27 DE ABRIL DE 2024 – SÁBADO - DIA DA EMPREGADA DOMÉSTICA


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FRASE DO DIA

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FRASE COM AUTOR

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terça-feira, 27 de julho de 2021

Cruzeiro Esporte Clube, de Minas, está moribundo.

 


Outro dia estava eu numa live com amigos e alguém, mineiro, trouxe para a roda de conversa a triste situação do Cruzeiro Esporte Clube, a "Raposa Prateada" de Belo Horizonte. Na verdade ele queria fazer uma gozação (cruel) com outro companheiro - cruzeirense doente - que estava no grupo.

Gozação pra lá, gozação pra cá, chegamos à conclusão triste e óbvia: o grandioso clube da "Raposa Prateada" está morrendo à vista de todos. Me ocorreu, então, especular e escrever um artigo sobre as razões pelas quais um gigante como o Cruzeiro Esporte Clube chegou ao fundo do poço (conheça aqui a coleção completa de títulos do Cruzeiro). Abaixo os títulos internacionais e nacionais.



Com sua imensa legião de torcedores, tradições mil e campeão de tudo que haja disputado, a pergunta é: como uma organização do porte do Cruzeiro (veja aqui o que está na Wikipédia sobre o grande clube mineiro) chegou a este ponto onde se encontra?

Primeiro vejamos a atual realidade do Cruzeiro: vive uma luta desesperada contra o rebaixamento da “série B” para “série C” do futebol brasileiro, o que no seu caso significa o ponto mais baixo que um dos maiores clubes esportivos do Brasil e da América do Sul pode chegar. Será o ápice da humilhação.

Como pode ser isso?

Quem ama o futebol – e não estou falando só dos torcedores cruzeirenses – não consegue entender e não se conforma com o drama da camisa azul celeste de Minas Gerais.

Mas tem explicação. E ela se resume a um conceito que é lugar comum na ciência da administração e da gerência: má administração continuada e sem fiscalização.

Não vou citar os nomes dos dirigentes que podem ser responsabilizados pela debacle. Eles são muitos. Um processo desses não acontece de repente. Má gestão no nível de falência não é resultado de um erro localizado e nem de uma pessoa só. Ao contrário, é um encadeamento de decisões erradas, lapsos, desacertos, corrupções e desvios de objetivos.

O Cruzeiro, se fosse um conglomerado privado já deveria estar pedindo falência ou no mínimo uma recuperação judicial. Resiste porque é uma agremiação esportiva com legislação diferenciada.

O processo do Cruzeiro não é nenhuma novidade no ambiente esportivo. No final dos anos 90, a Associação Portuguesa de Desportos, a tradicional Portuguesa ou “Lusa do Canindé” iniciou sua queda. Se manteve aos trancos e barrancos alternando as últimas posições dos campeonatos e torneios que disputou.

A trajetória descendente da Portuguesa foi contínua, caindo da 1ª divisão para a 2ª, depois para a 3ª e finalmente para a 4ª. Tudo isso em três anos. Clique aqui e conheça essa história na matéria “A queda sem fim da Portuguesa”.

(Posições finais na tabela da Série B do campeonato brasileiro após a 14ª rodada)

O Cruzeiro repete o mesmo drama. Caiu em 2019 para a “Série B” do futebol brasileiro e manteve-se em crise profunda não conseguindo voltar à primeira divisão em 2020. Foi o primeiro clube considerado grande a não voltar  a subir no ano seguinte.

Está disputando em 2021, pela segunda vez a “Série B” (o que era, até então, impensável) e o risco de cair para a “Série C” é muito provável. Após quase metade do campeonato de 20 clubes o Cruzeiro está na zona de rebaixamento com menos de 3,5% de aproveitamento (12 pontos em 52 possíveis). Clique aqui e conheça as chances do Cruzeiro. 

Gosto de usar exemplos de gestão (boas e más) das agremiações esportivas, principalmente no futebol profissional. Eles apresentam, em estado puro e público, tudo de bom e de ruim que acontece nas organizações e suas consequências.

