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terça-feira, 29 de dezembro de 2020

"Alma Penada" no mundo corporativo



"Síndrome da Alma Penada".

(Autor: Herbert Drummond)

Já leu ou ouviu uma declaração ou entrevista de alguém, que tenha sido obrigado a deixar seu emprego recentemente, falando (criticando ou sugerindo coisas a fazer?) a respeito de sua ex-vida, como se ainda estivesse lá?

Chamo a isso de "Síndrome da Alma Penada". Criei essa expressão para situações em que, ao ter que deixar uma determinada função de comando, um indivíduo não consegue se afastar das lembranças, do ambiente, das sensações e das pessoas que faziam parte do ex-emprego. Até sonha com ele. Devo dizer que pesquisei no Google e encontrei  algo próximo do tema; clique aqui para conhecer.

A Síndrome da Alma Penada faz referência à ideia/imagem que existe em nosso inconsciente a respeito de quem morre e por não aceitar essa nova realidade, sua alma continua zanzando entre os “vivos” (no nosso caso, os ex-companheiros), assombrando-os, querendo participar das antigas atividades e pensando que ainda está vivo, mas perturbado, entre estes dois mundos sem pertencer a nenhum deles. Já viu algo assim na sua vivência profissional? Esses comportamentos são mais comuns do que se imagina.

Eu mesmo já fui vítima dela, da síndrome, e por isto mesmo pude conhecê-la de perto. Há muitos anos, pela primeira vez na carreira, fui exonerado (demitido) de uma alta-função e custei a aceitar a realidade. Não demorei e comecei a procurar os ex-assessores, sugerir e insistir em encontros de happy-hours e almoços, comentar as “novidades que me contavam e até sugerir como deveriam tratar determinados problemas... Pior, voltei algumas vezes ao local do ex-emprego para “visitar” os colegas, saber das últimas notícias e dar palpites.

Um dia percebi que estava era atrapalhando e perturbando as pessoas nos seus ambientes de trabalho e elas – mesmo as mais próximas - só me recebiam por educação e consideração. Tomei consciência do quanto era ridículo o que estava fazendo e nunca mais – a partir daí – voltei a um local de ex-emprego ou procurei ex-colegas para saber ou comentar sobre as coisas do meu passado naquela função.

Aproveito, como ilustração ao texto, o episódio de recente  entrevista de um ex-ministro, personalidade política com muitos poderes nos últimos anos, que perdeu, de um momento para outro, todo o status que havia conquistado. A entrevista foi uma clara demonstração de que estava sob efeito da Síndrome da Alma Penada. Para ser justo, lembro também, de várias outras personalidades ilustres, do Brasil e de outros países também, que têm sido acometidos, de forma inadvertida da "síndrome", com regular frequência.

No mundo das empresas – organizações públicas ou privadas - é comum  ver ex-presidentes, diretores e gerentes, se movimentarem nas salas e corredores dos ambientes em que foram dominantes, como se fossem "almas penadas", assombrando antigos subordinados ou companheiros; sem aceitar a perda do status. Não fazem ideia da triste figura que fazem.

Por experiência pessoal, digo que se não conseguirem reverter a condição de “assombrações”, muitos ficam, para o resto das suas vidas, presos nesse limbo, sem reencontrar os novos caminhos. Conheci alguns nesse estado também.

As perdas são muitas: poder, status, "amigos", auto-estima, vantagens financeiras entre outros danos. O tempo fora da “realeza” é como sofrer uma crise de abstinência. Um rebaixamento de função ou mesmo um novo emprego em condições inferiores ao anterior também pode ser listada como exemplos de existência de eventuais almas penadas.

Na vida real basta citar os exemplos dos casamentos desfeitos onde um dos parceiros não aceita a situação e continua querendo interferir na vida do outro... O fato é que, para muitos, é doloroso aceitar de bom grado a perda de status e mergulhar nas sombras do ostracismo e às vezes, da humilhação.

Quanto antes a vítima da síndrome tiver consciência de que "está morto e é um "espectro", mais cedo deixará de penar e consternar os habitantes do seu anterior círculo de relações.

Resumindo, deve deixar o passado no seu lugar e construir, o mais rapidamente, a nova "encarnação", a nova vida. O melhor remédio para isso é a resiliência. Também conheço muitos que conseguiram "ressuscitar" e construir novas carreiras. Seguiram em frente.

A paz de espírito que se ganha é fartamente recompensadora; nessas condições, digo que só terão paz e sossego quando aceitarem, plenamente, as circunstâncias da nova realidade de que são “almas errantes” e passarem a cuidar, cada qual, das suas novas... "encarnações".

