10 DE OUTUBRO DE 2024 | 5ª FEIRA | DIA MUNDIAL DA SAÚDE MENTAL



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terça-feira, 12 de outubro de 2010

O AVC é um assassino à solta no mundo corporativo. Siga suas pistas...

Quando li essa matéria na revista Saúde não pude resistir à tentação de compartilhá-la com os leitores do blog. Mantenho uma tag que chamo de "Dicas de Saúde" onde reproduzo artigos e reportagens que diga respeito às doenças do mundo corporativo. Sim! Isso mesmo! Doenças do ambiente de trabalho. Stress, depressão, hipertensão e uma lista infindável de patologias que estão coladas à atividade dos empregados, executivos, líderes, gerentes e todos os habitantes do planeta das corporações.
A "rainha" dessas doenças (expressão pejorativa) é o AVC. São incontáveis os casos de AVC que ocorrem entre os homens (mais) e mulheres(menos) por conta dos seus envolvimentos nos assuntos de seus trabalhos. Existem inumeras pesquisas a respeito e essa relação hoje em dia é aceita sem discussão.
Por isso interessei-me pelo artigo. Achei-o muito bem estruturado e em linguagem simples e direta. Procurei no "oráculo" (Google) e o reproduzo na íntegra aqui no blog. É uma informação e uma contribuição da Oficina de Gerencia a todos quantos estejam nessa trilha do trabalho intenso que é tanto prazerosa quanto perigosa. Leiam o texto com atenção e pelo menos vejam quais as "pistas" indicadas no estudo que a revista apresenta que possam estar apontando para você.

10 pistas que anunciam um derrame

Você e seu médico podem formar uma dupla de detetives e investigar os fatores de risco que culminam em um acidente vascular cerebral. Eles acabam de ser mapeados em um novíssimo estudo, conduzido em 22 países. Chegou o momento de denunciá-los e agir a tempo para prevenir um golpe avassalador sobre a massa cinzenta

por Diogo Sponchiato


http://saude.abril.com.br/imagens/arquivo/sum_capa_0327.jpgO jogo que iremos propor a você nestas páginas tem consequências reais sobre a sua qualidade de vida e oferece como recompensa a chance de escapar, no futuro, de um dos maiores assassinos da humanidade. 
Popularmente chamado de derrame, o acidente vascular cerebral, ou AVC, é a causa de morte número 1 no Brasil — são mais de 90 mil por ano. Quando não concede um ponto final à existência de alguém, ele se vinga e deixa sequelas. 
Para formar uma rede de proteção contra a ameaça, cientistas do mundo inteiro avaliaram 6 mil pessoas — metade saudável e o restante vítima de um AVC — e apuraram os indícios que antecedem o ataque. 
O resultado desse trabalho, batizado de Interstroke e publicado na revista científica The Lancet, são pistas preciosas que estão ligadas a uma probabilidade 90% maior de um derrame, seja ele isquêmico, seja hemorrágico. “O estudo reforça, com dados de populações de origens diferentes, quais são os fatores de risco para o problema”, analisa o neurologista Jefferson Fernandes, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo. 
Agora, é a sua vez de entrar no jogo, identificando e corrigindo os erros que permitem ao bandido continuar à solta.

1 Pressão alta
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A hipertensão é o tipo de pista impossível de ver a olho nu e que fica na surdina durante anos. É o principal fator de risco para o derrame. Patrocina a versão isquêmica, marcada pelo entupimento de uma pequena artéria, e ainda mais a hemorrágica, quando o vaso estoura e o sangue extravasa. 
“A pressão alta tem um impacto maior sobre o cérebro do que sobre o coração”, alerta Jefferson Fernandes. “Os vasos finos que irrigam a massa cinzenta têm uma menor resistência e, assim, são mais comprometidos”, afirma o cardiologista Fernando Nobre, presidente da Sociedade Brasileira de Hipertensão. 
Como a doença é silenciosa, precisa ser flagrada antes de soar o alarme. “É recomendável medir a pressão pelo menos uma vez por ano”, diz Nobre. Além disso, praticar atividade física e não ingerir mais do que 5 gramas de sal por dia ajuda a controlá-la.

