Escrever
contra o assédio moral, motivacional, sexual ou qualquer que seja o tipo que se
queira "classificar" me motiva muito. Talvez por ter sido vítima de
assédio moral em determinado momento de minha carreira reajo de forma
especialmente indignada quando tenho notícia de assédios nos ambientes de
trabalho dos quais faça parte.
Tenho vários
posts aqui no blog sobre o tema, mas não resisto a trazer mais um. A título de
informação reavivo aqui a memória dos leitores sobre os tipos de assédios:
- Assédio moral é mais amplo que os outros e é especificamente relativo ao trabalho, onde o superior hierárquico tortura psicologicamente o empregado ou permite que o façam.
- Assédio psicológico como um comportamento persistente, ofensivo, abusivo, intimidatório, malicioso ou insultuoso, abuso de poder ou sanções injustas, que fazem com que o agredido se sinta preocupado, ameaçado, humilhado ou vulnerável, minando a sua autoconfiança e provocando-lhe stress. É usado como sinônimo de assédio moral.
- Assédio sexual é um tipo de coerção de caráter sexual praticada geralmente por uma pessoa em posição hierárquica superior em relação a um subordinado, pois nem sempre o assédio é empregador - empregado, o contrário também pode acontecer, normalmente em local de trabalho ou ambiente acadêmico. O assédio sexual caracteriza-se por alguma ameaça, insinuação de ameaça ou hostilidade contra o subordinado, com fundamento em sexismo.
Só conheço
uma forma de reagir ao assédio - seja ele qual for - que é a denúncia; aberta e desabrida, corajosa e
mais que nunca, determinada. O assediador é um covarde por natureza. Ele se
esconde ou atrás da autoridade ou da intimidação psicológica contra sua vítima.
A denúncia sempre o surpreende. Se for um flagrante com testemunha melhor
ainda, mas expor o comportamento doentio dessa pessoa é a coisa certa a
fazer.
Por onde
andei como dirigente de equipes e empresas nunca tolerei o assédio, seja ele de
qualquer tipo. Sempre joguei muito duro ao saber de algum caso. Mesmo que não
conseguisse provas para abrir um processo me bastava comprovar o comportamento
da pessoa, com os colegas e muitas vezes com os próprios assediados que o cara
era imediatamente afastado do ambiente e colocado na lista negra. Se pudesse
demiti-lo o fazia sem nenhum remorso. Nunca cometi uma injustiça.
Voltei
ao tema para trazer ao blog um excelente artigo do jornalista André Cabette Fábio sobre essa praga dos assédios.
Foi publicado no último dia 12 na Folha de São Paulo - Caderno dos
Classificados. Vale a pena ser lido