19 DE MARÇO DE 2024 – 3ª FEIRA



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segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Falta de experiência foi o preço da perda do 1º Podium na F-1 - Lando Norris

A desolação do jovem piloto Lando Norris pela corrida perdida.


Gosto de extrair dos eventos e disputas esportivas os muitos exemplos que eles nos  fornecem sobre os comportamentos e as decisões dos seus atletas e desportistas envolvidos nas emoções e na adrenalina da competição. Ontem - domingo 26/9/2021 - no Grande Prêmio de Sóchi, na Rússia, de Fórmula 1, aconteceu um deles, que merece ser ressaltado aqui na Oficina de Gerência.

O jovem (21 anos) piloto britânico da McLaren, Lando Norris, pagou um alto preço por sua inexperiência como piloto do super (e intensamente) disputado "Circo da Fórmula 1"

Vou tentar resumir para aqueles que não estão familiarizados com as corridas de F-1: 

Lando Norris, piloto da McLaren, dominou o Grande Prêmio da Rússia a partir da 35ª volta das 53 do circuito, tendo inclusive conquistado a cobiçada "pole position" no sábado. Seu "perseguidor", naquele momento,  era o super campeão Lewis Hamilton que corria para alcançar o fantástico recorde de 100 vitórias.

Os jornalistas especializados já avançavam seus palpites para uma vitória certa do jovem piloto que dirigia sem cometer erros. 

''Na 35ª volta, Lewis Hamilton já estava na quarta colocação, atrás de Lando Norris, Sergio Pérez e Fernando Alonso. Os dois últimos pararam pouco depois e os britânicos assumiram as primeiras posições. Ambos seguiram na disputa pela vitória, com o piloto da McLaren buscando a primeira de sua carreira, enquanto o da Mercedes caçando a sua 100'' (texto da ESPN).

Faltando 7 voltas para o fim da corrida a chuva chegou ao circuito. E chegou pesada. A troca de pneus era o correto - tecnicamente - a ser feito. Os pneus que os dois pilotos estava usando deslizavam facilmente na pista molhada.

Foi quando o Lando Norris cometeu seu primeiro erro ao não trocar, naquele instante da corrida, os pneus; arriscou uma diminuição da chuva. Lewis também não trocou tentando ver até onde iria o Lando com sua estratégia.. 

Faltando quatro voltas para o final da corrida Lewis Hamilton, sete vezes campeão mundial, foi enfim, para o Pit Stop e colocou os pneus corretos para a chuva, Lando Norris (que era o líder da corrida), cometeu o seu segundo erro; e este lhe foi fatal.

A chuva aumentou e o seu carro ficou completamente  desgovernado pelo que Hamilton aproveitou e partiu para sua vitória de número 100, muito comemorada. Pelo lado do jovem Lando, restou a tristeza e a desolação por ter perdido tudo, a liderança, a sua primeira vitória na F-1 e o podium (poderia ter ficado em segundo ou terceiro lugares).

Lewis comemora as suas 100 vitórias

Vamos ao que nos interessa.

Proponho ao leitor a reflexão sobre esse erro da equipe McLaren. O que aconteceu com seu piloto? Porque a equipe não usou seu poder e obrigou o Lando Norris a ir para o box quando Lewis Hamilton foi faltando 4 voltas? Quais as razões que levaram ao jovem piloto a tomar a decisão que lhe custou tão caro?

Vou, na minha visão experiente buscar enumerá-las:

1) Ambição – ele fez seus cálculos com alto risco de fracasso. Certamente a inexperiência de pilotagem na F-1 o levaram a crer que faltando “apenas” sete voltas para ganhar seu primeiro grande prêmio os pneus, inadequados para a chuva, aguentariam com a sua “destreza” ao volante;

2) Falta de percepção e inteligência operacionais - Não percebeu que a experiência do campeão Lewis Hamilton o levou a colocar pneus adequados faltando “apenas” quatro voltas. Deveria ter acompanhado o piloto da Mercedes e ido para o box também. Poderia até ter perdido a corrida, mas lhe garantiria um lugar no pódio;

3)  Excesso de Autoconfiança  – desprezou todas as lições sobre corridas na chuva em F-1 e foi pretencioso em achar que dominaria o carro naquelas condições;

4) Decisões erradas sob pressão – o erro fatal. Aqui sim, a falta de experiência e a humildade falaram mais alto. Um piloto com mais experiência não teria ficado fora dos três primeiros lugares. Simples assim.

