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e fossemos empilhar todos os livros, vídeos e artigos que já se produziu neste mundo sobre o tema "Negociação" creio que teríamos uma torre dez vezes maior que a torre de Burj Khalifa. Por isso mesmo nem vou me dar o trabalho de apresentar o artigo abaixo. Digo-lhes apenas que é um excelente texto sobre a arte da negociação apresentado-a de forma diferente e rara; Gostei muito!
O que eu achei mais interessante foi o autor colocar a negociação no mesmo patamar de outras grandes habilidades gerenciais como saber planejar e saber executar. Aliás, ambas as habilidades só se completam no bojo de muito talento para negociar.
Quero dizer com isso que saber negociar - para quem esteja ou almeja galgar posições nas suas corporações - é como desenvolver a qualidade da "feitiçaria corporativa". Um bom negociador é como um daqueles antigos magos que aparecem nas histórias: de repente, não mais que de repente ele faz um truque e alcança o bom resultado para os acordos.
Não existe um líder de sucesso ou gerente qualificado - em qualquer campo da atividade humana - que não tenha a desenvoltura de saber bem negociar. Sim! Porque não basta "saber", tem que negociar bem e conseguir os resultados a que se propôs.
Não existe um líder de sucesso ou gerente qualificado - em qualquer campo da atividade humana - que não tenha a desenvoltura de saber bem negociar. Sim! Porque não basta "saber", tem que negociar bem e conseguir os resultados a que se propôs.
Por isso o artigo de Luis Felipe Cortoni tem ótima qualidade. Ele conseguiu uma forma diferente de escrever sobre negociação e com isso chamou a atenção dos leitores - como estou fazendo agora - e colocou ótimos conceitos para reflexão. Leia a frase que pincei aleatoriamente no texto de Cortoni só para despertar sua curiosidade...
- [...] "Pode–se dizer que a negociação tornou–se um pré–requisito ao aspirante de postos gerenciais, porque não se concebe o exercício da gestão sem a presença desta habilidade." [...]
Negociação ganha status de habilidade gerencial
.O profissional que aspira postos gerenciais deve entender que a habilidade na negociação é tão importante quanto o planejamento e a gestão de pessoas. Veja aqui os erros que mais cometemos. Por
.O profissional que aspira postos gerenciais deve entender que a habilidade na negociação é tão importante quanto o planejamento e a gestão de pessoas. Veja aqui os erros que mais cometemos. Por
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Mudanças na nossa concepção de organização (assumindo os conflitos internos como inerentes ao sistema, considerando as divergências de interesses e posições funcionais como legítimas) fizeram com que a habilidade de negociação amplificasse sua utilidade.
Quer dizer, estruturas mais complexas, diversidade de públicos internos e externos, relações globalizadas foram alguns dos elementos que determinaram que gestores deveriam orquestrar as atividades de pessoas e de funções internas e externas, visando firmar acordos sólidos, solucionar conflitos, buscar convergências.
Os erros mais comuns
Muito se falou e se escreveu sobre como desenvolver esta habilidade, agora considerada gerencial: o acordo ganha, os estilos de negociação que facilitam (ou dificultam), estratégias e táticas etc. No entanto, nunca é demais salientar a ocorrência de alguns erros básicos nos processos de negociação que impedem o encontro de soluções adequadas.
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Acreditar na argumentação pura e simplesmente
É normal que consideremos, durante um processo de negociação, que nossos argumentos são poderosos e imbatíveis. No entanto, não é a nós mesmos que nossos argumentos devem convencer, e sim ao nosso interlocutor. Mais ainda, para cada argumento apresentado, nosso interlocutor tem pelo menos dois para rebatê–lo, que ele também acredita serem imbatíveis.
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Pressionar o interlocutor ou subestimá–lo
Neste caso, a questão é muito simples, pois se imagina que pressionando o interlocutor ele cederá, quando o efeito é exatamente o contrário: quanto mais pressionado maior sua defesa e portanto maior a dificuldade de se chegar a um acordo. Da mesma maneira, acredita–se que o interlocutor não tenha argumentos, resistência e nem armas para nos pressionar.
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Não estar disposto a ceder, não formar o nós
Pode–se comentar este erro através da própria definição de negociação: processo pelo qual as partes se deslocam de suas posições inicialmente divergentes a um ponto no qual possam alcançar um acordo. Se nós vamos ou queremos negociar precisamos abrir mão de nossas posições para formar uma terceira, que não é a nossa nem a do nosso interlocutor, mas uma posição onde o acordo é confortável para os dois. Se nós não temos esta atitude estamos fazendo qualquer outra coisa, menos negociando.
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Demonstrar triunfo ao final
Este parece um erro básico e infantil, no entanto ainda muito frequente. Óbvio, ninguém gosta de saber que foi vencido ou que poderia ter saído do processo com mais algumas vantagens que não conseguiu. A reação do interlocutor a este comportamento pode ser a retomada do processo e o suposto final se transforma em um novo começo de discussão.
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Participar sozinho de negociações complexas
Mais pessoas sempre ajudam no momento das negociações complexas. Sempre nos sentimos mais fortes e apoiados na presença de outros e isto algumas vezes também faz com que nosso interlocutor nos veja de outra maneira. No entanto a fase de preparação e de acertos entre os parceiros é fundamental. Cada um deve saber o que fazer, como e quando fazer. Parceiros mal acertados podem significar fracassos na negociação.
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As dicas poderiam continuar. No entanto a habilidade de negociar não se desenvolve apenas com leituras e muito menos através de dicas.
O pretendente a desenvolvê–la deve, antes de tudo, fazer um exame de auto–conhecimento e levantar seus pontos reconhecidamente positivos e negativos em relação a esta habilidade.
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O processo de desenvolvimento se dá fundamentalmente através de workshops e seminários onde a simulação e o feedback sejam a metodologia central do trabalho. Sem saber como cada um age durante a negociação dificilmente se pode desenvolver adequadamente tão complexa habilidade. Por fim, a leitura sempre apoia a aprendizagem, porém não pode ser considerada a peça central do processo de desenvolvimento.
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