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segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Os déspotas corporativos. Você terá um (ou vários) deles em sua vida...


O cão incompetente

Um açougueiro estava em sua loja e ficou surpreso quando um cachorro entrou.
Ele espantou o cachorro, mas logo o cãozinho voltou.

Novamente ele tentou espantá-lo, foi quando viu que o animal trazia um bilhete na boca. Ele pegou o bilhete e leu:

- Pode me mandar 12 salsichas e uma perna de carneiro, por favor. Assinado...  
Ele olhou e viu que dentro da boca do cachorro havia uma nota de 50 Reais. Então ele pegou o dinheiro, separou as salsichas e a perna de carneiro, colocou numa embalagem plástica, junto com o troco, e pôs na boca do cachorro.

O açougueiro ficou impressionado e como já era mesmo hora de fechar o açougue, ele decidiu seguir o animal.

O cachorro desceu a rua, quando chegou ao cruzamento deixou a bolsa no chão, pulou e apertou o botão para fechar o sinal. Esperou pacientemente com o saco na boca até que o sinal fechasse e ele pudesse atravessar a rua.

O açougueiro e o cão foram caminhando pela rua, até que o cão parou em uma casa e pôs as compras na calçada.

Então, voltou um pouco, correu e se atirou contra a porta.

Tornou a fazer isso. Ninguém respondeu na casa.

Então, o cachorro circundou a casa, pulou um muro baixo, foi até a janela e começou a bater com a cabeça no vidro várias vezes.

Depois disso, caminhou de volta para a porta, e foi quando alguém abriu a porta e começou a bater no cachorro.

O açougueiro correu até esta pessoa e o impediu, dizendo:

-'Por Deus do céu, o que você está fazendo? O seu cão é um gênio!' A pessoa respondeu:

- 'Um gênio?

Esta já é a segunda vez esta semana que este estúpido ESQUECE a chave!!!


Os déspotas corporativos. Você terá um (ou vários) deles em sua vida...

Autor: Herbert Drummond

Tenho (quase) certeza de que o leitor já presenciou ou tomou conhecimento de algo semelhante no mundo dos humanos. Falo por mim. Já vi e conheci vários exemplos semelhantes seja no mundo corporativo ou na vida social.

Porque estas cenas constrangedoras ocorrem?  Respondo: pela falta de lideranças experientes e hábeis na relação com pessoas notadamente se forem inteligentes e talentosas. 

Em (quase) todos os casos que presenciei o agressor era pessoa grosseira, rude e sem formação humanista. Na linguagem popular, "um casca grossa". 

Normalmente o tratamento incivilizado e áspero de um chefe com os subordinados ou sua inaptidão para reconhecer as suas qualidades e só destacar seus defeitos é uma característica comum aos (falsos) líderes ou gerentes que impõem sua arrogância como forma de convivência com as pessoas que lhe estão abaixo no organograma.
 

Costumo dizer que a arrogância é irmã da vaidade e ambas, filhas do orgulho. Uma função corporativa com poder acima da competência de um líder o conduz ao desprezo pelo respeito às pessoas que lhe são dependentes. 

Listo características comuns a essas pobres almas: empáfia, imodéstia, presunção, soberba e, sobretudo, as demonstrações públicas de má educação, mau humor e rispidez. 

Confesso que já tangenciei este “campo minado”. Em algum momento de minha carreira onde desfrutei de relativo poder cheguei a exibir comportamento e atitude como as descritas acima. Paguei um preço alto, mas consegui perceber o defeito a tempo e corrigir meu rumo. Posso dizer que "tenho autoridade" para abordar esse tema.

Para os jovens recentemente iniciados nos mercados de trabalho oriento para que jamais penetrem no raio de ação de destes “déspotas corporativos”. Mas vou logo avisando que não é fácil.
 Se você tem talento e é bom no faz com muita probabilidade, ao longo da carreira, vai cruzar – e mais de uma vez - com alguns destes tipos. E em determinado momento até será tentado a pertencer ao seu “clube”. Se isto acontecer espero que, alcançando o sucesso, consiga se livrar do canto dessa sereia que é a arrogância. 

Para aqueles que ainda estão “virgens” nos meandros do sistema chefia/subordinado deixo-lhes alguns conselhos trazidos da minha vivência: 
  • Afastem-se o quanto antes destes (falsos) lideres ou chefes. Não percam oportunidades de pedir transferência para outros setores.
  • Não confiem neles e nem atrelem suas carreiras às trajetórias (de sucesso aparente) deles.
  • Lembrem-se de que esta figuras são pessoas que “usam” os subordinados como degraus da escada que planejaram para seu próprio objetivo. 
  • Não se deixem enganar pelas atitudes brandas, maneirosas e melífluas que eles normalmente adotam para compensar  seus atos de grosseria anteriores. 
  • Mantenham uma postura de independência em relação aos seus empregos.
  • Não demonstrem que têm medo de serem demitidos pois isso será usado contra vocês.

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