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domingo, 9 de agosto de 2009

Sucesso e Rumo Certo são irmãos siameses... (Emilio Odebrecht / Folha de São Paulo)

............ Tenho publicado os artigos do empresario Emilio Odebrecht desde que a Folha de São Paulo lhe concedeu uma coluna aos domingos. No início ele enfocou alguns assuntos interessantes, mas seu texto era pobre, duro e sem a leveza que caracteriza os bons colunistas. Tanto que deixei passar algumas delas por absoluta falta de qualidade nos artigos.

............. De uns tempos para cá as colunas de Odebrecht ganharam qualidade e leveza aliadas à sua enorme experiencia. O resultados são textos ricos, com muito ensinamento e uma grande dose de qualidade como colunista.

............. A coluna publicada hoje pela FSP, reproduzida neste post, é uma das melhores que ele já escreveu. O tema é a escolha do rumo certo por quem tem a determinação de realizar um projeto na vida.


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Imagem de © André Burian/Corbis

............. Estranho dizer isto assim. Parece um pleonasmo dizer que é preciso "ter um rumo para se realizar um sonho". Entretanto são comuns os propósitos e planos perdidos por falta de rumo. Se você procurar na sua vivência certamente encontrará mais de um exemplo.


............. A história está cheia deles. Sejam os casos de sucesso - que tal o da Microsoft como exemplo? - sejam os que se perderam no meio do trajeto por falta de rumo e cito o case do Banco Opportunity.

............. Nós também, pessoas comuns, temos que saber desenvolver os nossos sentidos para as escolhas dos rumos que vamos escolher ao nos determinarmos a novos projetos em nossas vidas. O princípio é o mesmo. Se o rumo escolhido não for "o certo" podem crer que os objetivos não serão alcançados. Selecionei uma linda frase de Nietzsche para ilustrar este ponto, leiam-na com atenção:

  • "Ninguém pode construir em teu lugar as pontes que precisarás passar para atravessar o rio da vida - ninguém, exceto tu, só tu. Existem, por certo, atalhos sem números, e pontes, e semideuses que se oferecerão para levar-te além do rio; mas isso te custaria a tua própria pessoa; tu te hipotecarias e te perderias. Existe no mundo um único caminho por onde só tu podes passar. Onde leva? Não perguntes, segue-o."

............. Esta é uma verdade universal. Henry Ford que foi um dos maiores exemplos de sucesso a partir da escolha de um rumo certo já ensinava que "Obstáculos são aquelas coisas assustadoras que você vê quando tira os olhos de sua meta."


http://www.autolife.umd.umich.edu/Design/Gartman/D_Casestudy/PO3015a_Henry-Ford.gif
Image from the Collections of The Henry Ford (clique na imagem)

............. Emilio Odebrecht, o colunista, é herdeiro de um conhecido case de sucesso com a escolha de rumos certos. Foi educado e adestrado em meio aos sucessivos êxitos da Construtora Norberto Odebrecht e do Grupo Odebrecht, atualmente uma das mais bem sucedidas empresas multinacionais brasileiras. Ou seja, tem autoridade para discorrer sobre o tema.

............. Só para aumentar a curiosidade dos leitores cito uma das frases do artigo abaixo:

  • [...] "Tirar o melhor partido possível dos ventos que sopram é uma forma de subordinar o presente ao futuro, identificando com clareza a situação atual e a situação desejada à frente." [...]

............. Vamos lá?

............. Quem apreciar os ensinamentos dos que sabem e repassam suas experiências não deve deixar de ler o texto. Tem qualidade e conteúdo.




São Paulo, domingo, 09 de agosto de 2009



http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/1992/imagens/emilioode1_79.jpg
EMÍLIO ODEBRECHT

Para manter o rumo certo

QUEM TRAÇA um rumo ancora seus objetivos em uma visão de longo prazo e no imperativo de ser agente do próprio destino. Mas um rumo não é o mesmo que um plano de voo minuciosamente detalhado, com itinerário preciso.

Quem tem um rumo tem um sonho, uma direção a seguir e critérios para proceder na jornada e está livre para aplicá-los conforme a avaliação de cada circunstância, acelerando ou reduzindo a marcha, avançando sobre obstáculos ou contornando-os, tomando atalhos ou seguindo pela estrada principal, desde que não perca de vista o destino escolhido.

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O procedimento para enfrentar situações adversas deve ser, sempre, no primeiro momento, encará-las como oportunidades, aguçando a percepção para detectar as forças em jogo e usá-las a favor do próprio propósito, pautando as decisões por mais coragem do que análise, por mais impacto do que técnica.

Os movimentos seguintes, quase concomitantes, serão buscar o autoaperfeiçoamento, desenvolvendo ou reforçando as competências exigidas pelo desafio que se apresenta, e definir prioridades, tendo em mente que nem tudo o que é importante é urgente. Definir prioridades é eleger o que faz diferença, condição para a concentração de esforços e recursos que permitam tirar o melhor partido possível dos ventos que sopram.

Tirar o melhor partido possível dos ventos que sopram é uma forma de subordinar o presente ao futuro, identificando com clareza a situação atual e a situação desejada à frente. Nesse sentido, a sobrevivência é pré-requisito para o crescimento, e este, a condição para que um empreendimento se sustente e se perpetue.

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A turbulência que vivemos do segundo semestre do ano passado para cá foi global, comum a todos. Começou localizada, mas se espalhou como uma pandemia. As empresas, como os barcos, no princípio se mostravam muito parecidas. Mas os navegantes fizeram a diferença.

Algumas resistiram; muitas saíram mais fracas; houve quem ficasse pelo caminho, outras se fortaleceram. Agora, os destinos de todas dependem, precisamente, da capacidade de confirmar o quanto são diferentes e de criar valor para clientes que, também eles, lutam para sobreviver.

E quem fará valer a própria diferença? A resposta é simples: quem deu espaço e criou condições para o desenvolvimento dos talentos, enfatizou os investimentos com visão estratégica e agora precisa ter a coragem de continuar sendo o que escolheu ser, fiel a seus princípios e valores, criativo para inventar novas formas de seguir no rumo traçado.

EMÍLIO ODEBRECHT escreve aos domingos nesta coluna.

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