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sexta-feira, 28 de maio de 2021

Vírgula - Nunca mais sofra por causa dela.


Encontrei o site completo, em qualidade de conteúdo, para o melhor conhecimento do idioma português.  Refiro-me ao "Clube do Português" cujo  logotipo está abaixo. Quem quiser visitá-lo (e recomendo) é só clicar no link que está indicado sob a logomarca do site. 

O titular do site é o jornalista Pedro Valadares, "especialista em revisão de texto e significação da linguagem", como ele mesmo informa na sua auto apresentação.

Por ser um blogueiro sou obrigado a estar sempre consultando as "armadilhas" da nossa língua e eventualmente em outros idiomas, para estar "up to date e produzir o conteúdo da Oficina de Gerência no mais alto nível.  De repente (hoje) me deparo com o Clube do Português. Após "dar uma voltapelo clube - onde, inclusive, me inscrevi - posso dizer que é um "top 5" dos websites que conheço e não são poucos, especializados na temática de ensinar a nossa língua.

Com base na postagem integral encontrada no Clube do Português, apresento, a seguir, uma  aula completa sobre o "torturante" uso da vírgula. O post contém um oportuno vídeo explicando o que é elipse na gramática da nossa linguagem. 

Recomendo que os interessados no tema leiam a publicação na íntegra, para aproveitar os detalhes que contém. 

A vírgula merece...

Clique aqui para visitar o site

Vírgula: guia completo de quando utilizar


Ordem direta

Antes de avançarmos, é preciso lembrar que, para utilizar bem a vírgula,  é importante conhecer bem a ordem direta:

  • Sujeito + Verbo + Complemento Verbal;
  • Sujeito + Verbo de Ligação + Predicativo.

Em regra, alterações nessa sequência demandam o uso da vírgula. Dito isso, vamos explorar todas as situações que envolvem esse sinal de pontuação.

Quando utilizar a vírgula?

Vejamos abaixo os casos em que o uso da vírgula é obrigatório.

1) Intercalações

Usa-se  vírgula para marcar a intercalação:

a) Do adjunto adverbial:

ex: Saiu, naquela manhã, para assumir o novo posto.

b) Da conjunção:

ex: Sabia, todavia, que não poderia mais retornar.

c) Dos termos explicativos ou corretivos:

ex:  Ele era um homem dedicado, isto é, não faltava nunca.

2) Inversões


Usa-se vírgula para marcar a inversão ou o deslocamento:

a) Do adjunto adverbial:

ex: Pela manhã, ele saiu para comprar pão.

b) Dos objetos pleonásticos antepostos:

ex: Às crianças, toda atenção lhes deve ser dada.

c) Do nome do lugar antes da data:

ex: Brasília, 25 de janeiro de 2015.

Com relação às inversões, vale a pena ler o artigo que fizemos sobre o uso da vírgula com o adjunto adverbial deslocado.

3) Termos coordenados

Usa-se vírgula para separar termos coordenados em uma enumeração.

ex: Foi à feira comprar feijão, laranja, carne e verduras.

4) Elipse verbal

Usa-se vírgula para marcar a elipse verbal.

ex: Joana foi ao cinema; e Maria, ao teatro.

Importante ressaltar que, segundo o professor Fernando Pestana, só usamos a vírgula para marcar a elipse quando as orações vêm separadas por ponto e vírgula ou ponto final. Caso contrário, não há vírgula.

ex: Rui saiu pela porta da frente e Marcos pela de trás.

OBS: A elipse é usada para evitar a repetição de palavras. Entenda melhor no vídeo abaixo:

5) Aposto

Usa-se vírgula para separar o aposto.

ex: Dom Pedro I, imperador do Brasil, teve um papel histórico importante.

Lembre-se que o aposto é um termo que explica, delimita ou especifica um substantivo.

OBS: No caso do aposto espeficativo, não devemos usar a vírgula. Esse tipo de aposto, em geral, é um nome próprio e é usado para individualizar um termo.

ex: Sou um grande admirador do escritor Marchado de Assis.

6) Vocativo

Usa-se a vírgula para separar o vocativo.

ex: Ó meu Deus, não entendo por que encontro tantas dificuldades em minha vida.

