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José Julián Martí Pérez (Havana, 28 de janeiro de 1853 — Dos Ríos, 19 de maio de 1895) foi um político nacionalista, intelectual, jornalista, ensaísta, tradutor, professor, editor, poeta e maçom cubano, considerado um herói nacional cubano por causa de seu papel na libertação de seu país da Espanha. Ele também foi uma figura importante na literatura hispanófona. Foi muito politicamente ativo e é considerado um importante filósofo e teórico político. Através de seus escritos e atividade política, ele se tornou um símbolo da tentativa de independência de Cuba do Império Espanhol no século XIX, e é conhecido como o "Apóstolo da Independência Cubana" (em seu país natal, também chamado como «El apóstol»). Foi criador do Partido Revolucionário Cubano (PRC) e organizador da Guerra de 1895 ou Guerra Necessária. Seu pensamento transcendeu as fronteiras de sua Cuba natal para adquirir um caráter universal. Desde a adolescência, dedicou sua vida à promoção da liberdade, independência política para Cuba e independência intelectual para todos os hispano-americanos; sua morte foi usada como um grito pela independência cubana da Espanha tanto pelos revolucionários cubanos quanto pelos cubanos anteriormente relutantes em iniciar uma revolta.

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quinta-feira, 30 de julho de 2020

Se quiser ser "autêntico", pague o preço.


"Apesar de todas as vozes que encorajam as pessoas a “viverem uma vida autêntica, se casarem com parceiros autênticos, trabalharem para um chefe autêntico, votarem num presidente autêntico”, ser verdadeiro geralmente é um erro."  
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Coloquei os olhos em um antigo artigo, guardado nos arquivos da Oficina de Gerência, e me chamou a atenção o título - "Prezar pela autenticidade pode ser uma cilada".  Sugere uma crítica (e dura) no precioso conceito de "ser autêntico". O que é isto? Perguntei-me, curioso, referindo-me ao artigo que não havia lido ainda. O texto foi extraído do New York Times e o autor é Rob Todd, colunista e editor do jornal.  
Ao conhecer o pensamento dele lembrei imediatamente de um monte de pessoas que conheço e não perdem a oportunidade de se auto rotularem como "autênticas". Gostaria que eles e elas pudessem ler o texto abaixo. 
Estou há muitos anos, muitos mesmos, exercendo cargos de gerência e gestão; meu foco sempre foram as pessoas. Trabalho sob o princípio de que os recursos humanos são a matéria prima de quem dirige e gerencia. Devo confessar que, conforme minha vivência e experiência foram aumentando, fui procurando me afastar e evitando trabalhar – na medida do possível – com aquelas pessoas rotuladas de "autênticas". 
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Outro lado da mesma moeda.
A questão do ser humano autêntico (clique no link) é polêmica e controversa. Se pesquisar na internet (Google – 91.7000.000 links)) vai perceber que existe muito material que aponta, como positivo, "ser autêntico"; principalmente considerando que significa ser cem por cento verdadeiro. Outros artigos, entretanto, criticam essa característica de alguém ser autêntico, rotulando-a - entre outras coisas de - como buscar ser diferente, personalista e egocêntrico.  
Por esse simples "passeio" nos links do Google percebe-se que o tema levanta polêmica e das boas. Não vou entrar nela.  
No mundo corporativo, aprecio um bordão que diz: "Se alguém pedir para você ser sincero... Não acredite!"  
Parece ser algo muito duro de pensar, não é mesmo? Parece dizer que a sinceridade (aqui como característica de autenticidade) não é bem vinda porque remete à coisa falsa, não verdadeira. Todavia, quando entendi a sinuosidade do conteúdo do chavão, assumi que embora sendo algo maquiavélico, exagerado, tem uma boa dose de realidade no "jogo da vida". Adotei a atitude e não me arrependi. Isso quer dizer que não peço a ninguém para - naquele tom de confidência - ser "sincero” comigo.  
Por outro lado, também aprendi que quando puder e tiver que ser sincero, simplesmente serei; sem que alguém necessite me pedir ou me  sinta obrigado a sê-lo. Em diversas ocasiões paguei "preços altos" e perdi relacionamentos por conta desse comportamento; e também me rotularam, em ocasiões assim, de ser... autêntico! 
Porque ser Autêntico causa Espanto ? - Vida Real da Sam
Um lado da moeda.
O texto (abaixo) do NYT é excelente porque coloca a questão no foco exato, pelo menos assim o entendi. O tema, embora universalista, cabe bem no argumento de quem se dedica a discutir as coisas do mundo corporativo. Por isso o coloco aqui na Oficina. 
Fecho o assunto reafirmando que não acho que ser autêntico, no sentido de dizer o que pensa custe o que custar; ou comportar-se à margem dos padrões sociais de forma deliberada seja um bom caminho para se ter sucesso na vida seja corporativa ou social. Ah bem! Se a pessoa não almeja o êxito como ele é configurado em nossa sociedade, tudo bem. O livre arbítrio está aí para isso mesmo. 
Atenção, não confundir, por favor, ser autêntico com ser original. (mas aí é assunto para outro momento).
Como diriam os sábios, "Nem tanto ao mar, nem tanto à terra". Ser sincero consigo mesmo é a chave para se viver bem e alcançar seus resultados positivos. Todavia, ninguém quer saber das "verdades autênticas" de ninguém. 
Para as pessoas (jovens principalmente) que ainda aceitam alguma influência, ensino que, como diz o título do post, ser um "autêntico não é para quem quer, é para quem pode!"
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Prezar pela autenticidade pode ser uma cilada

