Fui buscar este artigo lá no Scribd.com. Li e achei muito bom. Aliás, ler sobre liderança, seja na Internet ou fora dela, chega a ser cansativo e na maior parte das vezes, inócuo. Só no Google, a busca pelo verbete aponta para 7.950.000 links. E é assim mesmo. Todo mundo entende sobre liderança. É como futebol, no Brasil (nos outros paises deve ser a mesma coisa...), todo mundo entende e dá palpite.
Por isto mesmo é raro encontrar alguma coisa que valha a pena publicar no blog sobre o tema. Entretanto, assim, sem nenhuma pretensão encontrei este texto de Daniela Diniz (?) no excelente site do Scribd. Empatia imediata. Fiz pequenas edições (necessárias) e ai está. Recomendo a leitura e a impressão para arquivo daqueles que gostam de colecionar bons textos temáticos.
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Por Daniela Diniz
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O mercado está em busca de profissionais que sejam muito mais do que líderes de equipes. As organizações querem alguém que articule e envolva pessoas, sim. Mas não se trata apenas de subordinados. Elas estão à procura de gente que consiga influenciar chefes, pares e colegas de outras áreas. E que saiba exatamente por que está fazendo isso. O líder agora vai além da gestão de pessoas para ser efetivo na entrega de resultados, na construção de uma relação com os clientes e com o mercado. Deve falar a língua do acionista e, principalmente, ser líder de si mesmo. Isso significa ter um plano de carreira consistente e coerente com os próprios valores e, claro, encontrar muito prazer no que faz. Esse é o perfil do líder completo. "O conceito de liderança evoluiu", diz José Valério Macucci, professor do Ibmec São Paulo e consultor de liderança em empresas como Gerdau. "Não se trata mais de fazer curso de gerenciamento de equipes. É preciso ir além."
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2) Como estabeleço relações de identidade com meus clientes?
3) Quais resultados dou?
4) Sou um exemplo e uma referência na gestão de pessoas (não apenas na minha equipe)?
5) Qual o meu ponto de equilíbrio, sou dono da minha agenda?
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Você sabe exatamente o que sua empresa faz? Isso está além de responder: celular, carro ou alimento. Por trás do produto e dos serviços há um conceito. Qual o exercício a ser feito? Fuçar. Comece articulando conversas com pessoas de outras áreas para saber qual a parte delas no todo. Quando fechar esse ciclo, estude o seu mercado. Saiba o que e como a concorrência faz o mesmo produto e serviço, e trabalhe para ser melhor, levando idéias para as pessoas.
Se você já conhece bem o que faz na empresa, é hora de cultivar o cliente, seja lá qual for sua área. Mais do que telefonar uma vez por semana, é necessário manter um relacionamento mesmo. Sabe a história do networking que você deve manter e cultivar porque nunca se sabe o dia de amanhã? Então, aqui vale o mesmo. Cliente precisa ser cultivado o tempo todo. É dele que você vai tirar o que precisa melhorar no seu negócio, o que precisa desenvolver e o que a concorrência está fazendo.
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A entrega de resultados depende de um processo anterior, chamado negociação. Estude bem seu negócio (e o histórico do seu negócio) antes de negociar as metas. O exercício aqui é conhecer bem em que você trabalha e, principalmente, o seu mercado. Não dá para estabelecer metas altíssimas quando o cenário for pessimista. Para isso, tem que estudar o negócio globalmente. O líder completo não pensa no resultado local, mas no resultado global. Ele sabe para onde vai a empresa no mundo e, antes de bater sua meta, pensa como aquele resultado vai afetar o todo da companhia.
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Vá além da sua equipe. Ser exemplo na gestão de pessoas não significa ser um bom chefe apenas, e sim se envolver com outras áreas da empresa. Faça suas idéias chegarem a outros ouvidos além da sua unidade de negócios. Circule no ambiente de trabalho, entenda o dia-a-dia dos outros e conduza os times de diferentes áreas para um lugar comum.
= Líder de si mesmo
As empresas buscam alguém que saiba exatamente o que quer. E isso é ser líder de si mesmo. É preciso saber equilibrar bem vida profissional e pessoal e encarar o trabalho como um prazer, não um fardo. Segundo os especialistas, apenas quem tem equilíbrio emocional e é feliz é capaz de criar bons ambientes no escritório, impulsionando o time a fazer o melhor da melhor forma. Seja dono da sua agenda, estabeleça o que é urgente, negocie, se for preciso, horários flexíveis.
Assimiladas essas competências, é preciso alinhá-las "Não adianta ser um ótimo articulador de pessoas se não trouxer resultados. E não adianta trazer resultados se não conhecer bem o negócio todo", diz Magui Lins de Castro, sócia- diretora da Southmark, empresa de contratação de executivos de alto escalão, de São Paulo. Ninguém pretende que você seja um super-herói em seu desempenho. Está claro que todo profissional vai ser melhor em uma competência do que em outra. E ao longo de sua carreira, a partir de escolhas conscientes, você vai aprimorar o que tem de bom e desenvolver o que tem de mais fraco. O que as empresas querem é alguém que tenha essa noção de conjunto e saiba equilibrar as competências, os desafios do cargo e os do negócio.
Aqui vale lembrar que, mesmo desejando um líder completo, as empresas criam a identidade de seus líderes exigindo mais uma competência do que outra. Isso faz com que, por mais competente que um profissional seja, ele pode ser ótimo em uma empresa e não tão bom em outra. Cabe a você, portanto, saber qual companhia casa mais com seus próprios valores e seu momento de carreira antes de assumir novos desafios. Para o especialista em liderança George Kolrieser, só sabendo controlar suas emoções é que você será capaz de entender e influenciar os outros para criar um clima de cooperação e confiança no trabalho. George é professor de comportamento organizacional do International Institute for Management Development (IMD), de Lausanne, na Suíça.
Algumas companhias já têm líderes com esse perfil e mantêm programas para treinar seus talentos em todas as dimensões citadas anteriormente: pessoas, resultados, cultura do negócio e relacionamento com o mercado.