19 DE MARÇO DE 2024 – 3ª FEIRA



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sábado, 25 de março de 2023

Profissões em Inteligência Artificial: Oportunidades e Desafios.


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Antes de iniciarem a leitura deste post quero lhes informar que o texto (logo abaixo) de "apresentação do artigo" foi produzido pelo ChatGPT. Foi a minha primeira experiência com essa ferramenta que está causando furor no mundo inteiro quando se fala de IA. Simplesmente fiz ao Chat o pedido abaixo:
  • "Escreva uma apresentação de artigo, com três parágrafos, sobre profissões para atuar com inteligência artificial."
O resultado - que propositadamente coloquei entre aspas - despretensioso, é a composição abaixo. Deixei-a intocada para cada um ter um pouco (muito pouco) da noção do que é possível fazer com o ChatGPT e outras ferramentas similares que já estão no mercado (clique aqui) e que vão evoluir muito rapidamente.

A propósito, aprovei 100% o texto criado pelo ChatGPT.

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 (Texto do ChatGPT)
"Inteligência Artificial (IA) tem se tornado uma área de grande interesse nos últimos anos, com avanços significativos em tecnologias como aprendizado de máquina e redes neurais artificiais. Com isso, surge uma demanda por profissionais especializados em IA para atender as necessidades de diferentes setores, desde saúde e finanças até educação e transporte.

Para atuar em IA, existem várias profissões em potencial, como cientista de dados, engenheiro de aprendizado de máquina, desenvolvedor de IA, especialista em robótica e consultor de IA. Cada uma dessas profissões requer habilidades e conhecimentos específicos em matemática, estatística, programação e aprendizado de máquina, além de experiência prática na construção e implementação de sistemas de IA.

Além disso, é importante ressaltar que a ética é uma consideração fundamental em IA, já que as decisões tomadas pelos sistemas de IA podem ter consequências significativas na vida das pessoas. Por isso, muitas empresas estão buscando profissionais que possam garantir que as soluções de IA sejam justas e equitativas. Em resumo, a IA é uma área emocionante e em constante evolução, com muitas oportunidades para profissionais com habilidades técnicas e éticas sólidas."

(Continuo a apresentação com meu texto)

O artigo abaixo, extraído da seção "Sua Carreira", do Estadão, é o resultado de uma pesquisa, feita por uma das maiores empresas do mundo em recrutamento especializado, a Michael Page/Page Group , sobre as profissões que estão surgindo e/ou sendo criadas com o avanço acelerado da Inteligência Artificial e seus "Chatbots"*

O artigo, escrito pela jornalista Bruna Klingspiegel do Estadão é objetivo ao apontar as profissões que a recrutadora pesquisou no mercado de IA; e oportuno para dar informações preciosas a essa nova geração de jovens talentos que começa a ser formada, para trabalhar nesse novíssimo mundo mágico da IA, dos algoritmos, dos robôs e do enorme campo para criatividade humana que vem a reboque. Boa leitura.

Chatbots são robôs, isto é, algoritmos que são usados em chats para imitar uma conversa humana. Assim, eles podem responder e interagir com seus usuários, automaticamente, usando inteligência artificial e aprendizado de máquina para solucionar dúvidas ou fornecer outras informações solicitadas.

Clique aqui e visite a homepage

ChatGPT: confira 6 profissões com salários de até R$ 20 mil para atuar com inteligência artificial  - Por Bruna Klingspiegel

Áreas de negócios e relacionamento com clientes das empresas estão oferecendo vagas específicas para pessoas com conhecimento de atuação com IA, após lançamento do ChatGPT Foto: Gabby Jones/Bloomberg

Levantamento da recrutadora Page Group indicou as profissões que estão surgindo com o avanço do chatbot; especialista em IA e técnico de chatbot compõem a lista


Segundo o diretor-executivo da Page Group, Lucas Oggiam, desenvolvedores para uso da ferramenta e correlatos já são demandados pelo mercado. Além disso, as áreas de negócios e relacionamento com clientes das empresas também estão começando a oferecer posições específicas para pessoas com conhecimento de atuação com IA em geral.

“O principal desafio é o baixo número de pessoas que entendem do tema”, explica ele. “É importante que o investimento em qualificação adequada para o futuro profissional seja cada vez mais medido e trabalhado por empresas e governos.”

