19 DE MARÇO DE 2024 – 3ª FEIRA



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quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Existir ou Existirem? Eis a questão!

Para não haver erros - Rede Brasil AtualLá vamos nós mais uma vez. Aqui estão novas dicas de nossa línguagem escrita. Dessa vez me deparei com o verbo existir no sentido de haver.

Em alguma frase fiquei na dúvida se escrevia "existir" ou "existirem" com o sujeito no plural. Fui pesquisar e achei o que buscava em dois sites: no UOL Educação / Dicas de Português (um post de 2007) e outro verbete no site "Português de Verdade". 

O que aprendi é que o verbo existir nessa condição (sentido de haver) combina com o sujeito, Na prática é assim: se a relação estiver no plural é "existirem" e no singular é "existir". Pelo menos foi isso que eu entendi. 

Por favor, leiam os dois textos e confiram.


Dicas de Português
Por Paulo Ramos

Apesar de existirem discos (ou existir discos?) Reportagem sobre discos rígidos de computadores:

- Apesar de existir discos com maior capacidade, o tamanho é ideal para a maioria dos usuários

Há na língua portuguesa verbos pessoais e impessoais. Os primeiros apresentam um sujeito, que concorda com o verbo. Alguns casos: os criminosos matam; os deputados votam; a sociedade se revolta. Como se vê, há sempre um sujeito.

Ocorre o contrário com os impessoais. Não há sujeito. Os verbos, por isso, ficam sempre no singular (à exceção de "ser", que concorda com o número ao qual se liga).

Essa distinção ajuda a explicar a frase que abre a coluna. "Haver", no sentido de existir, é verbo impessoal e fica no singular. Se fosse usado, o trecho ficaria assim:

- Apesar de haver discos com maior capacidade, o tamanho é ideal para a maioria dos usuários

"Existir", por outro lado, é verbo pessoal e concorda com o sujeito. Existe um disco, existem dois discos:

- Apesar de existirem discos com maior capacidade, o tamanho é ideal para a maioria dos usuários


 
 

Verbo haver no sentido de existir.

1 - Não mudaremos o país se não houver transformações profundas na Educação Básica.


Este haver está no sentido de existir, "se não existirem transformações..."


Poderíamos ficar tentados a flexionar o verbo haver de acordo com transformações, o que seria um erro, pois este é seu objeto direto, e não seu sujeito. Lembrando que sujeito é o elemento que se subordina (se sujeita, daí o nome) ao fato verbal, dando-lhe as flexões de número e de pessoa.


Então se não há sujeito na oração, não há que se falar em flexionar o verbo haver.


Não sei se perceberam, mas quando substituí o verbo haver pelo existir, eu o flexionei de acordo com transformações. Alguém sabe o porquê?


O verbo existir é um verbo intransitivo, ou seja, são verbos que possuem sentido completo, não necessitando de um objeto para complementar seu sentido. A simples oração "Existo." já passa uma informação completa.


Na frase "Não mudaremos o país se não existirem transformações profundas na Educação Básica.", transformações profundas não mais é objeto direto, agora passou a ser sujeito posposto ao verbo, devendo este (verbo) com aquele (sujeito) concordar. As transformações profundas estão sofrendo a ação de existir. E no haver? Neste transformações profundas é seu objeto direto, seu complemento verbal, necessário ao entendimento da mensagem passada pelo verbo haver, que sozinho não passa mensagem alguma.


2013 já chegou! Você já sabe o que fará com ele?


Q
ue beleza! Ano novo já chegou e todo mundo está passando a limpo o ano velho. Adeus 2012. Bom para uns, ruim para outros e mais ou menos para alguns. De qualquer sorte o ano novo sempre é uma grande janela aberta para novas esperanças. É a hora de jogar fora as “ziguiziras”, fazer promessas, planos e renovar energias. É o momento de fazer as novas listas de projetos. Hora de revisar os objetivos alcançados em 2012 e também aqueles que conseguimos atingir. Passar a régua no que ficou para trás e sonhar, planejar, imaginar como será o próximo ano, 2013.  Essa é a magia de todos os anos novos.

T
odavia temos um problema! Quantos sabem fazer o planejamento eficaz do que deseja para cumprir as metas sem medo de ser feliz? Uma prova dessa “incompetência” é que muitos de nós chegamos ao final de ano – como agora, por exemplo - e ao conferirmos nossas listas lá estão eles piscando em vermelho... Os itens dos desejos não cumpridos, dos objetivos não atingidos e dos sonhos não concretizados. Por que será?

