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quinta-feira, 19 de junho de 2008

A luta contra o tempo - (por Oscar Motomura)

Este é o primeiro de uma série de artigos de Oscar Motomura, da Amana Key, que publicarei no blog. Se pudesse faria soar trombetas antes de introduzir os textos de Motomura aqui, na Oficina de Gerência. Já falei sobre ele no post " O Site do Dia - Oscar Motomura e Amana-Key ". Clique para conhecer ou relembrar. Recomendo que leiam todos os artigos deste autor. O homem está no primeiro time da consultoria internacional em inovação e estratégia.
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A luta contra o tempo

"Como resolver o dilema entre a busca da excelência e a pressa que nos faz ficar satisfeitos com o medíocre? "
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"Sua organização busca o ótimo em tudo o que faz ou não tem tempo para isso? Veja:
>>> Um membro do Conselho de uma grande organização está frustrado. Sente que há algo errado nas reuniões de que participa: excesso de apresentações e de tópicos na pauta. O diálogo propriamente dito é superficial. Quando o tema finalmente aquece, é hora de terminar.
>>> Um governador de Estado sente que está dando seu máximo, mas os resultados estão longe do ideal. Percebe que está no limite e precisa de novos referenciais para descobrir o caminho a seguir. Não vê como fazê-lo. Sua agenda nada mais comporta. Sente-se numa armadilha.
>>> Numa megaempresa, o índice de acidentes está muito alto. A questão torna-se prioritária. Muito se investe em tecnologia, mas as estatísticas não se movem. E sua imagem vem sendo muito afetada.
>>> Uma empresa multinacional sente que perde terreno a cada dia. Concorrentes inusitados, criados em garagens por jovens de talento, surgem a cada dia. Parece impossível virar o jogo.
O que essas histórias reais têm em comum é o tempo. Tempo para se chegar a pontos de excelência, ao ótimo."
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"O jovem talento que cria uma pequena empresa dispõe de horas de reflexão que faltam a um líder de corporação."
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"No caso do Conselho, alguns tópicos nucleares podem exigir muito mais do que as duas horas previstas. O essencial não é a quantidade ou qualidade das apresentações, mas o diálogo sobre as propostas, as conversações entre os membros, a forma de trabalhar os conflitos.
Como líderes, estamos a fim de investir nosso tempo em programas educacionais - até fora da área de negócio - para fazer um update radical em nossos referenciais? O governador investiu esse tempo e deu um salto na qualidade de sua gestão. Resultado: inovações radicais até no campo político e uma reeleição com índice recorde de aprovação.
Temos tempo para investir em mudança cultural? Que tal seis meses para criar as bases da mudança, com mais de mil co-autores? E dois anos de trabalho em comunicação e reeducação junto a dezenas de milhares de pessoas para fazer acontecer a transformação da cultura? Estamos dispostos a investir esse tempo para zerar acidentes (resultado alcançado pela empresa citada neste artigo), chegar a um padrão "sete sigma" de qualidade de serviço ou a um novo jeito de atuar no mercado?
No caso dos jovens que criam negócios do futuro, o que na verdade acontece são conversas entre os próprios empreendedores que varam madrugadas, muitas com a participação de potenciais clientes. Muitos experimentos, erros... e mais conversas, até chegar às melhores decisões e ao sucesso. Os líderes de grandes empresas podem se dar ao luxo de investir tempo diretamente em inovações, como os jovens? Têm esse "tempo de qualidade" para investir?
Deixo ao leitor a equação: como resolver o dilema entre a necessidade de buscar o ótimo até para sobreviver e a crônica falta de tempo, que nos faz ficar satisfeitos com o bom ou até com o medíocre?"
(Mais sobre o tema na próxima coluna.)
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(1).Leia o artigo no contexto do site da Amana-Key clicando no link a seguir:
(2).Oscar Motomura é diretor geral da Amana-Key, empresa especializada em inovações radicais .

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