Confira algumas profissões que estão surgindo com o avanço da inteligência artificial, segundo a Page Group, consultoria de recursos humanos:

Especialista em Inteligência Artificial


Uma das profissões mais promissoras do mercado, o profissional especialista em IA atua na criação, treinamento e testagem de sistemas de inteligência artificial. Entre as habilidades necessárias estão o conhecimento avançado em linguagem de programação, habilidades em matemática, estatística, algoritmos e estruturas de dados. Segundo o site Indeed, o salário costuma variar entre R$3 mil e R$18 mil.

Desenvolvedor de Chatbot

O desenvolvedor está presente no processo de criação de bots, projetando e implementando a ferramenta para diversos fins. Ele trabalha diretamente com algoritmos de IA e, para atuar de forma eficiente, precisa ter amplo conhecimento em linguagens de programação, experiência em desenvolvimento de software e habilidade para entender as necessidades do usuário. Salários variam de R$ 4 mil a R$ 12 mil.

Técnico de Chatbot

Esse profissional atua diretamente na manutenção dos chatbots, programando e tornando a ferramenta mais eficiente nas respostas aos usuários. Para trabalhar como técnico, é necessário conhecimento em tecnologias relacionadas a chatbots como machine learning, IA e processamento de linguagem natural, habilidades em programação. Salários variam de R$ 2 mil a R$ 5 mil.

Analista de Chatbot


Assim como o técnico, o analista de chatbot atua aprimorando os robôs de conversação, mas também é responsável por configurar sistemas e analisar dados gerados pelo chatbot para criar relatórios e detectar oportunidades de melhoria. Conhecimento técnico em programação e desenvolvimento de chatbots, habilidade para analisar dados dos usuários e identificar padrões para melhorar a experiência do chatbot são indispensáveis para quem quer trabalhar na área. Salários variam de R$ 3 mil a R$ 7 mil.

UX Designer com foco em Chatbot

Esse é o profissional que desenha a experiência de usuário dentro do chatbot. Então ele será responsável por criar uma navegação intuitiva, fluxos de conversa claros e recursos visuais eficientes. Entre as habilidades necessárias estão o conhecimento em design thinking, análise de dados e capacidade de identificar as necessidades e expectativas de quem irá utilizar a ferramenta. Salários variam entre R$ 4 mil e R$ 12 mil.

Desenvolvedor de Modelos de Aprendizado de Máquina para Chatbot

Com salário que pode chegar a R$15 mil, o profissional de machine learning irá criar algoritmos que permitam que o chatbot ajuste suas respostas às perguntas e pedidos de informação dos usuários. É necessário conhecimento em programação e experiência em Python ou R, estatística/matemática, computação e engenharia de dados. Salários variam entre R$ 7 mil e R$ 20 mil.

👉 Se desejar ler o artigo no seu formato original é só clicar aqui.

domingo, 19 de março de 2023

Home Office, seu chefe não gosta? Entenda o porquê.


A

discussão entre quais sejam as melhores relações de trabalho entre empresas e empregados, o presencial, o híbrido ou o home office, continua acesa, mesmo depois de haver passado o período agudo da pandemia pelo COVID 19.

Acredito que ainda vá durar algum tempo, mas prevejo (que pretensão!) que o home office ou algo semelhante (talvez o "híbrido") vá prevalecer ao longo do tempo. Por que digo isso? 

O mundo caminha celeremente para ser dominado pela crescente alta tecnologia, pelos robôs, pela inteligência artificial, pelo 5G (atual), o futuro 6G (2035), o distante 7G (previsão para até 2045e atualmente  o metaversoPorque o trabalho “atrás das mesas” (aqueles que independam de presença física nas instalações das empresas ) ficaria fora desse contexto?

Deixemos a futurologia e voltemos para cá, 2023, nesse, digamos, confronto atual entre aqueles que preferem e podem trabalhar em casa ou em modalidade híbrida e os que são obrigados a batalhar, em tempo integral, nas instalações físicas das corporações.

O artigo abaixo - lembrar que foi escrito em junho de 2022, com o vírus da COVID 19 ainda ameaçando agressivamente a humanidade - aborda o tema de maneira diferenciada. O título da matéria já dá o tom "O que os chefes perderam na luta contra escritórios vazios: poder".

Um parêntesis, acho que cada um de nós tem sua opinião a respeito desse  "embate", não escondo a minha, que tende, observem que eu disse tende, a privilegiar o trabalho presencial. As minhas razões são muitas, mas confesso que refletem, bastante, a opinião de um "velho executivo" que teima em não se aposentar. 


Entendo perfeitamente que é uma luta inglória (porque fadada à derrota) defender o trabalho diuturno no ambiente das instalações corporativas ao invés de fora delas, seja home officetrabalho remoto ou teletrabalho (para entender supostas diferenças entre estes tipos, clique aqui).

