19 DE MARÇO DE 2024 – 3ª FEIRA



FRASE DO DIA

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FRASE COM AUTOR

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quinta-feira, 24 de julho de 2008

Mobilização já! Diga NÃO à censura na Internet.

. (Clique no banner e vá ao site onde poderá assinar a petição)
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Se for para combater a censura, sob qualquer forma, contem comigo e com a Oficina de gerência. Desta campanha, então, é um prazer enorme participar. Já a tinha visto em outros blogs, mas não tinha parado, ainda, para entendê-la. Na "Vitrine de Blogs" da Oficina, hoje, vi o post da Luma - Luz de Luma - e não tive dúvidas. Se a Luma está na campanha eu entro de cabeça. Adoro aquele blog dela. Tem tudo que eu gosto. Ops! Vamos voltar ao asunto do post. Se começar a falar do Luz de Luma não paro mais.
Resolvi então assinar a petição. Meu número foi o 85.542. Veja as imagens abaixo. A da esquerda é onde está o meu nome e a da esquerda foi capturada agora às 23h50. São 423 acessos de diferença. É uma força e vai chegar fácil aos 100.000 se cada um de nós se propor a divulgar em seus blogs.
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..................Assinaturas às 15h00 (+/-) ............................................... Assinaturas às 23h50 ..
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Transcrevi o texto integral da petição. Imperdível! Um libelo em defesa na Internet livre e democrática. Uma defesa apaixonada do "blogging", que estaria fulminado com o projeto da forma em que está, com a malfadada emenda do Senador Eduardo Azerêdo do PSDB de MG.
Se você já entrou no blog da Luma deve ter visto os links que ela listou sobre a repercussão, na rede mundial, deste movimento de reação.
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ESTA PETIÇÂO AGORA É DIRECIONADA A CAMARA DOS DEPUTADOS
Na noite de 09/07 o Senado aprovou o projeto de forma velada, pegando a todos nós de surpresa. Desta forma temos de dar uma resposta á altura coletando o máximo de assinaturas possível dentre outras ações que estão sendo desenvolvidas. Não podemos desistir de exercer nosso direito á democracia.
EM DEFESA DA LIBERDADE E DO PROGRESSO DO CONHECIMENTO NA INTERNET BRASILEIRA
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"A Internet ampliou de forma inédita a comunicação humana, permitindo um avanço planetário na maneira de produzir, distribuir e consumir conhecimento, seja ele escrito, imagético ou sonoro. Construída colaborativamente, a rede é uma das maiores expressões da diversidade cultural e da criatividade social do século XX. Descentralizada, a Internet baseia-se na interatividade e na possibilidade de todos tornarem-se produtores e não apenas consumidores de informação, como impera ainda na era das mídias de massa. Na Internet, a liberdade de criação de conteúdos alimenta, e é alimentada, pela liberdade de criação de novos formatos midiáticos, de novos programas, de novas tecnologias, de novas redes sociais. A liberdade é a base da criação do conhecimento. E ela está na base do desenvolvimento e da sobrevivência da Internet.
A Internet é uma rede de redes, sempre em construção e coletiva. Ela é o palco de uma nova cultura humanista que coloca, pela primeira vez, a humanidade perante ela mesma ao oferecer oportunidades reais de comunicação entre os povos. E não falamos do futuro. Estamos falando do presente. Uma realidade com desigualdades regionais, mas planetária em seu crescimento.
O uso dos computadores e das redes são hoje incontornáveis, oferecendo oportunidades de trabalho, de educação e de lazer a milhares de brasileiros. Vejam o impacto das redes sociais, dos software livres, do e-mail, da Web, dos fóruns de discussão, dos telefones celulares cada vez mais integrados à Internet. O que vemos na rede é, efetivamente, troca, colaboração, sociabilidade, produção de informação, ebulição cultural. A Internet requalificou as práticas colaborativas, reunificou as artes e as ciências, superando uma divisão erguida no mundo mecânico da era industrial. A Internet representa, ainda que sempre em potência, a mais nova expressão da liberdade humana.
E nós brasileiros sabemos muito bem disso. A Internet oferece uma oportunidade ímpar a países periféricos e emergentes na nova sociedade da informação. Mesmo com todas as desigualdades sociais, nós, brasileiros, somo usuários criativos e expressivos na rede. Basta ver os números (IBOPE/NetRatikng): somos mais de 22 milhões de usuários, em crescimento a cada mês; somos os usuários que mais ficam on-line no mundo: mais de 22h em média por mês. E notem que as categorias que mais crescem são, justamente, "Educação e Carreira", ou seja, acesso à sites educacionais e profissionais. Devemos assim, estimular o uso e a democratização da Internet no Brasil. Necessitamos fazer crescer a rede, e não travá-la. Precisamos dar acesso a todos os brasileiros e estimulá-los a produzir conhecimento, cultura, e com isso poder melhorar suas condições de existência.
Um projeto de Lei do Senado brasileiro quer bloquear as práticas criativas e atacar a Internet, enrijecendo todas as convenções do direito autoral. O Substitutivo do Senador Eduardo Azeredo quer bloquear o uso de redes P2P, quer liquidar com o avanço das redes de conexão abertas (Wi-Fi) e quer exigir que todos os provedores de acesso à Internet se tornem delatores de seus usuários, colocando cada um como provável criminoso. É o reino da suspeita, do medo e da quebra da neutralidade da rede. Caso o projeto Substitutivo do Senador Azeredo seja aprovado, milhares de internautas serão transformados, de um dia para outro, em criminosos. Dezenas de atividades criativas serão consideradas criminosas pelo artigo 285-B do projeto em questão. Esse projeto é uma séria ameaça à diversidade da rede, às possibilidades recombinantes, além de instaurar o medo e a vigilância.
Se, como diz o projeto de lei, é crime "obter ou transferir dado ou informação disponível em rede de computadores, dispositivo de comunicação ou sistema informatizado, sem autorização ou em desconformidade à autorização, do legítimo titular, quando exigida", não podemos mais fazer nada na rede. O simples ato de acessar um site já seria um crime por "cópia sem pedir autorização" na memória "viva" (RAM) temporária do computador. Deveríamos considerar todos os browsers ilegais por criarem caches de páginas sem pedir autorização, e sem mesmo avisar aos mais comum dos usuários que eles estão copiando. Citar um trecho de uma matéria de um jornal ou outra publicação on-line em um blog, também seria crime. O projeto, se aprovado, colocaria a prática do "blogging" na ilegalidade, bem como as máquinas de busca, já que elas copiam trechos de sites e blogs sem pedir autorização de ninguém!
Se formos aplicar uma lei como essa as universidades, teríamos que considerar a ciência como uma atividade criminosa já que ela progride ao "transferir dado ou informação disponível em rede de computadores, dispositivo de comunicação ou sistema informatizado", "sem pedir a autorização dos autores" (citamos, mas não pedimos autorização aos autores para citá-los). Se levarmos o projeto de lei a sério, devemos nos perguntar como poderíamos pensar, criar e difundir conhecimento sem sermos criminosos.
O conhecimento só se dá de forma coletiva e compartilhada. Todo conhecimento se produz coletivamente: estimulado pelos livros que lemos, pelas palestras que assistimos, pelas idéias que nos foram dadas por nossos professores e amigos... Como podemos criar algo que não tenha, de uma forma ou de outra, surgido ou sido transferido por algum "dispositivo de comunicação ou sistema informatizado, sem autorização ou em desconformidade à autorização, do legítimo titular"?
Defendemos a liberdade, a inteligência e a troca livre e responsável. Não defendemos o plágio, a cópia indevida ou o roubo de obras. Defendemos a necessidade de garantir a liberdade de troca, o crescimento da criatividade e a expansão do conhecimento no Brasil. Experiências com Software Livres e Creative Commons já demonstraram que isso é possível. Devemos estimular a colaboração e enriquecimento cultural, não o plágio, o roubo e a cópia improdutiva e estagnante. E a Internet é um importante instrumento nesse sentido. Mas esse projeto coloca tudo no mesmo saco. Uso criativo, com respeito ao outro, passa, na Internet, a ser considerado crime. Projetos como esses prestam um desserviço à sociedade e à cultura brasileiras, travam o desenvolvimento humano e colocam o país definitivamente para debaixo do tapete da história da sociedade da informação no século XXI.
Por estas razões nós, abaixo assinados, pesquisadores e professores universitários apelamos aos congressistas brasileiros que rejeitem o projeto Substitutivo do Senador Eduardo Azeredo ao projeto de Lei da Câmara 89/2003, e Projetos de Lei do Senado n. 137/2000, e n. 76/2000, pois atenta contra a liberdade, a criatividade, a privacidade e a disseminação de conhecimento na Internet brasileira."
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= André Lemos, Prof. Associado da Faculdade de Comunicação da UFBA, Pesquisador 1 do CNPq.
= Sérgio Amadeu da Silveira, Prof. do Mestrado da Faculdade Cásper Líbero, ativista do software livre.
= João Carlos Rebello Caribé, Publicitário e Consultor de Negócios em Midias Sociais
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2 comentários:

