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terça-feira, 9 de novembro de 2010

Seu chefe não é ético. O que fazer? (The New York Times/Folha de São Paulo)

N
ão queiram viver essa experiência! Ter um chefe que não cultive princípios éticos (seja gerente, diretor ou presidente, não importa) é um dos maiores tormentos que um empregado pode ter.
Felizmente não passei por essa, mas conheço casos e tive colegas que sofreram muito por conta dessa relação desagradável.
Um individuo que esteja exercendo uma função de chefia qualquer, seja qual for, não pode abrir mão dos mais comezinhos valores que estejam abrigados pelo manto da ética.
No site "Sua Pesquisa" encontrei, entre dezenas de outros que pesquisei no Google, um bom texto sobre a conceituação do que seja Ética: 
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"O termo ética deriva do grego ethos (caráter, modo de ser de uma pessoa). Ética é um conjunto de valores morais e princípios que norteiam a conduta humana na sociedade. A ética serve para que haja um equilíbrio e bom funcionamento social, possibilitando que ninguém saia prejudicado. Neste sentido, a ética, embora não possa ser confundida com as leis, está relacionada com o sentimento de justiça social. 
A ética é construída por uma sociedade com base nos valores históricos e culturais. Do ponto de vista da Filosofia, a Ética é uma ciência que estuda os valores e princípios morais de uma sociedade e seus grupos.
Cada sociedade e cada grupo possuem seus próprios códigos de ética. Num país, por exemplo, sacrificar animais para pesquisa científica pode ser ético. Em outro país, esta atitude pode desrespeitar os princípios éticos estabelecidos. Aproveitando o exemplo, a ética na área de pesquisas biológicas é denominada bioética.
 Além dos princípios gerais que norteiam o bom funcionamento social, existe também a ética de determinados grupos ou locais específicos. Neste sentido, podemos citar: ética médica, ética de trabalho, ética empresarial, ética educacional, ética nos esportes, ética jornalística, ética na política, etc. Uma pessoa que não segue a ética da sociedade a qual pertence é chamado de antiético, assim como o ato praticado. "


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Quando nos detemos sobre a questão surge logo uma verdade incontestável. Ética não pode ser definida como um simples conceito. Não se pode reduzir tudo a um adjetivo do tipo "Fulano é ético" ou "Sicrano não tem ética". É muito mais que isso. Não serei eu quem irá querer deslindar esse enigma milenar. 
Apenas direi, com a experiencia de 65 anos de vida e mais de 40 trabalhando, que o comportamento ético  está ligado a um chip com sensor que cada um de nós tem  (ou não tem) em seu "sistema operacional". O chip vai sendo alimentado e o sensor refinado e aprimorado desde a infância mais tenra. É por meio deles que cada  um de nós vai saber como agir em todas as situações que nos exijam  atitudes éticas. Nessas ocasiões o sensor vai dar, automaticamente, um sinal  de alerta. Quem não alimentou o chip e não tem o seu sensor funcionando ou defeituoso não conseguirá optar corretamente quando os princípios éticos se impuserem. Perdoem a simplicidade da imagem, mas é a forma que encontrei para me expressar agora. E fico por aqui.
Nesse texto apenas faço a introdução a um excelente artigo que "capturei" do caderno "New York Times" que a Folha de São Paulo publica todas as quintas feiras e do qual sou um leitor assíduo e atento.
O texto foi escrito por uma conceituada jornalista norteamericana chama Eilene Zimmerman (o perfil dela está no texto) e é apresentado no formato de perguntas, respostas e breves comentários que podem ser registrados como dicas importantes para quem esteja sob o jugo de uma chefia que não conhece as regras mais básicas da ética no trabalho, ou seja, está com o conjunto chip/sensor defeituoso.



São Paulo, segunda-feira, 08 de novembro de 2010



Lidando com um chefe antiético  
Por Eilene Zimmerman*


P. Seu chefe pediu para você fazer algo que parece antiético. Como você pode saber se sua suspeita está correta?
R. A intuição é sempre muito confiável, disse Stephen Paskoff, o presidente da Employment Learning Innovations, uma empresa de Atlanta especializada em submissão no ambiente de trabalho, ética e treinamento comportamental.

É claro que existem outros sinais como "ser aconselhado a não contar para ninguém, que tal coisa você terá de fazer somente uma vez, não registrar nada daquilo em papel ou que todas as pessoas fazem isso", disse Paskoff. E receber a ordem de realizar atividades como fabricar ou destruir documentos, mentir para os clientes, enfim, qualquer coisa fora da normalidade dos negócios deve levantar suspeita, afirmou.
Se os sinais são mais nebulosos que esses, pergunte para alguém que confie. Você deve discutir os efeitos potenciais de qualquer comportamento que venha a adotar, disse Steven Mintz, um professor de contabilidade especializado em ética da Universidade Estadual Politécnica em San Louis Obispo. É também possível que você tenha entendido mal o pedido. Peça a seu chefe que repita. A repetição dá uma chance para que seu chefe pense novamente, disse Kirk Hanson, professor de ética social e diretor-executivo do Centro de Aplicação da Ética Markkula da Universidade Santa Clara.

P. Se você tiver objeções, como deve se posicionar?
R. Evite confrontar. Pergunte: "Nós temos uma política sobre isso?"

"Você não quer dizer, 'você é antiético'. Em vez disso, concentre-se para entender a situação corretamente", disse Hanson. Depois, você pode explicar o porquê de se sentir desconfortável.
Mary Gentile, pesquisadora escolar experiente da Universidade Babson em Massachussets e autora do livro "Giving Voice to Values", disse que pessoas que sugerem com sucesso outros caminhos sempre mostram que entendem as preocupações por trás do negócio. "Eles dizem, por exemplo, 'eu sei que nós precisamos fazer com que as vendas cresçam, mas acho que obteremos mais sucesso se fizermos X do que Y'", disse.

P. E se seu chefe insistir, indiferente aos seus receios?
R. Então, você terá de recorrer a alguém acima do seu chefe. 

Mas redija primeiro um texto descrevendo como foi a conversa com seu chefe, disse Mintz. "Seja bem específico, porque você quer se proteger se nada for feito", disse. Se for censurado por seu superior, não hesite em procurar o executivo-sênior ou a direção da companhia.
Muitas companhias têm uma linha telefônica anônima para reportar problemas. Se você usá-la, Paskoff disse, seja específico.

P. Quais riscos você corre por expor suas objeções?
R. "Você não será necessariamente demitido, mas vi situações em que a pessoa foi rebaixada ou não conseguiu promoções", Mintz disse. "Algumas companhias podem fazer sua vida tão miserável que você decide sair".
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Geralmente, existem proteções legais para quem aceita as situações. Mas há consequências sérias para quem decide ficar quieto. Se a sua consciência despertar na segunda vez que seu chefe pedir para fazer alguma coisa antiética, ele lembrará você que já fez a mesma coisa no passado, Mintz disse.
"Isso se torna um círculo vicioso". "É difícil desistir e pular fora".

*Eilene Zimmerman  é uma jornalista free lancer que escreve para várias publicações nacionais, incluindo o New York Times e The Christian Science Monitor . 

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