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domingo, 23 de janeiro de 2011

Sucesso e Fracasso (Tostão)

J
á faz tempo que não publico nada do Tostão e seu texto inteligente. Esqueça que ele está comentando sobre futebol e pense que esteja produzindo uma metáfora para o mundo corporativo. Aproveite a sabedoria de sua experiência  de celebridade consciente como jogador antes e jornalista hoje sem contar a vivência como médico profissional durante muitos anos. Observe que excelentes conselhos podem ser retirados de sua coluna, escrita para a Folha de São Paulo neste domingo mesmo.

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPFC2EPI7C_tXgTCvTmFL_GGd08KVVSWiJ7v2pUtHlECVabhABGzL-GZmlARXgQPFnn11iPAK__m9vgDFqVocRxitgmODXMJmzUCXarlS1dTDjrAxeUTaRVsls-_t_ouriCxuCvuyNyQQd/s400/sucesso.jpg
Sobre o que escreve o Tostão? Não só sobre sucesso e fracasso como indica o titulo da coluna, mas sobre as avaliações que fazemos sobre os outros e recebemos quando as metas são atingidas, os nossos projetos realizados e objetivos alcançados. Impossível fugir disso. 
Na coluna, por dever de oficio, Tostão refere-se a jogadores de futebol, tecnicos e dirigentes. É o atual universo corporativo dele. Entretanto se ao ler a coluna vocês, leitores, imaginarem empregados, chefes e diretores irão aprender as lições que o Tostão nos transmite.

Leia o trecho a seguir retirado do artigo e confirme se não tenho razão:
  • [...] "No futebol, há muitas maneiras de vencer e de perder. Por haver tantos fatores técnicos envolvidos nos resultados das partidas, além do imponderável, nem sempre os melhores são os vencedores." [...]
O mote do artigo de Tostão é o final - fracassado - da gestão de Luiz Gonzaga Beluzzo como presidente do Palmeiras. Beluzzo era e é uma celebridade no campo da economia e achou que mudaria a forma de comandar grandes clubes de futebol. Vinha coberto pela fama como economista e consultor de  governadores, presidentes da republica e partidos politicos. Terminou o seu mandato na semana passada considerado um dos piores presidentes que já passaram pelo Palmeiras. Há lições a se retirar desse episódio.  

Convido-o a ler este artigo do Dr. Eduardo Gonçalves de Andrade, o nosso eterno Tostão e garanto-lhe que será um ótimo exercicio de inteligencia.
  •  
São Paulo, domingo, 23 de janeiro de 2011


TOSTÃO

Sucesso e  fracasso


Por envolver tantos fatores, nem sempre, no futebol, os melhores são os vencedores


Vivemos em um mundo competitivo, habitado por pessoas orgulhosas e vaidosas, que quase só pensam em resultados e que gostam mais de serem aplaudidas que amadas.

Os apaixonados por resultados adoram estabelecer um perfil dos vencedores, que sirva para todas as atividades. A única coisa em comum é a vontade, uma mistura de algo indefinido com ambição. Mas cada um faz do seu jeito.

No futebol, há muitas maneiras de vencer e de perder. Por haver tantos fatores técnicos envolvidos nos resultados das partidas, além do imponderável, nem sempre os melhores são os vencedores.

Com frequência, um técnico erra, e o time acerta. Ou o contrário. Quando dá certo, o técnico é excepcional. Quando dá errado, é péssimo.

Isso não significa que os técnicos não sejam importantes. Vi vários mudarem a história de um jogo, para melhor ou para pior. É preciso ter competência para escolher, treinar, comandar, escalar, substituir, além de conviver com as críticas e os elogios, com o fracasso e o sucesso.

http://www.cidadedocerebro.com.br/links/art_sucesso_fracasso.jpg
Há, no entanto, uma supervalorização dos técnicos. É mais fácil escolher um herói ou um vilão. A partir da conduta dos treinadores, comentaristas analisam tudo o que acontece em um jogo. É uma maneira de valorizar seus conhecimentos, como se falasse: "Eu entendo o que o técnico fez".

Até dirigentes são avaliados pelos resultados dos times, como se isso dependesse sempre da administração do clube. Quando o time ganha, o planejamento e as contratações dos dirigentes foram perfeitas. Uma das coisas mais mentirosas do futebol é o planejamento. Explica todas as vitórias e derrotas.

Não sei se Belluzzo foi tão ruim, como a maioria diz. Ele reconheceu vários erros. De qualquer maneira, dizer que ele foi péssimo presidente do Palmeiras porque não conquistou títulos é uma grosseira simplificação.

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8RRDa9xh-uduNjgf4YjlimwXQLGDJG2HPKBJg2-mUsrJuy4kfkKEdJOt9_fDMlOHCiKL5ILIkpa4sMLrSZ7Np5u6h5Ydb2JPgEERM-UJSyvgOerUVWvI3ZAs43O5MwD2neZLbuuSz1kQ/s320/AVALIA%C3%87%C3%83O+FIGURA.gifUm dos erros de Belluzzo foi acreditar que técnicos caríssimos, como Luxemburgo, Muricy e Felipão, têm o poder de, sozinhos, conquistar títulos, e que Valdivia é um craque. Endividou mais ainda o clube.

Todos nós já fracassamos em vários momentos. Costumamos lembrar os sucessos e esquecer os fracassos. Há ainda os que não suportam o sucesso, que carregam um sentimento de culpa, real ou imaginário, como se não fossem merecedores.

Existem também os que, por soberba ou simplicidade, ignoram e desprezam o sucesso, como se estivessem acima das vaidades.
São as contradições da alma.

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