- "De forma geral, o cérebro humano “se rende” à procrastinação porque tem preferência pela recompensa imediata. Por isso, tende a lutar com tarefas que prometem vantagens futuras em troca de esforços no presente. Isso porque é mais fácil para nossos cérebros processarem coisas concretas em vez de abstratas, e o incômodo imediato é muito tangível em comparação com aqueles irreconhecíveis e incertos benefícios futuros”, explica a especialista Caroline Webb em artigo da Harvard Business Review.
- O problema é que nossos cérebros são programados para procrastinar. Em geral, todos nós tendemos a lutar com tarefas que prometem futuras vantagens em troca de esforços que tomamos agora. Isso porque é mais fácil para nossos cérebros processar o que seja concreto em vez de coisas abstratas; e o incômodo imediato é muito tangível em comparação com aqueles benefícios futuros incognoscíveis e incertos. Portanto, o esforço de curto prazo domina facilmente o lado positivo de longo prazo em nossas mentes — um exemplo de algo que os cientistas comportamentais chamam viés presente.
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"Procrastinação" tem recorde de buscas no Google: veja como lidar com a sua
No Brasil, as buscas sobre o assunto aumentaram 90% em relação aos últimos cinco anos. Se você tem procrastinado demais, indicamos alguns passos para reduzir o problema
O mundo está pesquisando como nunca pela palavra “procrastinação”, de acordo com dados do Google Trends de 1º de janeiro a 17 de maio. Os brasileiros não fogem da tendência: as pesquisas sobre o tema subiram 90% nos últimos cinco anos.
Junto dela, outros assuntos relacionados que também cresceram nas pesquisas na ferramenta de busca incluem “foco“, “TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade)” e “preguiça”. Não que o transtorno tenha a ver com a procrastinação ou a preguiça pura e simples, mas talvez os usuários imaginem que a dificuldade de focar ou concluir tarefas podem indicar uma condição mental e não apenas um hábito ruim.
Veja, a seguir, as principais perguntas feitas ao Google sobre o tema:
O que é procrastinação?
Como parar de procrastinar?
O que é uma pessoa procrastinadora?
O que fazer para não procrastinar?
Procrastinar pode ser doença?
Apesar do hábito de adiar responsabilidades e tarefas a serem feitas poder ser adquirido por qualquer pessoa, ele pode indicar a existência de problemas de saúde mental – casos nos quais o indicado é buscar um médico. Com exceção a isso, há formas de combater a tendência de procrastinar. Confira:
2] Evite rotular a si mesmo: Chamar a si mesmo de procrastinador lhe dá permissão implícita para agir como uma pessoa digna desse rótulo e você repete o hábito de adiar tarefas. Aprender a pensar na sua procrastinação como uma parte de você, e não como você, referindo-se a ela na terceira pessoa como “ela”, separando você dela. Ao observar essa parte com um olhar imparcial, você diminui a crítica a si mesmo. Assim, a procrastinação não domina mais suas decisões, e você terá uma maior capacidade de superar os obstáculos.
3) Diminua suas “obrigações mentais”: Se você é como a maioria das pessoas, tem uma voz implacável em sua cabeça, atormentando você com palavras opressivas, como “devo”, “deveria”, “preciso” e “tenho que” – como “Eu devo ganhar”, “Eu tenho que fechar esse negócio”, “Eu tenho que conseguir essa promoção”, “Esse projeto deve ser perfeito”. Ceder à linguagem opressiva alimenta o medo e a procrastinação. Substituir essa pressão por uma linguagem que reflete escolha, como “eu posso”, “eu tenho a oportunidade de”, “eu quero” ou “eu planejo”, liberta você das correntes do medo e da procrastinação, permitindo que você siga em frente com a tarefa.
4] Controle seu perfeccionismo: Ser muito perfeccionista faz com que você estabeleça metas irreais, se esforce demais e evite a meta impossível que você mesmo estabeleceu. Expectativas inalcançáveis fazem você enxergar falhas até mesmo em suas conquistas. Você é menos propenso a procrastinar quando vê as metas como realizáveis e alcançáveis. Permitir-se realizar uma tarefa de forma imperfeita engana o cérebro emocional e reduz qualquer resistência para completar a tarefa. Quando você se permite cometer um erro, o produto final geralmente fica melhor do que você imaginava