No caso do Cruzeiro isso foi escancarado. Negócios mal feitos, dívidas não pagas, salários cronicamente atrasados, crises entre grupos de interesse, denúncias de corrupção em todas as administrações, nepotismos, exploração política da imagem do clube e mais o que couber nesse mesmo repertório de escândalos e vexames (clique aqui para ter uma ideia dos problemas financeiros do Cruzeiro).

Fica triste constatação que as chances de o clube de sequer permanecer na “Série B” são escassas e se cair para a terceira divisão, a imensa “nação cruzeirense” terá de amargar capítulos ainda mais dolorosos para um soerguimento que hoje parece estar em horizonte muito, muito distante.

Rayssa Leal, a "Fadinha do Skate", brilha em vídeo da Nike. Magnífica homenagem...


 

As Olimpíadas trouxeram para o Brasil, logo nas suas primeiras disputas, um novo motivo para o nosso povo sorrir. Falo da Rayssa Leal, a "Fadinha do Skate". 

Assisti todas as apresentações da Rayssa. Em todas elas, era flagrante a "irresponsabilidade" pré-adolescente da menina de 13 anos, fenômeno só por estar ali disputando uma olimpíada.

Enquanto todos ao seu redor mostravam em suas fisionomias a gravidade do  momento olímpico, a Fadinha não estava nem aí. Brincava, dançava, cantarolava e sorria o tempo inteiro.


Essa postura, em uma atleta olímpica, foi conquistando  a mídia internacional. Outros países, o Japão, por exemplo, também tinham atletas pré-adolescentes, que não capturaram as lentes e a atenção dos jornalistas como a Fadinha.

Tudo culminou com a disputa na final do skate feminino pela Rayssa, após a queda das favoritas Pamela Rosa e Letícia Bufoni. Nessa disputa ela continuou no mesmo diapasão. Nem parecia estar numa final olímpica! 


Veio a medalha de prata e levou o Brasil olímpico ao delírio. Seja porque foi magnifica nas provas, seja porque jogou por terra aquela imagem de preocupação fúnebre que sempre cerca os atletas antes das provas, seja porque a sua explosão de criança tomou as telas. O que vimos foi uma menininha de 13 anos correndo, pulando, sorrindo sem saber ao certo para onde ir e o que fazer. Foi lindo de ver e sentir aquela alegria em estado puro.

Mais que tudo, a torcida viu na Raissa a conquista de uma menina, que ainda brinca com bonecas e bichinhos de pelúcia, transformar a vida real em um sonho digno de um filme de Walt Disney. Um filme mágico de fadas e final feliz.


Muito ainda vamos ver e ouvir sobre a Raissa Leal. Filmes e livros serão escritos sobre ela. A sua conquista, na primeira disputa olímpica do skate, está eternizada. E com 13 anos ainda terá muitas disputas pela frente, inclusive em olimpíadas. 

Ainda terá de carregar a maravilhosa imagem da "Fadinha" por algum tempo, mas na próxima olimpíada e deverá estar lá, em Paris, já terá 17 anos...

Coloco abaixo o vídeo que Nike produziu (com mais de 500.000 visualizações, em três dias) e que emociona por conseguir traduzir, em um minuto e meio, o sentimento que acendeu, nos brasileiros de todas as camadas sociais, aquela luz de alegria e esperança de que os sonhos podem ser, sim, realizados.


domingo, 18 de julho de 2021

O que a demissão de Rogério Ceni do Flamengo ensina sobre liderança


No dia da estreia de Rogério Ceni como técnico do Flamengo (11/11/2020), escrevi um post na Oficina de Gerência intitulado "Rogério Ceni será submetido à Fórmula da Liderança".

No artigo eu disse que se Rogério não conseguisse dominar as variáveis da "Formula" (grupo dos jogadores,  situação do clube e ele próprio como líder)  ele não iria demorar muito. A fórmula da liderança é implacável; e não deu outra.  O técnico, ídolo do futebol brasileiro como jogador, foi, como que,  praticamente banido da Gávea.

Por quê? Ficou a pergunta no ar. Na minha avaliação como gestor, Rogério caiu porque não dominou nenhuma das variáveis da fórmula L=f (l, s, g): ele mesmo (líder), o plantel de atletas (grupo) e o ambiente de trabalho (situação). Para mim não foi nenhuma surpresa.