5) Poderia continua enumerando vários outros pontos, mas esses bastam para configurar a mensagem do post.

Por outro lado, há que se considerar o "saldo" da ousadia do jovem piloto. É importante destacar que ele tomou uma decisão.  Mostrou personalidade, aguerrimento e  gana de vencer. Qualidades inatas a um piloto de ponta na F-1. Certamente ganhou pontos no seu currículo. Quanto ao erro... é o que se pode chamar de "erro de principiante". Vai superar.

Já o campeoníssimo  Hamilton, que é um admirador confesso do jovem Norris, seu compatriota, dedicou-lhe uma mensagem nas redes sociais que disse tudo. Leia abaixo.

Agora, para concluir o post, devo sugerir e até recomendar que analisem o “case” desta corrida de F-1 para transmutá-lo ao seu dia a dia nos ambientes corporativos. 

Que emoções levaram o Lando Norris a tomar tantas decisões erradas? Como escapar dessas armadilhas que a falta de experiência se nos apresenta? Que tal responder no espaço para os comentários do post?

domingo, 19 de setembro de 2021

Desaprender - Conheçam essa nova habilidade.




Falar sobre liderança sempre é bom e prazeroso. Principalmente nestes tempos bicudos onde os líderes fazem parte daquele grupo que é citado até pela Bíblia: "Muitos serão os chamados e poucos os escolhidos". E é assim mesmo!

Já dizia um encarregado de obra, nos meus velhos tempos de engenheiro-chefe de obras,  no sertão da Bahia:  "Dotô, todo mundo quer ser santo, mas ninguém quer morrer!" Creio que caberia parodiá-lo e dizer que "Todo mundo quer ser líder, mas poucos querem correr riscos e assumir responsabilidades". 

A experiência - exitosa - de muitos anos de exercício em cargos de comando e liderança, posso dizer uma verdade: Na vida executiva a grande constante é exatamente o viver a aventura dos contratempos, dos perigos das tomada de decisões e dos  riscos de ser colocado à prova permanentemente. 

O artigo abaixo, reproduzido do site da HSM Online , aborda questões interessantes sobre as novas... digamos, "roupagens" da liderança. Leia este trechinho que retirei do artigo:
  • [...] "Não adianta você ser supercompetente em algo desatrelado das competências necessárias ao sucesso do negócio da sua empresa naquele momento específico. Esse ponto C (ponto de competência) será o seu diferencial. Mas para chegar lá é preciso, antes, livrar-se do que pode até ter sido útil no passado, mas tornou-se um empecilho para aprender o novo." [...] 
O básico da mensagem que o autor do texto nos passa é a ideia de que para ser um líder é necessário desenvolver, continuamente, novas competências e conhecimentos e para isto deve-se "desaprender" certas premissas corporativas que ainda persistem em manter-se ativas em nosso sistema operacional.

Quer um exemplo? Examine, por favor, o conceito - atualmente na moda - do "manda quem pode, obedece quem tem juízo". Vivemos dizendo isto o tempo todo até como forma de "homenagear" nossos chefes, mas é uma frase desabonadora para quem o diz e para quem seja o chefe. É um provérbio que nega a liderança, que nega o poder de decisão de quem o utiliza e diminui o mandante como líder.

Tudo isso para dizer que não há base confiável para mudanças se você não estiver disposto a abrir mão, pelo menos, de parte dos seus "protocolos pessoais". E isso é tão mais difícil de executar quanto seja o grau de sucesso que você haja angariado por se utilizar da coleção de recursos, habilidades e conceitos que o levaram aos seus êxitos e conquistas.

Gostei muito do trecho onde o autor ensina que "A liderança, tal como a conhecemos hoje, está com os dias contados. Os velhos e surrados atributos do líder foram concebidos para uma realidade que já não existe mais. E o líder baseado apenas no carisma é uma espécie em extinção."

