Frases e histórias sobre inimigos não faltam. Se você colocar no Google a palavra "inimigo" o algoritmo vai apontar (aproximadamente) 13.500.000 links como resultado.
A rigor ninguém está livre dos inimigos em sua vida. Costumo dizer que é você quem seleciona e elege seus inimigos. Há uma frase conhecida que dá um conselho para que seus inimigos devam ser criteriosamente "escolhidos" por você.
Muitas vezes você pode até nem saber que os tem. Eles surgem por decisões diversas que adota em sua vida. São os tais "inimigos gratuitos". Os demais são frutos de suas ações e omissões conscientes. Estes são os que podem causar danos.
Conforme o nível de poder que sua posição lhe confere - seja na vida corporativa, na social ou familiar - a coleção dos inimigos lhe será diretamente proporcional. O poder é diretamente proporcional à "criação" dos inimigos.
Não quero, com isso, dizer que você deva fugir das posições de poder para não gerar desafetos. Seria uma tolice.
Eu diria que quanto mais alto e mais sucesso você for construindo em sua carreira, mais cuidados deve fazer para não produzir antagonismos e contendas e gerar inimigos - gratuitos ou não - no seu rastro. É possível isso? Sim, é perfeitamente admissível!
É disso que trata um famoso artigo do mestre Max Gehringer que transcrevo abaixo. O título é super sugestivo "O sucesso consiste em não fazer inimigos". No texto ele desenvolve um conjunto de "regras" que regem as conexões, os relacionamentos e as afinidades entre as pessoas nos ambientes de trabalho, mas que valem para quaisquer outras circunstâncias.
Como disse atrás, o texto é um hit na internet (aliás, como quase tudo que Gehringer produz) e por isso mesmo deve ser lido com atenção e dedicação. Leia, pare e pense em cada uma das "regras". Reflita muito sobre o que diz o Gehringer e suas três leis. Posso lhes dizer, com um longa experiência em funções de liderança, que elas são absolutamente verdadeiras.
Aproveite.
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O Sucesso consiste em não fazer Inimigos
Nas relações humanas no trabalho, existem apenas 3 regras:
Regra número 1:
Colegas passam, mas inimigos são para sempre.
A chance de uma pessoa se lembrar de um favor que você fez a ela vai diminuindo à taxa de 20% ao ano. Cinco anos depois, o favor será esquecido. Não adianta mais cobrar.
Mas a chance de alguém se lembrar de uma desfeita se mantém estável, não importa quanto tempo passe. Exemplo: Se você estendeu a mão para cumprimentar alguém em 1999 e a pessoa ignorou sua mão estendida, você ainda se lembra disso em 2009.
Regra número 2:
A importância de um favor diminui com o tempo, enquanto a importância de uma desfeita aumenta.
Favor é como um investimento de curto prazo. Desfeita é como um empréstimo de longo prazo. Um dia, ele será cobrado, e com juros.
Regra número 3:
Um colega não é um amigo. Colega é aquela pessoa que, durante algum tempo, parece um amigo.
Muitas vezes, até parece o melhor amigo. Mas isso só dura até um dos dois mudar de emprego.
Amigo é aquela pessoa que liga para perguntar se você está precisando de alguma coisa. Ex-colega que parecia amigo é aquela pessoa que você liga para pedir alguma coisa, e ela manda dizer que no momento não pode atender.
Durante sua carreira, uma pessoa normal terá a impressão de que fez um milhão de amigos e apenas meia dúzia de inimigos. Estatisticamente, isso parece ótimo. Mas não é!
A "Lei da Perversidade Profissional" diz que, no futuro, quando você precisar de ajuda, é provável que quem mais possa ajudá-lo é exatamente um daqueles poucos inimigos.
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