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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Fofoca no seu terreiro? Não lute contra ela, aproveite-a...

A
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Tela famosa de Norman Rockwell, Clique e conheça sobre ele.
h! As fofocas! Podemos viver sem elas? Lamentavelmente a resposta é um grande Não! Os mexericos, as  chicanas, as intrigas, as tricas e futricas... Tudo isso faz parte da natureza humana, dos seus relacionamentos. Por exemplo, qual o grande produto que é oferecido ao publico com os programa de TV do tipo "Big Brother? A fofoca, naturalmente, não é mesmo? No mundo corporativo  - em muitas faces bem semelhante aos BBBs - não poderia ser diferente.
Entretanto a fofoca tem muitas camadas. Afinal de contas ela é parte integrante do comportamento dos seres humanos.  Diferenças, preconceitos, contradições, mentiras, invejas, ciumes, amor e ódio não são faces comuns ao comportamento dos humanos? Tem-se noticia de mexericos desde que o mundo existe. É só procurar na Historia Universal que ela está lá, sempre presente em grandes e pequenos eventos, guerras, crimes, dramas, amores, negocios... Reinos e coroas foram conquistados e perdidos por causa de fofocas.
Sendo o que somos, refiro-me ao blog da Oficina de Gerencia, vamos ficar só nas futricas que grassam no mundo empresarial. Mais precisamente nos escritórios, nos corredores das corporações (muitas vezes e mais do que se imagina nos gabinetes dos diretores e dos CEOs...). Ops! Lá estou eu querendo criar um "clima" de fofoca...
Vamos ao que interessa. Apresento-lhes um dos melhores artigos que encontrei sobre o tema da fofoca. "Descobri-o" no blog do consultor Luiz Guilherme Guedes o "Gestão Pratica". 
No post, apresento-lhes o blog do Guedes e reproduzo o seu excelente artigo intitulado "A fofoca é inevitável, mas prefira o diálogo franco".  O texto tem muitas citações, mas o eixo, o centro do pensamento que está exposto é do autor do blog. Ele trata o tema com muita lucidez e propriedade. E digo sem medo de errar que não é fácil falar sobre a fofoca sem cair no lugar comum e repetir clichês. O Luiz Guilherme Guedes consegue isso.
Por essa razão resolvi reproduzir esse post em especial ao divulgar o blog dele na minha tag "Destaque de Sites e Blogs". Tenho certeza de que vocês vão gostar o artigo e do blog. Vou dar uma “amostra grátis" do artigo com o trecho abaixo:


  • [...] "Poderíamos dizer que a fofoca é como o sangue, que encontra novos caminhos para continuar fluindo quando as veias (ou os canais formais) estão entupidas. A fofoca traz vida e evita o colapso da organização. Ela serve também como um bom instrumento diagnóstico: quando a fofoca aumenta, é sinal de que a comunicação não está indo bem e que vale a pena investigar o que está acontecendo nas entranhas da organização." [...]


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Clique no logotipo e visite o blog.
A fofoca é inevitável, mas prefira o diálogo franco
(as imagens de ilustração foram colocados no post pela Oficina de Gerencia)

Quando penso em fofoca, a primeira coisa que me vem à mente é explorar sobre o que exatamente estamos falando. Alguns definem fofoca como uma troca de informação entre duas pessoas sobre uma terceira, sem o seu conhecimento, o que pode ser positivo ou negativo. Contudo, outras definições são um pouco mais ácidas. 
Há uma fonte que diz que a fofoca consiste no ato de fazer afirmações não baseadas em fatos concretos, especulando em relação à vida alheia. Segundo esse grupo, ela é quase sempre um dito maldoso, ou a divulgação de detalhe que o outro gostaria que fosse ignorado. Uma coisa é possível afirmar: a fofoca é sempre uma declaração com um juízo de valor, ou seja, uma interpretação de quem a está dizendo. 

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— Claudio, estão dizendo que o presidente da Brand será o nosso novo executivo-chefe e que o Jorge vai rodar. 
—  Beto, não sabia disto. Onde você ouviu a informação? 
— Apareceu ontem nos jornais. E mais, ouvi dizer que o pessoal da Brand costuma apenas escolher pessoas de seu time. Acho que não temos chance... —  E o escritório, você já sabe onde vai ser? 
— Não ouvi oficialmente, mas estão dizendo que eles vão fechar o nosso escritório no Morumbi e iremos todos para a Faria Lima. Para mim, vai ser uma droga pra chegar lá. Se é que eu vou estar na empresa... 

Por que as pessoas fofocam no escritório? A fofoca dá alguma vantagem a quem a emite: maior influencia ("eu tenho mais informações do que você"), uma redução da ansiedade ("quando falo a respeito de alguns fantasmas, sinto-me melhor"), uma cumplicidade com o interlocutor ("vale a pena ser meu amigo, pois eu posso dividir o que sei com você"), um prazer íntimo ("sinto-me bem quando conto as novidades a meus colegas"), ou alguma vantagem concreta planejada, como uma promoção, a alocação de verba para algum projeto, afetar a reputação de um "inimigo". 

