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segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Agora não há mais dúvidas. O povo já escolheu: Presidente Lula para técnico da seleção e presidente da CBF (ao mesmo tempo)

Como sugestão, leia tudo que está escrito no artigo e faça um exercício de imaginação para transformar o episódio em um case corporativo. Como seria a história?
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Quem viu o jogo da seleção ontem, contra o Chile, se surpreendeu com a aplicação (cujo nome da moda é... atitude) dos atletas em campo. Exatamente o inverso do comportamento destes mesmos homens (jogadores profissionais) que disputavam as partidas anteriores como quem parecia estar fazendo um grande favor em servir à seleção do Brasil.
Bastou o Presidente Lula que, evidentemente, se manifestou como torcedor que é, mas também na condição de primeiro líder da nação, dissesse a verdade que todos nós gostaríamos de falar para o time do Dunga.

O que disse o Presidente Lula?
Nada fora do comum, mas tudo verdade. Vamos interpretar:
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· Joguem com raça, com orgulho de representar o Brasil,
· Respeitem o torcedor brasileiro que ama sua seleção de futebol e não admite ver jogador
"chinelinho" vestir sua camisa.
· Mirem-se no Messi, astro argentino, que corre o tempo todo para ajudar seu time.
· Em resumo, "tenham vergonha na cara quando jogarem pelo Brasil!"
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Foram estas as mensagens que o presidente Lula, sintonizado com a torcida brasileira, passou ao time do Dunga. Foi um êxtase (para nós, torcedores) e um pandemônio nos grupo de atletas. Nem vou me deter nas declarações desastrosas e infantis do goleiro Júlio César (obrigado a pedir desculpas depois) e do "técnico" (assim mesmo, entre aspas) Dunga. Eles só comprovaram como são despreparados culturalmente e mimados pela mídia.
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O efeito
Todavia a crítica do presidente-torcedor surtiu um efeito além da imaginação. Foi como se a Fada Sininho pulverizasse uns dez quilos do "Pó de Pirilimpimpim" sobre cada um dos onze homens que entraram em campo ontem, contra a seleção chilena. Estavam voando, como se fossem onze Peter Pans. Correram, lutaram por cada centímetro do campo, disputaram todas as bolas, com a "faca nos dentes" e conseqüentemente, ganharam até com certa facilidade.
Como o tema do blog não é futebol (deixo isso para o
Buteco da Bola) vamos nos fixar no efeito das palavras do Presidente Lula sobre o grupo de atletas que estava, desacreditado, em Santiago do Chile, esperando o jogo.
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1. Se não fosse o Presidente Lula quem é o efeito não seria o mesmo. Imagine se fossem o ex-presidente FHC ou mesmo o Ministro dos Esportes quem tivesse falado a mesma frase... Não teria o menor efeito.
2. O Lula, torcedor, falou - com o peso da liderança e popularidade - as verdades que estavam entaladas nas gargantas de milhões de brasileiros, que amam o futebol e a seleção, queriam dizer às estrelinhas do time de Dunga (isso mesmo, time do Dunga)
3. Um Presidente do Brasil, finalmente, assumiu publicamente a preocupação com a seleção de futebol do país. Até então os assuntos da seleção eram tratados como coisa menor. Tema pitoresco nos noticiários. Lembremo-nos do Presidente Médici e seus palpites futebolísticos (ele acertou os 4 a 1 contra a Itália na Copa de 70...). Agora não, o Presidente Lula avocou para si a posição de torcedor número um. E eles vão ter ouvir.
4. Um último efeito que posso citar é que os brasileiros levam a seleção a sério. Sofrem, discutem e vibram com ela. É um elemento de catarse nacional. Um patrimônio pessoal de cada brasileiro (e somos milhões) que gosta de futebol. Entretanto nenhum presidente da república, antes do Lula, havia dado "uma dura" nos atletas que fazem corpo mole quando vestem aquela camisa com as cinco estrelas das copas. Isso foi bom demais!
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Mudança de atitude?
Os jogadores acusaram o golpe e jogaram com uma aplicação (atitude?) nunca dantes vista nesse grupo de fraco nível técnico, mas que se julga uma constelação de astros.
A rigor, em minha opinião, antes de serem elogiados pelo empenho em campo no jogo de ontem, eles deveriam ser criticados e admoestados. Até punidos. Por quê? Ora, foi necessário que o Presidente da República desse uma cutucada nos brios desses milionários mimados para que eles voltassem a praticar o seu ofício, como sempre deveriam ter feito? Obviamente que, por trás dessa “atitude” de ontem não se pode esconder a falta dela nos jogos anteriores. Isso é grave.
O Presidente Lula não tem tempo para, em todos os jogos da seleção, dar um cascudo nas estrelinhas ou um esbregue antecipado para que eles assumam a atitude e a postura de profissionais que são. Ora essa! Onde estamos?
Por isso, fiz uma blague com o título do post. O que tudo isso demonstrou, para quem souber enxergar, é que realmente a seleção não tem comando e nem liderança. Nem da CBF, pois quem deveria ter dito o que o Presidente Lula falou era o senhor Ricardo Teixeira, presidente da entidade. Teria ele a mesma credibilidade para mudar a atitude daqueles jovens (alguns nem tanto...). Nem vou responder.

Conclusão (minha):
Longe de ser uma equipe e até mesmo um grupo esta seleção - em termos de gerência e liderança -é apenas um bando. Não tem líderes e nem liderança. São espasmódicos em suas atitudes profissionais. Aposto que no primeiro momento de descompressão vão voltar a cumprir seus "reais compromissos na seleção", ou seja: fotos para patrocinadores, entrevistas nas TVs, imagens valorizadas e contratos mais generosos. Jogar mesmo e com a já famosa atitude contra o Chile, bem, isso não é para as estrelinhas do Professor Dunga e da CBF.
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