É
 o carro que não foi comprado,  os quilos que não emagrecemos, a mudança de emprego que não conseguimos, a viagem que não aconteceu e mais um monte de tópicos que não são mais do que um elenco de pequenas e grandes frustrações de expectativas e desapontamentos. Ah! Mas ai está mais um Ano Novo! E de novo lá vamos fazer nossa "lista de desejos"...

O
 texto abaixo, que copiei do jornal “O Globo”, desde o ano passado foi escrito pela jornalista Isabel Kopschitz e trata exatamente disso. Ensinar como fazer as coisas darem certo para que as metas e escopos projetados transformem-se em realidade.

A
s bases de seu artigo foram entrevistas e conversas com  diversos "coachs" profissionais. Eles são treinados para "encorajar e motivar seus clientes, transmitindo capacidades e técnicas comportamentais, psicológicas e emocionais, fazendo com que aprimorem suas aptidões pessoais e profissionais para obter êxitos nos objetivos previamente estabelecidos".

A
daptando conceitos de coaching e suas ferramentas às expectativas mais comuns dos profissionais a jornalista conseguiu passar uma boa tela onde podem ser vistas as dicas para que cada um faça sua lista de metas profissionais para qualquer ano, inclusive 2013. Vale a leitura. 


 http://www.fantasygif.it/Web%20Design/Linee_divisorie/set55barra.gif


 Especialistas explicam como planejar e cumprir metas profissionais, sem cair nos erros mais comuns

Lista de metas para 2013*
*O título da matéria original refere-se ao ano de 2012, mas eu o adaptei porque como disse antes ela serve para qualquer ano. Preferi fazer a alteração a título de atualização, mas preservei a integridade do texto (leia o original no final do post)

O Globo
Clique e acesse o site
Por Isabel Kopschitz

Publicado:
Muita gente se programa, todo fim de ano, traçando novas metas e objetivos para os 12 meses seguintes. Mas a maioria acaba estabelecendo metas inviáveis para a carreira que, naturalmente, acabam não sendo cumpridas. Para consultores de RH, esse período de festas é ideal para elaborar uma lista de objetivos profissionais para 2012. O primeiro passo, dizem, é planejar. Mas existem vários aspectos aos quais se deve prestar atenção, para que tudo o que foi idealizado não caia no esquecimento.
Segundo Ylana Miller, diretora executiva da Yluminarh Desenvolvimento Profissional, no Rio, os planos para 2012 precisam estar inseridos num projeto maior de carreira:
  •  As decisões táticas de curto e médio prazos devem estar alinhadas às de longo prazo. São essas estratégias que vão te ajudar a trilhar o caminho para o objetivo principal a ser atingido, lá na frente.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVAJFB56tuTExm42EV6KEJB4OHs5e7csVylxPBXhCLhT46oBUNAa4IYSBjwryagF3cg05MZBcqa3l4w0PMXzxV9WhJ0TgGcNSVbrY6EVndEavzoTrvJJr0fW4ZLEl13C8Tp4Tt-uDCI3Y/s1600/alvo.bmpSe a idéia é mudar de emprego, por exemplo, um passo importante é prestar atenção ao envio de currículos para bancos de dados. Ylana alerta que é importante cadastrar o documento apenas em sites de consultorias ou empresas que trabalhem com ética e profissionalismo, para garantir que as informações sobre a vida profissional sejam tratadas com o devido sigilo. Outra questão importante é manter ativas as redes de contatos profissionais, para criar oportunidades de carreira.
  • Para ser lembrado, é importante disseminar sua identidade - diz Ylana. - O final do ano é um bom período para retomar relações que estão defasadas, como ocorre às vezes com antigos colegas, clientes e outros profissionais. Essa época é propícia para expandir os relacionamentos .
Segundo pesquisa realizada pela coach Waleska Farias, cerca de 70% das pessoas que fazem a listinha esquecem suas metas já no primeiro semestre do ano. Para ela, a maioria dos que não têm sucesso no cumprimento das metas comete quatro erros
  1. O primeiro é ter um objetivo sem legitimidade; 
  2. O segundo, ter metas que não são viáveis; 
  3. O terceiro, é a falta de motivação; 
  4. E o quarto, é a perda da crença em si mesmo.
 Ela alerta que o brasileiro não tem hábito de planejar para longo prazo - o que considera um traço cultural.
  • Uma das maiores ‘pedras’ na qual os profissionais tropeçam é a legitimidade dos objetivos. Você só consegue se manter de pé numa carreira quando os objetivos realmente são seus, e não formas de agradar aos outros.
Explica Waleska, -Tive uma cliente que tinha pânico de avião, e precisava viajar no mínimo três vezes por semana. Mas não procurava outro emprego porque seu marido achava o máximo ter uma mulher executiva, que precisava viajar o tempo todo. Ela só se sabotava dentro da empresa, porque na verdade não queria mais estar ali.