O vocativo é utilizado para fazer um chamamento ou interpelação. Ele pode ser deslocado para qualquer parte da frase e sempre deverá vir separado por vírgula.

ex: Não entendo, ó meu Deus, por que encontro tantas dificuldades em minha vida.

ex: Não entendo por que encontro tantas dificuldades em minha vida, ó meu Deus.

Quando não utilizar a vírgula?

Existem situações em que não devemos utilizar a vírgula. Nessas situações, seu uso é proibido. Para entender quando isso acontece, vamos conhecer os 7 pecados capitais desse sinal de pontuação.

1) Separar sujeito de verbo:

ex: Mauro, saiu hoje pela manhã. (errado)ex: Mauro saiu hoje pela manhã. (certo)

2) Separar nome e complemento nominal:

ex: O ataque, ao Iraque foi um dos maiores erros dos EUA. (errado)

ex: O ataque ao Iraque foi um dos maiores erros dos EUA. (certo)

3) Separar verbo do objeto direto:

ex: Paulo comprou, uma casa nova. (errado)

ex: Paulo comprou uma casa nova. (certo)

4) Separar verbo de objeto indireto:

ex: Márcio chegou, ao restaurante na hora combinada. (errado)

ex: Márcio chegou ao restaurante na hora combinada. (certo)

5) Separar nome do adjunto adnominal:

ex: A casa, de Joana fica ao lado da minha. (errado)

ex: A casa de Joana fica ao lado da minha. (certo)

6) Separar a oração principal da oração subordinada adjetiva restritiva:

ex: Aqueles, que se inscreveram no curso, devem adquirir o material didático. (errado)

ex: Aqueles que se inscreveram no curso devem adquirir o material didático. (certo)

Vale destacar que, no primeiro exemplo, não há erro. Contudo, a oração adjetiva separada por vírgula deixa de ser restritiva para tornar-se explicativa.

7) Separar a oração principal da oração subordinada substantiva:

ex: Saber tudo o que está previsto na Constituição, é muito difícil. (errado)

ex: Saber tudo o que está previsto na Constituição é muito difícil. (certo)

Há uma exceção a essa regra. Quando tivermos uma oração substantiva apositiva (com função de aposto), ela deve ser separada por vírgula.

Vírgula facultativa

A virgula é facultativa nos 10 casos abaixo.

1) Antes do adjunto adverbial na ordem direta:

ex: Ela saiu para fazer compras hoje pela manhã.

ex: Ela saiu para fazer compras, hoje pela manhã.

2) Depois de objeto direto ou indireto no início da oração:

ex: Os meus estudantes eu educo.

ex: Os meus estudantes, eu educo.

3) Antes da conjunção “e” ligando orações coordenadas com sujeitos diferentes:

ex: Marcelo chegou e Ana saiu.

ex: Marcelo chegou, e Ana saiu.

4) Após o adjunto adverbial de curta extensão:

ex: À noite, Marta faz exercícios.

ex: À noite Marta faz exercícios.

OBS: Segundo a Academia Brasileira de Letras (ABL), o adjunto adverbial de curta extensão é aquele formado por até dois termos.

5) Com a expressão opinativa ou dativo de opinião:

ex: Esse problema na minha opinião está resolvido.

ex: Esse problema, na minha opinião, está resolvido.

6) Antes de orações subordinadas adverbiais na ordem direta:

ex: Eu vou ao cinema se você me chamar.

ex: Eu vou ao cinema, se você me chamar.

7) No final da oração adjetiva restritiva:

ex: Os trabalhadores que felizmente conseguiram manter seus empregos podem sustentar suas famílias.

ex: Os trabalhadores que felizmente conseguiram manter seus empregos, podem sustentar suas famílias.

OBS: Não há consenso entre os gramáticos sobre esse caso de vírgula. Contudo, estudiosos como Napoleão Mendes de Almeida, abonam esse uso.

8) Após as conjunções adversativa no início do período:

ex: A investigação estava encerrada. Contudo surgiram novas provas que podem levar à reabertura da investigação.

ex: A investigação estava encerrada. Contudo, surgiram novas provas que podem levar à reabertura da investigação.

OBS: Com a conjunção “mas”, essa regra não se aplica e a vírgula nunca deve ser utilizada.

