10 DE OUTUBRO DE 2024 | 5ª FEIRA | DIA MUNDIAL DA SAÚDE MENTAL



Bem vindo

Bem vindo

FRASE DO DIA

FRASE DO DIA

FRASE COM AUTOR

FRASE COM AUTOR

segunda-feira, 18 de outubro de 2021

A Inteligência mundial está dando marcha à ré.

Na edição 2758 da Revista Veja, nº 39 de 6 de abril de 2021 - capa ao lado - está um artigo, na seção "Carta ao Leitor" com o título de "A Derrota da Inteligência". Só pelo título, provocativo, bateu a curiosidade de ler. 

Na verdade, o texto promove um livro, que acaba de ser lançado em português, do neurocientista francês Michel Desmurget, sob o título "A Fábrica de Cretinos Digitais".

No seu livro o autor,  propõe uma nova e preocupante descoberta: pela primeira vez na história, os jovens têm Q.I. mais baixos que os de seus pais. Espanto geral na área da neurociência! Afinal de contas o famoso QI (quociente de inteligência) - do qual se esperava, sempre, uma mensuração crescente dos resultados nos testes (Efeito Flinn), andou para trás pela primeira vez na história.

No seu livro, Desmurget procura as explicações e hipóteses, que vão desde a poluição excessiva com exposição constante e crescente do pesticidas até o  excessivo tempo em que os jovens ficam "grudados" às telas digitais". A respeito, resgato um trecho do artigo da Veja: "Olhos grudados em smartphones, computadores e televisores, tem prejudicado o desenvolvimento cognitivo. A vastidão de redes sociais, de imagens instantâneas, rouba o tempo de leitura, de concentração e de melhor compreensão das coisas da vida. 

Outra e surpreendente "descoberta" de Desmurget é o efeito da polarização política no mundo e notadamente no Brasil. "A rigidez ideológica embota o raciocínio, faz tudo ser branco ou preto, alheio à imensidão de cinzas entre uma ponta e a outra do espectro de tonalidades."

Isso nós estamos vivendo mesmo no Brasil. Esses antagonismos e desinteligências entre grupos - principalmente de jovens  - leva a um embotamento de raciocínio, da preguiça mental que evita o debate e o livre pensar. 

Olhando por esse lado, realmente há um prejuízo brutal para um avanço dos conceitos que compõem o QI (clique aqui e conheça mais) e quando e se tiver tempo faça um teste para medir o seu QI clicando aqui.

Os exemplos estão à vista. Nós é que nos recusamos a observar. Que tipo de obras artísticas (pinturas, músicas, teatro, cinema e outras) estamos consumindo se comparadas àquelas dos "velhos e bons tempos". 

Outro dia mesmo, conversando em família, comentamos que nas novelas e filmes brasileiros os temas musicais são (quase) invariavelmente compostos de músicas antigas. É raro surgir uma canção romântica que chegue a ser sucesso daqueles  como nos tempos de Roberto Carlos, Rita Lee, Caetano Veloso e tantos outros. 

Hoje o que está "bombando" são coisas do Tik Tok, influencers do YouTube, imagens do Instagram ou coisas escritas no Twitter. É ou não é um retrocesso cultural disfarçado de modernidade e outros rótulos.

Leia o artigo da Veja e chegue você mesmo a uma conclusão.



Se tiver dificuldade com a leitura na imagem pode clicar sobre ela e aumentá-la ou ler a transcrição abaixo:

"A humanidade sempre buscou medir a inteligência dos cidadãos — e, a partir dos dados obtidos, adequar a educação de crianças e adultos e aprimorar a produtividade no mercado de trabalho. Houve imensa controvérsia em torno dos métodos de aferição intelectual, muitas vezes acusados de discriminatórios, mas desde o início do século XX o teste de Q.I. (quociente de inteligência) é sobejamente aceito entre educadores e psicólogos. Intuía-se que, de geração para geração, haveria natural melhora nos resultados. Em 1984, o psicólogo americano James Flynn (1934-2020) identificou um aumento constante na média de acertos nas provas de Q.I. em todo o mundo. Sua descoberta passou a ser conhecida como “efeito Flynn”, atrelado, muito possivelmente, a nutrição mais adequada, avanços da medicina, educação aperfeiçoada e ambientes mais estimulantes. A má surpresa, agora: em um livro de sucesso na Europa,

A Fábrica de Cretinos Digitais, que acaba de ser lançado em português, o neurocientista francês Michel Desmurget fez uma nova e preocupante descoberta: pela primeira vez na história, os jovens têm Q.I. mais baixo que o de seus pais.

Há uma gama de hipóteses ao redor do fenômeno. A poluição, com exagerada exposição a pesticidas, é uma delas. Mas Desmurget desconfia, a partir da compilação de centenas de estudos, que o excessivo tempo de tela, de olhos grudados em smartphones, computadores e televisores, tem prejudicado o desenvolvimento cognitivo. A vastidão de redes sociais, de imagens instantâneas, rouba o tempo de leitura, de concentração e de melhor compreensão das coisas da vida. As reações, hoje, têm muito mais a ver com as emoções do que com a razão — embora não se deva, de modo algum, rechaçar os avanços da civilização promovidos pela internet. A questão são os exageros.

Um outro fermento para essa sensação de freada intelectual, de alijamento da realidade, é a polarização política, da qual o Brasil e o mundo parecem não conseguir escapar. A rigidez ideológica embota o raciocínio, faz tudo ser branco ou preto, alheio à imensidão de cinzas entre uma ponta e a outra do espectro de tonalidades. Há saída, evidentemente, e ela passa por um freio de arrumação, pela necessidade de pararmos para pensar — eis aí um conselho francamente óbvio. É o caso de ler mais, de procurar conhecer com alguma profundidade as movimentações da sociedade. É essa postura, a de permanente busca pelo que existe abaixo da superfície, que fez o ser humano construir belezas como o Réquiem, de Mozart, a Capela Sistina, de Michelangelo, aMona Lisa, de Leonardo da Vinci, e o Guernica, de Picasso. O avesso disso, no caminho das trevas e das decisões mercuriais, resultou em atrocidades como as grandes guerras, o terrorismo e os regimes ditatoriais. É fundamental escapar dessa armadilha"

2 comentários:

  1. Chefe Drummond, parabéns pelos posts incríveis, aqui trazidos.
    Quanto a matéria,supor que o "homem" estará sempre avançando e rumando para uma evolução ideal, é um equívoco. Nesses períodos de baixa autoestima, como encontrar motivação para continuar em busca de melhores perspectivas.
    Somos hoje quase 8 bilhões de humanos, e a grande maioria trabalham tresloucadamente em suas rotinas diárias! Iremos evoluir, mas não como os pensadores desejam! Um forte abraço! Ricardo

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Caríssimo Ricardo. Primeiramente quero agradecer suas visitas, elogio e comentários aqui na Oficina de Gerência.
      Sobre seu comentário tendo a concordar com você tendo em vista o momento em que o nosso planeta atravessa. São tempos conturbados em todos os segmentos da participação humana. Todavia, sou um otimista por natureza e prefiro acreditar que a humanidade avança sempre; às vezes mais devagar do que se espera, às vezes mais acelerado. Mas avançando. Acontece que as coisas ruins são mais ruidosas do que as boas e daí a impressão que estamos caminhando para trás.
      Não perca a esperança.
      Grande abraço com muitas saudades dos velhos tempos.
      Volte sempre.

      Excluir

Convido você, caro leitor, a se manifestar sobre os assuntos postados na Oficina de Gerência. Sua participação me incentiva e provoca. Obrigado.