No dia 15 de abril passado, o Vasco estreou no Brasileirão de 2023. Venceu o Atlético Mineiro por 2 a 1 e encheu de esperanças os seus torcedores, eu entre eles. O time vinha de uma segunda divisão vexatória pela quinta vez (2009, 2014, 2016, 2021 e 2022).
No jogo seguinte empatou em 2 a 2 com o Palmeiras, considerado um dos favoritos para ser o campeão. Não poderia ter sido melhor o início da volta do Vasco à elite do futebol brasileiro.
Logo após a estreia, decidi acompanhar - muito animado -essa campanha do meu Vasco com posts na Oficina de Gerência. Considerei que o Vasco forneceria bons temas e discussões sob o ponto de vista gerencial na administração da sua SAF com a "777 Partners".
Ai perdeu do Bahia, empatou com o Fluminense e perdeu do Bahia. Neste ponto começou a saga do Vasco no Brasileirão. Não venceu mais ninguém e ontem, perdeu do Goiás, a quinta derrota seguida no certame. Virou a "Xuxuca" do Brasileirão...
Só agora demitiu o técnico Maurício Barbieri. Desde a derrota para o Santos - 14 de maio, 6ª rodada - identificamos eu e a torcida, que o problema do Vasco era ter um técnico que não estava à altura do investimento (grande) que foi feito pela sua SAF; e me associei aos pedidos para substitui-lo.
A diretoria do Vasco não foi decisiva e resolveu pagar para ver. Resultado: perdeu todos os 5 jogos seguintes, da 7ª à 11ª rodadas. Maior sequência sem vitórias na história do clube pelo Brasileirão; 15 pontos jogados fora por inépcia gerencial e administrativa.
Está na penúltima colocação da tabela com 6 pontos e uma sequência- desde a a 2ª rodada - de 10 jogos sem dar à torcida a alegria de uma vitória.
Próximo enfrentamento será contra o Cuiabá (12 pontos ganhos, 3 vitórias, 3 empates e 5 derrotas). Jogo em São Januário tendo o William Batista, técnico da equipe sub-20, como o principal cotado para assumir a equipe de forma interina. É o interino, mas aposto que o time vai ganhar o jogo. Puro efeito da mudança.
Sobre o novo técnico a ser contratado - já falei sobre ele nos posts anteriores sobre o Vasco - não poderá ser um nome de expressão mediana e nem um medalhão. Terá que ter, antes de tudo o respeito da torcida e um boa história como técnico respeitado. E digo mais, um técnico apenas mediano, sem currículo respeitável, pode ser que tire o time da zona de rebaixamento e só. Não são muitos no mercado dispostos a enfrentar essa situação de, mais uma vez, tirar o Vasco da 2ª divisão.
Não vai ser nada fácil e a 777 Partners terá que, também, que se inovar. A empresa é, também e muito, responsável por este colossal fracasso do clube da Cruz de Malta. Vendeu o que não tem (até agora): competência para gerenciar um grande clube. Basta fazer as contas.
Leia abaixo (e peço sua atenção) o que escrevi após a derrota contra o Fortaleza (8ª rodada - 27 de maio):
- "Com base nos pontos do último brasileirão, para chegar, ao menos, na zona da disputa pela Copa Sul-Americana precisará de 54 a 44 pontos. Libertadores? Neste brasileiro, equilibrado como está, nem pensar! Dos 20, são pelo menos 15 clubes brigando pelas 12 primeiras posições.
- Não é hesitando em tomar decisões que a 777 Partners vai conseguir, mesmo com seus milhões prometidos, manter a sua SAF de pé para tirar o Vasco da enrascada em que está.
- Que a solução das SAFs dá certo não há dúvidas. É só ver as campanhas do líder Botafogo com 82% de aproveitamento (27 pontos) e Cruzeiro com 43% (14 pontos). O Vasco tem 6 pontos ganhos em 33 disputados, ou seja 18% de aproveitamento.
- Terá que lutar muito por si e torcer para seus concorrentes perderem pontos. Vai precisar batalhar por mais, no mínimo, uns 40 pontos (13 vitórias e 1 empate) nos próximos 27 jogos de todo o restante do campeonato, apenas para ficar fora da Z-4.
- Isto representa um aproveitamento para conquistar metade (49,4%) dos pontos do total que ainda resta para disputar (81 pontos em 27 jogos). É fácil? Não! É possível? Sim! Porém, é preciso mostrar muito, muito mais em termos de gerenciamento e administração para essa turma da 777 Partners mostrar a que veio.
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