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sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

A vitória do Barça e a derrota do Santos. Dois enfoques diversos.

P
ropositadamente deixei passar quase uma semana para escrever sobre a vitória do Barcelona no domingo passado (18/12) conquistando o título de Campeão Mundial Interclubes  e a derrota do Santos, no mesmo jogo. Sim! É isso mesmo! Vitória do Barcelona  um fato e derrota do Santos outro. 
Sou o que se pode classificar como "amante do futebol". Adoro todos os esportes e amo o futebol. Não pelo jogo em si, mas pelas paixões que ele desperta, por sua linguagem universal "falada" em todos os recantos do planeta. O futebol é uma magia que toca a todos que dele se acercam. 
O que mais me impressionou após aquele, vá lá que seja... jogo de futebol entre Barcelona e Santos (já vi peladas de 2ª divisão mais emocionantes) foi a imprensa esportiva do Brasil. Li, vi e ouvi tudo que foi possível nos jornais de circulação nacional, nas emissoras de rádio e televisão de maiores audiências. Tudo. E olha que eu entendo um bocado desse negócio de acompanhar futebol!
Pois bem, os locutores, comentaristas e repórteres  que foram ao Japão e os que ficaram no Brasil, todos simplesmente emudeceram. Pior, não sabiam o que dizer! Sabe aquela imagem surrada do cachorro que caiu do caminhão de mudança. Foi assim que os jornalistas reagiram aos mais de setenta do cento com a posse da bola que o Barcelona desenvolveu, atônitos com o "baile" que o Santos tomou do Barcelona e o "chocolate" de quatro a zero. Foi um dos maiores vexames que eu já presenciei desde que comecei a acompanhar e assistir futebol. E olha que faz tempo...
Na verdade ninguém soube o que dizer; nem os jogadores  e o técnico do Santos do Santos e nem os jornalistas especializados. Sabem quem disse algo que calou fundo na estrutura do futebol brasileiro? O técnico Pepe Guardiola do Barça. Na entrevista ao ser perguntado qual o "segredo" do seu time ele respondeu com um certo ar de ironia que o Barcelona apenas toca a bola tal como faziam os times brasileiros na época do seu pai. Há, há, há! Isso foi pior do que os quatro a zero. 
A vitória do Barcelona jamais poderia ser surpresa para ninguém, pois o time joga daquele mesmo jeito todas as semanas na Europa com jogos transmitidos para o mundo inteiro. Uma semana antes havia virado o jogo sobre seu maior rival o Real Madrid de Cristiano Ronaldo, Kaká e outras estrelas após estar perdendo por um a zero ganhou de dois a um e deu um baile no Real e na casa dele. Em Madrid... Logo, onde está a surpresa? 
O Santos perdeu pelo simples motivo de que foi (e é) um time infinitamente inferior ao Barcelona e o seu técnico, Muricy Ramalho por quem, aliás, tenho grande admiração, foi arrogante e quis "inventar a roda" pra cima desse Barcelona que ai está. Montou uma formação que sequer havia treinado e jogou o seu grupo às feras. O Santos literalmente ficou assistindo o Barcelona tocar a bola e fazer gols. Eram meninos jogando contra homens. Acho que um treino com seu time reserva teria dado mais trabalho a turma do Messi.
A derrota santista foi a expressão da decadência, o nocaute da atual forma de jogar dos times e da seleção do Brasil onde – entre outras coisas - ninguém sabe (mas pensa que sabe) trocar passes que é o fundamento mais primário de qualquer jogo coletivo.
O time da Vila Belmiro perderia de qualquer maneira. Aliás, qualquer time do planeta perderia. O que ficou vergonhoso foi mostrar ao mundo inteiro que o futebol do Brasil, outrora tão encantador, parou no tempo e não evoluiu. As razões são conhecidas, embora não reconhecidas. É só levantar o pedigree e a folha corrida dos dirigentes da CBF, das federações e clubes. Começa por ai...
Agora o que resta é catar os cacos da desmoralização de Yokohama e buscar fórmulas mágicas para não levarmos novas  escovadas na Copa do Mundo de 2014 dentro de casa. A propósito, deve ser dito que os times brasileiros e a nossa (nossa?) seleção já vem dando vexames um atrás do outro há muito tempo. O que aconteceu na África do Sul contra a Holanda foi o que?
arrow - white background Valorizei o post com a transcrição (textos da edição digital da Folha da São Paulo que transformei em imagens) de dois comentários excelentes. O primeiro é desse mago das palavras e do bom humor que é Ruy Castro (não deixem de ler) e o segundo é do Tostão, disparado (opinião minha) o melhor colunista de futebol do Brasil. Um craque também com as palavras. Os dois escreveram tudo que eu queria escrever além desse texto, mas sem o brilho dos profissionais. 
 


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