Mais uma vez Oscar Motomura vem ao blog para nos trazer um dos seus artigos plenos de inteligência e provocação intelectual. É esse estilo único que aprecio em Motomura. Ele não se contenta em escrever e passar suas experiências e impressões. Não! Ele instiga o leitor a pensar, a formular linhas de pensamento e decifrar enigmas.
Neste texto, a abordagem dele diz respeito ao sempre desafiante problema da execução dos projetos e das estratégias criadas nas empresas. Comenta sobre as equipes formadas ou contratadas para desenvolver estes planos e coloca uma série de questões para a reflexão dos gerentes e comandantes de equipes em processo executivo.
O título do artigo já imprime o espírito do texto, "A Arte da Execução". Só quem tem a competência e o espírito de ser um pleno executor (não confundir com executivo; há uma sutil diferença...) consegue sentir na alma a sensação da realização plena. É sobre isso que Motomura escreve em seu artigo.
É o tipo de tema que deve ser objeto de profunda reflexão; copiado, relido e distribuído entre os chefes de equipe e os executivos - em qualquer nível - que estejam comprometidos com o crescimento da empresa acoplado ao seu próprio. Confiram.
Clique aqui e conheça o excepcional site da Amana-Key |
Oscar Motomura em um dos seus cursos |
A arte da execução
Boas ideias não geram resultados. É sua implementação com excelência que define a alta performance.
- "Estratégias brilhantes que falham porque são mal executadas. Outras, nem tão originais, que têm sucesso porque são implantadas com excelência e velocidade.
- Leis essenciais à sociedade, muito bem concebidas, mas que chegam à fase de execução completamente esvaziadas por centenas de emendas motivadas por todo tipo de interesse. Outras, que seguem o caminho inverso, chegam ao final bastante melhoradas.
- Planos sofisticadamente detalhados, com grande investimento de energia dos principais executivos e técnicos da organização, mas que fracassam porque têm sua execução "delegada" a equipes despreparadas e pouco sintonizadas. Por outro lado, vemos líderes-empreendedores que geram "rascunhos" de planos feitos em guardanapos durante o almoço e, já à tarde, começam a implantá-los com excepcional atenção a sutilezas e grande velocidade.
Como está sua organização na arte da execução? Reflita sobre as questões abaixo…
- A cultura vigente é de planos e apresentações bem elaborados, mas de execução pobre?
- A organização valoriza mais quem planeja ou quem executa com excelência?
- Há muita participação, diálogo e ideias, mas poucas decisões e ações?
- Os sistemas de avaliação e reconhecimento atribuem mais valor a quem gera ideias? Ou valorizam a energia e o entusiasmo no fazer acontecer?
- A preparação de talentos está focada no conceitual? Ou contempla a competência em execução?
- Chegam à liderança apenas os bons "vendedores de ideias"? Ou, predominantemente, os bons em implantação?
- Líderes decidem e mandam fazer, sem se preocupar com a excelência dos "meios e modos" de execução? Ou buscam assegurar as melhores condições para uma implantação com excelência?
- Empresa dominada por mantenedores e administradores do que existe? Ou por empreendedores pesos pesados?
- Empresa delegando todo tipo de execução para empresas terceirizadas? Ou assegurando massa crítica de implantadores excepcionais dentro de casa?
- Decisões tomadas com grande dificuldade, e frequentemente questionadas, alteradas e até abandonadas durante a execução? Ou isso seria falta grave na cultura vigente?
- Projetos atacados durante a execução que não resistem e são descontinuados? Ou há a devida proteção aos projetos em andamento?
- Empresa na situação crônica de começar muitos projetos e não terminá-los? Ou existe processo que a "vacine" contra isso?
E aí…? Qual a sua ideia de "dream team" após essas reflexões? E sua ideia de diversidade ideal da equipe dos seus sonhos?
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Convido você, caro leitor, a se manifestar sobre os assuntos postados na Oficina de Gerência. Sua participação me incentiva e provoca. Obrigado.