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terça-feira, 4 de janeiro de 2022

Presidente do Grupo Sabin fala sobre o poder da mulher no mercado de trabalho

 

Li a entrevista que a Presidente do Grupo Sabin, Dra. Lídia Abdalla, concedeu à jornalista Ana Dubeux, do Correio Braziliense (link mais adiante), no dia 2 de janeiro, e resolvi que a matéria está dentro do círculo de interesse da linha editorial da Oficina de Gerência.

Diz respeito a uma das principais executivas de um dos dez mais importantes laboratórios do Brasil e o principal da região do Distrito Federal e adjacências (Goiás, Tocantins...). A entrevista é longa, mas para facilitar a a dinâmica da leitura, coloquei todas as perguntas e parte das resposta (as primeiras linhas). Para ler a entrevista completa coloquei um link direto para o Correio Braziliense no final do post.

A Lídia Abdalla fala da sua experiência especial que entrou no Grupo Sabin como trainee e  até chegar ao topo do organograma. E tudo isso enfrentando os conhecidos e inegáveis preconceitos que as mulheres encaram para disputar a os espaços na selva corporativa.

As perguntas, na entrevista, abrangem aspectos os mais diversos da vida profissional e pessoal da entrevistada. Achei-a de muito valor para os jovens que desejam encarar os desafios e sacrifícios de ocupar o Olimpo dos profissionais se sintam preparados para a gestão executiva em suas carreiras.

Para ilustrar, pincei quatro perguntas do corpo da entrevista:

  • Como conciliar a vida de executiva, mãe de adolescente e mulher? Você trabalha três turnos ou relaxa totalmente quando fecha a porta do escritório?
  • Quando descobriu sua vocação para gestão?
  • Qual a forma adequada de lidar com os preconceitos sexistas no dia a dia dentro e fora da empresa?
  • O que diria a uma jovem adolescente que sonha se tornar a principal liderança de um grupo?

É isso aí. Vale a pena ler a matéria original na sua inteireza (repito o link). Seja pela admirável carreira da Dra. Lídia, seja por envolver os principais valores de uma instituição como o Grupo Sabin. 

(O texto da apresentação é do autor do Blog) . As imagens que ilustram a reportagem abaixo, exceto a de capa, não fazem parte da matéria original.


Clique aqui e visite a homepage

Lídia Abdalla, Presidente do Grupo Sabin


Presidente do Grupo Sabin fala sobre o poder da mulher no mercado de trabalho

A executiva há 22 anos na empresa conta como passou de trainee a presidente da rede de medicina laboratorial. Ela diz que o machismo corporativo existe, incomoda, mas não a inibe. "A desigualdade de gêneros não é só no Brasil. É um problema global"

Ana Dubeux

postado em 02/01/2022

"Muitas vezes, fui a única mulher em uma sala de 15 ou 20 presidentes de empresas", confessa Lídia Abdalla (imagem), presidente do Grupo Sabin. Não que isso tenha se tornado obstáculo na trajetória que a levou de trainee a presidente em pouco mais de duas décadas. O que Lídia constata é a realidade global que ainda destina a maioria dos cargos de liderança aos homens.

Para ela, o investimento em capacitação e nos estudos a credenciou a subir os degraus. Soma-se a isso a cultura da organização, fundada por duas mulheres. No Sabin, 77% dos colaboradores e 74% das lideranças são mulheres. A empresa foca em programas de diversidade e inclusão.

Nesta entrevista ao Correio, Lídia Abdalla fala sobre a força da companhia. Revela como, em plena pandemia, a empresa cresceu 19%, investiu R$ 27 milhões, adquiriu outros laboratórios e clínicas e contratou 600 colaboradores só no DF em 2021.

Lídia explica que a pandemia acelerou os planos tecnológicos do grupo. "Além do investimento em novos canais de atendimento físico e digital, estamos trazendo novas soluções e inovações para o nosso parque tecnológico", observa.

Segundo ela, foi preciso muita serenidade para tomar decisões para promover, mesmo em uma pandemia, a saúde física, emocional de colaboradores e clientes e preservar o equilíbrio financeiro da empresa. Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista.

Como foi percorrer os corredores de uma importante organização de trainee à
presidência em 22 anos?

Clique aqui e visite a homepage do Grupo
Cresci conforme a empresa foi crescendo. Entrei em 1999, no ano em que a empresa estava investindo nos seus primeiros selos de qualidades (ISO 9001), na área técnica.......

Quando ocorreu o grande salto?

Em 2005, o Sabin já era o 2º laboratório do DF e do mesmo tamanho do laboratório maior. Naquele momento, as fundadoras Janete Vaz e Sandra Soares Costa buscaram a Fundação Dom Cabral para trazer mais profissionalização para o grupo de gestores...... 

Outras inovações vieram desde então...

Implementamos o serviço de diagnóstico por imagem, imunização em todo o Brasil, check-up executivo, investimento em startups, inovação, investimento em atenção primária (Amparo Saúde). Em janeiro de 2022, completo oito anos na presidência da empresa. 

