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ouve tempos (bons
tempos...) na minha vida em que estive muito ligado aos esportes amadores.
Basquetebol principalmente. Nessa convivência com jovens atletas - fui árbitro,
dirigente e pai de atleta - aprendi de forma prática a diferença fundamental
entre o que seja compreendido como atitude e o que é percebido como
comportamento comum.
Mesmo com o volume de
estudos e pesquisas existente ainda assim atitude é um conceito subjetivo,
imaterial e intangível; mas é perceptível. Exatamente por conta dessa percepção
as corporações estão investindo cada vez mais para encontrar e
valorizar entre os seus quadros de colaboradores aqueles empregados nos quais
sejam inferidos e captados os sinais de que são "portadores de
atitude". É isso mesmo! Eles estão sendo "caçados" pelos
departamentos de RH
A propósito leiam com atenção o que dizem - no artigo do Canal RH abaixo – três gerentes de recursos humanos de grandes corporações:
- [...] "Um profissional com atitude não espera receber ordens para agir. “Ele traz consigo o sentimento de dono do negócio”, afirma Carina Budin, sócia-gerente da filial de Campinas (SP) da Asap, consultoria de recrutamento e seleção de executivos. Quem tem atitude se destaca por se envolver na tomada de decisão da empresa, indo além da sua função. “Esse tipo de perfil é fundamental para o desenvolvimento da companhia, desde que, também, respeite os limites, não passando por cima de superiores e deixando claros os objetivos de suas ações”, afirma." [...]
- [...] "Disputado pelo mercado, o profissional com atitude também é valorizado pela dedicação à empresa, como comenta Carolina Côrrea, gerente de Mercado da consultoria LAB SSJ. E, para ela, ter atitude no ambiente de trabalho está relacionado à maturidade, o que, por sua vez, não tem obrigatoriamente ligação com idade. “No ambiente corporativo, temos hoje técnicas eficientes de aceleração da maturidade que podem promover uma mudança de comportamento e de atitude”, ressalta. A especialista garante, portanto, que é possível, sim, ensinar alguém a ter atitude. “Cabe ao RH adotar ações para isso”, diz. [...]
- [...] "As empresas têm optado por monitorar os talentos e verificar os seus eventuais potenciais. A Souza Cruz faz um mapeamento das competências dos mais de 1.100 funcionários e a atitude é considerada como fator positivo em eventuais promoções. “Um profissional com esse perfil consegue identificar vantagens competitivas dentro de sua área e é o que esperamos de todos na empresa”, afirma Renata Faria, gerente corporativa de Recursos Humanos. Para verificar se o colaborador tem ou não atitude, a empresa realiza duas ações. Uma vez por ano é feito um processo de avaliação de competências - os gestores sentam com os subordinados e os avaliam, indicando onde e como melhorar. [...]
Tudo isso é verdade.
Quem está ligado sabe... Nada melhor e mais valioso do que se trabalhar
com pessoas que operam em frequências cujas condutas transpiram
ação, desejo, determinação, disposição e posicionamento. Tudo isso e mais
faz parte de um personagem com atitude.
No mundo corporativo
não é tão fácil assim saber quem são estes personagens. É preciso um pouco mais
de convivência, mas certamente eles estão lá no meio do grupo. São os que não
fogem do serviço por maior e mais complicado que seja; assumem as missões de
responsabilidade que ninguém quer com medo de fracassar ou estão sempre a
postos para defender a bandeira da corporação, do grupo ou sacrificar fins de
semana e feriados para completar as missões e entregar os resultados nos prazos
comprometidos.
Com certeza qualquer
um de nós que já temos algumas "horas de voo" nos céus dos mundos
corporativos conhecemos muitos desses indivíduos. Não são, normalmente, pessoas
fáceis de administrar e conhecem o seu valor na corporação, mas valem o investimento
feito para descobri-los, dar-lhes as oportunidades e confiar neles.
Nas empresas eles são
algumas vezes celebridades ou protagonistas, outras vezes apenas auxiliares
secundários e em outras mais, apenas figurantes. Não importa. Ter atitude não
depende de outros fatores que não sejam aqueles inerentes à própria pessoa
humana.
Um time composto de
indivíduos assim terá sempre a marca do sucesso, da inovação e do êxito.
Um time vencedor. Querem um bom exemplo? O time do Corinthians agora em
Yokohama quando conquistou o título de Campeão Mundial de Clubes de Futebol.
Comportar-se com
atitude, foco e intensidade de entrega foi o fator decisivo para que o clube de
São Paulo e do Brasil conseguisse superar seu oponente, o Chelsea da
Inglaterra, que ao contrário dele foi um grupo sem atitude vencedora apesar de
ser considerado tecnicamente superior ao Corinthians.
É isso ai!
Atitude vence jogos e alavanca carreiras; aumenta vendas e eleva o faturamento.