9) Antes do “ou” ligando orações:

ex: Vamos solucionar essa questão de qualquer jeito ou morreremos tentando.

ex:  Vamos solucionar essa questão de qualquer jeito, ou morreremos tentando.

10) Sujeito oracional introduzido por “quem”:

ex: Quem lê entende melhor.

ex: Quem lê, entende melhor.

OBS: Esse caso também não é pacífico entre os gramáticos. Contudo, alguns estudiosos da língua, como Luiz Antônio Sacconi, Pasquale Cipro Neto e Carlos Moreno, defendem o uso da vírgula nessas situações.


No infográfico abaixo, fizemos um resumo do uso da vírgula para você consultar sempre que tiver dúvida:

[INFOGRÁFICO] Guia completo da vírgula

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domingo, 23 de maio de 2021

Atenção Workaholics, pesquisa informa risco de morte.


 Lendo a revista Veja desta semana - edição 2739 de 26 de maio - na seção "Sobre/Desce" - pag. 23 li, na relação do que "desceu" a seguinte informação "WORKAHOLIC - Alerta aos adeptos do tudo em nome da carreira: trabalhar mais de 55 horas por semana causa risco de morte, segundo estudo da OMS e da OIT"

Imediatamente acendeu a minha luzinha da Oficina de Gerência. Opa! Assunto do maior interesse para o blog! Fui pesquisar no Google achei o artigo que informava sobre a pesquisa (abaixo)abaixo no site da revista Exame.

A novidade para mim foi precisar de uma pesquisa para se chegar ao óbvio. É mais do que sabido que o vício do trabalho em excesso é extremamente prejudicial à saúde. Acho que o que chamou a atenção foi a pesquisa apontar risco de morte . Veja, abaixo, um trecho do artigo:
  • "No primeiro estudo global sobre os efeitos dos horários excessivos na saúde dos trabalhadores, a OMS e a OIT concluíram que trabalhar 55 ou mais horas por semana aumenta em 35% o risco de morte por AVC e em 17% por doença cardíaca, em comparação com uma semana de trabalho de 35 a 40 horas."
A "Síndrome do Burnout" é o principal efeito do excesso de trabalho, na minha opinião. Não observei o autor do texto da Exame se referir a ela.  Aqui no blog escrevi vários artigos sobre a questão dos workhalics e da síndrome (procure na seção "pesquisar este blog" na aba lateral).

De qualquer sorte a matéria da Exame faz uma abordagem mais moderna e mais consistente do problema. É uma leitura altamente recomendável para o público da Oficina de Carreira. Recomendo.




Trabalhar mais de 55 horas por semana aumenta risco de morte, diz OMS

Estudo concluiu que trabalhar 55 ou mais horas por semana aumenta em 35% o risco de morte por AVC e em 17% por doença cardíaca


Um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT) concluiu que, em 2016, 745 mil pessoas morreram por acidente vascular cerebral (AVC) ou por doenças cardíacas em consequência das longas horas de trabalho. No momento em que a pandemia mudou profundamente o mundo laboral, os especialistas alertam para um aumento dos riscos associados às longas horas de trabalho e apelam à adoção de uma legislação que limite a carga horária.


No primeiro estudo global sobre os efeitos dos horários excessivos na saúde dos trabalhadores, a OMS e a OIT concluíram que trabalhar 55 ou mais horas por semana aumenta em 35% o risco de morte por AVC e em 17% por doença cardíaca, em comparação com uma semana de trabalho de 35 a 40 horas.


Em 2016, o estudo estima que 745 mil pessoas foram vítimas de doenças provocadas pelo excesso de horas de trabalho: 398 mil morreram de AVC e 347 mil de doenças cardíacas. Entre 2000 e 2016, o número de mortes por doenças cardíacas devido a longas horas de trabalho aumentou 42% e por AVC, 19%.

A pesquisa, publicada nesta segunda-feira (17) na revista científica Environmental International, mostrou ainda que 72% das mortes em consequência da jornada extensa correspondiam a homens com idades entre 60 e 79 anos, que trabalharam 55 ou mais horas por semana entre os 45 e 74 anos.


