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quinta-feira, 27 de março de 2008

Erro de liderança em dois atos (Parte 1)

Introdução: para os visitantes do blog que não residem em Brasília faz-se necessário dar uma explicação sobre o "case" que vou descrever, analisar e comentar a seguir.
Dias atrás, o Secretário de Transportes do GDF (Governo do Distrito Federal), Deputado Federal Alberto Fraga demitiu-se - com estardalhaço - do seu cargo. Estava realizando um bom trabalho e tinha uma ótima aceitação junto à opinião pública.
Conhecido pelo seu temperamento impetuoso é respeitado, na sua corporação, por sua coragem pessoal e política. É um militar típico da carreira da Polícia Militar tendo alcançado, com brilhantismo profissional, o posto de coronel. Tem como seu maior feito haver liderado, como deputado federal, a campanha nacional do "não", no plebiscito a favor do desarmamento no Brasil. Saiu vitorioso e capitalizou. Foi o deputado mais votado do DF (salvo engano)
O motivo para seu pedido de demissão (carregado de mágoa) foi a exoneração sumária, determinada pelo Governador José R. Arruda e sem aviso prévio a ele, Alberto Fraga, do Comandante Geral da Polícia Militar (seu amigo e indicado, por ele, ao cargo), porque o Ministério Público o denunciou por acobertar policiais acusados de crimes militares.
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1º ATO
Antes de mais nada, vejam o vídeo da notícia que anunciou o pedido de demissão do Coronel Fraga:
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Um resumo do noticiário que saiu nos jornais:
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"O secretário de Transportes, Alberto Fraga, confirmou nesta quinta-feira seu pedido de demissão. Ele entregou carta ao vice-governador Paulo Octávio pedindo exoneração do cargo. Os dois deram a notícia em uma entrevista coletiva à imprensa na Secretaria de Transportes. Alberto Fraga, que é tenente-coronel da reserva da Polícia Militar, deixou claro que o motivo de sua saída foi o afastamento do coronel Antônio José Serra Freixo do comando da PM, anunciado pelo governador José Roberto Arruda nesta terça-feira..."
"Alberto Fraga afirmou não que não se reuniu com o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, antes de tomar a decisão de deixar o cargo. Ele começou o anúncio do pedido de demissão agradecendo o governador pela oportunidade, mas não escondeu a insatisfação com a decisão de troca do comando da PM. Arruda estava em uma solenidade no momento do pedido de demissão, e disse à imprensa que não comentaria o assunto."
Se você clicar aqui verá uma matéria integral sobre o pedido de demissão do secretário.
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2º ATO

(abaixo matéria do Correio Braziliense assinada por Lilian Taman)
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"Uma carta de demissão para duas de reconciliação o resultado é que o deputado federal Alberto Fraga (DEM) continuará à frente da Secretaria de Transportes do Governo do Distrito Federal. Ha duas semanas, ele se desentendeu com o governador Jose Roberto Arruda (DEM) e formalizou sua saída do Executivo em um documento entregue ao vice-governador, Paulo Octavio. Mas Fraga voltou atrás. Ontem, confirmou oficialmente que ficará no cargo.
De terno e gravata, rodeado de assessores e reposicionado na cadeira de secretario no Centro Administrativo de Taguatinga, Fraga admitiu ao Correio que decidiu permanecer no posto a pedido de Arruda, por pressão do partido e em favor do milionário programa Brasília Integrada - uma serie de ações de infra-estrutura que promete melhorar muito o sistema viário da capital. "Todos sabem da minha boa relação com o governador e do projeto que construímos juntos, Um deles é o de finalizar o programa de recuperação do transporte na cidade", afirmou.
A crise que gerou a demissão temporária de Fraga, no entanto, nada teve a ver com o programa de transporte para a cidade. Foi em função da demissão do chefe da Policia Militar do DF, o coronel Antonio Serra. Ha 14 dias, Arruda decidiu despedir Serra com base em denúncias formuladas pelo Ministério Publico, que acusou o ex-comandante de proteger policiais criminosos. Serra fora indicado por Fraga, que também e egresso na PM - e coronel reformado.
0 Secretário de Transportes não gostou da forma como o apadrinhado foi mandado embora. Minutos depois de ser informado pelo governador da substituição na PM, Fraga anunciou sua saída do cargo. Alegou solidariedade ao colega coronel.
Sem indícios da irritação de quando pediu demissão, Fraga avaliou ontem que foi "intempestivo" e que o governador Arruda acertou ao não ceder. "Eu faria o mesmo se estivesse no lugar dele", concordou. De posse da carta em que Arruda protocolou a intenção do governo em mante-lo no GDF, Fraga avalia que não sai desmoralizado do epis6dio. "Se haveria motivo para desmoralização se ninguém me quisesse no governo, mas não é o que parece", acredita."

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Deixo aos leitores, por enquanto, um "dever de casa". Especular sobre este estudo de caso. Para não deixar o post muito longo farei meu comentário amanhã, em novo texto (parte 2). Neste episódio, que identifico como "Exemplos da Realidade" aqui no blog, procuro analisar os erros e acertos das decisões tomadas pelas nossas figuras públicas ou da iniciativa privada. Este caso do Secretário de Transportes do Distrito Federal é rico em pontos para análise. Quais os erros cometidos? Por quem? E os acertos? Quais as previsões sobre os desdobramentos do episódio? Está encerrado? Podem especular à vontade porque as respostas são muitas. Até o post da segunda parte.
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