Muito se fala e se escreve sobre a criatividade nas corporações. Todavia muito pouco se torna realidade quando os projetos e os discursos têm que sair do papel.
Eu mesmo, como dirigente corporativo cobro muito dos meus colaboradores o exercício da criatividade nos seus cotidianos. Na realidade o retorno é muito pequeno. Principalmente em empresas ou instituições com hierarquias muito "fechadas" e carregadas de caixinhas e linhas de relacionamento.
Os processos criativos estão disponíveis em qualquer organização, mas não surgem espontaneamente. Devem ser provocados, garimpados, despertados e principalmente promovidos. Sim senhor! Promovidos principalmente pelas chefias diretas com a responsabilidade de gerar resultados.
As boas ideias estão no oxigênio das corporações. Ocorre que a poluição das normas, regimentos internos e toda aquela parafernália que os burocratas adoram, como deuses mitológicos, impedem que elas - as boas ideias - possam ser "respiradas" pelos empregados. Quanto mais amarrada esteja a estrutura administrativa de uma empresa mais sufocadas estarão as possibilidades do surgimento das ideias criativas. É obvio não é?
Paradoxalmente já vi inúmeras vezes chefes exigirem “criatividade” de seus subordinados sem lhes dar a menor oportunidade de pensarem livremente. Reclamam dos colaboradores, chegam a criticá-los pela "falta de imaginação", mas não conseguem enxergar onde está a limitação. São "os cegos que não querem ver".
Imagine um ambiente onde vizinhos de sala só se comunicam por meio de memorandos e faxes; onde as diretorias e departamentos são estanques e só tratam dos seus exclusivos problemas; ou ainda os setores onde diretores e gerentes centralizam as decisões mais rotineiras... Você acha que alguma coisa criativa vai ser produzida ali? E certamente você já trabalhou, conheceu ou até foi vítima de um círculo corporativo assim.
É desse tema que trata o artigo abaixo. Leiam-no e tirem dele as reflexões sobre o que consultores famosos pensam a respeito. Leiam abaixo um pequeno trecho do artigo:
- [...]"Teixeira ainda cita Walt Disney como exemplo. “Walt Disney era um homem de criatividade indiscutível, e disse certa vez em uma palestra, que ‘criatividade é a mesma coisa que um exercício físico’. Quanto mais você malha um músculo, mais ele se desenvolve. A atividade reforça o músculo, ao invés de desgastá-lo. Pensar diferente é a mesma coisa. Você se acostuma sempre a procurar uma nova alternativa para resolver um problema ou para otimizar uma oportunidade. Habituar-se a pensar diferente é sempre questionar: por que desta maneira? Não haverá outra melhor? Completa. ”[...]
Se você estiver ocupando alguma função de comando na sua empresa promova a criatividade entre seus colaboradores tratando primeiramente de despoluir os processos burocráticos que o cercam. Criatividade é uma plantinha delicada que não floresce em meio ao solo árido das normas rígidas e dos processos administrativos inflexíveis.
Todavia, se você é um colaborador, parte de um time que opera em condições de intransigências administrativas e controles radicais não se acomode. A criatividade e as boas ideias pertencem às pessoas e não aos ambientes. Não desista nunca. Cultive-as, aprimore-as e apresente-as sem timidez. Em algum momento a poluição diminui e a luz da sua ideia vai aparecer em meio à bruma da mesmice, da rotina e da acomodação.
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Em tempos onde só se fala em crise, redução de staff, redução de gastos e necessidade de encontrar novos caminhos para sobreviver no mercado, não há dúvidas: ser criativo é questão de sobrevivência.
Para Antônio Carlos Teixeira, escritor e palestrante em Inovação, criatividade é muito mais do que a habilidade de criar algo novo. Para ele, criatividade é ver a mesma coisa que os outros vêem, e enxergar algo diferente antes deles. É um questionamento que desencadeia uma melhora, uma ideia nova, um produto melhor. “Questionando, você assume que sempre dá para fazer melhor, e sai em busca de novas ideias. Criatividade é a consciência de que o fato de algo estar sendo feito da mesma maneira há muito tempo não garante que esta seja a melhor maneira. Com criatividade, sempre dá para fazer melhor”, diz Teixeira.
Para Antônio Carlos Teixeira, escritor e palestrante em Inovação, criatividade é muito mais do que a habilidade de criar algo novo. Para ele, criatividade é ver a mesma coisa que os outros vêem, e enxergar algo diferente antes deles. É um questionamento que desencadeia uma melhora, uma ideia nova, um produto melhor. “Questionando, você assume que sempre dá para fazer melhor, e sai em busca de novas ideias. Criatividade é a consciência de que o fato de algo estar sendo feito da mesma maneira há muito tempo não garante que esta seja a melhor maneira. Com criatividade, sempre dá para fazer melhor”, diz Teixeira.
