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PENSAMENTO E AUTOR

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sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Home Office não é uma onda. É o novo paradigma.


Home Office não é uma onda. É o novo paradigma.

 (autor Herbert Drummond - Oficina de Gerência)

Quando me dispus a produzir este post sobre o Home Office (HO) projetei o texto para abordar vantagens, desvantagens e tecer considerações gerais sobre essa “nova” metodologia de trabalho em alta no mercado de trabalho brasileiro. Quando comecei a pesquisar no Google me assustei de cara. Apareceu um mundo de links sobre o tema (6.650.000.000). Se precisar saber um pouco mais sobre as origens do HO clique aqui.
Vou iniciar dizendo que, o Home Office – como está sendo visto hoje em dia - é muito mais que uma mera ferramenta ou um recurso para se trabalhar, basicamente, em casa. Vou afirmar que o Home Office está se impondo como um novo paradigma no universo corporativo.
Atenção, não estou chamando o Home Office de novo. Ele não é, como todos sabemos. O que é novo é a “descoberta” de que ele funciona e muito bem, na emergência laboral  criada pelas limitações da pandemia, nos ambientes coletivos das empresas e repartições. Me ocorreu que esse acontecimento lembra muito o início do uso dos computadores nas organizações. Quem viveu lembrará.
Exatamente pela aceitação - no início forçada, mas atualmente com assentimento - do HO pela maior parte das empresas que o adotaram e pelos empregados, parto do princípio de que o HO veio para ficar. E não vou aqui dizer em quais ou tais tipos de serviço ele pode ser eficiente ou eficaz. Vamos pular esse capítulo.
Não seria exagero dizer que o Home Office, tornou-se, rapidamente, um fenômeno. Para usar uma linguagem bem popular, viralizou. Agora, o que o mundo da administração está fazendo é procurar torná-lo definitivo e cotidiano, costumeiro e regular. 
Vamos então procurar as vantagens e desvantagens; considerar as orientações, conselhos, sugestões e referências que estão sendo colocadas pelos experts e consultores sobre essa “nova” estrela dos palcos institucionais.
Comecemos pelas considerações gerais que garimpei nas minhas fontes sobre o Home Office:
  • “O trabalho remoto é um aprendizado e uma construção que pode levar um certo tempo, muita disciplina e experiências do tipo “tentativa e erro”.
  • “Mas será que trabalhar em Home Office vale a pena? Levar trabalho para casa era ( e ainda é) um "pecado doméstico". Muitos acreditam que nossa casa foi feita para inúmeras coisas, exceto trabalhar. Seria verdade?”
  • "Muita gente acha que trabalhar em home office significa poder dormir até onze horas da manhã, passear no shopping quando bem entender, beber a cervejinha com os amigos no meio tarde e  então, trabalhar quando sobrar um tempinho."
  • "Para funcionar com produtividade o home office exige um enorme autocontrole e uma dose extra de disciplina com foco nas seguintes situações:
    • Lidar com a família para evitar conflitos e dores de cabeça;
    • Fugir das tentações como geladeira e TV a poucos passos de distância;
    • Saber a hora de começar e terminar o expediente;
    • Organizar o espaço e o ambiente de trabalho;
    • Gerenciar o andamento das tarefas para não perder prazos;

Vamos resumir o que está sendo apontado no mercado como vantagens e desvantagens de ter o home office como método de trabalho para empregados e empresas: 

VANTAGENS

Pessoais e familiares (para os empregados):

  • Desfrutar do ambiente familiar a qualquer momento;
  • Maior independência com os horários;
  • Redução de estresse decorrente do trânsito e, por exemplo, o convívio direto com algumas pessoas difíceis do escritório;
  • Alimentação mais saudável; fim das marmitas ou do “bandejão” na empresa.
  • Possibilidade de mudança de cidade, na mesma empresa
  • Ganho de produtividade pela redução dos “ladrões de tempo” no ambiente presencial.