A partir dessa verdade - sim, é uma verdade! - é necessário que os habitantes da selva corporativa se convençam de que o "desaprendizado" será - de forma terminativa -  uma habilidade e uma competência exigida para consolidar carreiras em ascensão.

Recomendo que não deixem de ler o artigo em sequência.




Aprenda a Desaprender

Todo mundo sabe que é preciso adquirir novas competências a fim de garantir uma carreira de sucesso - e é mesmo. Mas você já se perguntou o que de fato precisa aprender? Nem sempre é o que parece mais óbvio. Acredite: em certos momentos da vida executiva o melhor a fazer é aprender a... desaprender!

Descubra seu Ponto C, seu ponto de competência. Pare de ficar apenas tentando superar suas limitações, seus pontos fracos. Invista naquilo em que você já é bom e que pode torná-lo melhor ainda. E que, de preferência, coincida com aquilo que vai agregar valor aos resultados da empresa.

Não adianta você ser supercompetente em algo desatrelado das competências necessárias ao sucesso do negócio da sua empresa naquele momento específico. Esse ponto C será o seu diferencial. Mas para chegar lá é preciso, antes, livrar-se do que pode até ter sido útil no passado, mas tornou-se um empecilho para aprender o novo.

Precisamos deletar conhecimentos, atitudes, habilidades e preconceitos para abrir espaço para nos voltar para o futuro. Temos muito o que desaprender. Mas não se trata apenas de técnicas. Trata-se mais de postura, de atitudes, do modelo mental que ainda prevalece em nosso dia-a-dia empresarial.

É preciso desaprender certas crenças da nossa cultura empresarial. Pérolas do pensamento como "subordinados são pagos para fazer e não para pensar" e "cada macaco no seu galho" — inspiradoras da departamentalização excessiva — e o "manda quem pode obedece quem tem juízo", acabam aprisionando a energia criativa das pessoas.


A liderança, tal como a conhecemos hoje, está com os dias contados. Os velhos e surrados atributos do líder foram concebidos para uma realidade que já não existe mais. E o líder baseado apenas no carisma é uma espécie em extinção.

Precisamos desaprender a nos posicionar como experts. A vez do especialista, do profissional unifuncional, está chegando ao fim. Ainda é uma herança da era industrial. Salvo raras exceções, não dá mais para fazer uma carreira apenas dentro de uma área e chegar a diretor ou vice-presidente tendo passado por todas as seções dentro dessa área.

O futuro estará nas mãos dos multifuncionais, daqueles que tiverem experiência em vendas, em finanças, em logística, na gestão de pessoas. Mais do que um profissional especializado em técnicas, os líderes empresariais desejarão cada vez mais aqueles que entendam do negócio da empresa como um todo. Aqueles que sejam multicompetentes.

É preciso que nós desaprendamos a viver voltados para dentro da empresa. Os resultados não são mais gerados só dentro das "paredes" da empresa. O diferencial reside do lado de fora, na conexão desta com seus clientes, parceiros, fornecedores, formadores de opinião.

O capital intelectual não é sinônimo do quadro de funcionários. É necessário propor projetos de capacitação em competências para distribuidores, PDVs, fornecedores, parceiros e para as comunidades onde operam. A competência tem de estar em toda a cadeia de valor do negócio da empresa.

Precisamos desaprender a viver com medo, criar um clima de maior tolerância para riscos, tomar mais iniciativa, sermos mais proativos e com isso encorajar outros. Vivemos engaiolados por normas e estruturas. Muitos líderes querem encorajar pessoas a serem mais ousadas, a dar vazão à criatividade, mas eles próprios não se comportam da forma que apregoam. Precisamos desaprender a educar pelo discurso e aprender a educar pelo exemplo.


Aprender a desaprender é o segredo daqueles que conseguem identificar - e com clareza - o Ponto C. Mas, competência não é sinônimo de conhecimento. Só chega ao Ponto C quem agrega valor e disponibiliza resultados para a empresa onde trabalha e para a sociedade onde vive. 