Motivação e crença em si mesmo estão interligadas, afirma a coach. A falta de “automotivação”, explica Waleska, acaba fazendo com que muita gente culpe o chefe, o RH da empresa ou qualquer outro agente externo pelo fato de não ter conseguido o que deseja.
"Quando o profissional começa a ‘terceirizar’ suas obrigações, fica ainda mais difícil de chegar aonde quer. O negócio é assumir as responsabilidades pelo que pode fazer para evoluir, e seguir em frente - aconselha. - Mas também não adianta determinar objetivos muito altos e depois ficar desmotivado."
Quem segue nesta linha, diz, acaba perdendo a crença em si mesmo, e fica imobilizado, o que é fatal para que o profissional não consiga avançar na carreira.
É como Shakespeare já disse: as pessoas são o que acreditam ser. Se o próprio profissional não acha que é capaz, ninguém vai conseguir convencê-lo do contrário - ressalta.
Segundo o coach Sandro Pereira, especialista em treinamentos corporativos, ter as metas escritas, em local visível, e lê-las em voz alta com regularidade ajuda a fixar as resoluções na mente e a se motivar para alcançá-las. Pereira explica também que é normal aparecer aquele desânimo nas primeiras semanas, principalmente se a realização do seu sonho for de médio a longo prazos. Nesses casos, ele aconselha que as pessoas tenham paciência consigo mesmas, mas que não desistam:
  • Não se castigue por ter preguiça de continuar investindo sua energia nas metas. Mas nunca deixe que esse sentimento o faça regredir. O êxito nunca virá se não houver total comprometimento.

 Detalhe: As imagens que estão colocadas na matéria não fazem parte do texto original. Foram colocada pelo autor do blog a titulo de ilustração.


domingo, 23 de dezembro de 2012

Contra-gosto ou contragosto? Tire a dúvida.



Para quem gosta de escrever o ato de pesquisar palavras e expressões nos dicionários é comum e habitual. No meu caso estou sempre às voltas com acentos agudos ou circunflexos, hifens e outras dezenas de regras de como se deve escrever.
A aplicação do novo acordo ortográfico de 2009 que entraria em vigo agora no final do ano vai ser adiada para 2016. Os países de língua portuguesa ligados a Portugal ainda resistem muito à utilização do novo acordo. Protestos de intelectuais d'além-mar aparecem a toda hora reclamando que o acordo foi bom só para o Brasil. Será?
Bem, não é a finalidade desse post discutir o acordo ortográfico, mas informar novas dicas para aplicação do próprio. O critério de motivação que utilizo para transcrever as orientações que descubro na internet está ligado diretamente à minha necessidade de conhecer como se escreve o que estou pesquisando. Assim sendo todas as vezes que tenho dúvidas quanto à utilização de um acento ou hífen em uma expressão vou pesquisar e se for interessante coloco-a no blog.
É o caso desse post. Como se deve escrever a expressão "a contragosto"? Devo usar o hífen (contra-gosto) ou não? Tive essa dúvida e aprendi com o texto que estou disponibilizando para vocês a partir do site "Dúvidas de Português" (é só clicar no logotipo para acessá-lo. Leiam e vem porque a palavra certa é sem o hífen. Bom proveito

  •  

 Contragosto ou contra-gosto

Clique no logotipo
A forma correta de escrita da palavra é contragosto. A palavra contra-gosto está errada. Devemos utilizar o substantivo masculino contragosto sempre que nos quisermos referir a alguma coisa feita sem vontade, de modo contrariado.

Contragosto é uma palavra formada a partir de derivação prefixal, ou seja, é acrescentado um prefixo a uma palavra já existente, alterando o sentido da mesma. As palavras que utilizamos atualmente na língua portuguesa têm prefixos de origem grega ou latina. No caso em questão, o prefixo contra- é de origem latina e significa uma negação.

A palavra contragosto é utilizada na locução adverbial a contragosto. Chamamos de locução adverbial duas ou mais palavras que juntas atuam como um advérbio, alterando o sentido do verbo. Neste caso a locução é composta pela preposição a e o substantivo comum masculino contragosto.

Exemplos:
Ele arrumou o quarto a contragosto.
Foi a contragosto que ela pagou aquela multa.

