22 DE ABRIL DE 2025 ||| 3ª FEIRA ||| DESCOBRIMENTO DO BRASIL |||

Bem vindo

Bem vindo

A famosa pintura que representa o descobrimento do Brasil com o desembarque dos portugueses é chamado "Desembarque de Pedro Álvares Cabral em Porto Seguro em 1500", e foi pintado pelo artista brasileiro Oscar Pereira da Silva. Essa obra, concluída em 1900, retrata o momento histórico em que Pedro Álvares Cabral e sua tripulação chegaram ao território que hoje conhecemos como Porto Seguro, na Bahia. A pintura é considerada uma das representações mais icônicas desse evento histórico e faz parte do acervo do Museu Paulista, também conhecido como Museu do Ipiranga.


Carlos Drummond de Andrade (Itabira, 31 de outubro de 1902 – Rio de Janeiro, 17 de agosto de 1987) foi um poeta, farmacêutico, contista e cronista brasileiro, considerado por muitos o mais influente poeta brasileiro do século XX. Foi um nome importante na transição da primeira para a segunda geração do modernismo pelos poemas do livro Alguma poesia, e é geralmente identificado com a segunda geração modernista, apesar dele nunca ter se filiado a um projeto literário específico. Ao longo da vida, escreveu poesia intimista, filosófica, política e social, tendo composto também alguns contos e crônicas. Os temas de sua obra são vastos e empreendem desde questões existenciais, como o sentido da vida e da morte, passando por questões cotidianas, familiares e políticas, como o socialismo, dialogando sempre com correntes tradicionais e contemporâneas de sua época (Wikipédia)

domingo, 29 de maio de 2016

Que e Quê? Quando usar?


Continuo publicando as dicas de português de acordo com as dúvidas que me aparecem quando estou escrevendo. A minha motivação é saber que este é um dos temas mais acessados no blog e isso me sinaliza a curiosidade e a vontade dos visitantes e amigos da Oficina de Gerência de aprender a sair dessas pequenas armadilhas que o idioma coloca em nossos textos.
Depois que passei a desenvolver o meu projeto na Oficina de Gerência fui obrigado a me preocupar muito mais do que já o fazia antes, com o "escrever corretamente". E confiar apenas nos corretores ortográficos dos "words da vida" é uma tremenda "roubada". Tive que meter a mão na massa e aumentar o meu nível de conhecimento de nossa gramática.
Por dever de ofício já tinha esse cuidado, pois estava sempre escrevendo relatórios, apresentações, pareceres e tudo o mais que uma função executiva exige. Mesmo assim percebi - após começar a escrever para o blog - como ainda era pobre a minha escrita e comunicação! Ainda é, mas tenho consciência de que melhorou muito. Por conta dessa experiência foi que introduzi a seção "Dicas de Português" na Oficina de Gerência. 
Posso afirmar que, mesmo antes do blog, minha carreira foi mais impulsionada porque tinha um bom vocabulário e um nível de conhecimento em gramática que estava acima da média (baixa) da maioria dos meus "concorrentes". Naquela época, como hoje, a fonte maior do meu aprendizado foi a leitura. E por leitura quero dizer tudo: jornais, revistas inclusive os quadrinhos, livros e claro, a internet.
Desde então venho aconselhando os leitores - principalmente os mais jovens - para que se dediquem com muita determinação a conhecer a língua portuguesa. Observem, por exemplo, como a falta de uma boa redação tem excluído dos vestibulares, concursos e entrevistas de emprego centenas de candidatos. 
No mundo corporativo é assim também. Um gerente responsável e cuidadoso normalmente não promove colaboradores que não saibam se expressar com correção. E atenção, é verdadeiro o aforismo que ensina: “Quem não sabe escrever não sabe falar também”.
Não saber expressar seus pensamentos por meio de um texto correto e compreensível é uma enorme limitação pessoal que pode ser vencida pelo esforço pessoal em querer aprender. É fiquem sabendo que é um aprendizado infinito. Quem achar que já sabe está "morto".
Saber aplicar corretamente quando usar o “que” ou o “quê” é uma das grandes dificuldades que nós, os “ escribas amadores”, encontramos aos nos defrontarmos com uma frese que os exija.
Quando devemos usar o pronome "que" ou a expressão "quê"? Essa diferença de um simples acento circunflexo já deixou muita gente constrangida. Parece fácil, depois que a gente aprende, mas se vocês não sabem leiam o texto abaixo e quem já sabe não custa nada reler.

 


Este post foi originalmente publicado na Oficina de Gerência em 02/03/2013. É um dos mais visitados no blog com 65.000 acessos e 10 comentários.  
Muito embora existam inúmeros sites e blogs que tratam do mesmo assunto o texto (abaixo) que utilizei no post, como apoio ao meu comentário, foi transcrito do site "Recanto das Letras". Em função das muitas duvidas suscitadas nos "comentários" resolvi dar uma repaginada no post, inclusive trocando o site que ilustra o texto, pois o anterior já havia "saído do ar".   