A explicação do Flamengo para a demissão do seu técnico foi  feita através de uma notinha curta e discreta que nem merece ser transcrita aqui porquanto não expressou a verdade dos fatos.  Apenas transmite que ele não foi demitido, foi é “retirado às pressas”.

Rogério saiu do Flamengo com um retrospecto de, em 44 jogos, haver vencido 23, empatado  11 e perdido 10. Nesse breve período conquistou o Brasileirão de 2020, a Supercopa do Brasil 2021 e o Campeonato Carioca de 2021. Ás vésperas da demissão 

Pelo que está aí, não foi por deficiência técnica que o comandante do time foi afastado. O que se sabe é que Rogério foi "detonado" internamente.  Dias antes da sua demissão, em um áudio "vazado", um funcionário de alto escalão administrativo no departamento de futebol do clube, falou cobras e lagartos do Rogério Ceni. Veja abaixo a transcrição de um trecho do áudio: 

[...] "Cara, ele é uma pessoa ruim. Não tem outra definição. É uma pessoa ruim. O cara é perdido, faz m***, critica departamentos. Ele não tem respaldo do pessoal de cima, deixa ele meio perdido aqui. Mas ele está lá há quase um ano já, ele nunca se interessou em sentar-se com o pessoal da análise de desempenho, que são os caras de tática e tal, para ver quais são os processos, o que que faz. Ele nunca se interessou em sentar-se no nosso departamento, virar e falar: "gente, estou precisando de pessoas, de jogadores, de um cara assim, o que vocês têm? Me ajudem"  [...].

Se estiverem interessados em ouvir o áudio inteiro clique aqui . 

Esse foi o estopim da crise. O funcionário foi demitido sumariamente e Rogério, alguns dias depois, de madrugada, em meio a uma campanha de tropeços no Brasileirão e  às imensas reclamações da torcida e de dirigentes do Flamengo. 

Rogério desagradou A todos porque não soube se ajustar ao "ambiente" do clube, o que cá pra nós, é muito, muito complicado para um cara que tem apenas 4 anos de profissão; e trajetória  como técnico, diga-se de passagem, meio tumultuada com demissões no São Paulo e Cruzeiro, apesar do sucesso com o Fortaleza.

Deve ter aprendido que liderança de sucesso não depende apenas de si mesmo.  Foi uma dura lição, mas deve se recuperar porque tem uma base boa e o respaldo (que ajuda muito) de conhecer o meio como grande ídolo que foi do São Paulo

Para completar este comentário, sugiro que leiam o excelente artigo abaixo, que transcrevi do site da revista Exame. Foi o melhor texto que li sobre a demissão do Rogério, analisada à luz dos princípios da liderança e da gestão.  Recomendo que os jovens executivos em princípio de carreira leiam e guardem a boas lições ele evoca.




O que a demissão de Rogério Ceni do Flamengo ensina sobre liderança

Com passagens no comando do próprio São Paulo, Fortaleza e Cruzeiro, Rogério Ceni ainda tem pontos de amadurecimento como líder, na visão de especialista em carreira

Ele foi um sucesso inegável dentro dos campos de futebol, protegendo o gol do time São Paulo. Já na liderança dos times, a excelência de Rogério Ceni não é a mesma. Com cerca de quatro anos de carreira como técnico, o ex-goleiro foi demitido na madrugada deste sábado pelo Flamengo.

Como jogador, ele foi o nome que atuou mais tempo com a camisa do clube paulista, recebeu prêmios de melhor goleiro e estava na seleção brasileira durante a Copa de 2002.

Na madrugada deste sábado, às 2h46, o clube rubro-negro informou que ele estava de fora do comando do time. Informações dos bastidores afirmam que a sexta-feira foi intensa nas reuniões da diretoria rubro-negra, segundo apuração de sites especializados como o Globo Esporte.

Rogério Ceni foi contratado em novembro de 2020 e teve seu contrato encerrado antes de completar um ano. Ele não teria resistido aos resultados ruins do início Brasileirão e ao clima interno ruim.

