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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

A síndrome das segundas feiras (e das sextas também)


Seja zen nas segundas feiras
(por Herbert Drummond)

O
utro dia li um artigo do Christian Barbosa intitulado "Você gosta da segunda-feira?". No texto o consultor faz críticas contra a rejeição que temos, nós os seres humanos normais, de trabalhar nesse fatídico dia da semana. Em um determinado trecho ele escreve: "Não fiz nenhum estudo aprofundado sobre o assunto, mas posso dizer que em 85% dos casos, as pessoas que amam a segunda-feira têm resultados superiores, se comparado às pessoas que não gostam da segunda-feira."
Com todo respeito, como diriam os personagens mafiosos da série "A Família Soprano", discordo frontalmente no consultor. Não faço juízo de valor, mas acho que o jovem e bem sucedido autor e palestrante de temas corporativos não foi franco ao fazer a apologia da segunda feira como um dia prazeroso de trabalho. Ou nunca trabalhou como empregado ou está fora da realidade.
Em defesa da espécie humana direi que aqueles que "amam" as segundas feiras fazem parte da minoria no conjunto de trabalhadores do planeta. Nem é necessário fazer uma "pesquisa" como fez o nosso Christian Barbosa para saber disso. Basta abrir o Google e buscar os links do tipo "amo ou odeio as segundas feiras". 

Razões da rejeição e Recomendações
Vou direto ao ponto. Porque as segundas feiras são tão rejeitadas? A resposta óbvia e sem rebuscamentos será sempre "porque vem logo após os sábados e domingos".  Simples assim. Considerando as exceções que confirmam a regra as segundas feiras - notadamente pelas manhãs - são períodos nos quais as "rotações por minuto" do cérebro humano estão em baixa frequência e o "motor do nosso organismo" custa a pegar. É normal, é humano. Até os animais são indolentes após as suas "segundas feiras".
O que desejo passar para os leitores são alguns conselhos para enfrentar essa "síndrome":
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http://www.tcmoveis.com.br/blog/wp-content/uploads/2010/02/zen.jpg
  1. Se lhe for possível não trabalhar na sua empresa às segundas feiras faça-o sem titubear... E sem complexo de culpa. Refiro-me, obviamente, às funções que podem usufruir dessa "mordomia" (presidentes, diretores, conselheiros...). 
  2. No mínimo reserve as manhãs das segundas feiras para "fugir" da empresa. Nem sempre é viável, mas com habilidade é possível. E sem prejudicar o serviço.
  3. Leve trabalho para fazer em casa nas segundas feiras  pela manhã. Normalmente leitura de relatórios, análises e pareceres técnicos... Coisas que são difíceis de fazer no burburinho dos escritórios ou em função das demandas corporativas naturais.
  4. Deixe para as segundas feiras nos períodos pós-almoço as atividades de maior pressão. De preferência não marque reuniões ou compromissos de agenda externa. Livre-se das "visitas" e procure ter um dia no estilo "zen".
  5. Sendo inevitável libertar-se desse "jugo" não se deixe levar por aborrecimentos evitáveis. Adie para os dias seguintes aquelas broncas nos subordinados ou aquela conversa difícil com o seu chefe.  
Ao longo do tempo a experiência vai indicar os melhores caminhos para driblar a "síndrome" e as práticas serão naturais. Não preconizo simplesmente "queimar" o expediente, "matar a aula" como nos tempos de estudante. É possível sim, fazer a segunda feira produtiva sem o desgaste do "pós-final de semana".

Sextas feiras também
Ah! Tem mais uma coisinha. Nas sextas feiras à tarde faz-se também necessário um "tratamento especial". Não é nenhuma "síndrome" e obviamente pelos motivos inversos aos das segundas. Nesse caso as "RPM começam a cair” e o "motor" inicia o processo de desaceleração. 
Evidentemente ninguém vai sair do serviço as sextas depois do almoço só por causa disso (embora existam alguns espécimes que pratiquem essa atividade na maior cara de pau), mas algumas providências fazem-se necessárias:
    http://www.corbisimages.com/images/42-20314000.jpg?size=67&uid=1811410c-9e08-4861-9a37-e7b671fb9181
  1. Da mesma forma que nas segundas evite convocar ou participar de reuniões "pesadas" após as 16 horas das sextas feiras.
  2. Busque os contatos informais no ambiente corporativo para discutir planos e programas da empresa, filosofia de trabalho da diretoria e temas semelhantes. Isso também é trabalho e não provoca estresse.
  3. Da mesma forma que nas segundas evite receber "visitas do publico externo" que exijam decisões difíceis.
  4. Sexta feira à tarde é ideal para reuniões de avaliação da semana que passou  e programação da semana vindoura. Aferição do planejamento mensal e assuntos semelhantes.
Encontrei no site da revista Saúde (clique no logotipo abaixo) um interessante artigo sobre como  enfrentar as segundas feiras; como ilustração ao post está sendo reproduzido abaixo para quem se interessar. Sobre as sextas feiras é suficiente o que está indicado acima.
                  