Quero informar aos leitores que prestigiam o blog  que não sou especialista em gramática da língua portuguesa, apenas busco a partir das minhas próprias dúvidas compartilhar às consultas que faço nos sites que pesquiso para elucidá-las. Assim sendo, não ouso responder a perguntas que os leitores colocam nos comentários. As respostas estarão sempre disponíveis nos próprios posts e nos sites de busca da internet.
.
http://www.recantodasletras.com.br/
Clique no logotipo e visite este site

QUE ou QUÊ?
_________________________

A palavra [que] possui várias faces, isto é, várias classificações: é pronome, conjunção, substantivo, advérbio, preposição, partícula expletiva. Não é sem razão, dizermos que ela é uma espécie de Bombril da frase.
Em termos práticos, [que] é acentuado quando monossílabo tônico. E não é acentuado quando átono. No entanto, em determinados casos, há certa dificuldade em distinguir o tônico do átono. Portanto, vamos ver os casos em que ocorre o acento ou não.
QUÊ SERÁ ACENTUADO
1. Quando for Substantivo, ou seja, quando tiver o sentido de alguma coisa, qualquer coisa, certa coisa. Geralmente é precedido de um artigo ou numeral: Sinto um quê de insatisfação.
    Encontrei onze quês numa só frase.
     um quê inexplicável em sua atitude.
2. Quando for Interjeição, ou seja, quando designa espanto ou exprime sentimento. Sempre acentuado e seguido de ponto de exclamação: Quê! Conseguiu chegar a tempo? / Quê! Você por aqui?
Observação: Como interjeição, usa-se também a variante o quê: O quê! Ela fez isso?!

3. Quando O Encontramos em Final de Frase, imediatamente antes de um ponto (final, de interrogação ou exclamação) ou de reticências:
●    Afinal veio aqui fazer o quê? / Você precisa de quê?
●    Estamos rindo sem ter de quê.
4. Na expressão: sem quê nem para quê:
●    Ele, sem quê nem para quê, se irritou com todos.
QUE NÃO SERÁ ACENTUADO QUANDO FOR:
1. Pronome substantivo indefinido ou interrogativo, ou seja, quando equivale a que coisa. Substitui um substantivo:
●    Que (que coisa) aconteceu com ele? / Que (que coisa) aconteceu?
2. Pronome adjetivo, ou seja, quando acompanha o substantivo:
●    Que escola frequenta? / Que horas são? / Que ideia maluca!
3. Advérbio, ou seja, quando equivale a [quão]. Liga-se a um adjetivo ou advérbio: Os vestidos! Que benfeitos! / Que longe é o sítio!
●    Que bom vê-la novamente!
4. Preposição, ou seja, quando equivale a [de], ou quando liga dois verbos de uma locução verbal cujo auxiliar é ter:
●    Primeiro que (de) tudo é preciso verificar a gasolina.
●    Tenho que (de) chegar cedo ao escritório.
5. Partícula de Realce (expletiva), neste caso, é usada somente para dar realce. Pode ser retirado da frase, sem que provoque alterações de sentido ou de função dos elementos da oração:
●    Quase que não vou trabalhar hoje. Quase não vou trabalhar hoje.
6. Conjunção Coordenativa, ou seja, quando liga orações sintaticamente independentes. Equivale a [e], nas aditivas; [mas, portanto], nas adversativas; [porque, portanto], nas explicativas; ou... ou, nas alternativas:
●    As árvores balançam que (e) balançam.
●    Culpe-os, que (mas, porém) não a mim.
●    Volte logo, que (porque) está começando a chover.
●    Que chova, que faça sol, irei à praia.
► Como Pronome Relativo e Conjunção Subordinada, a palavra [que] também não é acentuada. Deixo de mostrá-los aqui, devido ao grande número de casos. Mesmo porque, fora os casos iniciais a palavra [que] não é acentuada. ®Sérgio.
Para acessar os Exercícios com Gabarito, clique aqui. 
____________________________________________________________


Referências: ALMEIDA, N.M. - Dicionário de questões vernáculas. São Paulo, Ed. "Caminho Suave" Ltda., 1981. CEGALLA, Domingos Paschoal. Dicionário de Dificuldades da Língua Portuguesa. Ed. Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1996.
Agradeço a leitura e, antecipadamente, qualquer comentário.
Se você encontrar omissões e /ou erros (inclusive de português), relate-me.
Ricardo Sérgio

Enviado por Ricardo Sérgio em 04/04/2008
Reeditado em 15/08/2010
http://www.recantodasletras.com.br/gramatica/931322