E digo mais, antes de qualquer julgamento dos leitores, que concordo com o título do texto. Os chefes ou CEOs que defendem o lado do presencial, o fazem - essencialmente - porque... sim, perdem poder. As presenças dos empregados, agrupados ali, nas suas "áreas de autoridade", lhes conferem um poder ou um tipo de comando e controle, que perdem, quando estes mesmos subordinados estão "longe de seus domínios", de seu feudo, de sua jurisdição. É fato!

E paro por aqui. O assunto vai longe. Além de instigante, dá muitos "panos para mangas" e não vamos estendê-lo neste post. Por ora, basta para trazer a informação aos leitores do blog.

Recomendo que leiam o artigo. É leve, informativo e bem ilustrativo; e vai ajudá-los a compreender melhor essa questão tão atual na nossa realidade.

Seria bem interessante - para quem desejar - opinar a respeito nos "comentários" (ver link ao final do post). Vamos ao texto.



O que os chefes perderam na luta contra escritórios vazios: poder  


Os planos de retorno ao escritório se revelaram um grande cabo de guerra em que nenhum dos lados cede por medo de parecer covarde


Emma Goldberg, The New York Times

19 de junho de 2022 



O que o chefe de Barrett Kime disse em uma recente videoconferência foi simples. Será que os integrantes da equipe dele na NBCUniversal poderiam ir trabalhar presencialmente nos poucos dias em que se espera que eles estejam no escritório?

Então veio a revolta. Kime, diretor de criação sênior, tirou o microfone do mudo. “Eu estava falando como era insano pedir às pessoas para virem com maior frequência enquanto os casos de covid-19 estão aumentando”, lembrou ele.

Outros funcionários então se manifestaram para compartilhar as razões pelas quais não queriam voltar ao escritório: cuidado de crianças, aumento do preço do combustível, número de casos de covid-19. Para Kime, isso marcou uma nova fase nas conversas entre eles quanto ao retorno ao local de trabalho.

“É meio que uma coisa do tipo Mágico de Oz”, disse Kime. Em outras palavras, sua equipe percebeu que não havia nenhum ser todo-poderoso forçando a presença deles; havia apenas um homem atrás de uma cortina (ou em uma tela do Zoom). “Por mais que resmungássemos sobre voltar a trabalhar presencialmente, todos sabíamos que isso ia acontecer. Mas assim que começamos a voltar, percebemos o quanto isso era estúpido”, acrescentou.

O otimismo a respeito dos planos de retorno ao escritório, em todos os setores e cidades, está diminuindo aos poucos. Quando questionados no início de 2021 qual seria a proporção de seus funcionários que voltariam ao escritório cinco dias por semana no futuro, os executivos disseram que 50%; agora esse percentual caiu para 20%, de acordo com uma pesquisa recente da consultoria Gartner.

A ocupação de escritórios em todo os Estados Unidos estabilizou no mês passado em cerca de 43%, quando os casos de covid-19 aumentaram mais uma vez, segundo os dados da Kastle, empresa de segurança.

A grande maioria dos americanos, sobretudo aqueles no setor de serviços e em empregos com salários baixos, vem trabalhando presencialmente ao longo da pandemia. Mas aqueles que tiveram a possibilidade do trabalho remoto se apegaram à flexibilidade. Em uma pesquisa de janeiro, o Centro de Pesquisa Pew descobriu que 60% dos trabalhadores cujos trabalhos podem ser realizados de casa queriam trabalhar de forma remota a maior parte do tempo ou o tempo todo.

“O que está bastante claro é que há cada vez menos empresas esperando que seus funcionários estejam no escritório cinco dias por semana”, disse Brian Kropp, vice-presidente do departamento de recursos humanos da Gartner. “Até mesmo algumas das maiores empresas que se pronunciaram publicamente dizendo querer seus funcionários no escritório cinco dias por semana estão começando a voltar atrás.”

Há a Apple, que recentemente suspendeu sua exigência de que os funcionários fossem ao escritório pelo menos três dias por semana. Há a McKinsey, que pretende, em algum momento, estabelecer regras mais claras quanto ao comparecimento ao escritório, com o objetivo de garantir que as pessoas entendam a importância da colaboração presencial, mas por enquanto está permitindo que cada um faça acordos com seus clientes e gestores, de acordo com seu diretor de recursos humanos.