Segundo o estudo, as pessoas que vivem no Sudeste Asiático e na região do Pacífico Ocidental foram as mais afetadas. Nas regiões com mais leis regulamentadas que limitam as horas de trabalho, como a Europa ou a América do Norte, a incidência de mortes por problemas cardiovasculares é menor.

A OMS e a OIT estimam que quase um em cada dez trabalhadores em todo o mundo (cerca de 480 milhões) tem de trabalhar mais de 55 horas por semana e esse número está aumentando, pondo ainda mais pessoas em risco de invalidez e morte precoce.

Pandemia

Essa tendência pode ser ainda mais agravada devido à pandemia de covid-19, que mudou profundamente o mundo laboral. Embora o estudo não tenha incluído o período da pandemia, a OMS lembra que o recurso ao teletrabalho e a desaceleração econômica podem ter aumentado os riscos associados às longas horas de trabalho.

“Temos provas que demonstram que quando os países entram em confinamento, o número de horas de trabalho aumenta em cerca de 10%”, explica Frank Pega, funcionário da OMS envolvido no estudo.

“A pandemia de covid-19 mudou significativamente a maneira como muitas pessoas trabalham”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom. Para ele, o teletrabalho passou a ser adotado em vários setores e, muitas vezes, vai além das fronteiras entre casa e trabalho. “Além disso, muitas empresas foram forçadas a reduzir ou encerrar atividades para economizar dinheiro e as pessoas que permanecem empregadas acabam por trabalhar mais horas. Nenhum trabalho compensa o risco de acidente vascular cerebral ou de doença cardíaca. Governos, entidades patronais e trabalhadores precisam trabalhar juntos para chegar a um acordo sobre limites e proteger a saúde dos trabalhadores”, pediu Tedros Adhanom.

Se quiser ler o texto no site da Exame clique aqui.



sexta-feira, 21 de maio de 2021

Manter os talentos na equipe pode custar muito caro.

C
http://titicadegalinha.files.wordpress.com/2009/06/estagiario_faz_tudo.jpgertamente os leitores mais ligados ao mercado de trabalho já ouviram dizer, leram ou tomaram conhecimento por qualquer outra forma das notícias sobre a valorização dos bons profissionais nos ambientes corporativos. 

E é verdade. Desnecessário ser um expert no assunto para perceber que com o crescimento econômico nas nações ao redor do planeta,  a demanda pelas competências aumentou em progressão geométrica. Os números e as pesquisas apenas confirmam o que está à vista de todos.

Além da quantidade necessária para cobrir a procura das empresas e organizações ficam mais valorizados ainda os bons profissionais. São aqueles que têm currículo destacado e realizações conhecidas e reconhecidas pelos seus pares. 

Qual empresa quer perder um bom profissional? Ops! Vou fazer uma pequena correção. Na Administração Pública isso não é muito verdadeiro. Bons profissionais são perdidos frequentemente, por conta de salários melhores e condições de trabalho. As exceções são aquelas que estiverem alinhadas às correntes políticas predominantes naquela determinada corporação (as famosas indicações políticas); e isso não é prerrogativa dos organismos de governo do Brasil. Em (quase) todos os países do planeta é assim. Isso vem do mundo corporativo desde os tempos imemoriais.

Todavia esses casos não nos interessam. Vamos restringir nosso texto ao sistema de empresas privadas e das empresas públicas sujeitas às leis de mercado. Como disse antes, “qual é a corporação que abre mão de bons profissionais”? Certamente que a resposta será: nenhuma! Com o advento da chamada "geração Y" no mercado de trabalho alguns conceitos subjetivos do tipo "vestir a camisa da empresa"  tendem a não ser levados em conta tal como eram antes.

Isto significa que as mudanças de empregos e a rotatividade de mão obra se elevaram consideravelmente nas instituições. Como ensina a 3ª Lei de Newton:  "Toda ação provoca uma reação de igual intensidade, mesma direção e em sentido contrário" as empresas estão tratando de "segurar" seus talentos a todo custo. E nunca dantes essa expressão foi mais verdadeira.

