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terça-feira, 24 de março de 2009

Inglaterra fecha parlamento na Irlanda e impõe seu poder. (1972)

24 de março de 1972 — Parlamento da Irlanda do Norte é fechado


Jornal do Brasil: Governo Britânico fecha parlamento note-irlandês
O primeiro-ministro da Irlanda do norte, Brian Faulkner, renunciou ao cargo por discordar da decisão do governo britânico de assumir o controle direto da província. Fualkner declarou que nem ele nem o seu governo "tem interesse em continuar com a farsa". 

O primeiro-ministro britânico Edward Heath anunciara horas antes a sua decisão de fechar o parlamento norte-irlandês, e governar a Irlanda do Norte a partir de Londres. Heath disse ainda que o exército britânico ocupou a Irlanda do Norte para evitar que qualquer organização que cometesse atos de terrorismo ou intimidasse os moradores da província, referindo-se ao Exército Republicano Irlandês (IRA) e às milícias protestantes. 

As recentes ações violentas do IRA foram uma resposta ao Domingo Sangrento, que resultou na morte de 13 pessoas que participavam de uma manifestação pacífica pelos direitos civis. Soldados ingleses foram acusados de disparar contra a multidão. Depois do episódio, o IRA dividiu-se em dois: os oficiais, que acreditavam no movimento político e na participação nos parlamentos de Londres, Dublin e Belfast, e os provisórios, que só acreditavam no terrorismo. Os protestantes se armaram, formando esquadrões da morte que assassinavam ativistas católicos e militantes do IRA. 

O líder da maioria da Câmara dos Comuns, William Withelaw, foi nomeado interventor. A decisão desagradou tanto ao IRA quanto ao movimento Vanguarda de Ulster, comandado pelos protestantes e favorável à permanência da região como província britânica.

Procurando isolar o IRA, em 1973 o governo britânico promoveu um referendo sobre a independência da Irlanda do Norte. A maioria protestante deu vitória à permanência da província no âmbito do Reino Unido. 

Os atos terroristas prosseguiram. O IRA passou a explodir bombas na Inglaterra, como o atentado que matou em 1979 Lord Mountbatten, herói de guerra e membro da família real, último vice-rei da India.

Deputado morre na prisão
Os militantes do IRA presos em 1981 iniciaram uma série de greves de fome. Bobby Sands foi o primeiro a morrer, em uma prisão de segurança máxima, depois de ficar mais de dois meses sem receber alimento algum. 

Sands, 27 anos, foi eleito deputado do Parlamento londrino enquanto estava em plena greve de fome. Entretanto, o mais jovem deputado eleito para a Câmara dos Comuns não conseguiu tomar posse, porque morreu três semanas após sair o resultado da eleição para a Câmara dos Comuns. 

Sands tornou-se um símbolo e mártir da luta da minoria católica contra o domínio inglês. Outros nove presos católicos seguiram o exemplo dele, e morreram em greve de fome.

  

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