Segundo o Novo Acordo Ortográfico, que entrou em vigor em janeiro de 2009, se utiliza o hífen quando o prefixo termina com a mesma letra que começa a segunda palavra ou quando a segunda palavra começa com h.
Exemplos: contra-ataque, contra-atacante, contra-habitual,…

Em todas as outras situações, o prefixo é escrito junto à palavra já existente.
Exemplos: contragosto, contraproposta, contragolpe, contrabaixo, contrassenso.
l

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Gorgeta e corrupção estão correlacionadas? Pesquisa da Harvard School diz que sim.



G
osto muito de reproduzir reportagens e matérias de grandes jornais e revistas nacionais. A Veja é a minha preferida entre as revistas porquanto sou assinante da edição impressa  e da digital e isso facilita publicar as matérias escolhidas em forma de imagem, como fiz aqui nesse post. O tema é super diferente e interessante. 
Além das imagens coloquei também o texto que está na matéria da revista Veja para quem esteja interessado em conhecê-la por inteiro. 
Pesquisadores da "Harvard Business School", liderados pelo professor Magnus Thor Torfason, surpreenderam o mundo quando afirmaram existir uma correlação entre o ato simples, costumeiro e consagrado de dar gorjetas com a prática de suborno nas sociedades onde as duas atitudes são mais habituais.
Que coisa! Confesso que fiquei sem saber o que dizer. Depois, lendo a pesquisa cujo título em português é “Aqui vai uma gorjeta: gratificações pró-sociais estão ligadas a corrupção” percebi que os investigadores da Harvard School conseguiram estabelecer uma correlação entre as duas coisas: hábito de dar gorjetas e propensão à corrupção.
No gráfico que está no post esta correlação está bem visível. Não me perguntem como eles chagaram nesses resultados. Quem estiver interessado é só ler a pesquisa inteira que está publicada em inglês no link a seguir (clique aqui).
Quero apenas trazer a informação e provocar a discussão. O que você acha? Faz sentido ligar as duas coisas? Pessoalmente acho que a conclusão é meio forçada.  Não acho razoável alinhar o costume da gorjeta no mesmo nível da corrupção como propensão social.
Porque não correlacionar o "agrado" (é assim que também é chamada a gorjeta em no nordeste) a outros itens do comportamento humano como generosidade, boa vontade e valorização de méritos?
Quando se dá dinheiro para um funcionário de empresa passar alguém na frente de outro ou para levar alguma vantagem isso não pode ser chamado de gorjeta, é propina mesmo. Ao final do post coloquei um lista de países visitados por turistas brasileiros e as relações entre o valor das gorjetas e os serviços prestados.
E você, o que acha disso tudo?
http://images.paraorkut.com/img/katrix/maozinha.gif 
Clique no logo
 

Este é o gráfico que está no trabalho original da Harvard Business School e logo abaixo o mesmo gráfico traduzido na matéria da Veja
http://images.paraorkut.com/img/katrix/maozinha.gif

Coloquei abaixo uma lista com informações sobre gorgetas em vários países  que normalmente estão nos destinos dos brasileiros. Veja abaixo.

País Restaurantes Porteiros Táxis
Argentina 10% $ 1 Somente tarifa.
Austrália 10% só em restaurantes finos $ 2 por mala Arredondar para cima
Bolívia 10% 75 centavos por        mala 10%
Brasil 10 - 15% $ 1 por mala 10%
Canadá 15% $ 1 - $ 2 por mala 10%




Chile 10%, além da taxa de serviço $ 1 por mala Somente tarifa
China 3% nas grandes cidades Total de $ 2 - $ 1 Somente tarifa
Colômbia 10% 75 centavos por mala Somente tarifa
Cuba $ 1 para serviço especial $ 1 para serviço especial $ 1 para serviço especial
Egito 5-10% + taxa de serviço $ 1 por mala Arredondar para cima
Inglaterra 10% se há taxa de serviço $ 1 por mala 15%
França 5-10% $ 1 por mala Arredondar para cima
Alemanha 5-10% $ 1 por mala Arredondar para cima
Grécia 5-10% em adição a uma taxa de serviço $ 1 por mala Arredondar para cima
Israel 12-15%, se há taxa de serviço $ 1 por mala 12-15%
Itália 10% além da taxa de serviço $ 1 por mala Arredondar para cima
Japão Gorjeta é percebida como um insulto Nada Somente tarifa
Paraguai 10% 75 centavos por mala 10%
Peru Até 10% para o serviço especial 75 centavos por mala Somente tarifa
Portugal 10 - 15%, se há taxa de serviço $ 1 por mala Arredondar para cima
África do Sul 10% se há taxa de serviço 50 centavos no total 10%
Espanha 7-10% além da taxa de serviço $ 1 por mala 10%
Turquia Arredondar para cima $ 1 por mala Arredondar para cima
Fonte: Dash Harvard
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