27 DE JULHO DE 2024 - SÁBADO - DIA DO MOTOCICLISTA



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domingo, 23 de junho de 2024

O que acha de envelhecer?



O tema do envelhecimento me diz respeito diretamente. Estou vivenciando, exatamente, esta fase da vida e devo dizer, bastante à vontade com ela, não tenho queixas relevantes.

Desculpem não declinar minha idade. Apenas direi que é, digamos, avançada; e não a digo, não porque tenha alguma reserva sobre isso, mas porque sempre vão dizer que "não pareço ter essa idade" ou "o que eu faço para aparentar menos idade?" e coisas semelhantes. Confesso que às vezes fico até constrangido, mas a verdade é que realmente minha "embalagem" não entrega o que as pessoas imaginam que seja o protótipo da idade que tenho.

Todavia, não estou aqui para falar sobre mim ou minha idade. Faço essa apresentação do artigo para compartilhar com os leitores e amigos do blog um belo texto que recebi, via WhatsApp, de um antigo e caro colega de trabalho.

O texto está publicado na internet em vários sites; eu não o conhecia e não tem autor designado. Na minha pesquisa, descobri que ele foi uma resposta, do autor, à pergunta "O que você acha da velhice?"

Ao ler, percebi que seria a resposta para quem me perguntasse o mesmo. Não titubeei e decidi, então, compartilhar o texto na Oficina de Gerência.

Para aqueles que estão vivendo essa fase do envelhecimento e não a estão aproveitando adequadamente, recomendo a leitura, como se fosse um conselho. 

Já aqueles que a estão vivendo de forma saudável, sob a proteção da saúde e da paz interior, recomendo a leitura, especialmente para se confirmar e reviver momentos prazerosos de suas longas existências.



GOSTO DE ENVELHECER


Eu nunca trocaria meus amigos surpreendentes, minha vida maravilhosa, minha amada família por menos cabelo branco ou uma barriga mais lisa. 

Enquanto fui envelhecendo, tornei-me mais amável para mim e menos crítico de mim mesmo. Eu me tornei meu próprio amigo... 

Eu não me censuro por comer biscoito extra, ou por não fazer a minha cama, ou para a compra de algo bobo que eu não precisava, como uma escultura de cimento, mas que parece tão “avant garde” no meu pátio. Eu tenho direito de ser desarrumado, de ser extravagante.

Vi muitos amigos queridos deixarem este mundo cedo demais, antes de compreenderem a grande liberdade que vem com o envelhecimento.

Quem vai me censurar se resolvo ficar lendo ou jogando no computador até as quatro horas e dormir até meio-dia? Eu dançarei ao som daqueles sucessos maravilhosos dos anos 60 e 70, e se eu, ao mesmo tempo, desejo chorar por um amor perdido... Eu vou.

Vou andar na praia em uma sunga excessivamente esticada sobre um corpo decadente, e mergulhar nas ondas com abandono, se eu quiser, apesar dos olhares penalizados dos outros no jet set. Eles, também, vão envelhecer.

Eu sei que eu sou às vezes esquecido. Mas há mais, algumas coisas na vida que devem ser esquecidas. Eu me recordo das coisas importantes.

Claro, ao longo dos anos, meu coração foi quebrado. Como não pode quebrar seu coração quando você perde um ente querido, ou quando uma criança sofre, ou mesmo quando algum amado animal de estimação é atropelado por um carro? Mas corações partidos são os que nos dão força, compreensão e compaixão. Um coração que nunca sofreu é imaculado e estéril e nunca conhecerá a alegria de ser imperfeito.

Eu sou tão abençoado por ter vivido o suficiente para ter meus cabelos grisalhos, e ter os risos da juventude gravados para sempre em sulcos profundos em meu rosto.
Muitos nunca riram, muitos morreram antes de seus cabelos virarem prata.

Conforme você envelhece, é mais fácil ser positivo. Você se preocupa menos com o que os outros pensam. Eu não me questiono mais. Eu ganhei o direito de estar errado.

Assim, para responder sua pergunta, eu gosto de ser velho; gosto da velhice. Ela me libertou. Eu gosto da pessoa que me tornei. Eu não vou viver para sempre, mas enquanto eu ainda estou aqui, eu não vou perder tempo lamentando o que poderia ter sido, ou me preocupar com o que será. E eu vou comer sobremesa todos os dias (se me apetecer).
Utilize o link abaixo do post para publicar seu comentário sobre o tema, que é bastante atual e polêmico. Se você tem uma opinião, publique-a, mesmo sob seu anonimato



sábado, 15 de junho de 2024

O "Invisível" na gestão. Você sabe administrá-lo? (Oscar Motomura)

Publico mais um artigo do "maestro" Oscar Motomura. Já deve ser o quarto ou quinto texto  desse grande nome, brasileiro, da consultoria mundial (clique aqui). 