Por César Souza (presidente da Empreenda, empresa de consultoria em estratégia, marketing e recursos humanos, além de autor e palestrante)


quinta-feira, 16 de setembro de 2021

Pais de jovens e adolescentes, conheçam o "Pode Falar" - Excelente iniciativa da UNICEF.



 
Trago à Oficina de Gerência, a título de campanha humanitária e informação qualificada, o conhecimento do canal "Pode Falar", na Internet

A melhor apresentação do que seja o "Pode Falar" encontrei no texto abaixo, em um site de Tocantins, cujo link está ao final da matéria.

Achei a iniciativa extraordinária, porquanto dirigida a jovens - dos 13 aos 24 anos - que terão, com acesso fácil, seguro e anônimo na Internet, canais variados para se expressar e conversar com especialistas em ajuda psicológica  e saúde mental, nestes tempos tão difíceis para eles e para os pais.

A Oficina de Gerência não é um blog dirigido a jovens e adolescentes, mas entrou nessa campanha, na esperança de chegar aos pais, amigos e parentes desse segmento da sociedade tão vulnerável às ameaças trazidas pela vida de adultos (que estão prestes a enfrentar), entre as quais despontam o suicídio, a depressão, a violência social...

Infelizmente não tenho percebido campanhas de publicidade que fizessem jus a uma iniciativa tão nobre, nas diversas mídias (TVs, rádios, redes sociais, jornais e revistas). O "Pode Falar" existe desde 9 de fevereiro e é triste ver que nesse tempo todo, não tem o devido conhecimento do grande público. 

Convido-os, pois, a conhecer o "Pode Falar" e espero que, como eu, fiquem encantados pela sua proposta.

"Com o objetivo de incentivar adolescentes e jovens com idades entre 13 e 24 anos a preservar a saúde mental durante a pandemia de Covid-19, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) lançou o canal “Pode Falar”, uma plataforma voltada para o atendimento, de maneira anônima e gratuita, de usar o canal para buscar ajuda e assim manter a saúde psicológica."

"O mês de setembro é dedicado a prevenção ao suicídio e preservação da saúde mental. A iniciativa da UNICEF e suas parceiras, possibilita aos adolescentes e jovens acesso fácil a assistência psicológica amparando os que adquiriram problemas e também auxilia nos cuidados daqueles que estão enfrentando obstáculos que podem afetar a saúde mental."

“A importância de disponibilizar atendimento gratuito para que todos os adolescentes e jovens tenham fácil acesso a assistência psicológica é importantíssima. Falar sobre saúde mental com esse público é estimular o hábito do autocuidado, dessa forma prevenindo problemas com a saúde que afetem diretamente a vida dessas pessoas”.

A plataforma foi criada em parceria com organizações da sociedade civil, com o governo, setor privado e pessoas engajadas pelos direitos de crianças e adolescentes, sendo dividida em três etapas. Na primeira intitulada, “Quero me cuidar”, os usuários que acessarem o canal poderão receber vídeos, guias e manuais com orientação para o autocuidado. A segunda sessão, “Quero me inspirar”, permite participar de um processo colaborativo entre pares de dicas sobre como ficar bem; na terceira, “Quero falar”, os adolescentes podem receber atendimento humano de escuta qualificada, oferecido por organizações parceiras."

"Além do atendimento virtual, o canal também conta com depoimentos de adolescentes e jovens que enfrentaram situações difíceis e ainda assim conseguiram superar seus problemas." (Texto extraído e adaptado do site surgiu.com.br)

Vejam abaixo o vídeo de apresentação do Pode Falar:


Continuando o post, apresento uma série de imagens que vão propiciar as informações de proposta e funcionamento dessa notável iniciativa da UNICEF e mais uma série de entidades sociais de renome e credibilidade:












Agora é só clicar em Podefalar.org.br e começar a participar dessa campanha divulgando para suas comunidades, redes e grupos, a existência dessa iniciativa para ajudar jovens e adolescentes que estejam com problemas, a enfrentá-los de forma segura, anônima e especializada.

segunda-feira, 13 de setembro de 2021

Eficiência ou eficácia em vendas? Conheça a diferença entre as duas...



