Segundo dados da Unicef, entre 2016 e 2020, 35 mil crianças e adolescentes de 0 a 19 anos foram mortos de forma violenta no Brasil – uma média de 7 mil por ano. Além disso, de 2017 a 2020, 180 mil sofreram violência sexual – aproximadamente 45 mil por ano.

 

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sexta-feira, 18 de abril de 2008

Dê um Basta ao “Ciclo da Discussão”

Quem freqüenta este blog sabe que eu sou um admirador da Adriana (Dri) Naves, autora do blog "Business Woman Blog". O blog dela, inclusive, logo no nascedouro do Oficina de Gerência, foi um dos primeiros que conheci dentro do tema e nele me inspirei muitas vezes. A classe da Dri Naves nos seus posts, sua concisão e a escolha exata dos assuntos são pontos altos do site.
Trago-lhes um texto que escolhi a dedo lá, no Business Woman. Trata de um tema - comum no mundo corporativo e na vida cotidiana - que é a "discussão". Sim, ela mesma! Na verdade o texto aborda, com inteligência e sagacidade "a quebra do cliclo da discussão". Olha só que interessante! Nunca tinha lido nada a respeito e por isto achei que deveria divir o texto com os amigos da Oficina. E, sem mais delongas (era assim que se falava antigamente...) vamos direto ao artigo. Como sempre, aconselho que não tenham "preguiça" e leiam o texto todo pois é daqueles imperdíveis..
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"CICLO DA DISCUSSÃO"
"Recebi este texto do meu pai que fez uma adaptação bem interessante de um outro, que pesquisou na web. "
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Dê um Basta ao “Ciclo da Discussão”
"Depois de um grande arranca-rabo com o seu marido, colega de trabalho, familiares ou funcionários, você jura que não vai deixar a raiva tomar conta de você mais uma vez. Mas daí, o que acontece na próxima vez? Você encontra esta pessoa em algum lugar e imediatamente a sua fisiologia transforma a sua personalidade. Você percebe que o seu estado de espírito começa a azedar como suco de limão adicionado ao leite. A sua face petrifica, o seu corpo fica tenso e o seu cérebro se prepara para o confronto inevitável. Como você reage a tudo isso? Ficando em “ponto de bala” para a discussão que parece inevitável!
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• Imaginamos que esta pessoa fará coisas que irão nos aborrecer.
• Nós repassamos a última discussão em nossa cabeça e esperamos que volte a acontecer.
• Nós queremos e esperamos que esta pessoa possa mexer com os nossos nervos já à flor da pele.
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No fundo, nós sabemos que eles não irão fazer nada disso. Portanto, nós vivenciamos a próxima discussão mesmo que ela não venha a ocorrer. Na realidade nós ansiamos por ela e lá no nosso íntimo, se nós formos honestos conosco mesmo, nós ficamos até um pouco desapontados se estivermos enganados. Então, nos agarramos a qualquer detalhe que prove que estávamos certos na nossa avaliação e entramos no clima de guerra para o qual nos preparamos tão bem. Nós nos prevenimos para o que der e vier.

Interrompendo o Ciclo: Então, como podemos por um ponto final neste “ciclo da discussão”? Realmente é muito simples. Mude as suas expectativas. É fácil? Não, mas está ao seu alcance. Como? Ponha no papel aquilo que a pessoa faz e que lhe aborrece. Por que isto te perturba? De que outro ângulo você pode enxergar estes fatos para que eles não o tirem do sério? Procure entender porque as pessoas têm este comportamento e tente imaginar um modo de não se irritar com isto.
Vamos exemplificar: Digamos que todo dia quando você chega do trabalho o seu marido comece a desfiar um rosário de reclamações, comentários negativos, e problemas que ele tem de resolver. Depois de anos desta ladainha você agora tem o pavio muito curto para começar uma discussão quando isto acontece. Você acha que ele deveria recebê-la com um sorriso, alguma energia positiva, e acaba deixando para escutar os problemas que ele lhe apresenta somente após o jantar. Você fica alucinada porque já pediu a ele não fazer isso inúmeras vezes. Ele acha que você não liga e continua com o mesmo comportamento. Então, o que você pode fazer para melhorar a situação se ele continua com a mesma lengalenga?
Mude as suas expectativas. Não espere que o seu companheiro mude de comportamento. Coloque-se no lugar dele. Por que ele começa a reclamar e discutir seus problemas assim que você chega em casa? Talvez seja porque ele está cansado e frustrado e esteja procurando apoio. Não fique esperando que seu marido mude de comportamento. Em vez disso, procure entender porque isto acontece e mude a sua maneira de encarar o problema. Pergunte-se como você pode aproveitar esta oportunidade de mostrar seu amor por ele dando o apoio de que ele tanto precisa. Uma vez que você tenha mudado o seu enfoque, você conseguirá refrear a sua costumeira resposta agressiva. É uma opção que tem de vir do seu interior.É óbvio que vocês também podem discutir como mudar esta rotina, e isto também pode ajudar. Mas sempre haverá nas pessoas coisas das quais não gostamos e que raramente conseguiríamos mudar.

