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domingo, 22 de junho de 2008

"Sentença de Morte" (por Melchiades Filho)

Não resisto a um artigo bem escrito e sobre um assunto que tenha a ver com a cidadania.*
Esta imagem de texto, ao lado, é um deles. Como não sei se será visível a todos os leitores do blog, reproduzo, abaixo, o artigo.
Mechiades Filho, da Folha de São Paulo, tocou com sua reconhecida maestria de jornalista ,um assunto daqueles que passa desapercebido pelo grande público.
Vamos ao fato:
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"O juiz auxiliar da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo Francisco Carlos Shintate condenou ontem a Empresa Folha da Manhã S.A. e a Editora Abril, que editam a Folha e a revista "Veja São Paulo", respectivamente, ao pagamento de R$ 21.282 cada uma por entender que as entrevistas publicadas com a pré-candidata à prefeitura paulistana Marta Suplicy (PT) caracterizaram propaganda eleitoral antecipada."
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Eis o que escreveu o colunista da Folha:
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Sentença de morte

"A punição à imprensa por entrevistar pré-candidatos a prefeito é tão absurda que, cedo ou tarde, deverá ser revista. Por isso são mais preocupantes os comentários de nomes ilustres do Judiciário, inclusive de alguns que se opõem à sentença do juiz auxiliar.
Em vez de defender a liberdade de imprensa fixada pela Constituição ou alertar para a distinção na lei eleitoral entre mídia escrita e TVs/ rádios (concessões públicas que têm de ser reguladas), muitos decidiram opinar sobre aspectos jornalísticos: "as perguntas foram críticas", "não dá para trazer entrevistas com todos os candidatos no mesmo dia", "não houve promoção excessiva no texto" etc.
Há algo de estranho e perigoso quando a análise de conteúdo se sobrepõe à leitura constitucional.
Foi este o equívoco das promotoras que abriram o caso. "Há uma diferença entre o espírito da lei e o texto da lei", uma delas quis se explicar, sem esclarecer como se faz essa interpretação "mediúnica".
A lei é clara. O jornal/revista tem o direito de estampar uma reportagem laudatória e baba-ovo tanto quanto o de publicar uma peça ponderada e inquisitiva -e o leitor tem o direito de ler aquela(s) que quiser.
O ativismo do Judiciário não nasceu por acaso. O poder é cobrado (e é bom que seja) a atualizar a jurisprudência. Não faz sentido que feche os olhos ao mundo a seu redor.
Mas isso não desculpa os atropelos cometidos pelos juízes eleitorais: o cria-e-depois-anula a verticalização; a pretensão de arbitrar o conteúdo da internet; o decreto da fidelidade partidária, inconstitucional segundo o MP; e agora essa.
Em muitos países, são os partidos que zelam pela integridade das votações -eles fiscalizam uns aos outros. A Justiça Eleitoral, portanto, é uma de nossas jabuticabas. Surgiu para coibir desmandos, cabrestos e fraudes. Na ânsia de ser protagonista e provocar a opinião pública, porém, aos poucos dá razão àqueles que propõem sua extinção." (mfilho@folhasp.com.br )
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NOTA: Perfeito, nada mais a acrescentar. Como cidadão, assino embaixo e me associo a todas as manifestações passadas e futuras contra esse abuso de autoridade do MP e do TSE. Estão faltando cabelos brancos nessa gente. Abaixo a censura.
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*Sem querer fazer proselitismo, gosto de levar aos leitores e visitantes as informações que muitas vezes passam desapercebidas no cotidiano. Pela minha vivência, tenho observado que não são muitas as pessoas que - nos dias corridos de hoje - tem tempo disponível para ler vários jornais a cada dia, "passear pelos sites de notícias, folhear as revistas e"caçar informações" na selva midiática.
Já li em algum lugar (vou até pesquisar onde foi) que isso é uma mania. Mania mesmo, daquela tipo "vício". Se for isso, definitivamente estou "doente". Contudo, enquanto não me curo, vou adiante e mantenho o meu hábito (prefiro chamar assim) de vasculhar a mídia e propagar as notícias que escolho para os meus amigos da Oficina de Gerência.
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