Sou suspeito para falar sobre Oscar Motomura. No presente artigo ele está mais "Motomura" do que nunca. Sua criatividade (e talento) para provocar" insights nos seus leitores e ouvintes é inesgotável. 

Você já ouviu falar de gestão do invisível? Aposto que não. É o tema do artigo abaixo.
  • "O grande desafio para os líderes é trazer o invisível para a mesa de decisão e para o dia-a-dia das pessoas."
Esta é uma das provocações que estão no texto. Minha recomendação é que - a exemplo dos anteriores - você o leia com máxima atenção, releia e leia novamente. 

Normalmente não é da primeira vez que compreendemos, na plenitude, os conceitos (muitos deles ocultos numa leitura desatenta) que estão nos ensinamentos de Motomura. Não percam a oportunidade.
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(clique no logotipo)

Gestão do Invisível
*Por Oscar Motomura


"No filme “Maré Vermelha”, com Gene Hackman e Denzel Washington, o conflito entre os principais personagens - o comandante e seu principal oficial - é gerado por uma questão de percepção. O submarino nuclear está recebendo uma mensagem do alto comando.

A transmissão é interrompida logo após a introdução. Sabe-se que a mensagem diz respeito ao lançamento de mísseis.
Mas seu conteúdo principal – a ordem – não chega a ser impresso pelo sistema e o submarino fica incomunicável. 

Para o comandante, o que foi recém-impresso não tem significado algum. Trata-se apenas de um “fragmento de mensagem” e portanto deve-se cumprir a ordem anterior, que havia sido recebida por inteiro. No entanto, para o seu principal oficial, esse não é o curso de ação correto, pois há uma nova mensagem importante, ainda que não visível.

Um grande grupo financeiro, conhecido por seu pioneirismo na área de tecnologia, realiza uma profunda reorganização. Num efeito colateral imprevisto, seus funcionários perdem a confiança no conjunto de valores que fazia da empresa um dos melhores lugares para se trabalhar. 

O grupo continua como um dos mais avançados do mercado em tecnologia e seus resultados ainda são bons, mas seus melhores talentos estão aos poucos deixando a empresa e os universitários, que antes faziam fila para juntar-se ao grupo, agora parecem preferir outras opções.

Uma empresa de consultoria tem crescido exponencialmente seus investimentos em gestão do conhecimento. As soluções criadas pelos consultores são rapidamente incorporadas a um “banco de ideias”, tendo como objetivos evitar a reinvenção da roda, trazer maior velocidade ao processo de análise e solução de problemas e reduzir custos. Não obstante todo esse esforço, a empresa está perdendo posição no mercado. Parece que o “banco de idéias” não está conseguindo capturar o “x” dos projetos de sucesso.

Uma empresa na área de serviços tem conseguido resultados excepcionais investindo na criação de uma cultura em que o interesse pelo cliente não é algo apenas protocolar. Cada funcionário trabalha com interesse genuíno pelo bem-estar dos clientes. Sua principal concorrente tem copiado suas melhores práticas, mas não vem conseguindo bons resultados.

Por iniciativa de um grupo de cidadãos, a cidade de Franca, em São Paulo, realiza há meses uma intensa campanha batizada de “Viva Franca” com o objetivo de elevar a motivação de todos os seus quase 200 mil habitantes. A premissa do movimento é que um povo energizado consegue enfrentar todos os desafios conjunturais, por mais árduos que sejam.

A cidade de Santa Vitória do Palmar, no Rio Grande do Sul, vem conseguindo criar soluções bastante imaginativas, engenhosas e eficazes para seus desafios econômicos e sociais a partir da “descoberta” dos ativos que existem na região.

Novos conhecimentos estão permitindo que seus moradores descubram usos inéditos de tudo que é abundante na região e não era sequer considerado útil.

Uma empresa líder em seu ramo está começando a perder terreno e declinar. As conversas de corredor revelam que a briga por poder está se acirrando. Há muitos “feudos” competindo entre si e os “subterrâneos” da empresa estão ficando cada vez mais pesados: muita fofoca, politicagem e jogos desleais. O mais surpreendente de tudo é que a diretoria parece ignorar tudo isso. “Lá em cima” ninguém fala sobre essas coisas.