Manter os bons profissionais nos quadros das empresas ficou muito mais caro. Um "craque corporativo" custa caro e não se prende - com as exceções costumeiras - com argumentos subjetivos. Assim é que as empresas têm que abrir seus cofres para segurá-los em suas fileiras. É a Lei do Mercado. E esses custos quem os paga? Certamente são repassados aos clientes, mas podem aumentar os custos operacionais da empresa. Por isso e principalmente nas grandes corporações estão montando, testando e aplicando sofisticados modelos de remuneração especial a esses "foras de série". Tudo para conseguir dispor de seus talentos e manterem-se bem posicionadas nos ferozes mercados que disputam, nos seus respectivos universos corporativos.

É sobre isso que o artigo reproduzido abaixo,  escrito por Júlio Caldeira, (do antigo "Canal RH")  desenvolve em seu texto.

Achei que valesse a pena trazer esse tema ao fórum da Oficina de Gerencia. A abordagem é interessante e verdadeira. Diz respeito a todos que estão batalhando por suas carreiras nos ambientes corporativos.


Briga por profissionais qualificados eleva custos

por Julio Caldeira



Não é novidade que falta mão de obra qualificada no Brasil. A escassez de profissionais tem provocado uma verdadeira luta por talentos. Para atraí-los e retê-los, as empresas têm usado as mais diversas estratégias, como elevar salários e incrementar pacotes de benefícios. São todas ações que elevam os custos. O dilema para as organizações é como compensar isso. Apostar em ganhos de produtividade? Repassar o ônus para o preço final de produtos e serviços? Ao que tudo indica, não existe uma alternativa certa. Cada empresa tem encontrado sua própria resposta. 
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Mas especialistas recomendam que empresários encarem o problema como uma realidade permanente. Ou seja, o conselho é evitar paliativos e buscar medidas efetivas. “Empresas pequenas, médias e as que eu chamo de emergentes, porque atravessam um processo de evolução muito grande, estão preocupadas com a administração da massa salarial”, diz o especialista em remuneração e benefícios Mateus de Oliveira Silva, consultor da RH Plus. 
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Segundo o especialista, nesse processo, uma das alternativas mais comuns entre as empresas têm sido analisar com atenção benefícios que até então eram concedidos de forma indiscriminada, como bolsas de estudos, para avaliar se realmente o investimento está dando retorno para a empresa.

Revisão de processos

Em alguns casos, as empresas buscam mesmo apertar o cinto, revendo processos e até mudando costumes. Essa foi a saída encontrada pela GPC Química, que decidiu implantar o sistema de gestão matricial das despesas. A ferramenta, utilizada para planejamento e controle do orçamento anual, é baseada em três princípios: controle cruzado, pelo qual todas as despesas orçadas devem ser acompanhadas por duas pessoas; desdobramento dos gastos, que consiste no detalhamento das despesas para a definição das metas; e acompanhamento sistemático, para verificar se as metas estão sendo atendidas e definir ações corretivas para os desvios. “Apesar do aumento dos custos ligados à mão de obra, conseguimos reduzir os gastos totais buscando eficiência em tudo, até na gramatura da folha da impressora”, comenta Wanderlei Passarella, presidente do Grupo Peixoto de Castro, ao qual pertence a GPC. 
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Na visão do CEO da Proxis Contact Center, Jimmy Cygler, a melhor forma de diluir os gastos é produzir mais com a mesma mão de obra – já que ela hoje custa mais. Isso tem significado metas mais ousadas e aumento da eficiência e da competitividade. “Os custos com mão de obra estão subindo acima do que as empresas conseguem repassar ao mercado”, avalia. 


Cygler analisa ainda que a guerra por talentos tende a estabelecer ciclos virtuosos e viciosos. De um lado, a tendência é que os profissionais brasileiros, por serem bem remunerados, fiquem cada vez mais conceituados, aqui e lá fora. “Isso é bom para a profissionalização do mercado”, diz. Ele pondera, no entanto, que a dança das ofertas – sejam de salários ou benefícios – pode diminuir perigosamente o vínculo dos profissionais com as empresas, o que é negativo tanto para o empregador quanto para o empregado.
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Para evitar essa rotatividade, a Eurofarma Laboratórios, por exemplo, oferece uma gama de benefícios que vai de bolsas de estudo a aulas de pilates. Bancado integralmente pela empresa, o pacote tem seu impacto sobre a receita minimizado em decorrência de um minucioso planejamento financeiro, de forma a diluir o gasto no custo final dos produtos. “É prática da empresa embutir esses valores nas despesas e orçamentos”, segundo a gerente de recursos humanos, Maria Regina Cintra.

