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terça-feira, 23 de setembro de 2008

O trabalhador do século XXI. (Eugênio Mussak)

Leiam este trecho que extrai do artigo abaixo: "Nos dias de hoje, busca-se menos produtividade e mais competitividade, menos informação e mais conhecimento, menos treinamento e mais educação." [...]. Creio que esta frase pode ser uma boa vitrine para o artigo que vocês vão ler a seguir. Qual será o formato do trabalho neste século?
Esta pergunta encerra um verdadeiro turbilhão de especulações dos especialistas e... curiosos. Dizer que o "mundo está mudando" além de ser uma expressão do abominável de gerundismo é de uma ausência de inventividade a toda prova. É claro que o planeta está em transformação! Em todos os segmentos. O trabalho não foge à regra e o trabalhador idem.
Como será, então, o feitio do emprego e do empregado neste século que apenas se inicia? É a esta questão que o artigo abaixo procurar responder.
O autor -
Eugênio Mussak - é presidente da consultoria Sapiens Sapiens Desenvolvimento Integral, professor do MBA da FIA-USP e professor convidado da Fundação Dom Cabral-MG entre outras atividades. Traduzindo, é um expert no assunto. Leiam o artigo com atenção porque quem o escreveu, sabe do que está falando.
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O trabalhador do século XXI
(por Eugenio Mussak *)
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"O final do século XX traz a Revolução do Conhecimento e, com ela, novas exigências pessoais e profissionais. Estamos vendo um mundo novo, como jamais visto antes, em que a produtividade atinge patamares incríveis. Nos países desenvolvidos, em oitenta anos as horas dedicadas ao trabalho diminuíram quase pela metade (de 3 mil horas por ano para 1.600) ao mesmo tempo que a produtividade era multiplicada por 50.
Nos dias de hoje, busca-se menos produtividade e mais competitividade, menos informação e mais conhecimento, menos treinamento e mais educação. Disso tiramos as principais características do trabalhador do século XXI, cuja lista, referendada pela Unesco, coincide com as necessidades da educação para este século.
Essas qualidades podem ser resumidas em oito palavras, que nos empurram para uma profunda reflexão sobre nós mesmos: flexibilidade, criatividade, informação, comunicação, responsabilidade, em­preen­de­do­ris­mo, sociabilização, tecnologia.
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Flexibilidade
Ser flexível, em vez de especialista demais, é uma qualidade. Isso não significa que especializações não sejam importantes, mas o desejado é que as pessoas tenham capacidade de agir de acordo com as situações que se apresentam, atendendo às necessidades do mercado e moldando sua conduta com o objetivo de aumentar a competência. Flexibilidade significa capacidade de adaptação após a percepção das mudanças existentes ou das mudanças a ser propostas. A flexibilidade adaptativa, que permite que as pessoas mudem de área de atuação com naturalidade ou que as empresas mudem os portfólios de acordo com as demandas do mercado, é uma das principais vantagens competitivas modernas.
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Criatividade
A preocupação não deve ser armazenar grande quantidade de informação, pois ela está fartamente disponível nos meios de comunicação e principalmente na internet. O diferencial desejável é a capacidade de processar e utilizar as informações de forma original e inovadora. É nesse sentido que a criatividade transforma-se em um recurso moderno. Pessoas criativas inventam e reinventam, e assim ajudam a mover o mundo e conseguem se manter na crista das ondas.
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Informação
A criatividade pode suprir a falta de informação, mas ainda assim é necessário aumentar permanentemente nossa base de dados a respeito do que está acontecendo no mundo, em nossa área de atuação e em outras áreas também em virtude da profunda transversalidade dos fenômenos modernos — tudo está ligado a tudo! A velocidade dos avanços em todas as áreas do conhecimento exige educação continuada. Atualizar-se e reciclar-se constantemente compõe o cenário do chamado desenvolvimento humano.
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Comunicação
A aquisição de habilidades na comunicação e no relacionamento interpessoal é imprescindível para a qualidade do atendimento ao cliente e para a integração de grupos de trabalho. São dois aspectos que pertencem à cartilha de sobrevivência de todos os profissionais e de todas as empresas. Entender o mercado e se fazer entender por ele é vital, pois as organizações humanas, comerciais ou não, foram criadas para atender às necessidades da coletividade. Comunicar-se adequadamente com os pares, dentro das organi­za­ções, integra uma ciência nova e relevante, que é a da gestão do conhecimento.
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Responsabilidade
No novo mundo do trabalho as pessoas são mais responsáveis por suas ações e exercem com mais freqüência e intensidade papéis de liderança. Estão desaparecendo cargos e funções estanques e surgindo postos de trabalho destinados ao cumprimento de tarefas em que a responsabilidade de seu executor é cada vez mais cobrada. Ser responsável é responder por seus atos e, com alguma freqüência, pelos atos de outras pessoas pelas quais somos responsáveis.
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Empreendedorismo
Não é mais suficiente cumprir ordens e realizar bem sua tarefa. O mercado busca pessoas capazes de agregar valor ao trabalho através de ousadia, criatividade e inovação, atributos do empreendedor. Empreendedorismo não é uma qualidade exclusiva dos empresários, embora eles certamente a possuam, caso contrário não seriam o que são. Qualquer pessoa, em qualquer atividade, pode empreender uma ação que vise otimizar, melhorar, agilizar, favorecer, qualificar ou qualquer outro verbo ligado à idéia de criar um mundo melhor.
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Sociabilização
Entender as diferenças culturais é uma necessidade no mundo de hoje, que exige flexibilidade cultural para que se possa interagir globalmente. Cada pessoa deve estar impregnada da capacidade de compreender, respeitar e conectar-se com diferenças culturais e de percepção dos fatos da vida. Isso não se refere apenas a diferenças entre países, mas também, e principalmente, entre pessoas. Saber conviver com idiossincrasias pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso de uma empreitada da qual participam várias pessoas, o que é mais comum no mundo moderno, em que o artesão praticamente desapareceu para dar lugar à equipe.
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Tecnologia
É fundamental adquirir intimidade com as novas tecnologias independentemente da idade que se tenha, do nível cultural e da condição social do indivíduo. Qualquer pessoa que esteja no mercado de trabalho deve dispor-se a aceitar e a conviver com as tecnologias emergentes, em especial a informática, e a internet em particular. A tecnologia só substituirá o homem que não aprender a conviver com ela. Se o convívio for saudável, a tecnologia funcionará como um agregado importante na construção da competência pessoal e organizacional.
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* Eugênio Mussak é professor desde 1971, diretor da Sapiens – empresa de consultoria educacional e de seminários baseados em suas teorias sobre Desenvolvimento Integral do Ser Humano. É autor do livro Metacompetência, lançado pela Editora Gente. Publicado em 13/9/2006
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Para ler o artigo no site - Qualidadern - de onde o copiei clique aqui
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