14 DE JULHO DE 2025 ||| 2ª FEIRA ||| DIA DA LIBERDADE DE PENSAMENTO - DIA DA QUEDA DA BASTILHA ||| DOAR SANGUE É UM ATO DE SOLIDARIEDADE E AMOR AO PRÓXIMO. |||

Bem vindo

Bem vindo



José Julián Martí Pérez (Havana, 28 de janeiro de 1853 — Dos Ríos, 19 de maio de 1895) foi um político nacionalista, intelectual, jornalista, ensaísta, tradutor, professor, editor, poeta e maçom cubano, considerado um herói nacional cubano por causa de seu papel na libertação de seu país da Espanha. Ele também foi uma figura importante na literatura hispanófona. Foi muito politicamente ativo e é considerado um importante filósofo e teórico político. Através de seus escritos e atividade política, ele se tornou um símbolo da tentativa de independência de Cuba do Império Espanhol no século XIX, e é conhecido como o "Apóstolo da Independência Cubana" (em seu país natal, também chamado como «El apóstol»). Foi criador do Partido Revolucionário Cubano (PRC) e organizador da Guerra de 1895 ou Guerra Necessária. Seu pensamento transcendeu as fronteiras de sua Cuba natal para adquirir um caráter universal. Desde a adolescência, dedicou sua vida à promoção da liberdade, independência política para Cuba e independência intelectual para todos os hispano-americanos; sua morte foi usada como um grito pela independência cubana da Espanha tanto pelos revolucionários cubanos quanto pelos cubanos anteriormente relutantes em iniciar uma revolta.

 http://dl3.glitter-graphics.net/pub/424/424843bshmcauw80.gif

segunda-feira, 7 de março de 2011

A internet como força mítica. Quem conceitua é Marcelo Gleiser

[Texto editado para republicação]

A

lguns leitores já me questionaram sobre a reprodução dos artigos do Dr. Marcelo Gleiser no blog. O argumento é a inexistencia de relação entre a atividade do grande fisico e astrônomo brasileiro e seus escritos com o "conteúdo" da Oficina de Gerencia. Sempre discordo deles em relação a essa postura crítica. 
Os artigos de Marcelo Gleiser são antes de tudo e já o disse antes,  pinceladas de erudição, saber e principalmente de cultura inteligente. Por que não trazer estes topicos e assuntos para a leitura e o conhecimento dos internautas que acessam o blog?
Aliás, já questionei estes meus leitores muitas vezes sobre esse negocio de "conteúdo do blog". Acho uma forma de limitação sobre algo que é criação do blogueiro (escrevo em caráter geral). Meu blog, como os demais blogs é criação de quem o produz. É minha fantasia, minha ficção, minha invenção... É minha forma de expressão, minha circunstância naquele momento... Como posso simplesmente limitar-me sobre mim mesmo? 
O que procuro manter são compromissos. Compromissos de não escrever tolices, de não "operar" em frequências de baixo calão, de não disseminar preconceitos e principalmente o compromisso de difundir, espalhar e divulgar assuntos edificantes e instrutivos, matérias e temas esclarecedores e tópicos positivistas.
O foco do blog, como sabem os que o acompanham nestes dois anos (desde agosto de 2007), está dirigido para o que chamo de "mundo corporativo". Contudo, não posso me furtar em passar para as pessoas que vêm aqui visitar a Oficina de Gerencia - de certa forma confiando na minha proposta de publicar para entretê-las - aqueles assuntos que eu gosto e desejo compartilhar e comentar. É isto!    
Portanto, ao publicar um artigo como este abaixo, do astrônomo, fisico, professor, escritor e articulista Marcelo Gleiser estou dividindo o meu prazer de conhecer idéias novas  e inteligentes de pessoas como ele. 
Vamos ao artigo porque já me estendi demais. Como sempre, uma aula de ciência, humanismo e historia do grande cientista brasileiro. 
Os links colocados no texto do artigo foram colocados pelo autor do blog


http://www.clipart-fr.com/en/data/gif/bullets-1/animated_gif_bullets_291.gif
São Paulo, domingo, 06 de março de 2011

http://epoca.globo.com/edic/346/criacao02.jpg
MARCELO GLEISER

A internet como força mítica

Mitos unem povos, como faziam poemas homéricos, e hoje as redes sociais têm como marca a força mítica