Profissionais (para os autônomos e pequenos empresários):

  • Maior liberdade profissional para poder expandir conhecimentos profissionais, na direção que desejar, sem ficar enquadrado só nas habilidades requisitadas pelo seu empregador;
  • Privacidade, desde que planejada;
  • Redução de custos (aluguel, transporte, refeição e infraestrutura básica);
  • Facilidade para obter franquias que não exijam pontos comerciais;
  • Atendimento 24 horas ao cliente;

DESVANTAGENS

Pessoais e familiares

  • Perda da privacidade, como, p.e.ser chamado a qualquer instante para assuntos familiares;
  • Possibilidade de excesso de carga de trabalho pelo perigo de misturar as coisas e acumular preocupações da atividade profissional e da casa ao mesmo tempo;
  • Tendência ao isolamento social do tipo, virar “bicho do mato”.
  • Algumas ferramentas do RH terão que ser reajustadas pela falta das presenças físicas dos empregados.

Profissionais (para autônomos e pequenos/micro empresários)

  • Falta de atualização profissional em processos gerenciais – treinamento e troca de experiências pessoais no escritório da empresa (dicas ou ideias);
  • Difícil substituição em caso de necessidade (doença, p.e.);
  • Preconceito no mercado formal, em caso de empresa não registrada;
  • Dificuldade de obtenção de créditos (empresa informal)
  • Necessidade regular de upgrade em equipamentos de informática (ausência de TI)
  • A falta presencial das equipes, para as posições de chefia, aumenta a dificuldade das funções de coordenação . As ordens passam a ser escritas ou comunicadas por videoconferências. 
Pai e filho trabalhando no escritório em casa — a sorrir, de ligação -  Stock Photo | #199372962

Para as empresas de maior porte

  • Dificuldade de comunicação para compreensão dos home officers, das determinações superiores;
  • Dificuldade de exercer atividades de controle e supervisão;
  • Falta imediata de estrutura para atender ao trabalho remoto obrigando  as empresas a improvisar a solução para os problemas de TI, transferência de equipamentos e móveis e outras providências.
  •  Nos contratos de terceirização que implicam em fornecimento de de bens (computadores, laptops, notebooks, mobiliário) terão de ser ajustados os objetos da contratação.'

Afora estas listagens que são clichês, na maioria, faz-se necessário que sejam feitas algumas reflexões e considerações sobre tudo que pude interpretar do material que pesquisei:

    • O Home Office fez aparecer um novo mercado de trabalho no mundo corporativo. São perceptíveis sinais de todos os movimentos que um novo paradigma provoca em ambiente tão complexo e denso como é o das organizações. Assim, já estão em oferta no mercado os livros, palestras, cursos, consultorias, vídeos, terceirizações, equipamentos especializados e tudo o mais que se pensar, para amparar as demandas sobre o HO que estão acontecendo e sendo criadas.
    • Os gestores e líderes cujos segmentos estejam adotando o Home, terão que ajustar seus estilos gerenciais e fazer revisões nos seus valores comportamentais. Muda tudo. O sistema anterior será engolido. O que sobrar vai desaparecer em pouco tempo.
    • Vamos pensar em lideranças remotas para equipes remotas. Como será? Por exemplo,  aqueles executivos que demandam assessores e auxiliares em tempo integral e para tudo. Ou que não respeitam os tempos e espaços de suas equipes? Outro dia mesmo tive notícias de um diretor que convocou seus assessores para uma “reunião virtual às 20:00 (!!!).
    • Prevejo uma tendência de colegas de salas criarem “home-offices” fora de casa. Perfeitamente possível. Sairão de casa para um ambiente externo onde poderão realizar trabalhos em computadores e ao mesmo tempo desfrutar de um “protótipo” do seu antigo ambiente. As próprias empresas deverão criar "escritórios de home office"; acho até que já estão ensaiando essa possibilidade com algo na linha de um coworking.
      Home Office: saiba como organizar sua rotina para o trabalho - Vitta  Residencial
      Adicionar legenda
    • Haverá uma renovação natural nos escritórios tradicionais das organizações. Aqueles que se adaptarem ao sistema Home Office - e por adaptar quero dizer mantenham a produtividade - vão se manter nos seus empregos. Os demais ou serão ajustados em outros trabalhos de menor importância, ou serão dispensados. Ou seja, ser um “Home Officer” será uma competência muito valorizada.
    • Com a volta gradual dos empregados às suas bases - pandemia em queda - vai, logo no início, diminuir o percentual do trabalho remoto pela exigência das empresas em ter seus funcionários "sob controle". Acho, entretanto, que é um movimento mecânico das estruturas administrativas clássicas e convencionais. Rapidamente aquelas mais ágeis se adaptarão para colocar sua força de trabalho para operar remotamente.
    • As estruturas da Administração Pública de todos os níveis, com as exceções que confirmam a regra, deverão perder a oportunidade de aproveitar essa "onda" do home office. A própria natureza dessas instituições não lhes dá espaço para inovações dessa  ordem. É uma pena, pois o Estado ganharia muito se conseguisse trabalhar com esse objetivo. Faço votos que vá nessa direção. 
    • Deixo de me debruçar sobre as vantagens que a prática do home office trará para as empresas e instituições e para outro setores da sociedade. Apenas para ilustrar posso citar a economia nos contratos administrativo (combustível, papelada, uso de ferramentas de apoio como impressoras, telefones, serviços terceirizados...)
    • Algo que deve ser contabilizado é a economia dos espaços internos das empresas. Em alguns casos com melhoria expressiva de layouts abrindo novas perspectivas de expansão para as empresas.
Recomendo, principalmente aos jovens caminhantes da estrada corporativa, que se dediquem fortemente a aprimorar e ajustar suas habilidades, conhecimentos, know-how e capacitações a essa nova competência que será, doravante, exigida nos cotidianos de suas organizações. 

