dos bigodudos". Quero lhes dizer que sou um experto no tema. Usei bigode desde... (nossa! nem me lembro, mas era muito jovem) e barba completa desde que me casei. Basta dizer que meus filhos, todos adultos, não me conhecem sem ela.

Pois bem, como experto não posso deixar de colocar minha "pitada": não usem bigode e muito menos barba se não tiverem paciência e vaidade para cuidar diariamente. É isso mesmo! Dá um trabalho danado e se for maltratada passa uma péssima impressão na aparência pessoal do... proprietário.
Pronto! Já dei minha consultoria e vocês agora estão prontos para ler a reportagem.
Ah! Ia esquecendo. Se resolverem aderir à moda não se esqueçam de consultar as esposas (se for caso) ou às namoradas. Se elas não gostarem, desistam.


http://www.caoazul.com/loja/images/salvem%20o%20bigode1.gif


A moda que está na cara
Depois de décadas em baixa, o bigode volta a fazer parte do visual dos jovens

Verônica Mambrini

FOTOS: MURILLO CONSTANTINO/AG. ISTOÉ; BRAD BARKET/

Em Hollywood e aqui: Rafael Zanatto (à esq.) e Wilson Mencaroni têm feito sucesso com o novo visual. Abaixo, os “embaixadores” George Clooney e Brad Pitt

A cada dois ou três anos, eles ameaçam uma volta. Mas neste verão dão sinais de que vieram para ficar, pelo menos nesta temporada. Seja uma versão mais malandra, como a ostentada por George Clooney, seja o estilo fininho, estampado no rosto de Brad Pitt, está cada vez mais comum ver bigodes enfeitando jovens feições masculinas. Para a consultora de estilo Bia Kawasaki, eles ainda não tinham pegado para valer porque a aceitação é bem menor do que a das barbas e dos cavanhaques. “Mas algumas coleções seguidas de moda com inspiração latina encorajaram o uso”, diz Bia.

O estudante de história Rafael Zanatto, 23 anos, já usava o adereço esporadicamente, mas amparado na tendência encabeçada pelos astros de Hollywood (Brad Pitt, inclusive, ensaiou um movimento pela volta do bigode), aderiu de vez. “O meu tem vida e morte, porque eu não consigo aparar e, às vezes, erro na hora de me barbear. Mas agora vou deixar indefinidamente”, diz Zanatto, que desenhou o seu inspirado no guitarrista Jimmy Hendrix. Vizinho e amigo de Rafael, o estudante de relações internacionais Wilson Noretti Mencaroni, 19 anos, também deixou o seu crescer. “Comecei a usar há algumas semanas. Na balada, fez sucesso”, garante.

Embora nunca tenham saído completamente de cena, os bigodes eram vistos somente no rosto de pessoas mais velhas. Mas a variedade de estilos e combinações permitidos hoje faz com que esse elemento não pese na aparência, a ponto de seu dono parecer um personagem. “Na verdade, ele ficou muito relacionado aos anos 70”, diz o stylist Rodrigo Polack, ele próprio um adepto. “O bigode voltou com uma outra cara, mais moderna. Não existe mais o visual de cafajeste de camisa aberta e corrente no pescoço”, completa. Outra referência que contribuiu para a tendência é a valorização do kitsch, presente, por exemplo, no seriado Betty, a feia. “O nerd ficou pop”, conclui.

Mas nem todos os homens ficam bem com o adorno. Como o bigode chama a atenção para o rosto, cai melhor em quem tem traços finos, como o produtor cultural Gabriel Dias Bertolim, 23 anos. “Combina com minha aparência e ajuda a passar uma imagem de alternativo, romântico”, diz. Boa desculpa para aderir à moda.