O Google adiou o retorno ao escritório planejado para janeiro e, agora, aproximadamente 10% de seus funcionários receberam permissão para trabalhar de modo remoto o tempo todo ou ser realocado. Em um determinado momento, a Intuit considerou algum tipo de plano rígido de retorno ao escritório para seus 11.500 funcionários nos EUA, mas em vez disso permitiu que gestores e equipes definissem suas próprias expectativas de quais dias ir ao local de trabalho.

“Ser taxativo cria todo tipo de burocracia, porque depois você precisa envolver os níveis de gestão e isso se torna muito baseado em regras”, disse Sasan Goodarzi, CEO da Intuit. “Não acreditamos que seja preciso estar no escritório 40 horas por semana e também não acreditamos que seja possível ficar totalmente no virtual.”

Os planos de retorno ao escritório se revelaram um grande cabo de guerra em que nenhum dos lados cede por medo de parecer covarde. Os executivos disseram aos trabalhadores para voltar ao local de trabalho, depois adiaram os planos, pois os casos de covid-19 continuavam a subir.

Os líderes de negócios aceitaram a incerteza, esperando que ela fosse temporária. Até ficar claro que não era. Os trabalhadores tiveram tempo extra em casa, e margem extra para testar a rigidez dos planos de seus chefes. Agora, algumas empresas estão esperando que seus profissionais voltem, mas perderam o poder para forçar isso por causa do fluxo constante de prazos.

“O que decidimos fazer é dizer: ‘O que está funcionando?’”, disse Joan Burke, diretor de recursos humanos da DocuSign, que adiou quatro datas de retorno ao escritório antes de decidir não exigir o comparecimento por enquanto. “Vamos aprender com o que está funcionando e pôr em prática proteções quando acharmos que não estão.”

Alguns executivos esperam que, caso consigam fazer com que seus funcionários passem algum tempo no escritório, eles percebam que gostam mais disso do que lembravam.

Christina Ross, CEO da Cube, empresa de software com 75 funcionários, costumava se considerar uma orgulhosa defensora do trabalho presencial. Antes da pandemia ela contratou um engenheiro que vivia no Texas e insistiu que ele se mudasse para Nova York para trabalhar. Ela não conseguia imaginar construir um relacionamento de longo prazo com um funcionário que ela nunca conheceu pessoalmente.

Agora ela chama sua empresa de “prioritariamente remota”. Primeiro ela considerou, sem levar muito a sério, a ideia de exigir um retorno ao escritório da Cube, mas acabou decidindo tornar essa opção o mais atraente possível. Ela até mudou a localização do lugar em Nova York para facilitar o deslocamento para os funcionários que moram no Brooklyn.

“As pessoas deixaram claro que não queriam voltar”, disse Christina. “Pode acabar sendo decepcionante colocar tanto esforço na construção de um ambiente de escritório e depois não ter pessoas o frequentando.”

Alguns empresários adotaram uma linha mais severa. Elon Musk, por exemplo, disse aos funcionários da SpaceX e da Tesla que eles precisavam passar no mínimo 40 horas no escritório ou seriam demitidos. Muitas outras empresas, como o Google e a Microsoft, optaram por uma estratégia mais branda, preenchendo os locais de trabalho com café gelado, petiscos, sacolas com brindes e cerveja. Mas esses incentivos corporativos têm seus limites, e poucos estão dispostos a experimentar punições.

“É quase como um meme atual do escritório de 2018 – ‘Ei, temos bagels, petiscos e mesas de pingue-pongue'”, disse Christina. “Isso não é uma troca pelo deslocamento.”

Muitas empresas estão aceitando a realidade de que exigir um retorno ao escritório pode colocá-las em desacordo com as demais organizações e significar perder talentos. Em alguns setores e em algumas regiões dos EUA, a cultura centrada no escritório está se tornando uma peculiaridade, e não a regra.

A Duolingo, empresa de aprendizado de idiomas com sede em Pittsburgh, exigia que seus funcionários fossem ao escritório três dias por semana; o diretor de recursos humanos da empresa disse estar confiante de atingir suas metas de contratação da mesma forma. Christiana Riley, CEO das Américas do Deutsche Bank, disse que a decisão do banco de exigir que seus cinco mil funcionários de Nova York voltem ao local de trabalho em tempo integral ou pelo menos dois dias por semana, dependendo de sua função, tinha um significado que ia além dos negócios, contribuía para a recuperação da cidade.

A Brown-Forman, empresa de vinhos e bebidas destiladas, pediu que a maioria de seus 950 funcionários em Louisville, no Kentucky, fosse trabalhar na sede pelo menos três dias por semana desde o mês passado.