Quando você chegou a Brasília imaginava que ficaria por tanto tempo? Foi amor à primeira vista?

Sou natural de Alpinópolis (MG) e me formei no curso de Farmácia-Bioquímica pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) em 1998 e, no ano seguinte, 1999, vim para Brasília.......

Como conciliar a vida de executiva, mãe de adolescente e mulher? Você trabalha três turnos ou relaxa totalmente quando fecha a porta do escritório?

Claro que eu tive que abrir mão de tempo com a minha família, do tempo com o meu filho para estudar, para fazer viagens para reuniões e congressos internacionais. Às vezes, ficava uma semana/10 dias longe em momentos importantes da vida do meu filho. ......

Quando descobriu sua vocação para gestão?

As coisas foram acontecendo como um processo, de forma natural. Conforme o Sabin crescia, eu conquistava novos desafios na empresa, buscava novas especializações para me capacitar melhor.

A discriminação de gênero a prejudicou em algum momento da sua vida profissional?

A desigualdade de gêneros não é só no Brasil. É um problema global. Os cargos de CEO’s, presidência, altas lideranças ainda são ocupados, em sua maioria, por homens brancos. .......

O que você sentia nessas situações?

É quando você percebe a diferença e a desigualdade. Isso me incomodava, mas nunca me inibiu. As mulheres de fato não precisam ser mulher-maravilha, mas precisam ter autoestima, sim. Se estudamos e nos preparamos, estamos capacitadas para assumir cargos de alta liderança na empresa.

As mulheres se cobram demais?

Não precisamos nos cobrar de ser o tempo todo 100%, porque os homens não são o tempo todo 100%. Eles têm autoestima elevada e enfrentam qualquer público e plateia sem nenhuma inibição e a mulher está sempre querendo continuar estudando e se aperfeiçoando. ......

Qual a forma adequada de lidar com os preconceitos sexistas no dia a dia dentro e fora da empresa?

É preciso uma mudança de cultura. Eu venho de uma família de três filhos e eu sou a mais velha. Minha mãe foi professora, costureira, teve comércio. Eu cresci vendo a minha mãe trabalhar, cuidar dos filhos, da casa e sempre foi natural. Isso faz toda diferença para ser quem eu sou hoje e como eu lidei para estar no mercado de trabalho, sobretudo em uma posição de alta liderança.

Mas a cultura empresarial também fez diferença.

Dras. Sandra Costa e Janete Vaz


Estou em uma empresa que é fundada por duas mulheres, então, é claro, que naturalmente quando a gente fala da força da mulher, da relevância da mulher no mercado de trabalho, nós vivemos isso no Sabin no dia a dia. Sempre vimos a Dra. Janete e a Dra. Sandra cuidando do Sabin, dos filhos, da casa e mostrando de fato que nós, como mulheres, podemos sim fazer tudo isso e trabalhar.



Não é uma escolha de Sofia, então.

Não precisamos escolher entre ser mãe e ter uma profissão. A mulher tem maior sensibilidade para perceber as situações, além de ser multifuncional. Temos 77% de mulheres no nosso quadro de colaboradores e 74% na liderança feminina. De fato, isso acontece de forma natural, espontânea, e é claro que buscamos aperfeiçoar nossos programas de diversidade e inclusão dentro da empresa....

A média brasileira de mulheres na liderança é de apenas 40%. Abraçar a diversidade é propósito desde sempre da empresa?

O Grupo Sabin prioriza o movimento de inclusão e possui programa de diversidade, iniciativa criada para refletir sobre questões rotineiras que fomentem o respeito e a promoção de diversidade na empresa, além de treinamentos focados na temática e um tradicional bate-papo a fim de propagar o acolhimento na equipe.........

Como isso ocorre na prática?

Nossa política faz diferença na forma como lidamos com os nossos parceiros, clientes e gerimos a empresa. Por exemplo, temos como ideal investir nos nossos funcionários para que eles continuem trabalhando e crescendo conosco. ......

As mulheres precisam trabalhar mais do que os homens para obter o mesmo reconhecimento. Por que isso ainda acontece no Brasil?

A força de trabalho feminina não está somente nas empresas, mas também em três jornadas, que envolvem muitas vezes elas assumirem sozinhas a administração da casa e os cuidados com os filhos.

O que diria a uma jovem adolescente que sonha se tornar a principal liderança de um grupo?

Compartilho a minha história falando sobre a importância de ter paciência e resiliência ao longo da carreira. Tem coisas que só o tempo nos dá. 

O que mudou na sua rotina na pandemia? O que vai manter e o que volta ao normal?

A pandemia se difere das últimas crises enfrentadas pela humanidade porque envolve uma questão de saúde que está trazendo profundas consequências econômicas. ......

O momento mais desafiador à frente do grupo foi na pandemia?

Estar à frente de uma companhia de saúde em plena pandemia foi desafiador. A receita da empresa caiu inicialmente, faltavam insumos e havia muito desconhecimento sobre as medidas de proteção contra o vírus. ........