Nesse aspecto, a fofoca é um jogo político na organização que traz vantagem para quem a faz, mas não necessariamente para o todo. Ao mesmo tempo, sabemos que a fofoca nunca vai ser eliminada das organizações. Assim concordo com a afirmação do professor Labianca de que ela tem uma função de ajudar as informações a fluírem. Quando não existem bons canais oficiais de comunicação, as trocas vão ocorrer nos canais informais, ou seja, na conversinha do café. Quando não há clareza e transparência, a ansiedade aumenta e o ambiente fica mais propício ao disse-me-disse.

Poderíamos dizer que a fofoca é como o sangue, que encontra novos caminhos para continuar fluindo quando as veias (ou os canais formais) estão entupidas. A fofoca traz vida e evita o colapso da organização. Ela serve também como um bom instrumento diagnóstico: quando a fofoca aumenta, é sinal de que a comunicação não está indo bem e que vale a pena investigar o que está acontecendo nas entranhas da organização. Ainda, ela geralmente atua de forma a reforçar a cultura atual (como a maioria dos jogos políticos) e assim pode dificultar mudanças. 

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Proibir a fofoca é absolutamente inútil. É como tentar fechar a saída de um líquido sob contínua pressão: a chance de que haja alguma explosão no sistema é grande. Ou seja, considerando que sempre haverá fofoca nas empresas, é importante observar o seu movimento e compreender a sua origem. Porém, não acredito que devamos incentivar a fofoca como forma de ação e comunicação. É muito mais interessante convidar a organização para o diálogo e deixá-la saber e participar das redes informais que vão se criando, para esclarecer boatos e dúvidas, engajar os colaboradores e coordenar todas as ações na mesma direção.

TRATADO GERAL SOBRE A FOFOCA

"Em números redondos, estimo que 20% de tudo o que se diz no mundo é conversa funcional, é ordem, pedido, informação, constatação, declaração. 

É a palavra ligada a fatos, proveniente de fatos e influindo sobre eles, de modo imediato e demonstrável. Seu modelo é a ordem do comandante do veleiro, palavra logo seguida de uma execução, palavra interposta a fatos, ligada a eles e ligando-os entre si. Os 80% restantes de todas as conversas do mundo poderiam ser chamados de "conversa fiada cósmica". Trata-se de falar por amor à conversa, de falar por falar, de papo. 

Uma análise da conversa fiada mostra que ela pode ser dividida em duas partes iguais: 40% é fofoca e 40% é afirmação de preconceito. Ou estou dizendo que o outro fez coisas contrárias aos bons costumes estabelecidos e por isso é um malandro, um canalha, um sacana. Ou estou dizendo que sou muito bom, que tenho coisas lindas e invejáveis, que o que eu faço, penso e digo está tudo na direção das mais altas aspirações do grupo com o qual estou falando."

Trecho do livro "Tratado Geral sobre a Fofoca" (Summus Editorial), do psiquiatra José Ângelo Gaiarsa, que morreu no mês passado, aos 90 anos


A FOFOCA ME AJUDA
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"Com minha equipe, eu uso a teoria da fofoca positiva. A rádio-peão me ajuda muitas vezes a entender o que passa pela cabeça de meus colegas de equipe e outras fontes que se relacionam diretamente com eles (clientes e fornecedores internos nos processos da corporação). 
Confesso que há pessoas que praticam a fofoca corrosiva, para destruir a harmonia existente e para promover a mesma insatisfação a outros colegas de trabalho. Acredito que seja muito importante identificar esses colaboradores e efetuar um bom trabalho de coaching, além, obviamente, de entender as razões pelo descontentamento e pela atitude negativa." Depoimento de um controller de uma grande seguradora brasileira

Algumas companhias já estão utilizando técnicas de mapeamento de redes sociais internas (conhecidas por Social Network Analysis) e projetos de fortalecimento das redes de conversação. A empresa compreende as relações que já existem e cria canais de comunicação com essas redes. 

Obviamente, isso requer coragem e abertura da liderança para conversar francamente sobre temas difíceis, ou sobre os "bodes" que circulam na rede de fofocas. Os resultados dessas redes de conversação são sempre impressionantes, pois os colaboradores se sentem mais respeitados e fortalecidos e a energia que era empregada na fofoca fica liberada para conversas produtivas, que ajudam a avançar os sonhos individuais e os da organização. 

Um ganha-ganha para todas as partes. Todo mundo quer usar sua energia para se conectar com algo que tenha significado para a própria vida, enfrentar novos desafios, produzir resultados e ser mais feliz. E se isso tiver que ser feito por meio da fofoca, OK. No entanto, se isso puder ser feito por meio de conversas diretas na empresa, todos saímos ganhando. 
Que possamos juntos transformar fofocas em diálogos.


Fonte: Mauricio Goldstein, Consultor e autor do livro JOGOS POLÍTICOS NAS EMPRESAS


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