A empresa “A” vem apresentando resultados modestos nos últimos cinco anos, mas vem se fortalecendo cada vez mais, realizando muitos investimentos em novos produtos, na busca de conhecimentos, em tecnologia de ponta, na criação de embriões de novos negócios, na formação de novos talentos para o futuro. A empresa “B”, sua principal concorrente, tem sido a melhor em resultados (faturamento e lucros) nos últimos anos. Contudo, o seu investimento no futuro tem sido praticamente nulo.

Todos esses casos ilustram a gestão do invisível contraposta a uma gestão centrada em torno dos dados concretos, visíveis, quantificáveis e “reportáveis” nos demonstrativos e sistemas de informações tradicionais.

Até que ponto a gestão de empresas e mesmo de países contempla o invisível? Até que ponto essa omissão explica muitos dos problemas concretos que vemos ao nosso redor na gestão privada e pública?
Até que ponto estamos formando executivos que só conseguem lidar com o que está explícito – como o capitão do submarino – e que são insensíveis ao não visível?

Essa ênfase quase total no concreto não estaria levando empresas a ignorarem fatores chave como a confiança das pessoas na empresa, em seu propósito e valores, em seus líderes?

Ao trabalharmos qualidade, sabemos se cada colaborador está genuinamente interessado pelos clientes? Sabemos como está a motivação de toda a equipe no dia-a-dia ou nos contentamos com pesquisas de clima feitas a cada ano?

Temos consciência de todos os ativos que temos em nossa organização, em nossa cidade, em nosso país ou só gerenciamos o que é reportado em nossos balanços? E os “talentos ocultos” de nossos colaboradores, de nossos cidadãos? E nossos espaços ociosos, nossa tecnologia não-utilizada? E nossos ativos ecológicos, explorados como matéria e não como conhecimento? E os resíduos que não aproveitamos (que poderiam até ser insumos importantes para outras “indústrias”) por simples analfabetismo ecológico?

E quanto ao processo criativo em andamento em nossa organização, em nosso país? Quantas idéias excelentes ficam pelos corredores? Quantas pessoas criativas estão bloqueadas pela rotina massacrante do curto prazo? Quanto da energia vital da organização, do país, está se esvaindo por falta de uma gestão mais envolvente, estimulante, participativa?

O ponto-chave dessas reflexões é: o que, na verdade, estamos efetivamente gerenciando nas organizações e no país? Gestão do quê? Parece que o foco da gestão ainda está fortemente vinculado ao visível, ao concreto, ao quantificável. O grande desafio da gestão parece estar em descobrir como atuar sobre o todo, tanto o visível como o invisível. E o invisível no sentido mais amplo, que transcende em muito o tradicional intangível. Não estaria a essência das organizações e do país exatamente nos aspectos invisíveis do seu ser?

O grande desafio para os líderes é trazer o invisível para a mesa de decisão e para o dia-a-dia das pessoas. Veja no quadro um exemplo de ferramenta que visa tornar o invisível mais gerenciável. O tópico escolhido para essa ilustração é o dos custos invisíveis. Em nossos cursos usamos esse material na forma de um baralho que pode ser levado à mesa de decisões na empresa. Aqui ele está expresso sob a forma de um checklist. Que tal usar esse material como fonte de inspiração para criar outras ferramentas que tragam o invisível para dentro de seu processo de gestão?"
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QUADRO
Checklist de Custos Invisíveis
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( ) Custo da desarmonia e dos desgastes interpessoais no dia-a-dia
( ) Custo da politicagem, das fofocas, dos boatos, dos “subterrâneos”
( ) Custo do clima pesado e da crítica destrutiva
( ) Custo dos boicotes e das resistências
( ) Custo da competição predatória, da ausência de cooperação

( ) Custo da falta de autenticidade
( ) Custo da desconfiança e dos controles excessivos
( ) Custo da falta de persistência e de aceitar o “mais ou menos”
( ) Custo da acomodação pelo excesso de recursos
( ) Custo da arrogância que bloqueia a aprendizagem
( ) Custo da falta de austeridade
( ) Custo do ostentatório, do exibicionismo, da busca de status
( ) Custo da não-reciclagem
( ) Custo da “qualidade a qualquer preço”