  1. Fico assustado com a capacidade do político brasileiro, no minusculo mesmo, de fazer, com o perdão da palavra, merda.
    Os caras ganham uma fortuna por mês para produzir leis e atos que façam nosso país crescer e desenvolver, mas ao contrário, o que eles fazem? merda. Eu já estou começando a pensar que deve ser de propósito. É a lei que impede a polícia de entrar em escritório de advogado, lei que impede bandido de ser algemado, lei que cria 100 empregos a mais, lei que aumenta salário de todo mundo e que se dane a inflação, lei que controla televisão, só lei de merda. Meu Deus tenho 31 anos e só de imaginar que antes de morrer ou ter que escutar mais de 31 anos de merda, fico triste.

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  2. Caro amigo,
    Assino embaixo.
    Por força do ofício, conheço bem o mundo dos políticos e jamais consegui me habituar a essa “mediocridade genética” que grassa entre grande parte deles.
    Existem homens inteligentes por lá, mas são ofuscados pela "maioria criativa".
    Todavia, cada vez que fico indignado, como você agora, lembro-me que todos eles - inclusive os malfadados suplentes - estão lá porque foram eleitos pelo voto do povo. Na verdade eles representam - infelizmente - o corte social que forma nossa coletividade. Luto. Como cidadão e agora como blogueiro, para melhorar esta realidade a exemplo daquela famosa história do "Jogador de Estrelas" (veja, no blog, post com esse título).
    Você terá muito mais que 31 anos - certamente - para ajudar nessa empreitada. Não desista. Posso lhe dizer com a experiência de muitos mais anos de vida que as coisas já foram muito piores. Estamos avançando (e não é simples otimismo). Devagar, mas para frente.
    Um abraço, obrigado pela visita e principalmente pelo comentário e até breve.

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Convido você, caro leitor, a se manifestar sobre os assuntos postados na Oficina de Gerência. Sua participação me incentiva e provoca. Obrigado.