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oloco o meu "selo" de destaque para este blog, o Sommablog. Há bastante tempo não navegava por um site dedicado à magia do mundo corporativo que apresente a qualidade deste que compartilho agora com vocês.
Seus autores são Flávio Lettieri, Adriano Nodari, Adriana Ferri e Ivens Sollohandd. Todos muito jovens. Os artigos são muito bem escritos, originais e criativos. Os produtores do Sommablog aproveitam bem os eventos da atualidade para criar os posts, buscando emoldurar os temas corporativos à realidade cotidiana; cito como exemplo um artigo da Adriana Ferri intitulado "Profissionais ‘Ronaldo’: como a saída deles impacta no ambiente de trabalho?" que traça uma linha paralela com a recente aposentadoria do "Fenomeno" e algumas realidades da vida nas empresas.
O Sommablog além disso é organizado e de fácil navegação. Na verdade o blog é um dos suportes da Somma que é uma empresa de treinamento e desenvolvimento corporativo com uma ótima carteira de clientes. Enfim, gostei muito do Sommablog e do que vi no site da empresa.
Clique e conheça |
Escolhi , pelo titulo, um artigo escrito pelo Flávio Lettieri para ilustrar o destaque que estou colocando, aqui na Oficina de Gerencia, para esse grupo de jovens que está no caminho certo da consultoria e muito em breve terá seu espaço entre os grandes nomes da corporação a que pertencem. O artigo tem o titulo de "Um mestre não dá respostas prontas" e versa sobre um assunto que é dos mais comuns nos ambientes de trabalho qual seja a "troca" de comandos departamentais. Eu mesmo tenho inumeras experiencias pessoais nesse "quadrado".
Peço que os leitores observem o estilo do texto, seu ritmo, sua clareza e seu ordenamento. Adorei! O Flávio Lettieri vai longe e eu tenho errado muito pouco nas minhas avaliações sobre as pessoas. Vou acompanhar sua carreira e trarei aqui para o blog vários dos seus artigos que já estou selecionando a partir do Sommablog.
Ah! Um detalhe. Não conheço o Flavio Lettieri e nenhum dos seus sócios. Este post não é propaganda e só depois de publicá-lo é que vou avisar - como é habitual na Oficina de Gerencia - os autores do Sommablog sobre esse destaque.
Visitem na aba lateral da Oficina de Gerencia a tag Destaques de Sites e Blogs com a indicação de endereços selecionados e de primeira categoria para navegação e conhecimento.
Um mestre não dá respostas prontas…
Postado por Flávio Lettieri
[Com exceção da imagem ao lado as demais foram colocadas pela editoria da Oficina de Gerencia]
O Roberto sempre foi muito querido por nossa equipe. Líder forte, bom tomador de decisões, disponível para o time e sempre com boas respostas para a solução dos problemas do dia a dia.
Todos concordavam que ele era um chefe justo, daqueles que não privilegiam os “mais chegados.” O seu comprometimento com o trabalho e o seu carisma se traduziam em uma autoridade natural sobre a equipe.
Quando alguma dificuldade ou problema surgia, sabíamos que podíamos contar com ele. Como um verdadeiro “paizão do grupo”, o Roberto trazia o problema para si e resolvia, de um jeito ou de outro.
Normalmente as soluções do Roberto davam certo. E, quando não davam, ele assumia a responsabilidade pelos fracassos e procurava uma nova solução.
Nos últimos tempos, andava um pouco estressado, afinal os problemas em sua mesa pareciam aumentar gradualmente e as horas do dia continuavam sendo as mesmas vinte e quatro.
Mas eu nunca vi o Roberto reclamando disso. No fundo, eu acho que ele até gostava. Tinha orgulho de ter a sala sempre aberta para a sua equipe…
E, como “quase” sempre acontece na vida, o seu esforço e a sua dedicação foram recompensados: Roberto fora promovido. Iria assumir uma diretoria internacional de negócios.
Essa “perda do chefe” causou sentimentos conflitantes na equipe. Se, por um lado estávamos felizes pelo merecido crescimento do chefe, por outro, sentimo-nos meio órfãos.
Acho que por isso a chegada do Oliveira foi tão conturbada.