💢

Em Tempo - Esse post, foi publicado há tempos, aqui no blog . Teve uma grande aceitação à época e estava "escondido" no baú de antiguidades da Oficina de Gerência. Reencontrei-o e dei uma completa repaginada. Outro texto, sem perder o foco do tema. Espero que tenha sido do agrado dos novos leitores .


domingo, 27 de dezembro de 2020

Receita de Ano Novo - Carlos Drummond de Andrade por Marília Gabriela.





RECEITA DE ANO NOVO

Carlos Drummond de Andrade

Receita de Ano Novo” foi lançado em 1977 no livro “Discurso de primavera e algumas sombras”, Rio de Janeiro, Record. (2ª edição aumentada, Livraria José Olympio Editora, 1978).

 

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

 Carlos Drummond de Andrade





sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

Ano Novo: 5 dicas para conseguir cumprir suas resoluções para 2021

As listas de desejos para um novo ano são tradicionais no mundo inteiro. Tão tradicionais quanto o são as listas dos propósitos não realizados. 

É uma tremenda frustração quando vamos conferir a lista das nossas pretensões e verificamos que foram muitas as "promessas e compromissos" que "assumimos", para chegar no final do ano cumpridos e se perderam na realidade do ano concluído. Motivos e desculpas os temos de sobra tanto que para cada meta não completada a justificativa está ali, na ponta da língua e transferimos as intenções para o próximo ano.

Assim somos nós, humanos imperfeitos. No meu caso todo ano faço minha lista e posso confessar que tenho itens que fazem parte da pauta há uns três anos... Sem comentários.

Por estas razões quis compartilhar esta matéria que encontrei na BBC Brasil. Achei ótima porque o autor, ao invés de propor um catálogo, como é usual, busca informar aos leitores as dicas para cumprir, cada qual a sua própria listagem.

Sendo assim, o artigo alinha cinco pontos – abrangentes – que depois de lê-los se propõem a nos ajudar, pobres mortais, criadores de repertórios impossíveis, a chegar ao final de 2021 e diminuir o déficit entre nossos desejos e nossas realizações.

Já completei minha lista 2021 de acordo com as dicas e sinto que melhorei bastante a qualidade dos meus propósitos e aspirações.

FELIZ 2021 A TODOS!




É o começo de 2021 e para muitos de nós o Ano Novo é um momento de estabelecer novas metas e projetos pessoais.
https://www.bbc.com/portuguese
Clique aqui e visite o site
 De repente ter uma rotina mais saudável ou   economizar mais dinheiro? Quem sabe iniciar um   novo hobby ou deixar de lado atividades que não   nos acrescentaram muito?
Qualquer que seja a sua resolução de Ano Novo, ela só será plenamente concretizada se houver motivação acima de qualquer suspeita. Mas todos nós sabemos que isso não é fácil de alcançar e muitos planos acabam ficando para trás depois que o novo ano se inicia.
Só 8% das pessoas que estabelecem resoluções de Ano Novo conseguem atingir seus objetivos, segundo um estudo da Universidade de Scranton, na Pensilvânia (EUA).
A BBC News Brasil reúne aqui cinco dicas para te ajudar a fazer parte dessa seleta estatística.

1. Comece com metas pequenas

pessoa correndo
Estabeleça metas realistas e gradualmente adicione dificuldades e novas etapas

Estabelecer metas realistas garante chance maior de sucesso. Parte do problema relacionado ao fracasso das resoluções de Ano Novo é o fato de elas serem utópicas e presumirem que "podemos ser pessoas completamente diferentes a partir do Ano Novo", explica a psicoterapeuta Rachel Weinstein.
O mais indicado é "começar pequeno", para depois adicionar dificuldades à medida que vai cumprindo a meta inicial. Por exemplo: comprar um tênis apropriado e iniciar corridas de curta duração antes de se comprometer com a meta de correr uma maratona.
Se você quer começar a cozinhar, pode estabelecer a meta de seguir uma receita nova uma vez por semana ou acompanhar alguém que já cozinha, para aprender as técnicas.
Não se trata de reduzir as expectativas ou pensar pequeno, mas sim criar estratégias para atingir resultados de longo prazo. Afinal de contas, conforme Weinstein, a verdadeira mudança "acontece a passos pequenos ao longo do tempo".