“Embora a Brown-Forman não tenha visto um êxodo por causa das nossas políticas de retorno ao escritório, isso ainda é possível”, disse Eric Doninger, diretor de estratégias imobiliárias e de local de trabalho, explicando que a empresa entende os riscos da aposta. “Nossas instalações têm uma função a desempenhar na construção do negócio, no fomento a colaboração e a camaradagem.”



Outros executivos estão insistindo em um retorno com toda a força, confiantes no custo-benefício de terem profissionais em suas mesas cinco dias por semana. Tom Siebel, CEO da C3 AI, empresa de inteligência artificial com 800 funcionários, exigiu que seus trabalhadores voltassem ao escritório em tempo integral em junho de 2021. Ele disse que a exigência só aumentou o interesse da empresa por um determinado tipo de candidato a emprego.

“Para as pessoas que querem trabalhar de casa pelo Zoom, existem empresas para isso”, disse ele. “Vá trabalhar para o Facebook. Vá trabalhar para a Salesforce.”

Siebel disse que tinha “o único estacionamento cheio no Vale do Silício” e vê isso como uma vantagem competitiva. “Não inventamos foguetes que aterrissam sozinhos com pessoas trabalhando via Zoom uma vez por semana”, acrescentou o CEO.“Temos que nos reunir em uma sala, usar quadros brancos e falhar, e falhar e falhar até conseguirmos ter êxito.”

Mas para os executivos que não redobraram os esforços nessa aposta, questões maiores pairam sobre o futuro de seus escritórios. Como no caso de Manny Medina, CEO da Outreach, empresa de vendas com uso de inteligência artificial com cerca de 600 funcionários em Seattle, dos quais a maioria é incentivada a realizar 40% do tempo de modo presencial. Em um escritório quase vazio, Medina disse ter se acostumado a enfrentar as contestações dos funcionários a respeito da importância da colaboração presencial.



Recentemente, um funcionário júnior compareceu ao horário de atendimento virtual do CEO e disse que não entendia por que deveria ser obrigado a se deslocar quando trabalhar de casa lhe permitia equilibrar a produtividade com sua vida social e o treinamento de jiu-jitsu. “Eu disse: ‘Bom argumento, e você deve pensar em qual é sua prioridade’”, disse Medina. “Se você quer ser um lutador de MMA, vá fazer isso.”

Medina é um defensor do escritório há anos. Certa vez, ele foi convidado a participar de um debate sobre as vantagens do trabalho presencial versus o trabalho remoto com o CEO da Zapier na frente de milhares de pessoas. A maioria dos presentes concordava com o oponente dele. “Fiquei com a parte perdedora da conversa”, disse Medina. “Mas não foi como se tivesse perdido para uma vitória esmagadora.”

Essa discussão aconteceu em 2017. Cinco anos depois, ela ainda não acabou. “Tem uma lanchonete que serve frango frito perto do escritório que só como quando estou no trabalho”, acrescentou Medina. “Vejo o mar do meu escritório. Por que eu não viria trabalhar aqui?” /TRADUÇÃO DE ROMINA CÁCIA

(TRADUÇÃO DE ROMINA CÁCIA)

Quer ler o artigo na sua página original? Clique aqui. As ilustrações que constam neste post não fazem parte do texto original.


Se desejar pesquisar mais sobre o tema, clique no link abaixo para conhecer o artigo:




domingo, 12 de março de 2023

Reunião no Metaverso - entenda como funciona.

 

Explicação aos leitores e seguidores do blog: É uma característica da Oficina de Gerência, transcrever matérias - onde elas apareçam - que julgo do interesse de quem gosta de saber das coisas a respeito de temas gerais, do dia a dia e do mundo corporativo. 

Me confesso um "caçador" de assuntos para compartilhar com os leitores do blog. É um dos meus passatempos. Uso-os como "ganchos" para explorar e ilustrar temas corporativos ou não, que digam respeito ao "core business" da Oficina de Gerência.

Por experiência própria posso dizer que muitos, inúmeros diria, textos interessantes, importantes e até indispensáveis, passam ao largo das nossas vidas cotidianas; seja pela falta de tempo de nos aprofundarmos além das manchetes, seja pela dificuldade de ler textos longos ou até pela falta de oportunidades de encontrá-los "escondidos" nas páginas menos lidas de tantas publicações, e outras muitas razões semelhantes.

É o caso aqui. Peço desculpas por essa "introdução" ao texto a seguir, que é um tanto longo, mas de vital importância, principalmente, para os profissionais juniores e seniores, habitantes dos universos organizacionais.

