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sexta-feira, 22 de agosto de 2008

E Maurren Maggi chegou. Bela atleta, bela história. É ouro para o Brasil.

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Já me emocionei, já chorei e estou - como milhões de outros brasileiros - super feliz com a medalha de ouro que a nossa (isso mesmo, a nossa!) Maurren Maggi conquistou hoje pela manhã - horário de Brasília - na prova de salto em distância para mulheres.
Acho que o Brasil dos esportes parou para acompanhar a angústia de Maurren enquanto suas concorrentes procuravam, em vão, superar o seu primeiro salto - 7,04 metros - que àquela altura já era o "salto do ouro". Todo mundo "secando" as concorrentes.
Quando a russa Lebedova fez seu último salto e cravou 7,03 (ufa!) Maurren e o Brasil explodiram em emoção e lágrimas.
De minha parte a sensação foi muito especial. Me considero estar entre os fãs mais ardorosos, inabaláveis e incondicionais dessa brasileira extraordinária. Para mim e a sua legião de admiradores nem é tanto o aspecto da atleta que conta, mas a sua parte mulher, seu lado ser humano. O que esta moça passou e hoje conseguiu superar, poucos atletas do seu nível e menos ainda se considerarmos os profissionais de todas as corporações, já provaram e depois deram a volta por cima de forma tão venecedora. Sim! Se a alguém podemos chamar de Vencedora está é Maurren Maggi.
No dia 17 de julho produzi um post em homenagem a ela. Visite-o clicando em Maurren Maggi é a própria imagem da superação. Já tinha dito, aqui em casa e aos meus amigos, que mesmo se o Brasil estivesse com o triplo das medalhas esperadas, a única que me faria feliz era essa, da Maurren. E ela conseguiu. Que guerreira!
Além da superação pessoal, fantástica, conquistou a primeira medalha de ouro para o atletismo feminino do Brasil em toda a história olímpica do país; em paralelo, o primeiro ouro, em prova individual, para uma atleta brasileira e o único pódio do Brasil, com direito a Hino e hastear de bandeira, no monumental "Ninho do Pássaro". O que se poderia desejar mais?
Coloquei uma matéria jornalístiaca colhida na Internet e dois vídeos da Maurren Maggi. O primeiro mostra o salto vencedor e o segundo, um agradecimento dela aos visitantes de seu blog no Portal Terra. Se você estiver curioso clique em .Infográfico explicando o salto e entenda o mecanismo do salto em distância.


Feito histórico
Publicada em 22/08/2008 às 09h50m
O Globo Online

"Maurren Maggi conquista a medalha de ouro no salto em distância

RIO - A saltadora Maurren Higa Maggi entrou para a história do atletismo brasileiro na manhã desta sexta-feira (horário de Brasília) no Estádio Olímpico de Pequim, o Ninho de Pássaro. Com a marca de 7,04m - sua melhor do ano -, a brasileira conquistou a medalha de ouro do salto em distância nos Jogos Olímpicos de Pequim. Essa foi a primeira medalha de ouro olímpica individual conquistada por uma atleta brasileira. Veja a fotogaleria da conquista
A russa Tatyana Lebedeva, campeã olímpica em Atenas, bem que tentou, mas não conseguiu tirar o feito da brasileira. Depois de queimar três tentativas seguidas, Lebedeva conseguiu 7,03m no último salto, ficando apenas um centímetro atrás de Maurren e terminando com a medalha de prata. A nigeriana Blessing Okagbare ficou com o bronze. Outra brasileira presente na final do salto em distância, Keila Costa, terminou na 11ª colocação. Mais um ciclo olímpico pela frente. Leia mais: Esperava saltar mais. Foi muito difícil, mas vejo que acreditaram em mim. Ainda não caiu a ficha. É pela Sofia, minha filha, que estou aqui "
- Eu não tinha certeza se ia conseguir. Esperava saltar mais, pois sabia que seria sofrido. Sabia que a Lebedeva (Tatyana Lebedeva, medalha de prata) iria pra cima - disse a saltadora, emocionando-se ao relembrar a suspensão por doping em 2003.
Conheça melhor o salto em distância
- Tenho certeza de que Deus fez um caminho diferente para que eu chegasse até aqui. Foi muito difícil, mas vejo que acreditaram em mim. Ainda não caiu a ficha. Ouvir o hino nacional finalmente vai ser maravilhoso. É pela Sofia, minha filha, que estou aqui - completou.