A piada no post não é nova. Anda "rodando" pela internet e "bateu", de novo, no meu e-mail. 

Olhei para ela assim, meio desconfiado e pensei em deletá-la, mas aí pensei... Por que não a aproveitar no blog? Afinal de contas é uma "piada corporativa" e cabe perfeitamente no conteúdo da Oficina de Gerência. 

Tem uma mensagem. Fala de vendas e vendedores e vai além disso. 

A historinha ilustra bem a diferença entre os conceitos de "eficiência e eficácia". 

Difícil encontrar boas metáforas para essa dicotomia. Leiam, divirtam-se e descubram os conceitos por vocês mesmos


Você é um bom vendedor ?

"Um garotão inteligente, vindo da roça, candidatou-se a um emprego numa grande loja de departamentos da cidade. Na verdade, era a maior loja de departamentos do mundo, tudo podia ser comprado ali.

O gerente perguntou ao rapaz:

- Você já trabalhou alguma vez?
- Sim, eu fazia negócios na roça.

O gerente gostou do jeitão simples do moço e disse: Pode começar amanhã, no fim da tarde venho ver como se saiu.

O dia foi longo e árduo para o rapaz.

Às 17h30 o gerente se acercou do novo empregado para verificar sua produtividade e perguntou:

- Quantas vendas você fez hoje?
- Uma!

- Só uma? A maioria dos meus vendedores faz de 30 a 40 vendas por dia.
- De quanto foi a sua venda?

- Dois milhões e meio de reais. 

O gerente arregalou os olhos, sentiu a taquicardia e ainda teve folego para continuar:

- Como conseguiu isso?

- Bem, o cliente entrou na loja e eu lhe vendi um anzol pequeno, depois um anzol médio e finalmente um anzol bem grande. Depois vendi uma linha fina de pescar, uma de resistência média e uma bem grossa. Para pescaria pesada, sabe. Perguntei onde ele ia pescar e ele me disse que ia fazer pesca oceânica. 

O gerente mal conseguia conter a emoção.
 
- Continue meu jovem, continue... 

- Então eu sugeri que talvez ele fosse precisar de um barco. Levei-o até a seção de náutica e lhe vendi uma lancha importada, de primeira linha. 

O gerente, embascado, mal podia acreditar no que estava ouvindo. O jovem vendedor continuou sua história tão calmo quanto a havia iniciado.

-Aí eu disse a ele que talvez um carro pequeno não fosse capaz de puxar a lancha e o levei à seção de carros e lhe vendi uma caminhonete com tração nas quatro rodas.

Perplexo, o gerente perguntou:
-Você vendeu tudo isso a um cliente que veio aqui para comprar um pequeno anzol?

-Não senhor. Ele entrou aqui para comprar um pacote de absorventes para a mulher, e eu disse:

"já que o seu fim de semana está perdido, por que o senhor não vai pescar?"



Este post foi publicado no blog em Janeiro de 2009 (imagine só!). Dei uma remexida no "Baú de Antiguidades" e o encontrei. O tema continua oportuno. A piada é antiga, mas não perdeu a atualidade.  Logo, resolvi renovar a publicação e trazê-lo para 12 anos adiante. Curioso é que o post continua interessante como se tivesse sido criado hoje.

Veja abaixo o comentário que a leitora e amiga Jaqueline Amorim escreveu e a minha resposta que serve como um  complemento para o tema do post.
  1. Isso que é eficiência não é mesmo grande Herbert? Já conhecia este texto, acredito que em nossa área, poucos não o conhecem mas, para quem chegou agora e não captou a mensagem, segue o help:

    Ser Eficaz é fazer a coisa certa, ou seja, todos os vendedores estavam lá vendendo. Todos são eficazes...

    Ser Eficiente é fazer a coisa certa e com o maior nível de aproveitamento possível, ou seja, é ser mais que eficaz. Uma pessoa eficiente é eficaz porém, uma pessoa eficaz nem sempre é eficiente. O vendedor da historinha foi eficiente pois aproveitou o máximo que o cliente podia pagar para vender. Ele fez apenas uma venda que valeu por todas as vendas dos demais vendedores. Ele fez o máximo possível utilizando um recurso mínimo (um único cliente).Estou certa amigo??