Espero que possa haver auxiliado o leitor que ainda não estiver familiarizado com essa estridente novidade – Home Office - do já denominado “Novo Normal” do mundo corporativo.
Abaixo a lista dos sites que foram minha fontes de consulta e cujos conteúdos estão distribuídos no corpo do texto. Sugiro que, independentemente do post, o leitor visite estas páginas. Clique diretamente sobre o link .



quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Competir não é pecado


O VELHO LOBO
Nos primeiros anos da Oficina de Gerência, entre os consultores que mais me apoiei foi o Dr. Eugen Pfister. Aprendi muito com ele e publiquei vários dos seus artigos.

Depois que dei um tempo no blog perdemos o contato. Com a volta às minhas atividades de blogueiro e "passeando" pelos arquivos da Oficina, me deparei com o artigo que escolhi para relembrar do Pfister.

O título do texto por si só já é provocativo: "Competir não é pecado". Foi escrito tempos atrás, mas como todo bom pensador os textos do Eugen Pfister não perdem a atualidade. Esse não foge à regra.

Trata da competição - saudável - que existe e deve existir no universo corporativo, tal como acontece em quaisquer outras organizações mundo afora. Até nas famílias.

No estilo direto e simples, mas colorido com sua experiência o autor faz uma abordagem que merece ser conhecida por aqueles que, como gosto de me referir, são os habitantes das selvas corporativas. Confiram por favor.

Ah! As informações sobre o autor estão no final do post





COMPETIR NÃO É PECADO


Você disputou ou está disputando uma promoção com um colega e se sente culpado? Antes de pedir desculpas, convido-o a ler o texto que segue...

As interações humanas e sociais obedecem a cinco padrões recorrentes: cooperação, conflito, competição, evasão e isolamento.

As fronteiras, contudo, nem sempre são rígidas e os processos se intercalam. No texto deixamos de lado o fenômeno do isolamento por ser raro e de vida curta.

A guerra, por exemplo, envolve de um lado conflito armado contra o inimigo e, de outro lado, cooperação (trabalho e espírito de equipe) com os aliados em face de um adversário comum. Às vezes,  conflitos só são deflagrados quando uma ou ambas as partes têm quem coopere com elas.

Um conflito nem sempre se caracteriza pela agressão ou eliminação física do oponente. Nações, organizações e indivíduos podem enfrentar-se  moral, psicológica, legal ou economicamente.

Já a competição representa uma versão civilizada, racional e atenuada de resolver diferenças interpessoais, organizacionais e sociais ou competir em torno de recursos, status ou posições vistas como escassas entre as partes envolvidas.

São exemplos de competição os esforços individuais de atletas, músicos e empregados ou gerentes disputando uma vaga  no time principal, de violinista titular na orquestra ou candidato para uma promoção.  Nestes casos, a competição forja talentos, melhora o desempenho e pode ser vital para enfrentar a concorrência. Censurar essa disposição é um convite para nos igualarmos por baixo, pelo desempenho inferior no lugar de buscar níveis superiores de excelência. Portanto, no lugar de temê-la devemos dar-lhe as boas-vindas.

