Mais uma vez, na Oficina de Gerencia, Tostão e seu texto inteligente. Esqueça que ele está comentando sobre futebol e pense que está produzindo uma metáfora para o mundo corporativo. Aproveite a sua experiência, o raciocinio arguto e observe os insigths que podem ser retirados de sua coluna, escrita no ultimo domingo, para a Folha de São Paulo.
Já disse e repito que Tostão é o melhor articulista esportivo do Brasil. Se escrevesse sobre politica seria um astro do jornalismo.
Aqui ele comenta sobre as duvidas que Dunga - como lider e gerente da seleção brasileira - deve estar sofrendo sobre a convocação ou não de Ronaldinho Gaucho. Se você não acompanhar o mundo do futebol basta pensar que Dunga é um presidente de empresa e Ronaldinho um candidato ao cargo de diretor e que o "presidente" está em duvidas se deve ou não convidar poderá tirar grande proveito do artigo.
Então, convido-o a ler este artigo do Dr. Eduardo Gonçalves de Andrade, o nosso eterno Tostão e imaginar que os personagens sejam não mais os jogadores de futebol que ele cita, mas os habitantes do mundo corporativo com os quais lidamos a cada dia.
Garanto-lhe que será um ótimo exercicio de inteligencia.
Aqui ele comenta sobre as duvidas que Dunga - como lider e gerente da seleção brasileira - deve estar sofrendo sobre a convocação ou não de Ronaldinho Gaucho. Se você não acompanhar o mundo do futebol basta pensar que Dunga é um presidente de empresa e Ronaldinho um candidato ao cargo de diretor e que o "presidente" está em duvidas se deve ou não convidar poderá tirar grande proveito do artigo.
Então, convido-o a ler este artigo do Dr. Eduardo Gonçalves de Andrade, o nosso eterno Tostão e imaginar que os personagens sejam não mais os jogadores de futebol que ele cita, mas os habitantes do mundo corporativo com os quais lidamos a cada dia.
Garanto-lhe que será um ótimo exercicio de inteligencia.
São Paulo, domingo, 14 de fevereiro de 2010 ![]() |
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TOSTÃO ![]() Não arriscar é também um risco
CADA PESSOA vê, sente e analisa o futebol e a vida de seu jeito. Todos estão certos e todos estão errados. Se você é mais racional, pragmático e operatório, gosta de regularidade, segurança, certezas e repetições, detesta correr riscos, improvisações e acasos, só se interessa por resultados e ainda acha que as coisas que fez e que deram certo são as únicas maneiras corretas de fazer, não terá dúvidas, como Dunga, de não convocar Ronaldinho. Se você é uma mistura de Sancho Pança com Dom Quixote, gosta de andar nas nuvens e ter um pé na realidade, adora novidades e correr riscos calculados, interessa-se tanto pela qualidade do jogo quanto pelo resultado, acha que é possível jogar bonito e ser eficiente e ainda pensa que há sempre maneiras de fazer diferente e melhor, não terá dúvidas de convocar Ronaldinho. ![]() Se você está convicto, como Dunga, de que não há nenhuma chance de darem certo, juntos, Ronaldinho, Kaká e Robinho, além de um centroavante, não chamará o jogador nem para a reserva. Imagino que você e Dunga pensem que Ronaldinho, no banco, vai perturbar o grupo e o técnico e que, na primeira partida ruim, haverá muita pressão para escalá-lo. Se você vê em Ronaldinho uma grande esperança e ainda lembrar que, na Copa das Confederações de 2005, talvez o melhor momento do Brasil nos últimos tempos, jogaram juntos Ronaldinho, Robinho e Kaká, além de Adriano, vai ficar ainda mais convicto de convocá-lo. Na Copa de 2006, Parreira trocou Robinho por Ronaldo. Se você acha que não correr riscos é também uma forma de arriscar e ainda sonha em ver o Brasil dar espetáculo e ganhar a próxima Copa, pode desistir. Para isso, é preciso correr riscos. ![]() Dunga aposta na segurança. Para ele, perder jogando bem é pior que perder jogando mal. Não combinaria com sua coerência, de que ele tanto se orgulha. Por isso, Dunga não entendeu, nem nunca vai entender, por que a seleção de 1982 é tão elogiada. Os dois modos de pensar estão certos e errados. O que gosto não é sempre o que é melhor. Já está tudo explicado. Se o Brasil for campeão, dando show ou não, a principal razão será a coerência e a rigidez de Dunga. Se perder, jogando mal ou não, o motivo principal será a teimosia e a falta de flexibilidade do técnico. Na Copa de 2006, colocaram a maior culpa na concentração de Weggis, um problema muito menor do que tantos outros. ![]() Se fosse técnico da seleção, teria de decidir, mesmo com dúvidas. Aí, levaria não só Ronaldinho como também Zé Roberto, o da Copa de 2006, mesmo não tendo jogado sob o comando de Dunga. Eu formaria o meio-campo com Zé Roberto, pela esquerda, Daniel Alves, pela direita, e um volante marcador e mais recuado, pelo meio, como Gilberto Silva ou Felipe Melo. Ronaldinho seria o primeiro reserva de Kaká e de Robinho, podendo, no momento certo, jogar os três, mais o centroavante. Ser comentarista é mais fácil. Se os fatos coincidirem com minhas opiniões, posso dizer, como tantos: "Não falei?". Se não der certo, direi que "o futebol é uma caixinha de surpresas". |
A proposito, quero anunciar desde logo aos meus amigos e visitantes da Oficina de Gerencia que irei criar um blog para acompanhar a Copa do Mundo.Os planos já estão prontos e aguardo apenas a oportunidade.
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