    Beijos!!!

  2. Querida Jaqueline,
    Você se arriscou aonde muita gente especializada não ousa ir.
    Definir eficácia e eficiência corporativas é um desafio.
    Para começo de conversa qualquer dicionário que você ler apresentará a ambos como sinônimos. Na terminologia dos administradores corporativos os conceitos são diferentes. Embora ambos estejam ligados ao cumprimento de metas e objetivos, eficácia está mais relacionada com a forma de alcançar os resultados finais e eficiência mais conjugada com os recursos disponíveis para se atingir os mesmos resultados.
    Percebe a dificuldade de se classificar simplesmente esse de eficaz e aquele de eficiente? Considere que estas características são meramente predominantes nas personalidades das pessoas. Ninguém é cem por cento eficaz ou eficiente.
    No exemplo da nossa história o vendedor pode ser classificado em que categoria? Ele foi eficaz, pois atingiu um valor de vendas inimaginável; mas também foi eficiente, pois vendeu muito, em curto prazo, sem dar descontos (custos) e ainda agradou ao cliente.
    A propósito, o seu comentário me inspirou a escrever um novo artigo, sobre o tema, que pretendo publicar neste fim de semana se conseguir ser eficiente (...ou ser eficaz?)


quarta-feira, 8 de setembro de 2021

A "Oficina de Gerência" chega à marca de 1.500.000 de visitantes

 



Por meio deste post agradeço, a todos e cada um, dos 1.500.000  visitantes que compareceram às páginas da Oficina de Gerência prestigiando o blog e proporcionando mais de 3.8000.000 de visualizações.

Herbert Drummond


terça-feira, 7 de setembro de 2021

A maçonaria está presente na Independência do Brasil

 


Considerando a sociedade em geral, pouco se sabe sobre o papel da Maçonaria na Independência do Brasil; e foi uma participação decisiva. Há muito material de consulta sobre esse tema no Google e outras fontes na internet e mais uma vasta bibliografia maçônica, tanto quanto, de livro e artigos maçônicos sobre essa participação. Todavia os registros não são do conhecimento geral na História Geral do Brasil.

Cito a respeito um trecho que extrai do site Brasil Escola :
  • "A Independência do Brasil não teria sido possível sem a interferência da maçonaria. Desde o século XVIII havia maçons no Brasil, e muitos deles envolveram-se em movimentos políticos contra a Coroa Portuguesa. Foi o caso da Inconfidência Mineira, por exemplo.

    Em 17 de junho de 1822, quando a reação brasileira às pretensões das cortes portuguesas já estava em seu auge, houve a criação da organização maçônica Grande Oriente do Brasil, que se apartava do Grande Oriente Lusitano, que já tinha lojas maçônicas no Brasil. 

  • D. Pedro I, em 2 de agosto de 1822, foi iniciado em uma das lojas tipicamente brasileiras, chamada “Comércio e Artes”, adotando o codinome de Guatimozin. Os articuladores da Independência eram maçons e faziam parte do Grande Oriente Brasílico. Entre os principais, estavam José Bonifácio de Andrada e SilvaJoaquim Gonçalves Ledo e José Clemente Pereira. Os três foram responsáveis por convencer D. Pedro a aderir de vez à causa da Independência, ainda que Bonifácio fosse rival dos dois últimos." (clique aqui para conhecer o texto completo)

Naqueles tempos, início do século 19, a maçonaria desfrutava de grande prestígio. O Rio de Janeiro era capital do Brasil e concentrava as grandes decisões do País; era o grande centro político, cultural, artístico e social do Brasil sob domínio da coroa portuguesa.

A maçonaria tipicamente brasileira era composta, na sua maioria, por pessoas da classe média, políticos, oficiais militares, funcionários públicos  e outros segmentos das burguesia. Como dito acima, a loja de maior prestígio tinha a denominação de "Comércio e Artes". 