Ao contrário do que se pensa, todas as pessoas nascem criativas. Todos somos capazes de ter boas ideias. Segundo Eduardo Zugaib, professor, escritor e palestrante motivacional e comportamental, o que acontece é que durante o processo de crescimento, em nome da organização social, tendemos a ir sufocando nossa energia criativa, e saímos sempre em busca de respostas padrão, que não choquem. Desde cedo aprendemos a aceitar o “não” como resposta, antes mesmo que ele se pronuncie. Evitamos pensar em caminhos novos, e buscamos sempre por aquilo que temos certeza que as pessoas querem ouvir.
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Mas também é de conhecimento comum que muitas vezes e em muitas áreas, o profissional pode sofrer alguns bloqueios que o impeçam de criar, de contribuir. “Quem é que nunca chegou cheio de gás ao começar a trabalhar em uma nova empresa, percebendo diversas mudanças “pedindo” silenciosamente para serem empreendidas e não se deparou com o seguinte comentário de alguém mais velho de casa: ‘Meu caro, não adianta tentar mudar. As coisas aqui sempre foram feitas assim’? Essa é apenas uma das “frases assassinas” que ouvimos na vida profissional e que se manifestam de forma verbalizada. Mas existem também outros bloqueios inerentes ao ambiente, tanto o físico quanto o emocional, da empresa. Se a organização não abre espaço para a contínua discussão dos problemas, de forma a compartilhar responsabilidades, ela tende a ser uma empresa que funciona no piloto automático, na rotina”, informa Zugaib.
Se sair do convencional, pensar em novas oportunidades, ousar, é a solução para a falta de dinamismo e estagnação em que muitos profissionais se encontram, Zugaib diz que, na prática, o exercício da criatividade requer alguns estímulos mais precisos e mais práticos. Um deles é o investimento que todo mundo, independente de condição social, deve fazer em conhecimento. Treinar a flexibilidade, por mais difícil que pareça, também é necessário. “Conhecimento em movimento, combinado, recombinado e aplicado é o que faz a diferença. Quanto mais conhecimento, melhor, já que uma boa ideia costuma ser produto da associação de outras que a sucederam em outros tempos, em outros ambientes tecnológicos, econômicos, geográficos e políticos.
É preciso ter motivos para agir, e estes motivos vão desde a sobrevivência física até o elevado ganho emocional, a autorrealização. O conhecimento, a flexibilidade e a motivação compõem aquilo que, nas minhas palestras e treinamentos, trato como as engrenagens do motor da criatividade”, diz ele. Concordando com essa ideia, Teixeira diz: “você tem que se acostumar a ser criativo, a pensar diferente para ser diferente neste mercado tão competitivo. É aqui que entra o seu talento. A capacidade de pensar diferente é o seu patrimônio, porque ao ter ideias e resolver problemas criativamente, você se diferencia dos demais que só veem a mesmice a vida toda”.
Teixeira ainda cita Walt Disney como exemplo. “Walt Disney era um homem de criatividade indiscutível, e disse, certa vez em uma palestra, que ‘criatividade é a mesma coisa que um exercício físico’. Quanto mais você malha um músculo, mais ele se desenvolve. A atividade reforça o músculo, ao invés de desgastá-lo. Pensar diferente é a mesma coisa. Você se acostuma sempre a procurar uma nova alternativa para resolver um problema ou para otimizar uma oportunidade. Habituar-se a pensar diferente é sempre questionar: por que desta maneira? Não haverá outra melhor?”, completa.
E sendo assim, em tempos tão turbulentos, estará na criatividade das equipes a ajuda que as empresas precisam para sobreviver e não serem ofuscadas pela concorrência? Zugaib garante que sim. “A empresa que não investir em gente está fadada a ruir nos próximos movimentos macroeconômicos, e eles estão acontecendo em intervalos cada vez mais curtos. A empresa que apenas se preocupar com a aplicação tecnológica da criatividade, esquecendo da aplicação humana e relacional, tende a evaporar.
Quando falamos em criatividade, imaginamos apenas ela sendo aplicada na inovação de produtos ou serviços. Mas ela se faz presente nas relações humanas bem mais do que muitos gostariam de acreditar. Um casamento que não se inova continuamente, tende a esfriar, a fracassar, a tornar-se uma relação de pura conveniência, sem paixão.
A empresa que continuar pensando no seu cliente interno, ou seja, seu colaborador, apenas como um recurso humano, pode até mantê-lo sob seu teto por um bom período, porém sem criar pontos de contato, de experiência positiva e de envolvimento com ele. Na prática, acontece aquilo que é um dos pesadelos de muitos gestores: por R$50,00 a mais no fim do mês, o funcionário atravessa a rua na primeira oportunidade, levando informações valiosas para o concorrente”, atesta.