A evasão é uma recusa de entrar em conflito, competir ou cooperar. Ocorre quando, diante de uma situação ameaçadora, uma das partes avalia que o custo de confrontar (conflito ou competição) ou cooperar é superior ao benefício que obteria caso entrasse na briga.                        
Um caso comum é pedir demissão para evitar uma luta insidiosa e incerta contra um superior hierárquico truculento e bem visto pela organização.

No mundo do trabalho há momentos em que podemos adotar um ou outro processo, dependendo do ponto em que nos encontramos no ciclo de trabalho: planejamento, execução, avaliação, aprendizagem.

Exemplos:
As Organizações não precisam simplesmente de um Plano A e de um Plano B. Elas precisam da certeza que têm em mãos o melhor plano A do mundo. Nessa tarefa, além da qualidade das informações, das análises e especialidades dos planejadores, não só a cooperação, mas também a  competição em torno de ideias e alternativas é produtiva para combater a unanimidade burra ou a paz dos cemitérios.

O reino da cooperação, por seu turno, tem início no momento de bater o martelo em torno de objetivos, estratégias e responsabilidades e  aumenta quando o grupo passa da teoria para a ação. Nas três fases subsequentes – executar, controlar e aprender ela é vital para vencer os obstáculos internos e as manobras da concorrência.

Não se trata de ser bonzinho ou caridoso. Cooperar é uma questão de bom senso, de sobrevivência e de competência. Não tem nada a ver com amar o próximo, o colega, o subordinado ou chefe. Precisamos compartilhar objetivos, planos e esforços; isso é suficiente. Competir nestas fases pode ser fatal.

Portanto, caro leitor e leitora, cuidado com ideias simples e ingênuas que veem o mundo cartesianamente, onde uma coisa é uma coisa e  outra coisa é outra coisa. Nem sempre é assim...



Eugen Pfister (@PfisterEugen) | Twitter

Eugen Pfister

Formado em Ciências Sociais e Humanas pela Universidade de São Paulo. De ofícios, fez de tudo um pouco: office-boy, professor de inglês, história, cultura geral, recreacionista na AACD, executivo do movimento escoteiro, analista de treinamento e gerente de desenvolvimento de Recursos Humanos.
Na área de Treinamento e Desenvolvimento atuou como instrutor de programas de liderança, competências gerenciais, análise de problemas e tomada de decisões, team buildiing e team work, ética nos negócios, vendas, negociação, delegação e follow-up desde 1975; e como consultor atuo em DO, T&D Focado em Resultados e como management coach desde 1981.
É sócio diretor da Estação Performance uma consultoria especializada em transformar conhecimentos em resultados.  eugen@eperforma.com.br 
(texto retirado do site "Administradores.com" e editado pelo blog Oficina de Gerencia)

terça-feira, 25 de agosto de 2020

Robert "Bob" Iger - O executivo que transformou a Disney na "number one" do planeta.


É um dos objetivos da Oficina de Gerência trazer para os posts do blog informações, proezas e conquistas dos super executivos das grandes corporações, sejam do Brasil ou do exterior. Nos primeiros anos do Blog cheguei a criar uma "tag" para isso. Com o tempo e as transformações naturais na Oficina de Gerência esse tema se dissipou. 

Já estava planejando voltar a ele e resolvi fazê-lo agora comentando uma matéria da revista Veja sob o título "A Força do Reino Encantado" sobre um executivo que está bombando no mundo corporativo do planeta. Trata-se de Robert ("Bob") Iger. 

Bob Iger é atualmente o Presidente Executivo e Presidente do Conselho de Administração da "The Walt Disney Company" e a matéria da Veja, na qual vou me basear está indicada ao final do post. 

Vejamos o que fez este "manager" para estar no Olimpo dos Executivos. "Antes de trabalhar para a Disney, Iger atuou como presidente da ABC Television de 1994 a 1995 e como presidente / COO da Capital Cities / ABC, Inc. de 1995 até a aquisição da empresa pela Disney em 1996" . Em 2000 foi nomeado presidente e COO da Disney e em 2005 chegou ao cargo de CEO. (Wikipedia)

Para dar uma ideia da dimensão desse personagem a Wikipedia informa que "Como parte de sua remuneração anual, Iger ganhou US$ 44,9 milhões em 2015"

BobIgerHWOFJune2013.jpgFoi ele quem deu a arrancada da Disney para "sair da estagnação em que estava metida no início do século". Foi sob sua liderança que a Disney começou a adquirir grandes produtoras do filmes e serviços de streaming lançando-se também nesse mercado - para fazer frente à concorrência da Netflix e Amazon. 