• Por que André faz sempre projetos mirabolantes?
• Por que Sylvia sempre compra muito mais roupas do que precisa?
• Por que a Adriana não deixa de trabalhar tanto?
• Por que a Gabriella está sempre atrasada?

Em vez de se irritar com estas coisas, aceite-as. Procure concentrar os seus pensamentos em tudo que esta pessoa tem de bom. Não tente mudá-la. Se ele pede a sua ajuda, vá em frente e ajude-o. Mas se ele não pedir, apenas aceite-o como ele é. Se houver um comportamento inaceitável para você, então você tem que por um fim neste relacionamento. Mas se for alguma coisa que apenas a irrite, procure ver se você consegue mudar o seu enfoque e simplesmente desfrute da companhia desta pessoa, como você fazia quando a conheceu.
Outras dicas que podem ajudar:
1. Conheça bem os seus gatilhos. Aqui estão alguns que podem estar lhe afetando: exaustão, dor, preocupação, cafeína em demasia, açúcar, álcool, alterações hormonais e stress. Algum deles lhe afeta antes de uma discussão? Quais deles o levam a discutir?
2. Encontre maneiras para controlar estes gatilhos com antecedência. Uma vez que você saiba o que a faz explodir você pode elaborar um plano para desarmar estes gatilhos antes que eles a façam perder o controle emocional. Por exemplo, se você sabe que fica mais predisposta a entrar numa discussão quando chega em casa exausta, você deveria mudar alguma coisa em sua rotina. Talvez você consiga encontrar uma forma de relaxar no seu escritório ou no seu carro antes de você ir para casa. Vá até a sua academia e faça uma sessão de pilates ou alongamento. Isto irá lhe ajudar a aliviar as tensões. Tente pedir ao seu marido que lhe deixe 20 minutos sozinha e em silêncio antes de se reunirem. Ou então, tente dormir mais um pouco. O objetivo para qualquer plano que você faça é encontrar uma solução para desarmar seus gatilhos antes que eles liberem seus demônios interiores.
3. Dê um sumiço se seu emocional estiver em alerta vermelho. Você com certeza sabe a diferença entre estar levemente irritada e em ponto de ebulição. Se as suas emoções estiverem realmente explosivas, então saia por aí para liberar esta energia de um modo que não deixe ninguém machucado. Pode ser uma caminhada. Ligue para alguma amiga íntima que seja uma boa ouvinte e que a ajude a retornar a um equilíbrio razoável. Talvez você possa escrever sobre o que está acontecendo e com isso entender o que a levou a deflagrar este estado de espírito belicoso. Nestas ocasiões é que encontramos caminhos para seguir em frente de uma maneira positiva.
4. Discuta soluções apenas quando estiver com a cabeça fria. Sempre que possível deixe para abordar assuntos delicados quando você estiver em bom estado de espírito. Calma e desarmada. Lembre-se que no dia seguinte os fantasmas não são tão feios quanto ontem. Com a cabeça fria sempre conseguiremos melhores resultados. Nossos argumentos não estarão afetados pela raiva e com certeza conseguiremos mostrar ao outro o nosso ponto vista de uma maneira suave e eficiente."

Você já conseguiu quebrar um “Ciclo de Discussão”? Como você fez isto?"

PS - Se quiser ler o artigo no contexto do site original clique aqui.

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