Promove o crescimento das empresas. Nas instituições de governo são eles, os
funcionários de atitude que cumprem as metas, executam as obras e orçamentos e
mantem vivo o espírito de corpo que valoriza a Administração Pública.
O artigo abaixo
que ilustra meu comentário versa sobre esse tema tão apaixonante para quem
estuda e aprecia conversar sobre assuntos corporativos. Recomendo sua leitura.
E por favor, lembrem-se, cultivem o comportamento de ter e assumir atitude. Não
é dom e nem é característica de nascença. Pode ser aprendido e desenvolvido,
como irão ler abaixo.
Atitude: qualidade que faz a diferença
Tão apreciado na terra da rainha, o “CHA” para o setor de RH tem significado que em nada se relaciona com a famosa bebida inglesa. O anagrama se refere a Conhecimento, Habilidade e Atitude. Três características, que, se bem desenvolvidas, transformam o profissional detentor delas em funcionário dos sonhos de dez a cada dez empresas. Das qualidades do CHA, a atitude é a única que está ligada intrinsecamente à personalidade do profissional e, segundo especialistas, a mais difícil de ser “ensinada” e a de maior complexidade de ser definida.
Um profissional com atitude não espera receber ordens para agir. “Ele traz consigo o sentimento de dono do negócio”, afirma Carina Budin, sócia-gerente da filial de Campinas (SP) da Asap, consultoria de recrutamento e seleção de executivos. Quem tem atitude se destaca por se envolver na tomada de decisão da empresa, indo além da sua função. “Esse tipo de perfil é fundamental para o desenvolvimento da companhia, desde que, também, respeite os limites, não passando por cima de superiores e deixando claros os objetivos de suas ações”, afirma.
Disputado pelo mercado, o profissional
com atitude também é valorizado pela dedicação à empresa, como comenta Carolina
Côrrea, gerente de Mercado da consultoria LAB SSJ. E, para ela, ter atitude no
ambiente de trabalho está relacionado à maturidade, o que, por sua vez, não tem
obrigatoriamente ligação com idade. “No ambiente corporativo, temos hoje
técnicas eficientes de aceleração da maturidade que podem promover uma mudança
de comportamento e de atitude”, ressalta. A especialista garante, portanto, que
é possível, sim, ensinar alguém a ter atitude. “Cabe ao RH adotar ações para
isso”, diz.
As empresas têm optado por monitorar os talentos e verificar os seus eventuais potenciais. A Souza Cruz faz um mapeamento das competências dos mais de 1.100 funcionários e a atitude é considerada como fator positivo em eventuais promoções. “Um profissional com esse perfil consegue identificar vantagens competitivas dentro de sua área e é o que esperamos de todos na empresa”, afirma Renata Faria, gerente corporativa de Recursos Humanos. Para verificar se o colaborador tem ou não atitude, a empresa realiza duas ações. Uma vez por ano é feito um processo de avaliação de competências - os gestores sentam com os subordinados e os avaliam, indicando onde e como melhorar. Outra forma utilizada é por meio dos resultados. “O quanto o funcionário produz está relacionado à sua performance e, assim, com sua atitude”, salienta Renata.
A gerente explica também que a Souza Cruz possui programas específicos para incentivar o desenvolvimento da iniciativa de seus funcionários. Um deles valoriza ações em prol da inovação, atingindo todos os níveis hierárquicos. Quando alguém indica mudança de processo que gera benefícios para a fábrica recebe uma compensação financeira e é dada visibilidade à ação do funcionário. “Fazemos uma celebração em que destacamos a capacidade do profissional e os ganhos da iniciativa”, conta Renata. Essa publicidade da ação cria um efeito em cascata. “É uma forma de inspirar outros funcionários a agir também.”
Na Acrilex, a atitude dos funcionários é avaliada no dia a dia. “A competência pode ser observada na capacidade de realização e nos resultados que o colaborador entrega”, diz Evandro Rogério Rosa, gerente de RH da empresa. Segundo ele, a Acrilex possui um clima organizacional aberto, em que a comunicação flui sem impedimentos, com feedbacks diários e constantes, permitindo o desenvolvimento da atitude de todos. “Eles se sentem seguros para opinar, o que acarreta um aumento de ideias que melhoram o negócio”, afirma.
A prática constante de feedback para estimular o desenvolvimento da atitude dos funcionários também é utilizada na Basf. Para isso, a companhia conta com o programa “Diálogo com o Colaborador”, que formaliza o feedback entre líderes e subordinados. “Além disso, temos um programa de desenvolvimento para ampliar a transparência na organização, para que todos possam conhecer as oportunidades de desenvolvimento disponíveis”, afirma Juliana Justi, Talent Manager da Basf. Na companhia, os colaboradores são estimulados a assumir a responsabilidade pelo sucesso da companhia. “Em um mercado tão competitivo como o atual, precisamos de pessoas que apresentem ideias e as façam acontecer”, afirma.
Esse artigo foi publicado originalmente no site Canal RH
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