Se tiver interesse em ler outro excelente texto sobre o mesmo tema clique aqui e visite, no site da revista Exame, o artigo intitulado : "Falta gente na sua empresa?"
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domingo, 16 de maio de 2021

Bruno Covas - Morre um jovem líder politico da futura geração do Brasil

 


Toda morte de um homem público, seja político, artista ou um atleta famoso, é lamentável; mas queiramos ou não, existem gradações.

Quando é um personagem mais antigo que faz sua passagem a opinião pública, de certa maneira, chora a história, o legado e a ausência permanente que aquela morte representa.

Todavia, se é alguém jovem, na flor da idade e com um futuro promissor já delineado, o lamento é diferente.

Assim é o caso da morte de Bruno Covas ocorrida no dia de hoje, 16 de abril de 2021., com 41 anos. Jovem, carismático, vencedor, carreira sólida em ascensão e um futuro que se assegurava, além de meramente prometedor, no mundo político brasileiro.

Nesse espectro político do Brasil, raros são os jovens que podemos apontar como promissores. Poucos, mesmo. Tanto é que nossa política vem sendo conduzida há muito tempo por importantes homens públicos de gerações que remontam à segunda metade da década de 40 (75 anos) e da década de 50 (70 anos). É lenta a transmissão do poder no mundo político.

Bruno Covas era um desses jovens políticos que, como ele, geravam confiança na opinião pública. Por isso o lamento é maior do que o normal, porque ele vem também da morte de uma parte da esperança; esperança que temos para que seja inabalável e preservada as passagens do bastão entre as atuais e futuras gerações dos homens que vão conduzir os destinos do Brasil pelos próximos trinta anos.

Para melhor ilustrar este comentário do blog, transcrevi abaixo um artigo do jornalista e professor titular de Teoria Política da UNESPMarco Aurélio Nogueira, de O Estado de S.Paulo.


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Um vazio a ser superado com o tempo

Marco Aurélio Nogueira*, O Estado de S.Paulo

16 de maio de 2021 | 10h14

A morte do jovem prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), aos 41 anos de idade, tira da política brasileira uma de suas mais promissoras lideranças.

 Advogado, economista, deputado estadual, secretário de Meio Ambiente de São Paulo, presidente do Juventude do PSDB e deputado federal, Bruno foi um militante das boas causas. Neto do ex-governador do estado de São Paulo, Mário Covas, não herdou a personalidade explosiva do avô. Sensível, educado, cordial, sempre disposto a negociar, construiu importante patrimônio político nesse país envolvido em sérias dificuldades. 

É um golpe antes de tudo para sua família, para seu filho Tomás, muito apegado a ele, para os inúmeros amigos e companheiros com quem conviveu em sua curta e intensa vida. 

É um golpe também para a cidade de São Paulo, que o reelegeu para um segundo mandato na Prefeitura em 2018, prêmio por uma gestão meticulosa, sem estardalhaço, ciente de que as realizações precisam ser dosadas para serem viáveis. Pode não ter agradado a todos, mas mereceu o respeito de todos, inclusive dos adversários. O que virá depois dele, com a posse do vice-prefeito Ricardo Nunes (MDB), ainda é uma incógnita, por mais que compromissos de continuidade tenham sido publicamente assumidos.

O vazio deixado por Bruno Covas será sentido de modo particular no PSDB, seu partido, que não atravessa bom momento e não mostra força no jogo político. Bruno queria retomar a orientação original tucana, de perfil social-democrático. Buscava aproximar as alas partidárias que hoje se engalfinham numa luta interna tóxica, contaminada pelas eleições de 2022, a que se dedica intensamente o governador paulista João Doria. 

Bruno Covas fará falta na vanguarda de uma articulação interessada em qualificar o que tem sido chamado de centro democrático, composto com a direita liberal e a esquerda social-democrática, numa frente que se proponha a ser o vetor de uma coalização que mantenha e aprofunde a democratização no País, combinando-a, firmemente, com um reformismo social a cada dia mais indispensável. Fazer com que essa perspectiva ganhe corpo e se viabilize será uma homenagem à memória de Bruno.