Com esse resultado, Maurren dá a volta por cima em sua carreira. Em 2003, no auge da forma, a saltadora foi flagrada em um exame antidoping pelo uso da substância proibida Clostebol, contida, segundo ela, em uma pomada cicatrizante. A brasileira ficou dois anos afastada das pistas e voltou às competições apenas em 2006.
Leia mais: (
Em 2007, Maurren foi ouro nos Jogos Pan-Americanos )
Para o técnico Nélio Moura, a saltadora ainda está longe de encerrar a carreira. Além de dois mundiais de atletismo, Maurren também estará presente nos Jogos de Londres, em 2012.
- Tinha muita gente reverenciando a Lebedeva. Sabíamos que a prova era difícil, mas a Maurren era uma das favoritas, com certeza. Depois de tudo que ela passou, ela é a maior atleta que o Brasil já teve em todos os tempos - disse Moura. - Ela tem mais um ciclo olímpico pela frente, tenho certeza. Posso morrer hoje - e corro o risco disso - que eu morro feliz - encerrou o treinador.
"

Veja Fotogaleria do site de O Globo (fotos maravilhosas).

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4 comentários:

  1. E nós dando valor para quem não merece! Viva a nossa atleta!

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  2. Brava Maurren !

    Viva a mulher brasileira, viva a mulher atleta, Viva a mulher guerreira que existe dentro dela !!!

    E ouro... e è nosso !!!

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  3. Isis, seja bem vinda. Não lembro de te-la "visto" aqui nas salas dos comentaristas antes. Se for a primeira vez, seja bem vinda e entre para o "clube". Voce tem toda razão. Enquanto a mídia (Globo e Cia) deram mais espaço para a contusão da Juliana e a cirurgia do Diego Hipólito do que para a Maurren e o Cielo. Algo está errado nesse negócio, não é mesmo?
    Até Breve.

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  4. Olá Cris, como vai?
    Tinha quase certeza que você comentaria nesse post. Acho que já estou conhecendo seu estilo, um pouquinho.
    Vejo que você vibrou muito com a conquista da Maurren Maggi, também. Eu me emocionei mesmo. Acompanho, como tiete que sou, a luta dessa guerreira desde que ela era a maior estrela do atletismo brasileiro, antes de ser atingida pelo tsunami que (quase) a destruiu. Nunca vi uma pessoa, que passava tanta alegria e felicidade com o seu talento, ir do céu ao inferno em uma fração de tempo. Chorei muito - junto com milhões de brasileiros que a admiravam - com a sua condenação pelo doping. Todos torciam para que ela fosse absolvida, pois não era atleta de se dopar. Foi um acidente, mas a lei foi cumprida. Ela desistiu de tudo. Casou com o piloto Antonio Pizonha e teve a Sofia. Resolveu voltar. Sem ninguém perceber. Sem mídia. Absolutamente desprezada. Deixou de ser notícia. Mas nós, seus tietes a seguíamos. Eu caçava notícias sobre ela na internet só para saber se ela continuava treinando. Tinha confiança nela, pois sabia da sua obstinação.
    Pois bem, ai está. Não creio que haja, modernamente, uma imagem mais próxima da Fênix, a ave mitológica que após morrer, entrava em autocombustão e renascia das próprias cinzas. Maurren é a Fênix Olímpica. Morreu e renasceu, das cinzas para o Olimpo do ouro olímpico. É pena que a mídia não saiba capitalizar seu exemplo para os mais jovens e os sem esperanças.
    Obrigado Cris, por me dar a oportunidade de fazer este registro em resposta ao seu comentário.
    Nossa! Parei. Isso aqui virou um post!
    Volte sempre, viu?

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