Foi nesse período que passaram a fazer parte do portfólio da Disney marcas famosas como a Pixar  (Toy Story) em 2006 por US$ 7,4 bilhões; a Marvel Entertainment  (Homem Aranha e X-Men) em 2009 por US$ 4 bilhões; a Lucasfilm (Star Wars) em 2012 por US$ 4,06 bilhões e a 21st Century Fox (Simpsons) em 2019 por US$ 71,3 bilhões trazendo para a Disney a famosíssima e tradicional marca da 20th Century Fox (hoje 20th Century Studios). 

Com esses lances de ousadia de altíssima gerência, sob a liderança de Bob Iger, a Walt Disney Company - exatamente após a compra da 21th Century Fox - se tornou o maior conglomerado de mídia e entretenimento do planeta. 

Informação da Wikipedia: "Iger foi uma força motriz por trás do revigoramento do Walt Disney Animation Studios e da estratégia de lançamento de marca da produção de seu estúdio de cinema. Sob Iger, a Disney experimentou aumentos de receita em suas várias divisões, com o valor de capitalização de mercado da empresa aumentando de $ 48,4 bilhões para $ 257 bilhões em um período de treze anos.".

Atualmente a Disney, ainda sob o comando de Bob Iger, surpreendeu o mercado ao conseguir uma exitosa passagem pelo período do COVID-19. transcrevo trecho da matéria da Veja: 

"Esperava-se que a pandemia do novo Corona vírus causasse estragos irreparáveis nas finanças da Disney. Com os parques temáticos fechados, os cruzeiros marítimos interrompidos e os hotéis vazios, parecia impossível não dar 2020 como ano perdido". 

Iger comandou uma verdadeira operação de guerra para evitar as perdas: "cortou salários dos executivos em até 50% (imagine!), dispensou 10.000 funcionários e tomou empréstimos de 5 bilhões de dólares entre outras providências de mesmo diapasão".

Os resultados não tardaram e a Disney teve lucro no trimestre abril/maio/junho.  Onde o mercado havia projetado um prejuízo de 64 centavos por ação o grupo obteve lucro de 8 centavos. Um feito admirável e surpreendente!

Acho que já dá para justificar o post sobre Robert "Bob" Iger, como um personagem que merece estar no Olimpo dos Executivos do planeta.

Quem quiser saber mais sobre ele, sugiro que pesquise no Google onde vai encontrar 2.770.000 links disponíveis.

Abaixo, uma cópia que consegui fazer das páginas da Veja (edição 2.700) que extraiu o que chamou de "Decálogo do Sonhador", com os mandamentos que o levaram a conseguir, de forma espetacular, o soerguimento de uma empresa que o mundo corporativo julgava velha e candidata ao insucesso. 




Dê um clique na caixinha ao lado para conhecer na íntegra a matéria da Veja.

domingo, 23 de agosto de 2020

Pergunte ao Max - Não consigo me dar bem com meu chefe...

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"Não consigo me dar bem com meu chefe. Ele é centralizador, dispersivo, desatualizado, retrógrado". (Claudia)
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Reflexão: "Apesar disso, continua sendo seu chefe. Independentemente de sua opinião, seu chefe é mais importante para seu futuro na empresa que você para o futuro dele.


Por isso, aqui vão os "10 Mandamentos de Como se Dar Bem com o Chefe":

1. Nunca falar mal do chefe. As orelhas do chefe são do tamanho de todas as paredes e de todos os corredores da empresa.

2. Nunca tentar ofuscar o chefe. Seja na roupa, seja no compor­tamento, seja pelo conhecimento.

3. Jamais colocar a culpa no chefe, principalmente quando a culpa é do chefe.

4. Não assumir responsabilidades que são do chefe. Se não exis­te um subchefe oficial, isso não significa que a função será de quem pegar primeiro.