Com passagens no comando do próprio São Paulo, Fortaleza e Cruzeiro, Rogério Ceni ainda tem pontos de amadurecimento como líder que precisariam acontecer para o sucesso à frente de um time como o Flamengo. Esta é a visão do CEO da consultoria Mappit, Rodrigo Vianna, que também é especialista em carreira e ex-jogador de futebol.

"Essa demissão não aconteceu da noite para o dia. Ela culminou na madrugada, na calada da noite, em virtude de um fato recente que foi o vazamento de um áudio de um profissional da área de gestão da companhia. Como nas empresas, muitos dos processos de saída de CEOs não são da noite para o dia. Fatos foram acontecendo que culminaram numa situação em que não havia mais sustentação da figura do Rogério como líder, mas isso não significa que ele não tinha uma boa relação com os jogadores", explica Rodrigo.

Ao fazer um paralelo com executivos de fora do ramo esportivo, Rodrigo Vianna destaca também que a carreira de Rogerio Ceni como técnico está no início.

"Muitas vezes quando você é diretor de empresa, por exemplo, e tem uma carreira indiscutível, não significa que sendo CEO você vai ter uma carreira tão indiscutível quanto. Isso porque a posição de CEO precisa de aprendizado constante, construção de relação. Não é porque o cara chegou onde chegou que deve achar que pode deixar de aprender", opina. "Quanto mais você cresce, mais importante são as relações e a união das pessoas em prol de um objetivo".

Na visão do especialista em carreira, o papel de um técnico e de um profissional com a posição de um CEO, por exemplo, é de o de reger uma orquestra, criar harmonia entre as posições e fazer alterações quando necessário para corrigir falhas.


Para Rodrigo, a demissão de Ceni provou que não era isso o que vinha acontecendo no Flamengo. Na visão dele, faltou para o ex-goleiro algum amadurecimento e tempo à frente das equipes pelas quais passou antes de abraçar o comando de um time do porte do rubro-negro.

"A gente não pode passar muito rápido por alguns etapas porque senão não nos preparamos. Ele sai do futebol e se torna técnico do São Paulo. Será que naquela época ele já estava preparado para ser técnico? Naquele momento, talvez não. Acho que ele poderia ter passado por outros clubes menores, como ele fez depois, indo para o Fortaleza, onde ele foi muito bem. Ele sai do São Paulo quase demitido, tem um bom resultado no Fortaleza e aí vai para o Cruzeiro".

No caso do clube mineiro, Rodrigo afirma que faltou para o técnico entender que o time estava fraco e acabou sendo demitido pela falta de sintonia com o time. Depois disso, o ex-goleiro volta para o Fortaleza até que surge a oportunidade do Flamengo.

"O Flamengo é um time que vinha muito bem treinado pelo Jorge Jesus. O Rogério chega lá como um cara que eventualmente acha que sabe bastante. Acho que faltou para ele ouvir, para fazer com que o time andasse melhor. Esse é um grande erro que acontece com executivos que chegam a posições de comando também. É preciso envolver envolver as pessoas, fazer as conexões e aí depois tomar as decisões"  (Rodrigo Vianna, CEO da Mappit e especialista em Carreira)

Teria faltado para o técnico, na avaliação de Rodrigo, a capacidade de gerar engajamento em toda a comunidade do clube e senso de pertencimento. Rodrigo ressalta que a falta de comunicação entre o time de gestão e inteligência do Flamengo - responsável por monitorar a performance dos jogadores - foi um dos pontos crucias para a relação ter azedado. Sem uma boa relação entre esse time do clube e o técnico, "não tem como dar certo", na visão de Rodrigo.

sábado, 17 de julho de 2021

Variante Delta: o que sabemos sobre a nova cepa do coronavírus?

Você, certamente, já ouviu falar sobre a "Variante Delta" do Corona Virus, mas conhece, exatamente, todas as informações que precisa saber? Tenho (quase) certeza que a resposta é negativa.

Assista ao vídeo (abaixo) produzido pelo Estadão sobre o que se sabe a respeito da "variante Delta" (antiga cepa da Índia), que já se apresenta preocupante em vários países do planeta, incluindo o Brasil.

Trago esta informação ao blog da Oficina de Gerência por considerar que é de extrema utilidade pública. O vídeo é muito bem produzido e traz a marca do Estadão, que por si só já o credencia pela alta qualidade.