A esta altura, acredito que qualquer pessoa interessada em como funciona o mundo corporativo, na sua ampla inovação e modernidade, já saiba o que seja e representa o conceito do metaverso. Por via das dúvidas  entre aqui, na Wikipédia, ou acesse o Google, com a palavra, e terá inúmeros links para pesquisar.

O que lhes apresento é um completo artigo/reportagem recentemente publicado na seção "Sua Carreira", no jornal "O Estado de São Paulo", sobre o tema Metaverso e sob o título "Reuniões no metaverso começam a ganhar corpo na rotina de trabalho". 

É uma matéria produzida pela equipe de redação do jornal, extensa e completa, como deve ser. Digo isso porque, tem tiver dificuldade de ler textos longos aconselho que nem comece; mas se quiser e tiver interesse em se atualizar, não deixe de mergulhar de cabeça porque a reportagem é excelente.

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De startups de tecnologia a gigantes multinacionais, empresas de diversos setores estão adotando o metaverso para reuniões, eventos e processos seletivos; líderes percebem aumento do engajamento e motivação



A rotina dos colaboradores de muitas empresas tem sido a mesma: entram no escritório, batem um papo no café ou se espalham pelos sofás do lounge enquanto esperam que todos cheguem, aí se dirigem à sala do líder da área para uma reunião de alinhamento antes de começar o dia. Tudo sem sair de casa - o encontro está ocorrendo no metaverso da empresa.

Segundo Luiz Guilherme Guedes, CEO e fundador do Grupo Epic - ecossistema de economia criativa com foco no mercado geek e gamer formado por sete startups -, ainda é cedo para dizer se as reuniões vão migrar definitivamente para esse espaço virtual, mas ele afirma que hoje, num primeiro estágio de experimentação, a solução veio para complementar uma carência criada pelo trabalho remoto: a necessidade de convívio.

"A ideia de criar um metaverso do escritório veio quando a gente percebeu que o time não tinha a menor vontade de voltar para o presencial. Aliás, 70% das gerações Y e Z não querem voltar para esse formato, é a turma do nomadismo digital", explica. "Falamos ok, não vamos reabrir os escritórios, mas também não vamos perder o convívio."

Como o mundo dos games é justamente a praia deles, a empresa desenvolveu uma plataforma 2D gamificada que dá para acessar até pelo celular com internet 3G e reproduz exatamente a versão física do escritório da Epic. Tem cafeteria com jogos para descompressão, salas de treinamento, salas individuais e de reunião e até os "mascotes da casa" - a cachorrinha Luna e o um gato chamado Luke, que existem na vida real e, no metaverso, interagem com os avatares dos colaboradores e convidados.

Warner criou metaverso para o lançamento do novo filme do Batman. 

A ideia deu tão certo que clientes começaram a contratá-los para criar o metaverso de suas próprias empresas. Já foram arquitetados 130 desde agosto, para organizações das mais variadas áreas, como Warner Brothers, TV Globo, Bosch, Tim, Gerdau e Golden Cross. Guedes explica que o metaverso na dimensão do corporativo veio para resolver também um problema de motivação, retenção de conteúdo e comunicação interna, ressaltando que a taxa de engajamento nos treinos corporativos, que já não era alta antes da pandemia (28%), despencou para 2% com o isolamento social.

Outra percepção que ele destaca é a de que as pessoas, principalmente de gerações mais novas, estavam fechando a câmera nas reuniões virtuais de trabalho pelas plataformas "tradicionais", mas sempre de câmera aberta em jogos online como Fortnite e Roblox. "Tem estudos que comprovam que a interação no metaverso aumenta em 70% a empatia humana da comunicação", Guedes observa. "Depois de três minutos, seu subconsciente acredita que você está lá e isso é transmitido em termos hormonais para o cérebro. Gera um sentimento tribal, de pertencimento."

Ele também revela que há diferenças interessantes entre como as distintas gerações usam o metaverso corporativo. Entre os 130 modelos que a Epic criou até agora, metade foi para empresas em que o time pertence majoritariamente à geração X, enquanto as startups e empresas de tecnologia são abarrotadas de pessoas da geração Y e até da Z.

"A gente nota que a geração X está usando pontualmente para reuniões, eventos, design thinking, mentorias. Terminou, saiu", descreve. "Já a geração Z faz tudo. Tem Pikachu na mesa, molha a plantinha, abre o Gmail pelo computador do próprio metaverso. É um pessoal que já nasce com o mindset de jogo e habituado ao conceito de estar online em tempo integral."