2 Cigarro
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Eis um velho criminoso que serve de combustível para uma autêntica pane cerebral. “O fumo tem cerca de 4 mil substâncias nocivas à saúde e favorece o aumento da pressão e dos níveis de colesterol”, alerta o neurologista Alexandre Maulaz, do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre. “Ele ainda ataca o endotélio, a camada mais íntima do vaso, contribuindo com a sua obstrução.” Esses estragos explicam por que as baforadas sopram a favor de um bloqueio na passagem do sangue pela artéria. “O estudo mostra, porém, que mesmo após alguns meses sem o cigarro há uma diminuição do risco de derrame”, conta o neurologista Gabriel Rodriguez de Freitas, coordenador do Departamento de Doenças Cerebrovasculares da Academia Brasileira de Neurologia. O clichê recebe o carimbo da ciência: nunca é tarde para abandonar o vício.

3 Falta de atividade física
http://wp.clicrbs.com.br/vidasaudavel/files/2010/02/gordotv.jpgÉ preciso correr atrás dessa pista, quer dizer, correr contra esse fator de risco, o sedentarismo. Também vale caminhar, nadar ou exibir seus dotes de atleta. 
O importante é sair de casa e se movimentar no parque ou na academia, realizando um exercício aeróbico entre três e cinco vezes por semana. Seu cérebro irá agradecer tanto suor por dois motivos. O primeiro é fechar o cerco à obesidade. “O excesso de peso colabora com a hipertensão e o aparecimento do derrame”, alerta Alexandre Maulaz. 
O segundo item diz respeito aos serviços prestados diretamente aos vasos. A corrida e a caminhada derrubam as taxas de colesterol ruim, o LDL, e ajudam a alavancar a fração do bem, o HDL. As artérias cerebrais ganham pontos, ainda, nos quesitos integridade e elasticidade, tornando-se mais imunes às condições propícias aos AVCs.

4 Níveis elevados de certas proteínas
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5 Gordura abdominal
http://static.blogstorage.hi-pi.com/photos/projetoinovador.spaceblog.com.br/images/gd/1203515949/Gordura-abdominal.gifDá para comparar a barriga a um tanque de guerra, que, quando dispara, atinge o alvo a uma distância considerável. O alvo, no caso, é a cabeça. 
A pesquisa realizada em escala global prova a conexão entre a pança e a maior incidência de AVCs. Tudo culpa da gordura que se acumula abdômen adentro. Ela funciona, com o perdão de outra comparação, como uma usina. “Esse tecido fabrica substâncias inflamatórias”, aponta Freitas. Elas, por sua vez, têm acesso livre à circulação e, assim, estimulam a formação das placas que sufocam as artérias. 
Imagine se um vaso um pouco mais grosso do que um fio de cabelo fica refém do incêndio... É derrame na certa. Medir a circunferência do ventre fornece o valor exato dessa pista, que, cá entre nós, pode ser vista de longe. Os homens não devem ultrapassar a marca dos 102 centímetros. Entre as mulheres, o limite para a silhueta é 88 centímentros.

6 Diabete
http://www.braile.com.br/pacientes/saude/diabete2.gifA sobrecarga de açúcar no sangue também enferruja a rede de encanamento que vasculariza os quatro cantos do corpo. Por essas e outras, diabéticos enfrentam mais problemas circulatórios, que afetam os pés, os olhos, o coração e... sempre ele, o cérebro. “O distúrbio danifica tanto as artérias maiores quanto as menores”, afirma Maulaz.
Com relação às carótidas, vasos de grande calibre situados no pescoço, níveis elevados de glicose fomentam a construção das temíveis placas de gordura, boicotando o abastecimento cerebral. “No caso das artérias minúsculas, ocorrem lesões na camada de células que reveste o interior dos vasos”, completa o neurologista. Assim, os vasinhos que regam a massa cinzenta deixam de fornecer oxigênio e nutrientes e os neurônios ficam à mercê da sorte.