Este vídeo está inserido Na coluna de Fernando Reinach no site do Estadão/Ciência. Se quiser conhecer todo o artigo que tem o título de "Será o final da pandemia? Não temos dados para saber o que ocorre no 2º semestre" clique aqui.


quarta-feira, 14 de julho de 2021

Críticas? Saiba ouvi-las, mas não as troque pela intuição.

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Já lhes aconteceu algumas vezes deixar de assistir determinado filme que lhes tenha chamado a atenção por conta de ter lido uma crítica desfavorável a ele? Se a resposta for negativa considerem-se felizardos ou então não dão muita bola para os conhecidos críticos profissionais.
Ainda outro dia comigo aconteceu que vi o trailer de um filme e resolvi que iria assisti-lo na primeira oportunidade. Como curioso que sou sobre o assunto procurei ler alguma coisa sobre o filme. As críticas eram todas desabonadoras. Perdi a vontade de ver o tal filme, pois não há nada pior do que entrar em um cinema e descobrir que o filme não corresponde à expectativa.

Eis que saí com a família para assistir um filme e o escolhido foi exatamente o tal. Para não ser estraga prazer calei-me e lá fui eu assisti-lo com o máximo da má vontade.  O resultado foi que o filme me agradou demais e recomendei-o a vários amigos.  Depois dessa passei a ter mais cuidados ao escolher as fontes de informação sobre os filmes que me chamavam a atenção.

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A
ssim também acontece aqui, na vida real. Muitas vezes deixamos de agir ou nos omitimos por conta da opinião dos "críticos". Eles estão em toda parte. À nossa volta no trabalho, na família, na turma, no clube e onde quer que estejamos. A maioria é bem intencionada, mas continua sendo crítica. Já prestaram atenção nisso? Não? Nem sempre? Ás vezes, talvez? Mas não se preocupem, pois tudo isso faz parte de nosso modo de ser, humanos que somos. Críticos por natureza (bem, pelo menos a maioria de nós).

Com essa conversa toda quero chamar a atenção sobre nos deixarmos levar facilmente pela opinião (ou palpite) de terceiros. Principalmente quando nosso "instinto" ou intuição nos dizem o contrário.  No mundo corporativo é comum que os seus “habitantes” com funções de comando, estejam permanentemente submetidos às pressões das críticas e das incertezas. Sabe-se que quanto mais  evoluímos na carreira mais aumenta a legião dos bajuladores e dos censores à nossa volta. Saber administrar este cipoal de "assessores" é uma das habilidades mais importantes que o candidato ao sucesso deve desenvolver.

Na minha vida profissional nunca fui muito inclinado a seguir o caminho das críticas. Ouvi-las? Sim, aceitá-las? Bem... depende. Tomei muitas decisões contrariando "conselheiros" e outras tantas os ouvindo e aceitando suas ponderações. Contudo, observando meu passado em um radar, posso atestar que dificilmente terei deixado de agir ou tomar decisões - se minha intuição as indicassem como corretas e viáveis - por conta de opiniões contrárias ou críticas de terceiros. Talvez esse possa ter sido (eu disse talvez...) um dos diferenciais para que conseguisse atingir meus objetivos com êxito. 


Esta é a mensagem deste texto. Desenvolvam senhores – se pretendem evoluir em suas vidas profissionais (e pessoais também) – a competência e o talento para saber pesar e sopesar as críticas que venham a receber. Alerto logo, não é fácil ouvir críticas. E nem é agradável. As pessoas que se propõem ao sucesso têm, por comum elevada autoconfiança associada a uma não menos irradiante autoestima; e por conta dessas características não convivem bem com censuras, recriminações ou desaprovações. Todavia são elas as maiores responsáveis pelo feedback que recebemos de nossos desempenhos, acertos e erros. E quem quer que queira subir na vida tem que estar aberto e até provocar avaliações, juízos, julgamentos e opiniões sobre suas decisões, objetivos e planos. O que não se recomenda é que estes parâmetros não se sobreponham à experiência, à intuição e ao discernimento.

