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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Deng Xiaoping morreu (1997). Ele foi um dos grandes estadistas que o mundo conheceu no final do século 20. A China e o mundo lhe devem muito.

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23 de fevereiro de 1997 — A economia de mercado chinesa

Jornal do Brasil: Morre Deng Xiaoping
O político e líder comunista chinês Deng Xiaoping implantou a partir de 1978 as reformas que fizeram da China o país com maior crescimento econômico do planeta. No campo diplomático, reatou relações com os Estados Unidos e o Japão, além de se reaproximar da ex-União Soviética. 
A estratégia de Deng baseou-se na modernização de quatro setores: agricultura, indústria, ciência e tecnologia, e área militar. O dirigente chinês consolidou o ciclo de transformações com a criação de Zonas Econômicas Especiais (ZEE). Nessas regiões eram concedidas condições especiais para a instalação de empresas estrangeiras desde que estas firmassem parcerias com empresas chinesas. Primeiro as ideias eram testadas nos municípios e nas províncias e só depois eram implantadas gradualmente em todo o país.

As ações foram resumidas em três slogans — "socialismo com características chinesas", "economia socialista de mercado" e "ser rico é glorioso" — que buscavam conciliar o passado comunista com a economia de mercado. 

Deng também foi quem abriu caminho para a solução da chamada questão de Hong Kong e de Macau, com a criação da fórmula "um país, dois sistemas". Segundo o acordo, Hong Kong e Macau, que eram antigas colônias do Reino Unido e de Portugal respectivamente, poderiam continuar a praticar o capitalismo or 50 anos depois de serem reintegradas à China socialista.

Massacre da Praça da Paz Celestial
O desenvolvimento social e econômico foi notável, mas os avanços democráticos foram poucos. Deng defendeu até o fim do seu governo a existência de um partido único e manteve controle rigoroso sobre a oposição. 

Em julho de 1989, o dirigente ordenou que tropas do Exército Nacional massacrassem milhares de estudantes reunidos na Praça da Paz Celestial, em Pequim, que reivindicavam a abertura política. 

Deng abriu mão de todos os cargos e títulos vitalícios a que tinha direito em 1992, e morreu cinco anos depois em conseqüência de complicações decorrentes do mal de Parkinson.

  

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