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quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Localize-se na "Piramide do Wong" - Robert Wong (HSM)


"Conheci" Robert Wong quando assisti uma entrevista dele no Canal RH e ele ''ainda era presidente da Korn / Ferry para o Brasil e a América Latina, uma das maiores empresas do mundo em recrutamento e seleção. Foi considerado pela revista The Economist um dos 200 mais destacados headhunters do mundo por seu genuíno interesse nas pessoas e no seu talento de descobrir qualificações, às vezes até desconhecidas pelo próprio candidato. '' (texto está no "curriculo de Wong" apresentado pela HSM). Fiquei encantado. Comprei e li o livro dele (excelente, diga-se de passagem) intitulado "O Sucesso Está no Equilíbrio".
Desde então tenho "seguido" seus passos na internet. Leio tudo que ele escreve e agora que está no corpo de colunistas da HSM estou sempre aprendendo com este cara que é um profissional digno de ser conhecido pelos habitantes do mundo corporativo.
Seus artigos são sempre inspiradores, como este que transcrevo abaixo onde ele aborda a questão da vocação que cada um de nós guarda no mais profundo de nossas almas. E instiga o leitor a se posicionar no que ele chama de "Pirâmide de Wong" que é uma adaptação da famosa "Pirâmide de Maslow".
Leiam um pequeno trecho do artigo:
  • [...] "Se emprego não é a solução, nem profissão e tampouco a carreira, qual é a saída que lhe dará a auto-estima, a realização e a liberdade? Esta palavra, meu caro leitor, é a vocação, que também vem do latim e significa "sua voz interior", "seu chamado".[...]
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Onde você se encontra na pirâmide?
         Há pouco tempo, estive no México. Lá tive o prazer de visitar as famosas pirâmides de Teotihuacán, construídas pelas valorosas civilizações indígenas que povoaram o território mexicano antes da conquista dos espanhóis.
          Não é uma escalada fácil. Demanda competência, muito esforço e grande força de vontade. São os mesmo fatores necessários para se vencer na vida pessoal e na carreira profissional. O desafio de subir a pirâmide me fez refletir sobre uma questão desconcertante: "Por que há tantos executivos frustrados com suas carreiras?"
          Para explicar o fenômeno, tenho recorrido à analogia de duas outras pirâmides. A primeira é a Pirâmide de Necessidades de Maslow, tese elaborada pelo psicólogo e professor do MIT, Abraham Maslow (1908 – 1970), onde ele cita que um ser humano deve atender em boa parte certa necessidade para, então, passar a uma outra hierarquicamente superior.
          Na base da Pirâmide de Maslow, encontra-se a maioria da população - preocupada em atender suas necessidades fisiológicas: comer, respirar, dormir etc. Acima, encontramos uma parcela menor, já preocupada com sua segurança, dentro de uma perspectiva individualista.
          Subindo na pirâmide, há outros seres humanos focados na ascensão social ou na necessidade de pertencer a grupos diferenciados. E afunilando mais ainda, temos uma parcela menor de pessoas preocupadas com a estima ou admiração dos outros.
          Maslow identificou nesse nível um outro grau de estima mais elevado, a auto-estima: a própria pessoa se admira, se gosta e goza de independência, que define como o direito de ser quem você é. E, por último, no topo da pirâmide, encontra-se uma pequeníssima parcela da população (o autor cita que representa menos de 2%) que atingiu a auto-realização, ou seja, seu pleno potencial - pessoas como Cristo, Buda, Gandhi, Tómas de Aquino e alguns outros.
  
         Tomando emprestada a pirâmide de Maslow, elaborei, após muitos anos lidando com executivos e profissionais, uma tese que denominei de "Pirâmide de Realização no Trabalho". Ou como alguns amigos chamam: Pirâmide do Wong. 
          Na base dessa pirâmide, equivalente à nossa necessidade fisiológica, está o emprego, que possibilita obter os recursos ou um salário para comermos e assim sobrevivermos. Mas sabemos que um emprego não nos dá segurança; procuramos então adquirir uma profissão, a de engenheiro, advogado, administrador, professor etc.
          Com um diploma, a pessoa não se contenta em ser um profissional raso; quer progredir, ascender, pertencer a grupos ou hierarquias diferenciadas. Ou seja, almeja uma ascensão profissional e tenta esta escalada no mundo corporativo por meio de uma carreira.
          Em meus anos como headhunter e consultor empresarial, tenho percebido uma crescente frustração com a carreira no meio executivo. Por quê? Se almeja uma promoção e não a consegue, você fica frustrado. Caso a consiga, está preparando sua próxima eventual frustração, pois vai querer mais uma outra promoção. Para quem não sabe, a palavra carreira  deriva-se expressão latina “via carrera”. Na prática, isso significa a via ou o caminho das carroças e carretas.
          Não é uma boa definição? A pessoa entra nos trilhos e não consegue sair mais daquela via. Podemos dizer que ficou “bitolada”.
          Se emprego não é a solução, nem profissão e tampouco a carreira, qual é a saída que lhe dará a auto-estima, a realização e a liberdade? Esta palavra, meu caro leitor, é a vocação, que também vem do latim e significa "sua voz interior", "seu chamado". Para aqueles que encontram sua verdadeira vocação através do auto-conhecimento, o universo celebra e conspira a seu favor.
          Por fim, chegamos ao topo da pirâmide, onde meu cume encontra com o de Maslow. Denominei de "Missão", palavra que provém do verbo latim “mittere”, "enviar".
          Um missionário é uma pessoa enviada para pregar a palavra, assim como um míssil é um artefato enviado para atingir determinado alvo. Por certo, fomos todos enviados aqui à Terra para cumprir nossa missão, que é fazer esse mundo melhor do que o encontramos. Mas, infelizmente, são raras as pessoas ou líderes no mundo corporativo que transcenderam a história e o tempo e deixaram suas marcas perenemente.
          Muitos indivíduos estão agarrados ao seu emprego, ficam na base da pirâmide. Alguns demasiadamente preocupados com a sua profissão, que por vez pode até ter sido mal escolhida. Outros estão bitolados e frustrados com sua trajetória profissional. Dê uma chance a si próprio e dê ouvido à sua voz interna: a sua vocação. Só você tem acesso a ela e mais ninguém.
          Vendo as pirâmides de Teotihuacán, que sobrevivem a todas as intempéries por séculos e séculos, tenho certeza que os líderes da época as ergueram motivados por sua vocação e por uma missão. E nos dão uma lição valiosa: aqueles que encontrarem sua verdadeira vocação deixarão um rico legado para posterioridade.
         Resta saber agora, leitor, onde você se encontra na pirâmide. Você está usando suas competências, esforços e força de vontade para escalá-la?
 
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    Robert Wong
    Sócio da Robert Wong Consultoria Executiva - voltada para Headhunting, Palestras, Coaching, Personal Branding, Cursos e Consultoria. 
    "Formou-se pela Chapel American School em São Paulo, graduou-se em Engenharia pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e recebeu uma bolsa como um Confederation of British Industry Scholar para sua pós-graduação na Inglaterra. Participou do curso de extensão em educação executiva pela Harvard Business School" [...]
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