Este post foi originalmente publicado em 2012, quase na data de origem do blog. Modéstia à parte, considero que é um dos melhores artigos que escrevi e foi muito visitado à época. Confesso que o havia esquecido. Passeando pelos arquivos da Oficina de Gerência o vi e lembrei dele. Na releitura confirmei sua atualidade e resolvi republicá-lo hoje. Espero que estejam de acordo comigo.


 

sexta-feira, 9 de julho de 2021

9 de julho - Revolução Constitucionalista de 1932

São Paulo está vivendo hoje (9 de julho)  o feriado que evoca um movimento histórico levado a efeito pelo povo paulista em 1932. 

Falo da Revolução 
Constitucionalista que uniu o Estado de São Paulo em torno de uma reação política , armada, contra o Governo  Provisório de Getúlio Vargas que havia tomado o poder através de um golpe de estado  dois anos antes (1930) depondo o presidente Washington Luiz. 

O paulista Júlio Prestes foi eleito , mas não tomou posse (clique aqui) fato que encerrou um período da História do Brasil chamado de República Velha.

Esse foi um dos períodos mais conturbados da nossa história politica com dois golpes de estado consecutivos, movimentos rebeldes com o "Tenentismo"  e um período  de ditadura  denominado de Estado Novo liderado pelo presidente Getúlio Vargas.

Pela riqueza histórica do movimento constitucionalista em São Paulo, que não durou três meses de resistência, a data de 9 de julho foi  transformada em feriado no Estado em 1997 pelo então governador Mário Covas e é respeitada em todo o Brasil .

Para fazer jus à data coloquei uma série de imagens alusivas ao movimento de São Paulo que empolgou todo o grande Estado brasileiro e trouxe consequências importante para a História do Brasil. Veja abaixo

 Se estiver interessado nessa fascinante etapa da história brasileira clique aqui e pesquise mais no Google.



"Nesta sexta-feira, dia 9 de julho, a Revolução Constitucionalista de 1932 completa 89 anos. A resposta dos paulistas ao autoritarismo iniciado no golpe de 1930, que deu início à era de Getúlio Vargas, geraram efeitos que são sentidos até hoje, mesmo que o patriotismo regional tenha diminuído.

Em 24 de outubro de 1930, o presidente Washington Luís foi deposto, e o eleito para os próximos anos de mandato, o paulista Júlio Prestes, exilado. Em 3 de novembro daquele ano, Getúlio Vargas assumiu o chamado Governo Provisório, colocando fim à República Velha, conhecida pela famosa política do café com leite: soberania das oligarquias de São Paulo e Minas Genais. Fato ficou conhecido como Golpe de 1930 ou Revolução de 1930.

Vargas, porém, demorou a organizar uma Assembleia Constituinte, fechou o Congresso Nacional e nomeou interventores (governadores) aos Estados, condutas de centralização de poder. O interventor de São Paulo não agradou aos paulistas.

A população de São Paulo não se contentou com os rumos do Governo Provisório. As mortes dos jovens Martins, Miraguaia, Dráuzio e Camargo (MMDC), em 23 de maio de 1932, durante confronto com forças do governo federal, foi o estopim da revolta paulista. Em 9 de julho, os revolucionários decidiram pegar em armas e repelir as forças federais. Eram cerca de 35 mil soldados do lado constitucionalista contra 100 mil varguistas. (continue a ler clicando aqui no site da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo)"










Se quiser ver mais imagens referentes ao tema é só clicar aqui

segunda-feira, 5 de julho de 2021

Decisões emocionais são inteligentes?



Vamos falar em Inteligência emocional? Desta vez a abordagem é mais sofisticada, pois envolve o comportamento das pessoas ao tomar decisões... sob estresse.

Alguém poderá pensar que decisões e estresse são irmãs ou pelo menos, primas. Ai eu direi, depende... Primeiramente pergunte-se emoções e decisões andam sempre de mãos dadas. O que você acha? Se disser que sim, estará equivocado, em parte, porque nem sempre elas andam assim... tão ligadas. 

Diria que as emoções tendem a fazer parte das ações de decidir, mas você pode (e deve) buscar - por pior que seja o cenário - tomar decisões sem se estressar. Como? É que está colocado no excelente artigo abaixo.

