12 DE DEZEMBRO DE 2024 | 5ª FEIRA | DIA INTERNACIONAL DA CRIANÇA, NA RÁDIO E TELEVISÃO


Criada em 1991 pela UNICEF, a data tem como objetivo chamar a atenção dos programadores para a qualidade dos programas infantis na televisão e na rádio, assim como incentivar a participação e a transmissão de programas sobre e para as crianças. Em 2011, pelo vigésimo aniversário da data, a UNICEF deixou de coordenar este dia, sem conferir mais um tema anual para a data ou atribuir um prémio às emissoras com melhores programas para crianças sobre esse mesmo tema. Porém, a UNICEF encorajou a continuação da efeméride, já enraizada em dezenas de países do mundo e adotada por milhares de emissoras que chegam mesmo a passar maratonas de programas para crianças. Neste dia é assim habitual dar voz e tempo de antena às crianças que têm uma oportunidade única para se expressarem e para falarem sobre os seus sonhos para o futuro, conferindo-se mais esperança no mundo.

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quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Como estará o Brasil Olímpico na Rio 2016? Espera ou ação?

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  Este post está também publicado no blog "Os Deuses do Futebol" (clique no link abaixo).

E agora? Vamos esquecer os esportes olímpicos até 2016?

Já estamos com o cronômetro ligado para as Olimpíadas de 2016. Será a Rio-2016. Se há temores de que o Brasil não consiga manter o mesmo padrão dos Jogos Olímpicos em Londres - coisa na qual não acredito, pois o país vai estar ao lado do Rio de Janeiro para produzir um "olympic games" de sucesso histórico - existe um verdadeiro pavor de que o desempenho atlético dos brasileiros fique próximo aos resultados que vem mantendo nas últimas olimpíadas.
No quadro acima estão as 17 medalhas que a nossa enorme delegação de 257 atletas trouxe de Londres. Isso mesmo! Eu escrevi 257 atletas - 135 homens e 122 mulheres - que levaram muitos sonhos e esperanças de aumentar o nível de participação no quadro de medalhas em relação aos Jogos de Pequim (2008). "Matematicamente" conseguimos. Se em Pequim foram 15 medalhas agora em Londres foram 17. Ufa! De ouro mesmo mantivemos as mesmas três de Pequim, só ganhamos mais uma de prata e outra de bronze.
No quadro geral de medalhas passamos da posição 23 para a colocação 22 (veja o quadro abaixo):

A Folha de São Paulo, assim como os outros jornais de grande circulação no Brasil, montaram seus gráficos, infográficos e reportagens sobre o Brasil e as olimpíadas. Desde os primeiros jogos em 1920 foram 22 as edições dos Jogos (incluindo Londres) e o Brasil só não participou em 1928. Pois bem, em todas essas 21 presenças nas disputas o Brasil só alcançou conquistar 23 medalhas de ouro, 30 de prata e 55 de bronze (108 no total). Só a Inglaterra, nesta ultima olimpíada ganhou mais ouro (29) do que o Brasil nas suas 21 participações.
Um detalhe importante para ficarmos só no exemplo da Inglaterra é que nos jogos de 1996 a Inglaterra só conquistou uma medalha de ouro, oito de prata e seis de bronze (15 medalhas) e ficou na posição 36 abaixo do Brasil que estava lá, firme na posição 25. O que aconteceu de lá para cá que impulsionou os esportes olímpicos no Reino Unido a ponto de conquistar agora a terceira posição entre as potências olímpicas desbancando a Rússia que ficou em quarto?
É isso que o Brasil (leia-se instituições e organismos esportivos) deve buscar com as olimpíadas em seu quintal se não quiser passar pelo mesmo constrangimento de agora.
Uma análise das mais superficiais sobre o tema chegará à conclusão que os esportes olímpicos no Brasil são um grande fracasso internacional e não custam barato. Pelo que li foram em torno de dois bilhões de reais o investimento feito pelo COB para que o Brasil conquistasse as 17 medalhas em Londres. Leia excelente matéria da BBC-Brasil sobre o tema clicando no link "Após investimento, Brasil avançou em medalhas, mas 'perdeu bonde para 2016".
Por modalidade (veja quadro ao lado), com exceção do voleibol que devido ao sucesso das suas seleções com sucessivas conquistas pelo mundo incluindo as quatro medalhas de ouro, a Vela é o esporte com maior numero de conquistas no Brasil olímpico (seis) Mas... Vela? Perguntarão os mais céticos. Sim, vela e as medalhas ficam mais por conta dos talentos individuais de heróis como Robert Scheidt, Torben Grael e Marcelo Ferreira.
Depois vem o atletismo  com quatro medalhas de ouro sendo duas com o magnífico Adhemar Ferreira da Silva o primeiro legítimo bicampeão olímpico brasileiro de salto triplo (1952/1956). Joaquim Cruz ganhou a terceira medalha nos 800 metros (1984) e Maurren Maggi a quarta em Pequim com o seu fantástico salto em distância. E mais nada.
Vamos e convenhamos... É muito pouco, muito pouco, muito pouco mesmo!
Abaixo uma sumária análise da Folha sobre todos os esportes olímpicos que levou atletas para Londres e as perspectivas para a Rio-2016. O panorama é cinzento. O que estamos presenciando e o Dèjá Vu de sempre. Daqui a um mês ninguém fala mais de olimpíadas, exceto pelas obras e investimentos e as modalidades esportivas voltarão ao ostracismo de sempre. O que fazer? Todos que vivem no mundo esportivo sabem muito bem o que deve ser feito.  A questão é de prioridade, de planejamento e organização de governos, clubes, confederações, federações, universidades e escolas, mas nesse particular o nosso Brasil não costuma ganhar nem medalha de bronze.
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