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José Julián Martí Pérez (Havana, 28 de janeiro de 1853 — Dos Ríos, 19 de maio de 1895) foi um político nacionalista, intelectual, jornalista, ensaísta, tradutor, professor, editor, poeta e maçom cubano, considerado um herói nacional cubano por causa de seu papel na libertação de seu país da Espanha. Ele também foi uma figura importante na literatura hispanófona. Foi muito politicamente ativo e é considerado um importante filósofo e teórico político. Através de seus escritos e atividade política, ele se tornou um símbolo da tentativa de independência de Cuba do Império Espanhol no século XIX, e é conhecido como o "Apóstolo da Independência Cubana" (em seu país natal, também chamado como «El apóstol»). Foi criador do Partido Revolucionário Cubano (PRC) e organizador da Guerra de 1895 ou Guerra Necessária. Seu pensamento transcendeu as fronteiras de sua Cuba natal para adquirir um caráter universal. Desde a adolescência, dedicou sua vida à promoção da liberdade, independência política para Cuba e independência intelectual para todos os hispano-americanos; sua morte foi usada como um grito pela independência cubana da Espanha tanto pelos revolucionários cubanos quanto pelos cubanos anteriormente relutantes em iniciar uma revolta.

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terça-feira, 23 de agosto de 2011

Juíza Patrícia Acioli, um D.Quixote nesse mundo louco e corrompido.


N
ão consigo me conformar com o assassinato da juíza Patrícia Acioli. Eu e tenho certeza, toda a opinião pública do Brasil estamos em estado de choque e mais que indignados. 


A cada dia que leio ou vejo uma nova reportagem sobre a juíza mais me emociono e me apaixono por sua personagem extraordinária. Ela era tudo aquilo que nós, os seres humanos que defendemos o lado certo da sociedade gostaríamos de ser. 
Corajosa, dedicada, estudiosa, defensora dos injustiçados... Era mais ainda, era mãe e dona de casa. Uma personalidade forte, destemida, fascinante e surpreendente. Uma pessoa realmente especial por tudo que dizem dela as pessoas que a conheceram e as histórias que contam sobre seu modo e filosofia de vida.
Pelo que tenho acompanhado na mídia sua personagem lembra muito o grande Dom Quixote de La Mancha.  Com obstinação pelo trabalho e busca incessante pelo ideal da justiça aplicando a lei com rigor, clareza e precisão devia parecer mesmo um D. Quixote nesse mundo louco e corrompido.  Só que foram os moinho de vento que a mataram.
É lamentável que os heróis e heroínas da cidadania sejam vítimas pode-se dizer, indefesas, de seus predadores. São eles os mesmos criminosos que afrontam as leis e contam, como vantagem, com as “benesses” de um sistema corrompido, lento e complacente que os protege com o manto da impunidade. A juíza Patrícia não queria saber de conversa. Era rápida, rigorosa e proferia suas sentenças de acordo as estritas prescrições da lei. Era uma JUIZA com todas as letras e pagou com sua vida por defender a sociedade.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1fRqfSSx6kXVAWs78mCMBUkbqT7K_RMBUPDbHu2tRts_vpL8GZsA5H23uKce87luIOsd1NTfHn1VgQs_vlAYFCm45bAy_kWpwDE2AZ5X8f4rWD5M-qm6AmqTt2r3q5S1rOlhkBM7QVG9O/s400/colan+Don-Quixote-Windmill.gifSeu assassinato não pode cair no esquecimento, não pode sair da mídia, não pode ser tratado como algo comum no mundo da violência urbana. A opinião pública do Brasil exige que esse crime seja descoberto e punido com a mesma presteza e rigor com que ela agia. É o mínimo que a cúpula do sistema judiciário pode fazer depois de ter-lhe negado a proteção sabendo que ela era uma juíza permanentemente ameaçada. Chega às raias do hilário as explicações que dirigentes do poder judiciário estão produzindo quando inquiridos pela absoluta falta de segurança a que foi submetida a juíza Patrícia. Foi uma morte "anunciada". Absurdo! Devem estar todos arrependidos.
De tudo que li sobre a morte de Patrícia Acioli a crônica abaixo, de autoria de RuyCastro, foi a que mais se aproximou do meu sentimento de indignação e revolta pela perda dessa guerreira Jedi, na luta contra o lado negro da força. Não fora pela inteligência e brilho de Ruy Castro até poderia me surpreender, mas não! Um mestre do texto como ele não poderia escrever nada menos que esta mensagem importante que vocaliza o sentimento da opinião publica em relação ao assassinato da Juíza Patrícia. Deve ser lida por todos os brasileiros que se preocupam com a cidadania, com a liberdade e o combate ao crime.
Espero que a memória da Juíza Patrícia Acioli possa receber a homenagem que sua grandeza merece. Nada menos que a prisão e o julgamento rigoroso dos seus assassinos se impõem seja qual for o custo que o Estado venha a arcar. Tenho certeza que a personagem da juíza inspirará livros, reportagens e documentários que irradiarão sua luta e idealismo para as gerações atuais e futuras. Sua vida daria um filme  e seria bem vindo para marcar sua força e coragem.







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RUY CASTRO


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Proteção compulsória

 Em "O Falcão Maltês", o romance de Dashiell Hammett que, em 1930, consagrou a linha de policiais realistas na literatura, Miles Archer, sócio do detetive particular Sam Spade, é assassinado em meio a uma investigação. Spade tinha relações apenas profissionais com Archer. Na verdade, nem gostava muito dele e ainda dava umas voltinhas com sua mulher. Mas a morte do parceiro o obriga a sair para desvendar o crime. "Quando matam o sócio de um detetive, é ruim para os negócios", diz Spade.
Imagine então o assassinato (ou execução) de um juiz. Não é ruim apenas para os negócios da lei, mas para todo o tecido social. É um recado que os bandidos estão mandando para promotores, jurados, juízes e demais envolvidos na comunidade legal: o de que tomem cuidado nos próximos julgamentos.
Na verdade, é um ato quase simbólico porque, no decorrer de um processo, nem tudo deveria ir para a conta do juiz. É a polícia que investiga, o promotor que acusa e o júri que julga. Mas quem conduz os trabalhos, define as sentenças e aplica a lei é o juiz. Do ponto de vista do réu, ele é a palavra final, o martelo fatal, a lei em si.
E, embora a lei seja teoricamente uma só, os martelos podem ser mais leves ou mais pesados. O da juíza Patrícia Acioli, morta a tiros na semana passada em Niterói, estava nessa última categoria -o que a tornava um alvo preferencial de vinganças. A hipótese de ter sido um crime passional, por ciúme, não altera a possibilidade de que seus desafetos um dia a pegassem.
O que espanta é que uma pessoa nas suas condições circulasse tão exposta. Se qualquer deputado marca barbante vive cercado de aspones para lhe carregar a pasta, abrir a porta do carro e protegê-lo à custa do Estado, por que um juiz, tão mais visado, não teria segurança compulsória -mesmo contra a sua vontade- e permanente?


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