Hoje, analisando os fatos de fora, é fácil compreender o quanto tentamos boicotar o trabalho daquele que viera ocupar o espaço do “Paizão de todos nós”.
Não gostamos do Oliveira antes mesmo dele ter chegado. E nunca tínhamos sequer ouvido falar dele. Foi contratado do mercado.
Na época dizíamos (apenas na rádio peão, é claro) que um de nós deveria ter ficado no lugar do Roberto.
Éramos incapazes de perceber que queríamos apenas manter a “família fechada”. Éramos também incapazes de perceber que passar o comando para um dos “irmãos” traria, a médio prazo, um enorme desgaste da equipe.
Coitado do Oliveira!
No começo, estávamos tão incomodados com o seu jeito mais calado que não pudemos perceber que além de tomar decisões com firmeza e equilíbrio, ele era realmente muito paciente, sobretudo para com as nossas birras.
Não suportávamos aquela mania dele de andar pela empresa, calado, apenas observando. Sentíamo-nos sendo espionados. Será que ele não tinha trabalho a fazer? Por que ele gastava tanto tempo andando de um lado para o outro?
Mas, de tudo, o que certamente mais incomodava a nossa equipe era o fato do Oliveira não saber nada. Em pouco tempo, chegamos à conclusão de que ele era mesmo um incompetente.
Afinal, quando levávamos para ele algum problema, ao invés de nos dar respostas, trazer uma solução, ele levantava seu óculos redondinho e nos perguntava como poderíamos resolver o problema.
Ora, se tínhamos ido até ele, era porque não tínhamos a resposta. É óbvio. E agora, se ele que era o chefe também não tinha solução, a coisa estava mesmo perdida.
E, já que não tinha jeito, tínhamos de dar um jeito nós mesmos!
Lembro-me bem da primeira vez que fui a “vítima” daquele homem de óculos redondinho…
Cheguei ansioso por uma resposta e saí revoltado com o “descaso”. Ah, se eu pudesse tinha falado umas verdades pro Oliveira.
Curioso é que acabei achando uma solução para o problema. E, como fiquei feliz em perceber que era capaz de resolver o problema por conta própria…
Lembro-me ainda do Oliveira, em uma de suas andanças, chegando até mim e me dando os parabéns pelo resultado. Mesmo quase explodindo de alegria, a situação era tão nova para mim que só fui capaz de falar um tímido obrigado.
Passado um tempo, sem nos darmos conta, a equipe tinha amadurecido bastante. Estávamos mais autônomos e mais confiantes. Deixamos de ser os “meninos do Roberto” para assumirmos o papel de gente grande.
Tínhamos percebido que aquilo que achávamos inicialmente que era incompetência do Oliveira era, na verdade, uma incrível habilidade para desenvolver pessoas.
Tempos depois, eu, ainda jovem, fui seguir minha carreira em outra empresa. Levei comigo boas experiências e, dentre essas experiências, a oportunidade de ter convivido com dois grandes líderes.
Do Roberto guardo um enorme carinho e uma grande saudade.
Do Oliveira carrego um enorme aprendizado e o sentimento de gratidão por ter me ajudado a descobrir a minha capacidade de encontrar soluções.
E, como reforço ao meu aprendizado, anos depois, estudando a Filosofia Socrática, fui encontrar o estilo do Oliveira expresso nas palavras do sábio: “Um mestre não dá respostas prontas a um discípulo, antes o auxilia a encontrar suas próprias respostas, por meio de questionamentos e diálogos”.
Fui conhecer o blogue e é muito bem estruturado. Obrigada pela indicação! Vou assinar os feeds e acompanhar de perto. Muito bom! Beijus,
ResponderExcluirOlá Luma,
ResponderExcluirVocê, como sempre, prestigiando a Oficina de Gerencia com a visita e o comentário. Sinto-me lisonjeado.
Fico feliz por ter aprovado o meu destaque para o Sommablog. Gostei muito também.
Grande abraço, grato pelo acesso e muito sucesso lá no Luz de Luma, The Best...
Oi Herbert,
ResponderExcluirFicamos muito contentes com os comentários sobre o nosso blog (sommablog).
Muito sucesso para vc!
Adriana