O MUNDO, e em particular o Oriente Médio e o norte da África, está em polvorosa. Na Tunísia, no Egito e, agora, na Líbia, uma enorme mobilização social está levando a mudanças políticas dramáticas.

Cientistas políticos de naipes diversos preveem que essas ações marcam o começo de uma profunda transformação mundial, não apenas localizada no sul e leste do Mediterrâneo: uma democratização global, uma nova ordem, talvez semelhante em parte às revoluções que varreram a Europa em 1848.

A mobilização parte, principalmente, de jovens que vivem nas autocracias seculares de países muçulmanos -desempregados apesar de um bom nível educacional, desesperançados- que decidiram, corajosamente, redefinir seu destino com suas próprias mãos.

É bem verdade que o desfecho das manifestações nesses países, e possivelmente em outros (como Bahrein e Iêmen), permanece incerto. Por outro lado, o desejo de derrubar tiranos que estão no poder por décadas em regimes brutais está crescendo irreversivelmente e não será abafado pela violência.

Uma mobilização transnacional dessa grandeza seria inimaginável dez, ou mesmo cinco, anos atrás. Por trás das manifestações, unindo os descontentes, está a internet, em particular os programas de interação social Facebook e Twitter.

Jovens do mundo inteiro, de Bali à Rússia, do Quênia à Jordânia, trocam informações e criam alianças usando meios totalmente novos.

Uma mensagem de texto tem precedência sobre um telefonema; uma mensagem no Twitter resume uma atividade ou um grito de ação comunitária; uma página no Facebook define valores sociais, laços familiares, grupos religiosos, esportivos, políticos, unindo pessoas, ganhando uma estatura mítica.

Penso na Grécia Antiga e no poder mítico da poesia de Homero, autor dos poemas épicos "A Odisseia" e "A Ilíada", obras que definiam, em grande parte, o que significava ser grego em torno do século 7º a. C., quando a "Grécia" se espalhava em forma de ferradura desde o sul da Itália até o norte da África.

A poesia de Homero distinguia os valores de um povo, criando um senso de identidade. "Sou grego, pois Homero é meu bardo." Mitos unem povos, e os programas de interação social têm hoje uma força mítica.

Ser jovem é saber como participar no Twitter e no Facebook, é entender o novo código de conduta digital e segui-lo. Quando surgiu o rádio e, depois, a TV, muita gente achou que seria o fim da civilização. O mesmo com a internet e suas mídias sociais.

Na rede, a liberdade pode ser virtual, mas tem gosto de real. E aqueles que sentem o seu gosto, que veem a importância de pensar criticamente sobre a sociedade e a possibilidade de manifestar posições contrárias ao regime sem ser morto ou preso não querem ter as asas cortadas.

Ninguém poderia ter previsto que a invenção do Eniac, o primeiro computador eletrônico, de 1946, levaria ao PC, à internet, ao Facebook. Uma vez que uma ideia toma corpo, ela se espalha de formas imprevisíveis, redefinindo o possível.

Que a luta desses milhões de pessoas leve a resultados concretos e duradouros. Também querem contribuir na criação da nova ordem mundial. E têm todo o direito de buscar esse objetivo.

MARCELO GLEISER é professor de física teórica no Dartmouth College, em Hanover (EUA), e autor do livro "Criação Imperfeita"


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Convido você, caro leitor, a se manifestar sobre os assuntos postados na Oficina de Gerência. Sua participação me incentiva e provoca. Obrigado.