5. Não tratar o chefe como amigo íntimo na frente de colegas ou de clientes.

6. Não interromper o chefe quando está falando. Não é que não goste de ser interrompido. Detesta.

7. Nunca dizer "chefe, temos um problema". Isso é o que se chama de delegar para cima. O chefe não quer problemas, quer soluções.

8. Jamais perguntar se um trabalho é urgente. Se o chefe em pessoa pediu, então é urgentíssimo.
Clique na imagem

9. Nunca dizer que cometeu um erro porque não entendeu bem o que o chefe havia pedido. Se o chefe fala gótico, o subordi­nado precisa aprender gótico.

1O. Nunca tentar explicar aos colegas alguma coisa que o chefe disse. Chefes não apreciam o subordinado porta-voz. Se al­guém tem dúvida, deve perguntar diretamente ao chefe.

Você tem todo o direito de dirigir sua carreira. Mas lembre-se de que, no elevador da vida profissional, o chefe é o ascensorista.
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Este é um texto retirado do livro do Max Gehringer cujo título é "Pergunte ao Max", da Editora Globo. Veja outros posts anteriores clicando aqui, aqui e mais aqui.
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sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Sun Tzu - A Arte da Guerra - History Channel

Ficheiro:Bamboo book - binding - UCR.jpg
O início de A Arte da Guerra, em um livro de bambu da época do reino do Imperador Qianlong, século XVIII.

"Escrito no séc. IV a.C., há cerca de 2.500 anos, por Sun Tzu, um general e estratega chinês, o livro "Arte da Guerra" continua ainda hoje a ser admirado como fonte de ensinamentos na área da estratégia. De fato, muitos consideram "A Arte da Guerra" como a origem do próprio conceito de estratégia. Apesar de ser um tratado puramente militar, os conselhos e ensinamentos de Sun Tzu são perfeitamente adaptáveis ao mundo das empresas e dos negócios; basta para isso olhar para a concorrência como o inimigo e para o mercado como o campo de batalha." [Este texto está na apresentação de um vídeo no YouTube]


Coloquei o selo de destaque propositadamente no início do post. Reservo essa marca para os posts que julgo serem especiais na Oficina de Gerência. Nem de longe é meu propósito fazer a apresentação do vídeo-documentário que o History Channel exibiu há tempos (2016) sobre Sun Tzu e o seu tratado/livro "A Arte da Guerra" escrito no século IV a.C. Seria pretenciosos, supérfluo e redundante.

Quem foi Sun Tzu? - metallisson
Tudo que se fale, mostre ou se escreva sobre Sun Tzu e sua filosofia já terá sido publicado antes. Tudo bem... então porque todos os anos as editoras no mundo inteiro despejam sobre o mercado títulos e mais títulos sobre "A Arte da Guerra"? No Google são 421.000.000 de resultados! Obviamente porque vende, seria a resposta natural. Todavia tem que existir algo mais para que essa chama não se apague. Eu, humildemente, interpreto que é a eternidade dos pensamentos e a luz da sabedoria do general que perdura atravessando séculos e gerações.
Quem, querendo aprender o pensamento do florentino, leu "O Príncipe" de Maquiavel apenas uma vez? Quem não o tiver lido em mais de uma vez não terá apreendido a sua essência.
Assim é com a "A Arte da Guerra" e alguns outros livros clássicos que precisam de leituras e releituras para sua plena absorção. O maior deles, a Bíblia, a gente lê pela vida inteira e mesmo assim a cada vez é uma nova leitura não é mesmo? Já perdi a conta das vezes em que li, reli e folheei a "Arte da Guerra" e em cada uma delas tive insights diferentes. É muito forte!