 Como encarar a segunda-feira?

(por Fábio de Oliveira | ilustração Orlandeli | design Eder Redder)

"ODEIO segunda-feira!"
Quase todo mundo já disse a frase acima alguma vez na vida. Veja como encará-lo numa boa sem sofrer antecipadamente 

Domingo à noite, é só ouvir a música daquele fantástico programa de televisão e bate aquela deprê. Reunião com o chefe, entrega de um trabalho, início de dieta e das aulas na academia...Vêm à mente todas as obrigações e os planos que foram postergados ou programados para o primeiro dia útil da semana, a segunda-feira. Se institutos de pesquisa como Ibope e Datafolha realizassem um levantamento sobre o dia mais detestado da semana, a resposta de mais de 99,9% dos entrevistados seria óbvia: Odeio segunda... E sem margem de erro.
http://saude.abril.com.br/imagens/0294/0294_bemestar_odeio01.jpgExageros à parte, por que a segundona gera tanta aversão e ansiedade? Um dos motivos para tanto mau humor talvez esteja na mudança dos ponteiros do nosso relógio biológico, afirma a psicóloga Ana Maria Rossi, presidente da Isma-BR, uma entidade internacional dedicada ao estudo do estresse. Os horários geralmente são menos rígidos no sábado e no domingo, explica a especialista, que foi jurada do 2° Prêmio SAÚDE!. Não é à toa que a gente quebra a rotina nessas 48 horas: dorme mais do que de costume, come fora de hora ou mais tarde que o habitual sem falar nos goles a mais nas mesas dos bares.
Daí, chega a segunda-feira e o organismo tem de, numa curta fração de tempo, reajustar seus ponteiros para voltar à labuta cotidiana. É esse processo de readaptação, segundo Ana Maria, que está por trás do cansaço e da preguiça que pintam logo de manhãzinha.
Uma pesquisa conduzida na Universidade Flinders, na Austrália, dá crédito a essa teoria, pelo menos no que diz respeito às horas de sono prolongadas no fim de semana. Os cientistas pediram para 16 indivíduos dormirem duas horas a mais em relação aos dias de batente. Em seguida, eles coletaram amostras de saliva e de hormônios dos voluntários. Além de o relógio biológico dos participantes estar atrasado 45 minutos, os questionários respondidos na segunda e na terça-feira seguintes revelaram que eles estavam mais cansados.
Novamente os exageros do fim de semana justificam a eclosão de males cardíacos na segunda-feira. A ingestão de sal em excesso e álcool, além do cigarro, sobrecarrega o coração. Sem falar daquele sedentário que resolve jogar futebol, detalha o cardiologista Ricardo Pavanello, do Hospital do Coração, em São Paulo. Daí, o estresse do trabalho na segunda é a gota que faltava para o copo derramar. No entanto, como lembra o especialista, isso não quer dizer que os infartos vão acontecer categoricamente no dia mais odiado da semana. Na verdade, aquela conjunção de fatores favorece a ocorrência desses problemas cardiovasculares na segunda. Mas eles podem acontecer em qualquer dia, explica Pavanello.
http://api.ning.com/files/PhgF5lMBAnZEP9SrFSdkIcfRC9PLmUq4Gdfd3Cx-m*GrlgDdCr5KiCK7mdtnvQUgBJmtG3oNerwN9VaE5FQxV6OFfYe0WwEr/cara_de_segundafeira3128.gifAlém do corpo, a mente sofre, principalmente em quem começa a antecipar de forma negativa a chegada da segunda-feira no almoço de domingo. De acordo com a psicóloga Ana Maria Rossi, trata-se de uma atitude recorrente em quem está de mal com o trabalho, por exemplo seja porque não se dá bem com os colegas, seja porque o salário não compensa o esforço. A pessoa arruina seu domingão antes mesmo de a música daquele fantástico programa ecoar na telinha à noite. Nesse caso, o importante é ficar no aqui e agora, curtir o momento, aconselha Ana Maria.
O também psicólogo Antonio Carlos Amador Pereira, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, lembra que o fim de semana é uma espécie de libertação do peso do cotidiano. E passa rápido. Mas por que o trabalho tem de ser encarado de forma tão dura? E por que a gente só pode se sentir relaxado no sábado e no domingo?, ele pergunta. Cinema somente aos domingos também vira rotina, como a do trabalho, e a happy hour da sexta-feira. É preciso criar alternativas, diz Pereira. Ver um filme na quinta-feira à noite, quem sabe. Com equilíbrio, dá para criar outras rotinas e tornar a segunda- feira menos chata.
Ou seja, pregar os olhos na noite de domingo acaba demorando mais e, como consequência, o corpo sente na segunda-feira efeitos similares aos do jet lag. Além do sono, o coração também padece nesse dia. Uma pesquisa publicada na Revista de Saúde Pública mostrou que o pico de hospitalizações por problemas cardiovasculares e infarto do miocárdio na região de Ribeirão Preto, no interior paulista, ocorria na... Nem precisa dizer, né?


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