2. Seja específico


calendário
Pense exatamente sobre o que você vai fazer, quando e como
Frequentemente, estabelecemos metas sem uma ideia clara de como executá-las.
Mas é importante planejar os detalhes das resoluções. Segundo o professor de filosofia Neil Levy, da Universidade de Oxford, planejar ir à academia às terças de tarde e sábados de manha é uma meta mais propensa a dar certo que simplesmente dizer: "Vou mais à academia".
Ações específicas e factíveis garantem que você não estabeleça apenas um conjunto de intenções, mas sim também os passos necessários para concretizá-las.

3. Busque uma rede de apoio


Duas pessoas se encorajando
Tornar as suas resoluções de Ano Novo públicas ajuda a te manter motivado
Encontrar outras pessoas dispostas a entrar nessa jornada com você pode ser uma ótima fonte de motivação. Isso pode significar ir a uma aula com um amigo ou tornar a sua resolução pública.
Quando divulgamos nossos projetos, as chances de seguirmos adiante com eles são maiores. John Michael, da Universidade de Warwick, no Reino Unido, pesquisa os fatores sociais envolvidos na tomada de decisões e na manutenção de compromissos.
Ele diz que somos mais propensos a seguir adiante com resoluções se elas parecerem de alguma forma importantes para outras pessoas ou se o bem-estar de outros for afetado em caso de fracasso.
Portanto, seja cumprindo um compromisso ou obtendo companhia e apoio, envolver outras pessoas pode ser a chave do sucesso para atingir a sua meta de Ano Novo.

4. Superando fracassos


imagem de cigarro sendo quebrado pela metade
Força de vontade sozinha não resolve. Segundo especialistas, é preciso ser realista e estabelecer etapas concretas para alcançar as resoluções de Ano Novo

As melhores resoluções são aquelas que te ajudam a alcançar uma parcela de um plano de longo prazo em vez de serem metas vagas e abstratas, diz a psicóloga behaviorista Anne Swinbourne.
Se você nunca se interessou por esporte, a meta de se tornar um grande atleta dificilmente vai colar. As pessoas que só se apegam à força de vontade geralmente falham", diz.
Portanto, ao escolher uma resolução que te motive, estabeleça planos concretos para alcançá-la a partir do primeiro dia do ano. E não exite em pedir ajuda para superar os obstáculos que surgirem no caminho.
 A matéria da BBC foi publicada no ano passado e está editada para se referir às metas para 2021. Pela sua característica e atualidade serve plenamente à transferência do tema de 2020 para 2021.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Telas dos Grandes Mestres da Pintura Universal sobre o tema do Natal

Imagem relacionada

Existem coisas que são eternas. As grandes obras de arte universais, por exemplo, fazem parte dessa classificação. Tive a ideia de produzir um post com telas de mestres da pintura universal tendo como tema o natal. 

Não é muito comum "descobrir" no Google obras famosas sobre o natal. Pesquisei um bocado, mas não encontrei o que queria. De repente minha sorte mudou! O motivo foi um blog maravilhoso, que encontrei no Google enquanto fazia a pesquisa. O seu autor teve a mesma ideia. Refiro-me ao "Ler Para Crer" (clique no logotipo abaixo).

Foi lá que selecionei as belíssimas obras abaixo e que trago aqui para fugir um pouco da temática central da Oficina de Gerência. Afinal, conhecer um pouco da cultura universal  eleva o espírito e compõe a formação de qualquer ser humano, incluindo os que fazem parte do que chamo de "selva corporativa".

Clique em cada uma das imagens para ser redirecionado à pagina do Google com centenas de telas dos pintores respectivos. Não perca essa oportunidade e maravilhe-se com a arte universal.



http://lerparacrer.files.wordpress.com/2007/10/logoler2.gif
Clique no logotipo e visite o blog. Vale a pena passear por ele.

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNqaAgv_NKej3qNnJvmTPpFPuQWsRb4tlWXjnCs3r9U1rzWbVJRrdxUZ5tmAn2oH56jKi3rFU-iZBWO52yL40UBt_yIFzPYZfdd62j2thyphenhyphenNMz0tV2ghsheYD0UJvzFM18yLp7aojIFo0Q/s400/Rafael+-+Sagrada+Fam%C3%ADlia-1518.jpg
Rafael Sanzio – a Sagrada Família – Museu do Louvre, Paris



sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Gafes nos eventos sociais da empresa. Proteja-se delas...




Apesar de todos os cuidados para se proteger dos efeitos da pandemia são inevitáveis os convites para você  participar de alguns eventos sociais - mesmo que reservados - neste período de final do ano. Além do mais a pandemia não durar para sempre e os eventos sociais do trabalho fazem parte da vida dos habitantes da selva corporativa.

