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segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Aleksandr Soljenitsin, morreu o homem, vive o ícone.






As pessoas da minha geração - e "proximidades" - não devem ter esquecido quem foi e o que representou para a História a figura de Alexandre Soljenitsin (Aleksandr, para os russos).
Num momento da história do mundo, quando Rússia e Estados Unidos travavam os piores confrontos da "guerra fria", foi publicado o livro "Arquipélago Gulag" de um escritor russo. desconhecido fora dos meios literários. Era Alexandre Soljenitisin.
Foi pior do que um míssil norte-americano explodindo em plena Praça do Kremlin. Soljenitisin, denunciou os horrores das prisões políticas do regime soviético na Sibéria, das quais ele próprio foi "hospede" durante 8 anos.
O regime russo ficou desmoralizado porque escondia do mundo as condições daquelas prisões e procurava mostrar um lado civilizado do seu regime que ruiu por terra. Soljenitisin foi expulso da sua pátria quando o livro foi publicado e passou muitos anos no exílio. Mas esta história está contada em todos os sites do mundo, hoje, quando se pranteia sua morte e sé lembrado o legado que deixou para o mundo livre. Foi um homem corajoso, nacionalista exacerbado e que amou a sua terra acima de tudo e de todos.
Leiam o texto abaixo - do site A Voz da Rússia (link ao final do post) - que foi melhor resumo encontrado por minha pesquisa, no Google, sobre o assunto.
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.O eminente escritor russo Aleksandr Soljenitsin faleceu em Moscou
"Aleksandr Soljenitsin, eminente escritor russo, laureado do premio Nobel de literatura, faleceu em Moscou, na noite do domingo para segunda-feira. Faltaram-lhe apenas seis meses para completar noventa anos de vida. O nosso comentarista Viacheslav Soloviov apresenta pormenores do evento.
Aleksandr Soljenitsin granjeou uma grande fama graças a suas obras literárias, em que abordou temas políticos mais agudos. O seu caminha da vida, — muito espinhoso, — começou numa das frentes de batalha da Segunda Guerra Mundial, em que ele comandava uma bateria. Aqui mesmo ele foi preso em 1945 e condenado a 8 anos de campos de concentração por ter criticado o regime stalinista. Depois da reabilitação, dedicou-se à atividade literária, baseada em recordações sobre a permanência nos campos de concentração e exílio, que se seguiu. Aliás, na União Soviética daquela época foram publicados apenas alguns contos curtos do escritor. A seguir, as obras de Soljenitsin passaram a ser publicadas no chamado “samizdat”, isto é, por editoras clandestinas e no estrangeiro. Na década de 60 Aleksandr Soljenitsin começou a redigir o seu livro mais famoso – “O Arquipélago de GULAG” – uma enciclopédia de vida nos campos de concentração. Em 1970 o escritor foi agraciado com o prêmio Nobel de literatura e quatro anos depois, — quando o primeiro volume do “Arquipélago do GULAG” foi publicado no Ocidente, — foi expulso da União Soviética. Seguiram os longos vinte anos de vida no exílio. A seguir, o retorno triunfal já para a Rússia nova e um trabalho ininterrupto até o último dia de vida.
Quero esperar que os materiais históricos, quadros de vida e personagens da época cruel e angustiosa que o nosso país viveu, apresentados aos leitores, fiquem na consciência e na memória dos meus compatriotas. Esta experiência nacional amarga vai advertir-nos e fará evitar falhas funestas.
A sua esposa Natalia Soljenitsina recorda os últimos anos e dias da vida do escritor.
Aleksandr Soljenitsin jamais esperou que a sua vida fosse tão longa. O Senhor deu-lhe muitos anos, embora ele estivesse pronto de há muito que a sua vida se interrompesse qualquer dia. A sua mãe faleceu na cidade de 49 anos e o pai, na idade de 26. Por isso, recebia cada dia novo com um certo ar de surpresa. Sentia-se conforme à idade, — já não estava bem, — mas trabalhava todos os dias. Aleksandr Soljenitsin jamais temeu a morte, encarava-a com o máximo de tranqüilidade.
Já hoje pode-se afirmar com toda a certeza que Aleksandr Soljenitsin não foi apenas um clássico e o seu falecimento não é apenas a morte de um grande homem. É o fim de uma época, que ficou gravada de uma maneira enciclopédica, concentrada ao máximo, nos seus livros. O país e o mundo rendem homenagem ao grande escritor – uma das pessoas mais ilustres da Rússia." (transcrito do site da "Voz da Rússia" em português).
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