( ) Custo da postura de não ligar, de não se importar
( ) Custo da desmotivação, da falta de pique das pessoas
( ) Custo da acomodação pelo sucesso alcançado no passado
( ) Custo do excesso de dados, da “poluição informacional”
( ) Custo da falta de diálogo e de sintonia
( ) Custo dos mal-entendidos e da comunicação deficiente
( ) Custo do não se importar com o amanhã e focar no curto prazo
( ) Custo da “liderança” ausente
( ) Custo da ineficácia, do amadorismo, da pessoa errada no lugar errado
( ) Custo do não usar bem os talentos que tem
( ) Custo dos ativos ociosos
( ) Custo do mau uso dos recursos da empresa
( ) Custo do turnover de pessoal
( ) Custo da “taxa de urgência” e do fazer na última hora
( ) Custo do estar estruturado para picos
( ) Custo do isolamento e da falta de parcerias e sinergias
( ) Custo das gorduras estruturais
( ) Custo das superposições de pessoas e áreas fazendo a mesma coisa
( ) Custo da falta de coordenação e da não-otimização
( ) Custo das estruturas mal idealizadas, superadas, dessintonizadas
( ) Custo dos sistemas obsoletos
( ) Custo da falta de criatividade
( ) Custo do “reinventar a roda”
( ) Custo do que se deixa de fazer, da procrastinação
( ) Custo do fazer o que não é mais preciso ou necessário
( ) Custo do descontrole
( ) Custo da desordem
( ) Custo do refazer, do corrigir, do compensar erros
( ) Custo da tecnologia obsoleta
( ) Custo da manutenção excessiva
( ) Custo da baixa produtividade
( ) Custo dos desperdícios no dia-a-dia
( ) Custo da burocracia
( ) Custo da lentidão, da demora para decidir
( ) Custo da superficialidade das análises e decisões
( ) Custo do “não pesquisar o melhor preço da praça”
( ) Custo das negociações mal feitas, pouco refinadas e com baixo nível de aspiração
( ) Custo do desequilíbrio entre “fazer dentro” e “comprar de fora”
( ) Custo da conveniência e segurança dos estoques altos
( ) Custo do inacabado, do começar muita coisa e não completar

 


OSCAR MOTOMURA é fundador e principal executivo do Grupo Amana-Key, um centro de excelência em gestão de alcance mundial com núcleo em São Paulo, Brasil. A Amana-Key é uma organização que se propõe a estar sempre na vanguarda do processo de criação de “produtos de conhecimento” - na área de gestão, estratégia e liderança - dirigidos a executivos de organizações empresariais, governamentais e não-governamentais.
Mais de 30.000 executivos de todos os estados do Brasil já participaram dos programas avançados de gestão e dos “advances” de reinvenção da Amana-Key.adicais em gestão que sejam capazes de gerar desenvolvimento genuíno de pessoas, organizações, comunidades e do todo maior.
A Amana-Key é uma organização a serviço do bem comum.Motomura começou sua carreira no Brasil numa multinacional da área financeira, onde chegou à posição de alta administração aos 26 anos de idade. Fundou sua própria empresa, ponto de início do Grupo Amana-Key, aos 28 anos. Hoje é considerado um dos mais criativos especialistas em estratégia do país. Motomura é graduado em administração e psicologia social.

NOTA - Este artigo foi originalmente publicado no blog em 30/10/2008

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domingo, 9 de junho de 2024

Emoção com a inesquecível Tina Turner - "Let's Stay Together"

Cá estou eu, curtindo meu domingo, organizando minha semana e ouvindo playlists no Spotify quando, de repente, pinta Tina Turner cantando "Let's Stay Together". Para tudo! Tina Turner é assim comigo. Paro o que estiver fazendo para ouvi-la.

Não me contento só com o som. Vou buscá-la, ávido, no YouTube. Procuro a canção e encontro uma apresentação ao vivo da musa. Misto de saudade e emoção por vê-la tão cheia de vida, ali cantando "Let's Stay ..." que é uma das mais lindas do seu legado.

Me emociono. Ouço, uma, duas, três vezes... Que saudade! E penso, vou compartilhar essa saudade e essa emoção no meu blog, com os amigos e leitores. 

E aqui está o vídeo: Let's Stay Together em uma interpretação empolgante e magnífica de Tina.  Confiram.

Fica aqui, para sempre, no blog, como mais uma homenagem, não só a ela, nossa Tina, bem como aos momentos maravilhosos que vivenciamos, tantos de nós, ao som de suas canções e sua figura ímpar.

Espero que curtam...