Volto ao tema, para reforçar que esses eventos, muitas vezes, são palcos para "exibição" de qualquer um que tenha pretensões de "aparecer" para o público interno da sua corporação. São muitos os candidatos ao posto de estrela da festa. É comum que alguns desses postulantes cometam gafes tão estrondosas que perdem qualquer oportunidade de serem vistos como alguém para ser considerado como componente do primeiro time.

É exatamente aí que o artigo escolhido para ilustrar essa tese aponta como se deve proceder para não cair nas armadilhas dos eventos sociais da empresa.

É uma reportagem antiga da internet, mas como todas as coisas de alto nível não perde a temporalidade; e são sempre atuais porque tratam do comportamento humano.

Leiam com atenção, pois a matéria apresenta além dos conceitos, testes e ilustrações que a tornam muito rica e muito acessada no site da Universa.


Clique e visite o site


É possível faltar a eventos sociais do trabalho, mas não a todos.

Rita Trevisan e Suzel Tunes
Do UOL, em São Paulo

 

Se você não quiser ou não puder ir a um evento social do trabalho, seja sincero

Convites para almoços e festas da empresa são daqueles eventos, teoricamente opcionais, que pensamos duas vezes antes de recusar. Afinal, ninguém quer ficar com a fama de chato e, além disso, o relacionamento interpessoal tem sido cada vez mais valorizado pelas organizações. É o que confirma a diretora executiva da ABRH-Nacional (Associação Brasileira de Recursos Humanos), Sirley Carvalho: "É importante ter uma boa relação com os colegas e, de maneira equilibrada, participar de alguns compromissos sociais com eles. Quando o grupo é coeso, essa aproximação facilita o trâmite interno dos processos e a comunicação".

O psicólogo José Roberto Heloani, professor e pesquisador da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), nas áreas de ética e saúde do trabalho, já constatou essa afirmação na prática. Em uma pesquisa sobre as condições de trabalho de pilotos de avião –categoria que tem sofrido sobrecarga devido à popularização da aviação civil–, Heloani observou que os pilotos bem relacionados são os que conseguem agendar as escalas de maneira mais favorável.

"Quem mantém um bom relacionamento com os colegas, obtém um nível de cooperação maior", afirma. Segundo o professor, entre os executivos, o peso do relacionamento também é considerável: "Depois de um certo grau hierárquico, a subida se dá mais pela capacidade de se relacionar socialmente do que por mérito estritamente profissional".


Veja dez coisas que você jamais deve dizer para um chefe (11 fotos)


Veja as fotos (clique no link)

Seu chefe é compreensivo e adepto da linha "amigão"? Sorte a sua. Ainda assim, por mais tolerante e camarada que ele seja, existem certas frases que não devem ser ditas em nenhuma circunstância. Elas transmitem descaso, falta de profissionalismo e desinteresse pelo trabalho. Veja quais são para evitá-las, pois até mesmo os chefes do tipo bonzinho não engolem determinadas desculpas e justificativas. Por Heloísa Noronha, do UOL, em São Paulo Orlando/UOL

Respeito aos próprios limites

É claro que, em nome da boa convivência com os colegas e até mesmo da ascensão profissional, ninguém precisa aceitar todo o tipo de convite. Pessoas mais reservadas, tímidas ou que tenham filhos pequenos podem não se sentir tão animadas ou disponíveis para um happy hour toda sexta-feira, por exemplo. E, nesse caso, o conselho do especialista é ser sincero.

"Quando não puder ou não quiser ir, explique o motivo. Se é mais reservado, seja honesto, essa é uma característica sua, não um defeito, e as pessoas entenderão. O problema é vender a aparência de que é extrovertido e bem relacionado e nunca ir aos eventos. Aí, sim, os colegas interpretarão como falta de interesse e engajamento", diz Heloani.

Para a psicóloga Daniele Almeida Duarte, professora de Psicologia do Trabalho da UEM (Universidade Estadual de Maringá), o lazer, fora do horário de trabalho, não deve ter o caráter de obrigatoriedade nem ser a única aposta para integrar pessoas em uma instituição. "Festividades fora do trabalho são significativas quando já há uma boa convivência dentro da instituição. Se esses momentos de lazer passam a se confundir com os momentos de trabalho, então, algo está errado. Em longo prazo, essa tática não funciona", diz.

A professora afirma que, muitas vezes, os trabalhadores se sentem pressionados a participar dos eventos sociais. Quando isso acontece, de oportunidades de descontração e convivência, esses eventos tornam-se "onerosos e ameaçadores". "Em um universo marcado por intensa competitividade, os compromissos sociais entre colegas de trabalho comportam diferentes sentidos e intenções. Eles podem ser tanto uma oportunidade de aproximação quanto um suplício", afirma.