7 Dieta desequilibrada
http://www.metropolionline.com.br/wp-content/uploads/2008/02/cantina250x200.jpgTudo passa pelo prato, inclusive a longevidade do cérebro. Um cardápio desregrado alimenta as alterações vasculares que semeiam o derrame. “A primeira recomendação é maneirar no sódio e investir no cálcio dos derivados do leite e nos vegetais ricos em potássio para ajudar a regular a pressão”, já adianta a nutricionista Isabela Pimentel Mota, do Hospital do Coração, em São Paulo. Além de recorrer ao leite e ao queijo magro, à couve e à banana, convide à mesa fontes de ômega-3, como o salmão, a sardinha, o atum e a linhaça, que garantem flexibilidade às artérias. “Já a aveia e a soja têm componentes que auxiliam a evitar as placas de gordura”, diz Isabela.
Redutos de antioxidantes, o café e o chocolate amargo reduzem o processo oxidativo que dá pontapé inicial ao arruinamento do vaso. “Também é importante maneirar nas gorduras saturada, presente na carne vermelha, e trans, dos produtos industrializados”, orienta Isabela.

8 Doenças do coração
http://www.corposaun.com/wp-content/uploads/2010/06/Doen%C3%A7as-card%C3%ADacas.jpgEm termos de fatores de risco, o órgão que bombeia o sangue é praticamente um irmão gêmeo do cérebro. E quando o músculo cardíaco não funciona direito ou já pifou alguma vez a massa cinzenta pode sofrer retaliações. “Alguns tipos de arritmia ocasionam a formação de coágulos que podem chegar até a cabeça e obstruir uma artéria, provocando um AVC”, conta Fernandes.
Indivíduos que já tiveram um infarto carecem igualmente de mais atenção. Neles, uma área do coração costuma deixar de se contrair a contento e o sangue estaciona ali, financiando coágulos que viajam até a cachola. Por isso, é crucial passar por checkups cardiológicos anuais e, se já tiver um problema cardíaco, seguir o tratamento aliado a um estilo de vida saudável.

9 Álcool em excesso
http://cariocanocerrado.com/wp-content/uploads/2008/02/bebado.jpgMeu bem, meu mal: podemos pegar o refrão emprestado na hora de rotular a bebida alcoólica em matéria de saúde cardiovascular.
Há uma porção de pesquisas indicando o efeito protetor de uma ou duas doses etílicas — o vinho, por também ostentar substâncias antioxidantes, recebe a maior parte das honrarias. No entanto, o abuso demole as vantagens e ainda prejudica as artérias.
No estudo Interstroke, pessoas que consumiam mais de 30 drinques por mês ou protagonizavam bebedeiras frequentes estiveram na linha de frente dos derrames. “O risco aumenta ainda mais para o AVC hemorrágico”, destaca Gabriel de Freitas. Seria um efeito rebote? Ainda não há explicações exatas, mas uma das hipóteses é a de que álcool em demasia faça a pressão subir.

10 Estresse e depressão
http://t0.gstatic.com/images?q=tbn:Um18iK55Pje_qM:http://i273.photobucket.com/albums/jj226/mattanasdicaelazer/0stress.gif&t=1Um comandante equilibrado organiza melhor as suas tropas e evita um ataque-surpresa. Com o cérebro não é diferente. O trabalho intercontinental atesta o elo entre AVCs, estresse e depressão.
Sabe-se que a tensão diária empurra a pressão arterial para cima. “Já os deprimidos não tratados acabam se cuidando menos e praticando pouca atividade física”, pontua Freitas. Suspeita-se também que um organismo sob estresse ou depressão fique mais sujeito a processos inflamatórios.
A ordem é balancear a tensão, distraindo-se com algo prazeroso, e procurar um médico quando o desânimo não some. Além de fresca, a cuca deve permanecer ativa. “Quem treina os sentidos e o intelecto e, mesmo assim, sofre um derrame se recupera melhor”, diz Pinto. Agora que você conhece as regras do jogo, sabe o que fazer para seu cérebro sair como vencedor.
Entre o entupimento e a explosão