Como o Sabin atuou na luta contra o avanço da covid-19 nesses quase dois anos?

Foi um período de muitas mudanças, reflexões e desafios. Além da nossa prioridade de manter nosso atendimento à população, também estamos dedicados a novas formas de contribuir  ..... 

A empresa também investiu em infraestrutura?

Sim, para oferecer mais segurança aos clientes, ampliamos nossa plataforma de canais de atendimento e portfólio de testagem. Fomos pioneiros na cidade ao inaugurar o sistema drive-thru para coleta do exame de detecção para coronavírus. ......

O grupo aderiu a campanhas…

Reduzir os impactos sociais e econômicos provocados pela pandemia também foi prioridade. Apoiamos movimentos importantes no país, como o #NãoDemita, que reuniu companhias de diversos segmentos em uma causa importante, a responsabilidade social, ajudou a garantir a retenção de aproximadamente 2 milhões de empregos e assegurou a manutenção das cadeias de produtos do país. .......

E quanto às vacinas contra covid-19, o que a experiência do Sabin pode nos relatar?

Em Brasília, o Sabin se uniu à campanha Vacinar é um ato de cuidado! – campanha estadual de vacinação contra a covid-19. ........

Algumas pessoas dizem que “desanimam” de se vacinar contra covid-19 já que surgem novas variantes a cada momento. Mas o surgimento de novas variantes não é algo só do vírus Sars Cov2, certo?

Certo. Os vírus costumam sofrer mutações à medida que se replicam. A gripe é um exemplo. Não à toa precisamos nos vacinar anualmente.

O que você diria para aconselhar quem esteja descrente das vacinas?

Vacinar é um ato de cuidado com o outro. É uma preocupação com a saúde da coletividade. Ela protege quem recebe e a população como um todo. .........

Qual a importância da testagem para conter a ômicron?

No caso da covid, a testagem é fundamental para identificar a presença ou não do vírus, principalmente para tomar todas as medidas de isolamento e acompanhamento médico. ......

Quantas doses de vacina vocês aplicam em média anual?

Hoje possuímos 27 unidades com serviços de imunização em todo o Brasil. Em Brasília, são 17 unidades. Oferecemos vacinas para todas as idades. Temos em nosso portfólio mais de 20 vacinas, inclusive para viajantes. .......

Especialistas afirmam que a Covid contribuiu para que muitas pessoas deixassem de lado o cartão de vacinação e as consultas médicas. Você sentiu queda na procura por vacinas e exames durante a fase mais dura da pandemia?

Este ano, houve um surto de sarampo no país, mesmo existindo uma vacina no país contra a doença, que chegou a ser eliminada do Brasil em 2016. .......

A onda de gripe tem sido apontada por alguns pesquisadores como um efeito da falta de vacinação. Tem sentido um aumento na procura por vacinas?

O subtipo H3N2 compõe o mix da vacina antigripe, tanto a oferecida nos postos de Saúde quanto na rede privada. ........

O Sabin tem exames que identificam se é gripe ou covid. Poderia explicar a importância de cada um?

Em decorrência do surto de síndrome gripal por Influenza A (H3N2), que acomete os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, com alerta em outras regiões do país, o Grupo Sabin está oferecendo o mini painel respiratório que detecta os vírus Influenza A e B, Sincicial Respiratório e Sars Cov-2. .......

Cada vez mais a medicina fica mais tecnológica, mas, ao mesmo tempo, mais humana. Essa é a tendência?

Sim. A telemedicina vai se fortalecer. Mas, não podemos deixar de lado o olho no olho. E o cuidado com o paciente. ........

Que balanço faz em 2021?

Este ano retomamos os investimentos em expansão. Abrimos só em Brasília e regiões administrativas 10 unidades, incluindo drive-thru, e no Brasil foram 15 unidades novas. ........

Qual a expectativa para 2022?

Além do investimento em novos canais de atendimento físico e digital, estamos trazendo novas soluções e inovações para o nosso parque tecnológico e vamos continuar a ampliação e desenvolvimento de nossos times. No DF, em 2021, investimos R$27 milhões. Para 2022, nossa expectativa é manter esse mesmo ritmo.

O Sabin tem capital fechado, mas você já está preparando a empresa para abrir capital?

Não temos esse plano a curto e médio prazos. A empresa ano a ano vem crescendo e melhorando as boas práticas de governança, preparada para qualquer movimento estratégico maior.

Há novos planos para a inovação?

Lançamos o hub de inovação em 2020, na sede do Sabin, em Brasília. O objetivo é fomentar o ecossistema de biotechs, healtechs e medtechs. .......

Que cenário vislumbra para 2022?

Nossos planos estratégicos para 2022 incluem seguir nossos investimentos em inovação e integração de novos serviços à nossa plataforma de negócios, além de expandir nossos canais e modelos de atendimento para melhorar cada vez mais a experiência de nossos clientes.......

É só clicar aqui  para acessar a página do Correio com a entrevista. 


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