O texto está sob o selo da Universia Knowledge @ Wharton o que, por si só, já o credencia como digno  da melhor leitura. O artigo é produzido por um pesquisador residente da Wharton University (clique no logotipo abaixo) e descreve uma pesquisa sua sobre "tomar decisões inteligentes de forma emocional".

Se tiver interesse no tema prossiga com a leitura pois - certamente - vai compreender como esse processo funciona e pode ser absorvido pela sua experiência. 

Recomendo a leitura para os tomadores de decisão e principalmente aqueles que têm que agir sob pressão e estresses.

Bom proveito.



Clique aqui e visite a home page da Universidade

As coisas estão uma loucura de manhã em casa e seu cônjuge está furioso com você. Irritado, você bate com força a porta do carro e sai em disparada para o trabalho onde uma tarefa importante o aguarda.

Sua capacidade de ignorar a situação em casa e de se concentrar no trabalho que tem em mãos é facilitada por sua compreensão emocional. É uma forma de inteligência emocional, conforme explica Jeremy Yip, professor e pesquisador residente da Wharton. Saber compartimentar permite à pessoa identificar o que a está incomodando preservando à parte, ao mesmo tempo, outros fatores que nada têm a ver com o problema, diz Yip.

Contudo, será que pessoas com níveis elevados de  inteligência emocional são capazes de dar um passo à frente e correr riscos não associados àquilo que as está estressando? Sim, diz Yip, cuja pesquisa "Tomando decisões inteligentes de forma emocional: a capacidade de compreender as emoções reduz o efeito da ansiedade incidental na hora de correr riscos [The Emotionally Intelligent Decision-Maker: Emotion Understanding Ability Reduces the Effect of Incidental Anxiety on Risk-taking], foi publicada no Psychological Science. Stéphane Côte, coautora do estudo, é professora de comportamento empresarial e de gestão em recursos humanos na Universidade de Toronto.

O estudo mostra que as pessoas com níveis baixos de compreensão emocional permitem que fatores alheios ao seu estresse as torne mais adversas ao risco, ao passo que indivíduos com níveis de compreensão emocional mais elevados são mais inclinadas a se arriscar. "Ao identificar a fonte de suas emoções, pessoas com inteligência emocional elevada percebem se suas emoções são irrelevantes, ou não,  para as decisões que precisam tomar", observa Yip. "Como consequência, não experimentam aquele efeito de transbordamento. Elas poderão se sentir ansiosas, mas não permitem que isso transborde negativamente para sua decisão."

Na primeira experiência do estudo, os pesquisadores aplicaram em 108 estudantes da Universidade de Toronto o Teste de Inteligência Emocional Mayer-Salovey-Caruso, que mede os coeficientes de inteligência emocional.

Os participantes foram então divididos em dois grupos. Um recebeu uma tarefa que incitava a ansiedade: preparar um discurso em um minuto. Para aumentar a pressão, os membros do grupo foram informados de que seriam filmados, e que o filme seria exibido posteriormente a seus colegas da universidade que estudavam os ambientes acadêmicos e sociais.

(Concluído o teste, os participantes foram informados de que, no fim das contas, não haveria discurso algum).

O outro grupo recebeu uma incumbência relativamente confortável: deveria preparar uma lista de compras. Como remuneração, os participantes de ambos os grupos tinham duas escolhas distintas: receber US$ 1 ou arriscar a possibilidade de uma em dez chances de receber US$ 10.

No caso dos que receberam a tarefa de escrever um discurso, quem teve poucos pontos no teste de inteligência emocional fez a escolha mais arriscada — aceitou disputar os US$ 10 — apenas durante 16,7% do tempo. Os de nível de inteligência emocional mais elevado, por sua vez, optaram pela opção mais arriscada 48,3% do tempo.

No caso das pessoas que receberam a tarefa mais descontraída de fazer uma lista de compras, e que funcionavam como grupo de controle, os resultados foram muito mais próximos, a despeito do grau de inteligência emocional de cada participante.

"Conforme era esperado, houve um efeito negativo de ansiedade incidental no tocante aos riscos entre os indivíduos com baixa capacidade de compreensão emocional, porém não houve efeito algum entre indivíduos com capacidade mais elevada", disseram os autores.