Thinkstock


Você sabe se promover no "happy hour"?

Atividades sociais são ótimas oportunidades para se promover para seu gestor. Mas é preciso ter cuidado e agir discretamente. Faça o teste e veja se você usa o "happy hour" a seu favor.


Etiqueta empresarial


Se depois de pesar os prós e contras você decidir aceitar o convite, a principal orientação é usar e abusar do bom senso, para saber como se comportar durante o evento. "As pessoas não podem ser ingênuas a ponto de pensar que, por estarem fora do espaço organizacional, não estarão sendo observadas", diz Daniele. Segundo o professor Heloani, uma indiscrição ou desabafo realizado em uma festa, por exemplo, pode ser julgado com um rigor até maior. "Por ser feito fora da empresa, qualquer comentário negativo pode ser visto como uma traição", afirma.

"A maioria dos profissionais precisa desenvolver a inteligência social", fala o economista Cláudio Pelizari, diretor da Etiqueta Empresarial Executive Manners Consulting, empresa que dá cursos e palestras sobre o relacionamento interpessoal no ambiente de trabalho. Ele explica que a inteligência social é a "capacidade de obter cooperação das pessoas" e um de seus componentes é, justamente, a "consciência situacional", ou seja, a percepção do tipo de ambiente em que se está e de como se adaptar a ele.

Tal como outros tipos de competência, a inteligência social também pode (e deve) ser desenvolvida, pois alguns detalhes podem ser determinantes para o sucesso dentro das organizações. "A gente tropeça é nas pedras pequenas, que não enxerga", afirma Cláudio. A seguir, ele enumera dez orientações para quem quer aproveitar esse tipo de compromisso social sem arranhar a imagem profissional.

Dez conselhos para não fazer feio na festa da empresa

  • 1. Seja pontual
    É claro que você não tem cartão de ponto para bater. Mas ser o último a chegar (ou a sair) não é nada elegante;
  • 2. Segure a língua
    Não fale mal do chefe nem de outros colegas. Não é hora nem lugar para desabafos;
  • 3. Controle o tom de voz
    Mesmo em uma festa ou happy hour, evite gritar ou falar muito alto;
  • 4. Beba moderadamente
    Não abuse do álcool, um dos maiores inimigos do bom senso e da discrição;
  • 5. Seja comedido na hora de se servir
    Para não parecer esfomeado, coma algo antes de chegar ao local do encontro com os colegas;
  • 6. Respeite o espaço pessoal alheio
    Nada de passar a mão nas costas, dar tapinhas ou cochichar no ouvido de um colega, a menos que você seja muito íntimo dele;
  • 7. Use roupas e maquiagens discretas
    O local da festa da empresa deve ser visto como uma continuação do ambiente de trabalho. Deixe a ousadia para as baladas;
  • 8. Não fale o que não deve
    Não confidencie informações que não queira ver divulgadas depois. Lembre-se: quando as pessoas estão relaxadas, a capacidade de guardar segredos fica ainda mais prejudicada;
  • 9. Não seja inconveniente
    Cuidado com as brincadeiras e apelidos. Festeje com bom humor e respeito;
  • 10. Conheça o Código de Conduta da empresa
    Comportamentos que não são admitidos dentro da organização dificilmente serão aceitos na festa.
Se preferir, para ler a matéria na edição original, clique aqui

Você já deve ter ouvido falar de Joseph Climber. Não? Então conheça-o

 

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Este vídeo é a versão completa da "História de Joseph Climber". Trata-se de um quadro humorístico criado pela companhia de teatro "Os Melhores do Mundo" que, depois fazer sucesso em Brasília, ganhou o resto do Brasil pelo seu talento e criatividade. Os caras realmente estão no nível mais alto.

Este quadro ficou famoso quando apresentado - parcialmente - no "Programa do Jô". Foi publicado no YouTube e não parou de ser visto. Foram mais de 790.000 de acessos e ainda continua vivo.

Erradamente, no meu entender, foi e é utilizado como vídeo motivacional por alguns palestrantes, entretanto é, apenas, um esquete humorístico. Esta é a  a versão completa da estória de Joseph Climber. Realmente é engraçada, principalmente se a considerarmos uma sátira dos chamados vídeos motivacionais.

Este assunto foi apresentado no blog há muito tempo. Já tinha até esquecido dele. Qual não foi minha surpresa quando ele apareceu entre os posts mais visitados na ultima semana. Resolvi então ressuscitá-lo e buscar no site de "Os melhores do Mundo" a versão mais atualizada. 
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