Nessa loja eram constantes e se disseminavam na sociedade, os discursos contra Portugal e a favor da Independência. D. Pedro, que era o Grão Mestre da Maçonaria no Brasil, tinha conhecimento e aprovava, ainda que veladamente, esse movimento.

As pressões da Maçonaria - principalmente e por seu prestígio - e claro, de outros segmentos da sociedade chegou ao ápice quando Portugal rebaixou o Brasil de sua posição no império lusitano  e se preparou para enviar tropas para submeter o Brasil ao seu tacão.

D. Pedro estava em São Paulo (para tratar de assuntos políticos, mas na verdade para visitar sua amante a Marquesa de Santos) - havia passado o comando político do Governo para sua esposa, D. Leopoldina. 

"Após receberem mais um ultimato de Portugal, Leopoldina, convocou o Conselho de Estado no Rio de Janeiro e assinou, em 2 de setembro, um decreto declarando o Brasil oficialmente separado de Portugal." Ao receber as notícias, através de cartas da esposa, outros amigos e maçons, D. Pedro deu o famoso "Grito do Ipiranga". (clique aqui para conhecer o texto completo).

Para complementar o post, transcrevo abaixo um artigo do site "História Hoje" que retrata muito bem o que foi a influência dos maçons e da Ordem, na Independência do Brasil


Leiam o trecho de um artigo que está com o link colocado abaixo, que demonstra os tempos confusos em que viviam os brasileiros e particularmente os maçons em torno do verdadeira história da proclamação da Independência do Brasil.
  • "E, assim, a história registrou que a independência brasileira foi proclamada por um grão-mestre maçom, D. Pedro I, cuja ascensão na maçonaria foi meteórica. Registros oficiais apontam que sua iniciação se deu na Loja Comércio e Arte, no dia 02 de agosto de 1822, com o nome de Guatimozim – em homenagem ao último imperador asteca –, que teria sido promovido ao grau de mestre três dias mais tarde e elevado ao posto máximo da organização, o de grão mestre, dois meses depois, sobre o exercício de tal incumbência por D. Pedro, que ele exerceu a função por apenas 17 dias. Em 21 de outubro (uma semana após a aclamação como imperador), mandou fechar e investigar as lojas que haviam ajudado a proclamar a Independência. Quatro dias mais tarde, sem que as investigações sequer tivessem começado, determinou a reabertura dos trabalhos “com seu antigo vigor."   
Para quem se interessar pela história da maçonaria, D. Pedro I e a Independência, recomendo a leitura do texto de um maçom que encontrei na minha busca. Recomendo a leitura para complementar o tema do post. Clique aqui para conhecê-lo



A Maçonaria e a Independência do Brasil

 Em fins de 1821, a Maçonaria Brasileira estava cindida em duas ordens: a “Azul” e a “Vermelha”. A Grande Loja da Maçonaria “Azul” teria membros em São Paulo. No Rio de Janeiro funcionavam, então, já separadas, as Lojas da Maçonaria “Azul” e da Maçonaria “Vermelha”. Esta chefiada por Joaquim Gonçalves Ledo, Cônego Januário da Cunha Barbosa, José Clemente Pereira, entre outros. Aquela tinha à sua frente José Joaquim da Rocha, José Mariano de Azeredo Coutinho, Antônio e Luís de Meneses Vasconcelos Drummond, Pedro Dias Paes Leme, entre outros. Não havia nítida separação entre os irmãos maçons: muitos de tendência “vermelha”, isto é, republicanos, achavam-se nas lojas “Azuis”, rente aos monarquistas, e vice-versa. Outros faziam-no por espionagem. Mesmo assim encontramos um ou outro irmão “Vermelho” em loja “Azul”, ou irmão “Azul” em loja “Vermelha”, porque isso interessava ao jogo político.