Wilson Vieira - Jornalismo e Cultura: Sun Tzu 孫武 A Arte da ...
Fui buscar nos arquivos do blog e não achei nada, nenhum post de respeito na Oficina de Gerência sobre a milenar obra e seu mítico autor. Para reparar essa falta grosseira resolvi publicar aqui o vídeo completo do History Channel existente no YouTube que nos apresenta um documentário maravilhoso sobre o livro, seu autor e sua filosofia. É longo, duração de um filme, mas afirmo que vale a pena para aqueles que se consideram guerreiros na vida e querem vencer suas batalhas.
Faço apenas uma recomendação aos leitores. Assistam ao vídeo com muita atenção. Não percam a oportunidade.
Um detalhe importante para quem vai assistir ao documentário. O foco do History Channel está dirigido para a análise das recentes guerras dos EUA sob o foco da filosofia de "A Arte da Guerra”. Explica em detalhes e preciosos comentários a Guerra do Vietnam, A Batalha de Gettysburg na Guerra Civil Americana e a Invasão da Normandia na 2ª Guerra Mundial
Em paralelo o documentário vai mostrando as batalhas de Sun Tzu descritas por ele mesmo e os sucessos ou fracassos ocorridos nessas outras batalhas e guerras analisadas sob o foco da sua sabedoria. É uma aula de história sobre as guerras, tendo Sun Tzu como professor.
Afim de enriquecer o post e colocar os leitores no clima da filosofia de Sun Tzu reproduzi abaixo uma série de seus pensamentos. Experimentem transferi-los para a realidade de suas vidas, suas batalhas diárias e percebam a profundidade e a atualidade daquela mente privilegiada que os criou.
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  • "Trate seus homens como seus filhos, e eles o seguirão aos vales mais escuros. Trate-os como filhos queridos, e eles o defenderão com o próprio corpo até a morte."
  • "(...) um comandante militar deve atacar onde o inimigo está desprevenido e deve utilizar caminhos que, para o inimigo, são inesperados..." 
  • "A invencibilidade está na defesa; a possibilidade de vitória, no ataque. Quem se defende mostra que sua força é inadequada; quem ataca, mostra que ela é abundante."
  • "(...) se não é vantajoso, nunca envie suas tropas; se não lhe rende ganhos, nunca utilize seus homens; se não é uma situação perigosa, nunca lute uma batalha precipitada..."
  • "(...) qualquer operação militar tem na dissimulação sua qualidade básica..."
  • "A estratégia sem tática é o caminho mais lento para a vitória. Tática sem estratégia é o ruído antes da derrota."
  • "Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. Se você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as batalhas."
  • "Quando capaz, finja ser incapaz; quando pronto, finja estar despreparado; quando próximo, finja estar longe; quando longe, façam acreditar que está próximo."
  • "Mantenha-os sob tensão e canse-os."
  • "Atacai o inimigo onde não estiver preparado. Executai as vossas investidas somente quando ele não vos esperar."
  • "A vitória é o principal objetivo na guerra. Se tardar a ser alcançada, as armas embotam-se e a moral baixa."
  • "Aquele que é prudente e espera por um inimigo imprudente será vitorioso."
  • "Se numericamente és mais fraco, procura a retirada."
  • "É de suprema importância atacar a estratégia do inimigo."
  • "É preferível capturar o exército inimigo a destruí-lo. Obter uma centena de batalhas não é o cúmulo da habilidade. Dominar o inimigo sem combater, isso sim é o cúmulo da habilidade."
  • "Diante de uma larga frente de batalha, procure o ponto mais fraco e, alí, ataque com a sua maior força." - Princípio do Emprego Correto da Força.
  • "Se você descobrir o ponto fraco do oponente, você tem que afetá-lo com rapidez. Capture, inicialmente, aquilo que for muito valioso para o inimigo. Não deixe que seja revelado a hora do seu ataque." - Princípio das Vulnerabilidades.
  • "Quando cercar o inimigo, deixe uma saída para ele. Caso contrário, ele lutará até a morte."
  • "Um grande general não é arrastado ao combate. Ao contrário, sabe impô-lo ao inimigo."
  • "Comandar muitos é o mesmo que comandar poucos. Tudo é uma questão de organização."
  • "A vantagem estratégica desenvolvida por bons guerreiros é como o movimento de uma pedra redonda, rolando por uma montanha de 300 metros de altura. A força necessária é insignificante; o resultado, espetacular."
  • "Aquele que se empenha a resolver as dificuldades resolve-as antes que elas surjam. Aquele que se ultrapassa a vencer os inimigos triunfa antes que as suas ameaças se concretizem."
  • "Não é preciso ter olhos abertos para ver o sol, nem é preciso ter ouvidos afiados para ouvir o trovão. Para ser vitorioso você precisa ver o que não está visível."


Agora, o vídeo documentário: se não der para assistir todo de uma vez, faça-o em episódios, como se fosse uma série. Não deixe nenhuma parte sem vê-la.