Análise de campo

De olho no crescente movimento do ambiente corporativo em direção ao metaverso, a Like Marketing está prestes a implantar a solução, mas ainda estudando qual a melhor opção. "A gente quer modernizar, já que trabalha com tecnologia. Mas temos receio de parecer invasivo", pondera Rejane Toigo, fundadora da empresa.

"A Like tem 54 colaboradores, a maioria já em home office desde antes da pandemia. Sempre tivemos o cuidado, ao trabalhar remotamente, de não ficar controlando os times e querendo saber o que cada um está fazendo", afirma. "Cada setor tem sua entregabilidade e se a pessoa consegue fazer em três horas, melhor para ela. Tem mais tempo à disposição."

Com esses cuidados em mente, ela fala que duas colaboradoras já estão na Escola do Metaverso para aprender e avaliar a ideia. "Acho que as reuniões e principalmente a convivência do metaverso, as decisões em conjunto, podem contribuir muito para o desenvolvimento do ambiente e da cultura da empresa", ela destaca. "É uma forma, por exemplo, de uma pessoa que a gente contrata em Orlando conhecer o ambiente e os valores da empresa, a nossa egrégora."

A CEO conta que o Workrooms, metaverso da Meta, é uma das alternativas na mesa, mas como ele exige certos equipamentos para que a imersão seja completa, como uma internet boa e os óculos de realidade virtual Quest 2, há a preocupação da acessibilidade em pauta, caso um colaborador esteja em um lugar muito remoto. "Aí, um objetivo includente acaba sendo excludente", reflete.

Experimentos virtuais

Para Tania Vicente, diretora da Associação Brasileira de Agentes Digitais de Santa Catarina (Abradi-SC), o metaverso tem sido importante principalmente para interação com clientes que são de outros países ou de lugares mais distantes do próprio Brasil. Ela conta que o time tem se reunido no Workrooms.

"Você seleciona uma sala, personaliza com o seu logo e faz as reuniões. As internas, a gente faz para manusear as ferramentas e saber como pode se portar lá dentro. Já as externas são todas por lá, porque muitos dos nossos clientes são do exterior", explica. Com a rapidez no avanço da demanda, ela mesma entrou em uma pós-graduação exclusiva de metaverso. "A ideia é que até o final do ano a agência já esteja mergulhada nesse novo mundo e atualizada em todos os sentidos", justifica.

No caso da VCI Digital, do grupo de soluções conectadas VC ONE, todas as reuniões do time já ocorrem no metaverso próprio da empresa. "A gente tem um escritório dentro de uma plataforma imersiva, com toda a caracterização do nosso escritório físico - a parte de apresentação, salas de reunião, zonas de voz, tudo", afirma o CEO Pablo Martin Ayerza.

Eles também estão experimentando o Workrooms para fazer reuniões 100% imersivas, com direito ao uso dos óculos de realidade virtual (VR) da gigante de Mark Zuckerberg. "O espaço imersivo conta com uma série de recursos e ferramentas de produtividade que transformam as reuniões em experiências únicas, incríveis e radicalmente diferenciadas em comparação com outros meios virtuais de trabalho remoto", diz.

Entre os recursos à disposição, o CEO destaca a tecnologia de rastreamento de mãos para apontar, digitar, dar um sinal de positivo ou até mesmo comemorar o fechamento de um projeto, áudio espacial que amplia a sensação de realismo ao ouvir as vozes, já que o volume se ajusta automaticamente de acordo com a localização das pessoas no lugar, e quadro interativo compartilhado para idealizar ou incrementar o brainstorming com esquemas e desenhos.

Para quem não tem os óculos (na internet, o preço varia de R$ 2,5 mil a R$ 4 mil), Ayerza diz que a plataforma permite ainda a participação por videoconferência. "É uma excelente oportunidade para conectar equipes, aumentar a produtividade das reuniões e experimentar alguns benefícios do conceito de metaverso nas relações de trabalho", defende.

Reuniões e eventos no metaverso

Fundador da Gespro, empresa de treinamento e consultoria que trabalha com transformação ágil e digital nas empresas, Júnior Rodrigues fala que quando tudo migrou para o online, as pessoas foram cansando com o excesso de encontros online e lives. No caso da empresa dele, a solução foi trazer os workshops para o metaverso.

"Veio justamente para suprir essa necessidade das pessoas de estarem próximas. Além de a gente utilizar um ambiente lúdico, com aparência de jogo, o fato de se colocar nos avatares para poder participar promove uma integração maior e mais divertida", observa. "Ficou mais produtivo porque, como as pessoas se veem como se estivessem num local físico, acabam interagindo mais, têm mais atenção. E o detalhe de a plataforma ser 2D quebra barreiras e faz com que a gente consiga atingir um público muito maior", acrescenta.