Ao mesmo tempo foi fundado, na casa do maçom José Joaquim da Rocha, na Rua da Ajuda, o “Clube da Resistência”, depois transformado no “Clube da Independência”. As tratativas iniciais tinham como objetivo sensibilizar D. Pedro para resistir ao comando das Cortes, convidar o Presidente do Senado, o maçom José Clemente Pereira, a aderir ao movimento, bem como ampliar os contados com maçons de Minas Gerais e São Paulo. Longe dos olhos das autoridades, outras reuniões de cunho maçônico eram realizadas tanto no Clube quanto no Convento de Santo Antônio, organizadas pelo Frei Francisco Sampaio.

Com a reinstalação da Loja “Comércio e Artes”, em 1821, quando obteve liberdade de atuação, a maçonaria conheceu grande expansão no Brasil, principalmente na cidade do Rio de Janeiro. Com o tema da “independência” na pauta de todas as reuniões, fazia-se agitação e proselitismo em favor da ideia. Alguns membros, como o liberal radical Ledo, eram partidários de uma independência democrática e republicana. Ledo chefiava a “Maçonaria Vermelha”, em contraposição ao grupo simpático à “Maçonaria Azul”, que defendia a proposta de uma monarquia constitucional parlamentar. Em comum, os grupos tinham o absolutismo como inimigo, e o liberalismo e a representação do povo no legislativo como princípios fundamentais.

Gonçalves Ledo
A partir de outubro daquele ano, começaram a aparecer pelas ruas do Rio de Janeiro panfletos denunciando as intenções das Cortes e concitando o príncipe a assumir a direção do movimento em defesa da autonomia do país. Segundo historiadores, a propaganda deflagrada pela maçonaria “vermelha” era, sim, para separar politicamente o Brasil de Portugal, pois a independência já fora considerada conquistada, desde 1815, quando da elevação da colônia a Reino Unido de Portugal e Algarves. Para esse grupo, com a separação, surgiria fatalmente a república, pois não havia no Brasil uma monarquia própria.

Apesar de, em 1822, a cidade de São Paulo possuir alguns maçons, eles não eram em número suficiente para formar uma Loja, diferente do Rio de Janeiro, que contava com a Loja Comercio e Arte. Seu fundador, Joaquim Gonçalves Ledo, em apaixonado discurso pronunciado em reunião do Grande Oriente do Brasil, dirigido ao então Regente, a 20 de agosto, incitou-o, em nome da Maçonaria, a dissolver os laços que nos uniam a Portugal. Alguns meses antes, cientes de que sem o apoio de São Paulo e Minas Gerais não haveria independência, a Loja carioca tinha enviado Paulo Barbosa para Minas e Pedro Dias Paes Leme para São Paulo, aonde chegou no início de dezembro de 1821, para medir os ânimos paulistas.

Em meio às tensões, sondado sobre se atenderia ao pedido dos povos do Brasil para permanecer deste lado do Atlântico, D. Pedro respondeu que sim e, em cartas ao pai, dava conta do andamento da situação, de sua disfarçada atuação nela, os dos fatos que se precipitavam. No Rio de Janeiro começou a receber assinaturas para que não partisse. Os apoios de Minas Gerais e São Paulo logo chegariam. O governo paulista, quanto a Câmara Municipal, desde que tomaram ciência dos decretos resolveram escrever ao Príncipe e mais. Resolveram propor uma ação conjunta com Minas. Na deputação incumbida de se entender com o D. Pedro, nomeada no dia 22, encontrava-se Martim Francisco. Para essa província, foi despachado Pedro Dias Pais Leme que chegou a cidade numa noite chuvosa de 23 de dezembro levando a mensagem da capital. Ela era clara. A capital e o próprio Regente eram pela permanência no Brasil. Bonifácio encontrava-se acamado, atacado de erisipela.

Três representações foram então encaminhadas a D. Pedro, rogando a sua permanência no Brasil e o descumprimento aos Decretos 124 e 125. A representação dos fluminenses foi redigida pelo Frei Francisco Sampaio, Orador da Loja “Comércio e Artes”. A dos mineiros foi liderada pelo mesmo Pedro Dias, maçom e amigo de D. Pedro. De São Paulo, Bonifácio, presidente da junta governativa enviou um documento, em 24 de dezembro de 1821, no qual criticava duramente a decisão das Cortes de Lisboa.

  • Texto de Mary del Priore.