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quinta-feira, 21 de julho de 2011

Chefes! Um é ruim e dois é demais...

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Se alguém pensa que o "privilégio" de ter dois chefes é algo raro está muito, muito enganado. Pessoalmente já passei por essa desagradável experiência algumas vezes.
Seja nas empresas privadas ou na Administração Pública o duplo comando existe como atitude corporativa e - infelizmente e na maioria dos casos - sem nenhum constrangimento.
Sou radicalmente contra esse comportamento. Sempre que posso condeno a prática e procuro demonstrar o quanto ela é nociva para o ambiente de trabalho e para a obtenção de resultados.
Ocorre que o comando duplo é no mais das vezes fruto de desordem administrativa e gerencial por parte de quem tem a responsabilidade de valorizar as estruturas formais e as linhas de comando das próprias empresas. Costumo dizer que na origem de tudo está o "vicio do by-pass gerencial", ou seja, um chefe não respeita o outro e demanda serviços ou dá ordens a subordinados que não estão sob seu comando direto; atropela o organograma e passa por cima de algum outro líder. Já vi brigas homéricas, devastadoras, entre gerentes de vários níveis por conta desse costume pernicioso que grassa nas organizações contaminadas pela desordem e pelo desmazelo.
É difícil consertar essa imperfeição nas organizações porquanto faz parte da conduta dos seus praticantes. É um erro enorme alimentar esse procedimento dentro das corporações e cabe ao principal executivo eliminar essa "doença" no interior das organizações. A exceção é, obviamente, quando o próprio presidente está contaminado. Nesse caso meu amigo, caia fora porque vai sobrar para você...
O artigo abaixo, escrito por Lucas Toyama, jornalista do Canal RH, aborda exatamente essa questão.
Leia um trecho para aguçar o seu interesse:
  • [...] "O perigo é que, não raro, esses dois chefes têm características diferentes e, se não estiver preparado, o subordinado pode ficar no meio do fogo cruzado. A saída é não se descuidar da comunicação. “O profissional vai lidar com pessoas com perfis distintos e, quando a comunicação não se alinha, as chances de conflitos emergirem são grandes. Ele não vai conseguir satisfazer os dois e vai ficar insatisfeito por não ver o resultado”, explica Alexandre Prates, especialista em desenvolvimento organizacional. A insatisfação, por sua vez, pode gerar problemas para a empresa, pois o profissional pode sair em busca de novas oportunidades e a companhia corre o risco de perder um talento" [...]

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Como se reportar a dois chefes sem se queimar


por Lucas Toyama

Não tem sido raro profissionais terem de se reportar a mais de um chefe no trabalho. Estruturas cada vez mais horizontais e a necessidade de respostas rápidas a um número cada vez maior de clientes internos e externos colaboram para que a dupla chefia seja uma constante na vida de muitos profissionais. Para quem tem de lidar com dois chefes, comunicação é a palavra chave. É preciso jogo de cintura, resiliência, inteligência emocional e planejamento.

Paulo Henrique Rocha
“O mercado de trabalho está diferente e as organizações buscam pessoas com alto índice de envolvimento, comprometidas em ir além da execução das tarefas”, diz Paulo Henrique Rocha, da Corrhect Gestão em Recursos Humanos. Segundo ele, esse cenário em que os profissionais têm multifunções faz com que eles precisem se reportar a mais de um chefe, o que pode trazer problemas, como conflitos na equipe, distanciamento das pessoas perante os gestores e desintegração do time.

O perigo é que, não raro, esses dois chefes têm características diferentes e, se não estiver preparado, o subordinado pode ficar no meio do fogo cruzado. A saída é não se descuidar da comunicação. “O profissional vai lidar com pessoas com perfis distintos e, quando a comunicação não se alinha, as chances de conflitos emergirem são grandes. Ele não vai conseguir satisfazer os dois e vai ficar insatisfeito por não ver o resultado”, explica Alexandre Prates, especialista em desenvolvimento organizacional. A insatisfação, por sua vez, pode gerar problemas para a empresa, pois o profissional pode sair em busca de novas oportunidades e a companhia corre o risco de perder um talento.

O fator comportamental também conta muito e o profissional precisa estar preparado para imprevistos. “Hoje em dia, fala-se muito em inteligência emocional, ou seja, o equilíbrio que os indivíduos exercem na interação com o meio no qual estão inseridos”, explica Paulo Henrique. Essa competência é de extrema importância na hora de lidar com o ego de chefes com personalidades diferentes e mostra a capacidade política, de adaptabilidade, flexibilidade, controle das emoções e postura ética do colaborador.

Planejamento e pró-atividade

Para Prates, o planejamento é uma competência básica para quem lida com esse tipo de questão. “É aquilo que nós ouvimos muito: o combinado não sai caro. Tudo o que é feito com planejamento pode ser realizado com tranquilidade, pois foi discutido anteriormente”, explica. A dica do especialista é que o profissional se reúna com os superiores para definir as ações e não deixe nenhum problema sem ser resolvido. Assim, o colaborador nunca se vê em meio a um pingue-pongue (no qual, muitas vezes, ele é a bolinha).

Outro aspecto essencial é não ter medo de ser pró-ativo. “Se o colaborador tem coragem para reunir os dois líderes e evitar que a comunicação vire um telefone sem fio, ele começa a se cercar de ações positivas”, diz Prates. Claro que imprevistos acontecem e não dá para prever tudo que pode ocorrer no decorrer de um determinado projeto. Nesses casos, sempre conversar com os dois e enviar e-mails para ambos para que ninguém fique sem saber o que está acontecendo é a melhor saída para quem quer se resguardar de problemas.

http://www.corbisimages.com/images/101368-94.jpg?size=67&uid=33acd776-5f7d-4d57-a6ff-7f0d3bd27ce9A resiliência é uma característica comportamental importante para o profissional não se deixar afetar pelas rusgas entre dois chefes. “O indivíduo resiliente é aquele que apresenta a capacidade de resistir às pressões e frustrações na atmosfera de trabalho. Ele não deixa que alguma situação o desmotive ou o afete psicologicamente”, explica Paulo Henrique. Ter jogo de cintura, confiar na própria capacidade e, quando tudo estiver muito difícil, respirar fundo, são as dicas.



De que lado ficar?

Para não pôr a carreira em risco, o ideal é que, em situações nas quais os dois chefes fazem solicitações conflitantes, o profissional se mostre comprometido com o sucesso da organização. “Deve-se agir de forma clara com ambos os gestores, criando um equilíbrio entre as diferentes personalidades e características de gestão, além de evidenciar que não há qualquer favorecimento individual”, diz Paulo Henrique.

Caso os choques de interesses aconteçam, o profissional deve tentar fugir do fogo cruzado. “A solução mais fácil é ignorar, porque você evita o conflito e é uma maneira de se precaver. Mas não é o ideal, porque a médio prazo se torna difícil”, diz Prates. O ideal é, novamente, não descuidar da comunicação. “Tome a ação que o chefe indicar, mas não deixe de comunicar ao outro, sempre copiando todos no e-mail. Assim, você mostra que sabe o que está acontecendo, mas que precisa fazer o seu trabalho da melhor maneira possível”.

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