Entenda o que acontece nas duas principais versões do derrame
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Isquêmico
É o acidente vascular cerebral mais comum, correspondendo a oito em cada dez casos. A origem do problema está na obstrução de um vaso, geralmente muito pequeno, que irriga a massa cinzenta. Ele pode ser vitimado por uma placa formada no próprio local. “Ou, então, é entupido por um coágulo que se desprende de uma placa situada em uma artéria maior”, conta Jefferson Fernandes. O desfecho dessa história é que uma região do cérebro deixa de ser abastecida e, com isso, vários neurônios morrem sem receber oxigênio e nutrientes.

Hemorrágico
Intimamente relacionado à hipertensão, esse tipo abrange cerca de 20% dos episódios de AVC. “Com o aumento da pressão dentro dos vasos, formam-se balõezinhos na parede das pequenas artérias. Eles, então, incham e estouram”, descreve Fernandes. “Aí, ocorre um sangramento dentro do cérebro, capaz de distorcer sua anatomia”, explica o neurocirurgião Fernando Campos Gomes Pinto, do Hospital das Clínicas de São Paulo. A versão hemorrágica é a mais letal. “Mais de 30% das vítimas acabam morrendo”, lamenta Pinto.

A hora do ataque
Conheça os indícios que prenunciam o derrame e como os médicos o contêm

Os sinais
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“Tanto o AVC isquêmico quanto o hemorrágico podem começar com os mesmos sintomas”, conta o neurologista Antônio Cezar Galvão, do Hospital Nove de Julho, em São Paulo. São eles: paralisia ou dormência de um lado do corpo, dificuldade para falar ou enxergar e problemas de coordenação motora. “Dores de cabeça súbitas e violentas também indicam o problema, sobretudo o hemorrágico”, diz Galvão. Há vítimas que entram em coma logo depois do golpe.

O atendimento  
http://blog.1dia.net/wp-content/uploads/2010/06/avc.jpg
Quanto mais cedo ele é feito, melhor — estão em jogo a vida e a dimensão das lesões e das sequelas. Chame o resgate ou leve o indivíduo a um hospital com serviço de neurologia. “O paciente com AVC é sempre prioridade absoluta”, diz a neurologista Gisele Sampaio Silva, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. “Ele será submetido a exames como a tomografia de crânio, que aponta qual é o tipo de derrame.”

O tratamento
A versão isquêmica tem de ser remediada em cerca de quatro horas. “Injetamos uma substância capaz de dissolver o coágulo que está entupindo a artéria no cérebro”, explica Galvão. “Mas, depois de quatro horas, o medicamento pode induzir sangramentos.” Já o AVC hemorrágico costuma cobrar cirurgia. “A intenção é remover o hematoma e criar espaço para o tecido cerebral que estava comprimido”, conta Fernando Pinto.

2 comentários:

  1. Belo artigo, aliás, redundante isso na Oficina.
    Roubei na integra para o Health.
    Espero não ser processado como plagiador descarado.
    Abraços meu querido amigo, saudades.

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  2. Querido amigo Gato Guga,

    Grato mais uma vez pela visita (principalmente) e pelo comentário. Os elogios vindos de você, um campeão da blogosfera, são suspeitos. Vou creditá-los à nossa amizade. cada vez mais estreita.
    Você? Um plagiador? Nunca meu brother! Na Oficina de Gerencia vossa mercê é Presidente de Honra. Tudo que quiser está autorizado a "plagiar".
    Um grande e fraterno abraço.
    Ah! Coloquei uma "chamada" na Oficina para o pessoal votar no My Blog Health para o TopBlog. Parabéns por estar no Top 100 da Saúde. Mais do que merecido.

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Convido você, caro leitor, a se manifestar sobre os assuntos postados na Oficina de Gerência. Sua participação me incentiva e provoca. Obrigado.