Reuniões, eventos e processos seletivos: líderes percebem mais engajamento no metaverso.

Com a experiência bem-sucedida da Gespro, ele decidiu levar a proposta também para a iLAB, multinacional que tem um time de 90 pessoas na filial brasileira e da qual ele é head de agilidade e operações. "A gente tem utilizado para diversas ações, que vão das reuniões quinzenais da alta gestão e da gerência média até reuniões com clientes. Também realizamos mensalmente o iLAB Talks, que traz um profissional do mercado e um interno nosso para falar sobre um tema específico. Costuma ter um público de 70 a 80 pessoas participando, fazendo perguntas. Os eventos acabam sendo bem mais frutíferos e dinâmicos dentro do metaverso", pontua.

No caso do economista e analista de sistemas José Maria de Melo Junior, a experiência com o metaverso no trabalho tem sido ainda mais vanguardista. Servidor público federal, ele faz parte do quadro do Ministério da Justiça de São Paulo e é lotado na Polícia Rodoviária Federal (PFR) no Ceará. Viu por acaso a postagem de um primo nas redes sociais sobre uma reunião no metaverso da empresa onde trabalha e veio a ideia de levar a solução para a PRF.

"Desde a pandemia, vínhamos flertando com alternativas às entediantes reuniões via Google Meet ou Zoom", comenta. "Apresentei a proposta do metaverso em nossas reuniões de gestão e, por mais que existisse uma pequena desconfiança ou mesmo certa dúvida de como se daria o trabalho, haja visto que na administração pública as coisas acontecem de maneira mais rígida e formal, o pessoal se abriu para a experiência. Então, resolvi iniciar com um trabalho de unir os extremos do país, já que somos um órgão nacional."

Mudança de mentalidade

Ele fala que o espaço, além de pioneiro na administração pública, possui diversos recursos didáticos que podem dar suporte a uma experiência completa de treinamento de equipes, interação e integração entre servidores e colaboradores.

"Está prevista a formalização de um calendário de atividades de treinamento, integração, com a visita contínua de servidores de outros órgãos e regionais e palestras e eventos de temas afeitos a logística, licitações, contratos, patrimônio, contabilidade pública e execução orçamentária e financeira", entusiasma-se o servidor. "O escritório do metaverso é perene, síncrono, persistente. Ele está lá, disponível 24 horas para quem desejar utilizar a plataforma".

Como acontece com toda mudança de mentalidade, porém, Melo fala que o escritório virtual demanda persistência e adaptação. "A experiência gamificada tem suas nuances de trazer grande adaptabilidade dos mais jovens e um pouco de melindre entre os da geração X e baby boomers", analisa. "Mas cada vez mais setores como inteligência, policiamento e fiscalização, contratos, administração e finanças estão querendo conhecer, aderir, efetuar treinamentos com as equipes e, principalmente, reduzir as distâncias nacionais."

Processo seletivo com avatares

A gigante de bebidas Ambev é outra que caiu nas graças do metaverso, mas para realizar uma ação específica. Em abril, a empresa lançou seu primeiro processo seletivo para os programas de estágio e Representa, voltado exclusivamente para pessoas pretas, no universo virtual. Todas as etapas foram 100% online, com games interativos dentro de uma plataforma desenvolvida para interagir com os candidatos.

Na última etapa, eles foram direcionados para o Ambev Expo, onde os avatares participaram de dinâmicas e interagiram entre si e com membros da companhia. Para criar o avatar, a plataforma oferecia mais de 20 milhões de possibilidades de customização, com diferentes tipos de cabelo, roupa, acessórios e tons de pele. Além disso, era possível falar com NPCs (personagens não jogáveis) que representavam os colaboradores da Ambev.

"Foi uma oportunidade de conhecer a cadeia produtiva do campo ao copo, através de textos explicativos, interações e vídeos com a participação de colaboradores da Ambev de diferentes áreas em versões digitais", comenta Camilla Tabet, diretora de gente e gestão da Ambev no Brasil. "Esse é um ótimo exemplo de como a tecnologia pode deixar os processos de recrutamento mais dinâmicos e em linha com o momento atual dos nossos talentos, que estão cada vez mais imersos no mundo digital."

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Para quem esteja procurando mais informações sobre "metaverso" indico a matéria, do mesmo Estadão, intitulada "Empresas adotam ambiente virtual (metaverso) para treinar e conectar equipes" é só clicar aqui