O que é preciso para encontrar o seu verdadeiro eu? Alguns alertam que é um eu a ser superado ao invés de almejado (Filippo Massellani para The New York Times)


Autor - ROBB TODD

A autenticidade pode ser uma das mais valiosas moedas em circulação. Os “millenials” a buscam nas redes sociais, feito políticos em campanha. Mas para viver uma boa vida — ou ganhar uma eleição — provavelmente o melhor é não ser quem você realmente é.

“Estamos na Era da Autenticidade, na qual ‘seja você mesmo’ é o conselho definidor para a vida, o amor e a carreira”, escreveu Adam Grant, professor da Universidade da Pensilvânia, no “New York Times”. “Autenticidade significa eliminar a distância entre o que você acredita firmemente por dentro e que você revela ao mundo exterior.”

Mas ele aconselha não fazer isso.

Apesar de todas as vozes que encorajam as pessoas a “viverem uma vida autêntica, se casarem com parceiros autênticos, trabalharem para um chefe autêntico, votarem num presidente autêntico”, escreveu ele, ser verdadeiro geralmente é um erro.

“Todos nós temos pensamentos e sentimentos que acreditamos serem fundamentais para nossas vidas, mas que é melhor que não sejam ditos.”

Segundo ele, a sinceridade, em vez da autenticidade, é um objetivo melhor, porque as pessoas só se importam realmente “que você seja coerente com o que sai da sua boca”.

Donald Trump foi autêntico ao comer tacos para comemorar o 5 de maio, data cívica da comunidade mexicana nos EUA? E o frasco de molho picante que Hillary Clinton diz manter na bolsa, como Beyoncé?

“Estamos tão acostumados a ver os políticos afinando cuidadosamente suas personalidades ‘autênticas’ que qualquer coisa que pareça permitir uma identificação provavelmente é identificável demais para ser verdade”, escreveu Jennifer Szalai no “NYT”.

Ela salientou que a autenticidade está sujeita ao contexto da época em que vivemos.

A autenticidade foi reimaginada como uma coisa bonita que pode ser encontrada com um pouco de busca interior profunda. Szalai escreveu que a autenticidade se tornou desejável, “e desejável significa comercializável, especialmente numa sociedade tão implacavelmente comercial como a nossa”.

O atual mercado da autenticidade alimenta as vendas de livros de autoajuda e de praticamente qualquer coisa que seja descrita como “personalizada”.
Nenhuma palavra serve tanto como um alerta de que o produto à venda não vale o que custa, a não ser que seja um terno de alfaiataria.

“É parte do golpe da autenticidade”, disse ao “NYT” Paul Riccio, que dirigiu um vídeo satírico sobre a água “personalizada”. “Chamar algo de personalizado automaticamente permite que você aumente seu preço em US$ 50 (R$ 160).”

O mesmo golpe também beneficia vários livros de autoajuda. Textos antigos voltam a ganhar popularidade porque muita gente está sedenta por conhecimento. Mas essas traduções frequentemente são mal apropriadas e mal interpretadas.

“Às vezes as pessoas veem o taoísmo como uma forma de ‘ajudar a se encontrar e a viver bem no mundo’”, disse Michael Puett, professor de Harvard, ao “NYT”.

“Mas essas ideias não dizem respeito a olhar para dentro e se encontrar. Dizem respeito a superar a si próprio. São, de certa forma, a antiautoajuda.”

A verdade nem sempre é um lugar bonito. Puett alertou que, nessa busca, muita gente acaba encontrando algo a ser superado ao invés de abraçado: um tumulto interno decorrente de hábitos ruins. Para a maioria de nós, seria melhor alterar o nosso comportamento e nos concentrar mais em como interagimos com os outros.

Grant concorda que deveríamos nos preocupar mais em como nos apresentamos e como aspiramos a ser o que dizemos ser.

“Ao invés de mudar de dentro para fora, você traz o exterior para dentro”, escreveu ele, salientando: “Ninguém quer ver o seu verdadeiro eu”.


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