Preocupar-se ou não?

A segunda experiência tinha como objetivo verificar se as pessoas com entendimento emocional em menor grau poderiam ser impelidas a fazer as mesmas escolhas arriscadas de seus colegas com mais entendimento emocional.

A experiência começou de forma muito parecida com a primeira: todos foram submetidos ao teste de Mayer-Salovey-Caruso para medir sua inteligência emocional. Em uma sessão experimental à parte, os 132 participantes tinham de preparar mentalmente um discurso ou uma lista de compras.

Desta vez, porém, cada grupo foi subdividido em duas alas. Uma não recebeu nenhuma outra informação a mais; a outra foi avisada que deveria se sentir preocupada, porque fazer um discurso é uma tarefa que, naturalmente, provoca ansiedade, ou que deveria ficar tranquila porque fazer uma lista de compras não é nada estressante. Esses passo, segundo Yip, foi pensado com o propósito de proporcionar um pouco de inteligência emocional para aqueles a quem ela não ocorre com naturalidade.

Os participantes tinham a opção de fornecer seu e-mail para obter mais informações a respeito de uma clínica onde receberiam uma injeção contra gripe. A informação de que dispunham era de que se não a tomassem, o risco era maior, porque as chances de adoecer aumentavam.

Entre os que não receberam estímulo algum, os resultados foram muito parecidos com os da primeira experiência. Dentre os que foram encarregados de escrever um discurso, 7,3% dos que tinham inteligência emocional inferior fizeram a escolha arriscada, enquanto 65,9% dos tinham inteligência emocional elevada fizeram a escolha arriscada. Mais uma vez, os que foram incumbidos de fazer uma lista de compras fizeram escolhas semelhantes a despeito do seu grau de inteligência emocional.

Yip ressalta que optar por não receber a informação sobre a clínica que aplicava injeção contra gripe não era necessariamente a melhor escolha, tão-somente mais arriscada — e que esses participantes que demonstravam níveis mais elevados de inteligência emocional estavam mais inclinados a pôr de lado o estresse associado ao discurso e a optar pela escolha mais arriscada. "Não queremos de modo algum afirmar que pessoas emocionalmente inteligentes evitam as injeções contra gripe", observa Yip.

Os pesquisadores descobriram que no caso daqueles que receberam a informação de que escrever um discurso era uma experiência naturalmente mais estressante, os resultados foram muito mais próximos. Os que tinham menor grau de inteligência emocional fizeram a escolha mais arriscada 46% do tempo, e os de inteligência emocional mais elevada fizeram a escolha arriscada 49,8% do tempo.

"Ao analisar a fonte das emoções e descobrir que elas, na verdade, não estão relacionadas com as decisões que estamos tomando, podemos tomar decisões mais isentas", ressalta Côté, acrescentando que esses princípio pode ser aplicado a várias situações diferentes, quer se trate de uma decisão sobre qual carreira seguir, como investir dinheiro ou que candidato à vaga de trabalho existente contratar.

De acordo com Côté, a forma como reagimos a experiências estressantes tem muito a ver com influências recebidas dos pais. As crianças aprendem a se tornar emocionalmente inteligentes quando seus pais discutem as emoções e fazem perguntas do tipo: "Por que você tem medo?", diz. Esses pais orientam também sobre como responder a essas perguntas. Côté acrescenta que os adultos podem ser treinados  em inteligência emocional por meio de princípios semelhantes, embora não haja ainda provas que respaldem tal ideia.

Yip diz que as pessoas podem aplicar a pesquisa àqueles momentos em que deparam com o risco através de três perguntas: "Como me sinto neste momento? O que me leva a me sentir desse modo? Quais são meus sentimentos em relação à decisão que preciso tomar?" Portanto, quando confrontado com decisões de investimentos, como escolher entre títulos seguros do governo e ações arriscadas, será uma escolha emocional inteligente deixar a conta de um conserto inesperado, ou a possibilidade de perder um voo, fora da análise. "Emoções trazem informações", diz Yip, embora os dados das emoções nem sempre sejam úteis à decisão a ser tomada.

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